Esta iniciativa é claramente pioneira na história da rede académica nacional, proporcionando como lembra Diogo Vasconcelos, gestor da UMIC, “uma aposta inequívoca na Inovação e no Conhecimento por parte deste Governo”. Na realidade, vai “criar-se de raiz uma verdadeira auto-estrada digital, que proporcionará rapidez e qualidade impares no acesso à internet, hoje fundamentais para o ensino e para a investigação. Em termos de velocidade, a nova rede académica, assente em fibra óptica, vai colocar-nos a par das nações mais desenvolvidas do mundo”. Para Pedro Veiga, por parte da FCCN, este é um “passo à frente na estratégia de dotar as universidades de um acesso tecnologicamente moderno”.
A Refer Telecom, entidade que assina hoje o contrato, ganhou o concurso público internacional para um cabo de fibra óptica, no âmbito do procedimento iniciado então. O investimento, de três milhões de euros, integra-se no Plano de Acção para a Sociedade da Informação dinamizado pela UMIC que permitirá, como poderão observar na documentação explicativa, que as universidades e centros de investigação passem a ter acessos de tecnologia "Gigabit Ethernet".
No anexo técnico está disponível uma tabela que demonstra a diferença entre a situação actual e a futura. A Universidade do Porto, a maior do país e que tinha o maior débito (80 Mbps) vai ter um acesso a 2 Gbit/s.
A disponibilização de uma infra-estrutura deste tipo vai permitir alavancar outros projectos governamentais já em curso, tais como a iniciativa e-U (Campus Virtuais) e a b-on (Biblioteca do Conhecimento Online). As instituições passarão a ter acessos mais rápidos e a possibilidade de aumentar drasticamente o seu tráfego sem ver a rede congestionada. Este é mais um grande passo no sentido de dotar as instituições de Investigação e Desenvolvimento e de Ensino Superior dos meios mais avançados para desenvolver a sua actividade, que se reveste da maior importância para o desenvolvimento do País.
Os resultados esperados para este concurso irão permitir dar um grande passo para a nova geração tecnológica da rede académica portuguesa, vindo, designadamente, a funcionar como base de desenvolvimento de ligações para outros locais, o que permitirá disponibilizar débitos muito mais elevados do que os que actualmente são garantidos à população académica. Nesta fase inicial ficarão ligadas as maiores Universidades portuguesas o que catapultará os nossos investigadores e alunos do ensino superior para a primeira linha dos desafios da sociedade da informação e do conhecimento.
Com o aumento de largura de banda que será possível através da ligação em fibra óptica, os investigadores nacionais poderão também desfrutar da rede GÉANT, a rede de investigação e de ensino europeia, uma infra-estrutura financiada pela União Europeia.
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