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Comércio Electrónico

De acordo com os dados do EUROSTAT, o comércio electrónico tem uma expressão baixa em Portugal. Os dados de 2007, relativos ao 1º trimestre, indicam que apenas 6% das pessoas de 16 a 74 anos de idade são utilizadores de comércio electrónico.

É de notar, contudo, que estes dados reportam a pessoas que encomendaram ou pagaram bens ou serviços em transacções efectuadas em páginas na Internet e, portanto, ignoram a grande parte do comércio electrónico que decorre através de máquinas ATM, de telemóveis ou de redes de sensores que detectam a prestação de serviços.

Também de acordo com o EUROSTAT, os dados de 2007 para o conjunto das pequenas, médias e grandes empresas indicam que apenas 24% utilizam a Internet ou outras redes electrónicas para efectuar e/ou receber encomendas, embora os valores para cada um destes tipos de empresas sejam, respectivamente, 49%, 34% e 21%.

Em Portugal, o MULTIBANCO permite uma forma particularmente avançada de comércio electrónico, apesar de ser através de um meio relativamente clássico, devido à simplicidade de uso e grande disseminação das correspondentes máquinas ATM, a qual tem uma expressão marcadamente diferente da que se encontra noutros países.

Pela primeira vez, o inquérito à utilização de TIC pelas famílias, realizado em colaboração pelo INE – Instituto Nacional de Estatística e pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP obteve em 2007 (1º trimestre) dados sobre operações de comércio electrónico realizadas através do MULTIBANCO.

Os dados deste inquérito revelam que 67% das pessoas entre 16 e 74 anos utilizam o MULTIBANCO. Muitas destas pessoas realizaram transacções de comércio electrónico através do MULTIBANCO, incluindo: carregamentos de telemóvel com saldo (76%), pagamentos de serviços de fornecimento de água, luz, telefone, TVcabo, etc. (57%), pagamentos de outras encomendas realizadas por outro meio que não a Internet (ex. compras por catálogo (14%), pagamentos de compras efectuadas através da Internet (10%), compra de bilhetes para espectáculos (9%), compra de bilhetes para transportes (9%).

O MULTIBANCO também foi usado para pagamentos ao Estado (impostos, segurança social, etc.) por 34% das pessoas.

Os dados do EUROSTAT também não incluem as transacções electrónicas efectuadas através da Via Verde, um exemplo de uma forma avançada de comércio electrónico completamente desmaterializado pela utilização de sensores à distância e que também tem uma expressão muito maior em Portugal do que noutros países, dado que Portugal é o líder europeu neste tipo de serviços com um número de identificadores (2 milhões) per capita 2,5 vezes maior do que o do 2º país (Itália) e 11 vezes maior do que o 3º país (França). As transacções efectuadas pela Via Verde, em 141 praças de portagens em autoestradas, 98 estações de combustível, 47 parques de estacionamento e 4 bairros históricos, são da ordem de uma média de 550 mil por dia e envolvem um valor anual da ordem de 20 milhões de euros.

Acresce que o Estudo sobre o Comércio Electrónico em Portugal  publicado pela Associação de Comércio Electrónico em Portugal (ACEP) e pelo Netsonda Research Group em Fevereiro de 2007, com base em dados obtidos por um inquérito a utilizadores da Internet, indica que: 77% dos inquiridos procura informação na Internet para acabar por realizar a compra pelos meios tradicionais, 78% realizam compras através da Internet; os produtos/serviços mais comprados são informáticos (39,6%), electrónicos/telemóveis (36,5%) e bilhetes para espectáculos, desporto e outros (36,1%); o meio de pagamento mais utilizado é o cartão de crédito (43,9%), seguindo-se o envio à cobrança (36,4%) e o Pagamento de Serviços/MBNet (34,6%).

Por outro lado, um estudo da Marktest realizado em Outubro de 2007 determinou que a banca online (home banking) é utilizada em Portugal por 1,055 milhões de pessoas.

Um Estudo da ACEP/IDC/NetSonda sobre o Comércio Electrónico em Portugal 2001/2011, cujos dados foram revelados em 7 de Novembro de 2007, indica que 10% da população portuguesa é utilizadora regular de sítios de Comércio Electrónico, o Comércio Electrónico B2C em 2006 foi da ordem de 602 milhões de euros e o B2B da ordem de 1,62 milhares de milhões de euros.

A UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP e a ACEP – Associação do Comércio Electrónico em Portugal promoveram, em parceria, a 3ª edição da Semana do Comércio Electrónico, uma iniciativa que de 4 a 14 de Maio de 2006 desencadeou debates sobre o assunto em vários pontos do país. Uma das actividades inseridas na programação desta semana foi a publicação do guia "Comprar na Internet" que incluiu o Guia Prático das Empresas e o Guia Prático do Consumidor, os quais foram distribuídos em massa como encartes num jornal de grande circulação. Podem ser obtidas mais informações em http://www.portugalacep.org/semanace2006/index.htm/.

Em 2007, as mesmas entidades também promoveram a 4ª edição da Semana do Comércio Electrónico que se realizou entre 6 e 16 de Novembro. Entre as iniciativas realizadas, destacam-se: Forum TSF Dedicado ao Comércio Electrónico, Seminário Negócio Electrónico: Oportunidades, Riscos e Benefícios para as Empresas Portuguesas, Internet Banking: Tendências e Desafios dos Serviços Financeiros Online, Conferência Factura Electrónica: Eficiência e Competitividade das Organizações num Mundo Digital e Global, Workshop Mobile-Commerce como Catalisador do Comércio Electrónico, Distribuição gratuita do Guia Prático "Comprar na Internet" conjuntamente com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias (250.000 exemplares), Conferência "Utilização das TIC para a competitividade das PME", Seminário Ibero-Americano sobre Auto-regulação no Comércio Electrónico, Workshop Novas oportunidades de negócio: Comprar e Vender em mercados electrónicos para empresas, Workshop Acessibilidades no Comércio Electrónico em Portugal – Principais conclusões do projecto Integra21.

A desmaterialização das relações comerciais também vai ser facilitada pela indução da adopção de facturas electrónicas no sector privado que naturalmente acompanhará a adopção da factura electrónica na Administração Pública, na sequência da Resolução de Conselho de Ministros nesse sentido de Setembro de 2005.

Na verdade, a grande dimensão da Administração Pública permite que a adopção de facturas electrónicas nas suas transacções seja uma contribuição significativa para generalizar no âmbito da actividade económica do país a prática da emissão e do recebimento de facturas electrónicas, estimulando que as empresas públicas e privadas procedam de forma idêntica, ultrapassando o facto da utilização de facturas electrónicas nas empresas portuguesas ainda ser incipiente e contribuindo para a modernização do país.

A adopção de facturas electrónicas, uma vez estabilizada, permite uma redução de custos de processamento, eliminando a necessidade de repetidos lançamentos dos dados das facturas nas várias organizações envolvidas e reduzindo erros de lançamento e os consequentes custos de correcção, facilita o arquivo e acesso à facturação por meios informáticos e permite aumentos de eficiência da gestão contabilística e financeira.

Última actualização ( 11/09/2008 )