Este projecto vai ser desenvolvido em conjunto com o Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) e com a aprovação da Comissão Nacional de Eleições. Várias empresas nacionais e internacionais estão envolvidas neste teste, que decorrerá numa sala autónoma no mesmo espaço físico onde estiverem colocadas as secções de voto. O processo será ainda monitorizado e avaliado por docentes de quatro universidades, que farão um relatório dos resultados.
A participação nesta simulação é facultativa e acontecerá sempre depois de o eleitor ter depositado o boletim de voto na tradicional urna. Então, o eleitor poderá experimentar o voto electrónico. O modo varia segundo as secções de voto: o «touch screen» - em que o voto é efectivado com um toque num ecrã de computador; o «light pen» - em que o voto é registado pelo uso de uma caneta electrónica; ou os cartões magnéticos.
Para este primeiro projecto-piloto, foram escolhidas nove freguesias, seleccionadas pela situação geográfica, dimensão e cor política: Santa Maria de Belém (Lisboa), Paranhos (Porto), S. Sebastião (Setúbal), Mangualde (Viseu), Sé (Portalegre), Mirandela (Bragança), S. Bernardo (Aveiro), Salvador (Beja), e Salir (Faro). Para Diogo Vasconcelos, a solução da votação electrónica «justifica-se com a necessidade cada vez maior de tornar o acesso ao voto, enquanto denominador mínimo comum da democracia, mais inclusivo».
Com este projecto, pretende assumir-se a aposta na Democracia Electrónica através de um dos seus pilares fundamentais: o voto electrónico.
Várias experiências internacionais têm revelado resultados encorajadores do voto electrónico: na Bélgica, cerca de 50% dos eleitores escolhem essa opção; em Genebra, o voto à distância aumentou a participação dos eleitores suíços em 20%, nos últimos oito anos.