Nota à navegação com tecnologias de apoio: nesta página encontra 3 elementos principais: motor de busca (tecla de atalho 1); os destaques que se encontram na parte principal da página (tecla de atalho 2) e menú principal (tecla de atalho 3).

UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP
Início  > Observação e Benchmarking  > Notícias  > Novos Dados de Inquéritos sobre a Sociedade da Informação em Portugal 2007

Novos Dados de Inquéritos sobre a Sociedade da Informação em Portugal 2007

Logotipo do Observatório da Sociedade da Informação e do ConhecimentoÉ hoje, 17 de Dezembro de 2007, publicada na Internet a actualização da compilação de dados sobre a Sociedade da Informação em Portugal (Apresentação e Síntese dos Principais Resultados, (i) Comunicações Electrónicas, (ii) População e TIC, (iii) Administração Pública Electrónica, (iv) Educação e a Formação em TIC, (v) TIC nos Hospitais, (vi) Economia Digital) obtidos em vários inquéritos de 2007 da responsabilidade de entidades públicas, a maioria de periodicidade anual, cuja publicação integrada foi iniciada há um ano. Os dados publicados incluem séries cronológicas desde o início da fase sistemática dos respectivos inquéritos, e benchmarkings de vários indicadores no âmbito da União Europeia baseados em dados do EUROSTAT. Inclui-se a seguir, nesta notícia, um resumo dos principais resultados.

São publicados pela primeira vez os resultados da edição de 2007 de três inquéritos realizados pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, nomeadamente à utilização das TIC na Administração Pública Central, na Administração Pública Regional, e nas Câmaras Municipais. A percentagem de respostas aos três inquéritos, os quais decorreram de Setembro a Novembro de 2007, foi bastante elevada, respectivamente, 87%, 100% e 93%.

Incluem-se no conjunto de dados publicados os resultados dos inquéritos realizados em 2007 em colaboração pelo INE – Instituto Nacional de Estatística e pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP à utilização das TIC pelas famílias, e à utilização das TIC nas empresas, relativos ao 1º trimestre de 2007, dos quais foram publicadas sínteses parciais pelo INE nos dias 4 e 5 deste mês, embora esta seja também a primeira publicação global dos dados destes inquéritos.

Incluem-se, também, dados sobre comunicações electrónicas obtidos pela ANACOM, relativos ao 2º ou 3º trimestre de 2007, assim como os dados de 2007 relativos a educação e formação em TIC, da responsabilidade do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), da Direcção de Serviços de Informação Estatística em Ensino Superior (DSIEES) e do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

São ainda incluídos os dados do último inquérito à utilização das TIC nos hospitais, realizado em 2006 em colaboração pelo INE – Instituto Nacional de Estatística e pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, inquérito este que se realiza de dois em dois anos.

O conjunto de dados publicados permite ter uma perspectiva bastante completa da situação e do progresso de Portugal na Sociedade da Informação. Destacam-se os dados seguintes:

1) Relativamente à Administração Pública Central

  • Todos os organismos da Administração Pública Central dispõem de ligação à Internet, 87% com uma velocidade superior ou igual a 512 Kbps, sendo que 63% dos organismos tem ligações superiores ou iguais a 2 Mbps tendo-se verificado neste tipo de ligações um crescimento de 29% em relação ao ano anterior.
  • 89% dos Organismos da Administração Pública Central tem presença na Internet, sendo este valor consideravelmente superior para organismos com 50 a 249 trabalhadores (93%) e com mais de 250 trabalhadores (97%), e tendo atingido 100% dos institutos públicos.
  • Nas actividades desenvolvidas na Internet pelos Organismos da Administração Pública Central, tiveram aumentos particularmente elevados de 2006 para 2007 as de Comunicação Externa com Cidadãos (a percentagem de organismos com esta actividade mais do que duplicou atingindo agora 60%), de Comunicação Externa com Empresas (aumentou 71% atingindo agora 65%), e de Consulta de Catálogos de Aprovisionamento (mais do que triplicou atingindo agora 60%).
  • Os serviços mais disponibilizados nos sítios de Organismos da Administração Pública Central na Internet são: informação (sobre o próprio organismo 98%, acerca dos serviços prestados 96%, legislação 95%), correio electrónico (97%), disponibilização de formulários para download (71%), acesso a bases de dados (62%), disponibilização gratuita de bens ou serviços em formato digital (51%), disponibilização de formulários para preenchimento e submissão online (49%), oportunidades de recrutamento/bolsa de emprego (29%).
  • 38% e 20% dos Organismos da Administração Pública Central efectuou através da Internet, respectivamente, encomendas e pagamento de encomendas, o que corresponde a aumentos de, respectivamente, 41% e 25% em relação ao ano anterior.
  • Respectivamente 29%, 28% e 37% dos Organismos da Administração Pública Central usa software de código aberto para, respectivamente, sistemas operativos, servidores de Internet e outro tipo de aplicações.
  • Na área da segurança informática, verificou-se de 2006 para 2007 um aumento de 22% na utilização de servidores seguros (protocolos shttp) e de 16% na utilização de filtros anti-spam, o que levou a percentagem de Organismos da Administração Pública Central com estes serviços a atingir, respectivamente, 60% e 80%

2) Relativamente à Administração Pública Regional

  • Todos os Organismos da Administração Pública Regional dispõem de ligação à Internet.
  • Os organismos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores com velocidades de ligação à Internet superiores ou iguais a 512 Kbps são, respectivamente, 76% e 78%, e os organismos com ligações superiores ou iguais a 2 Mbps são, respectivamente, 52% e 44%, tendo-se verificado neste tipo de ligações um crescimento desde o ano anterior de, respectivamente, 73% e 76%.
  • Os Organismos da Administração Pública Regional que têm presença na Internet são, respectivamente, 87% e 93%.
  • Nas actividades desenvolvidas na Internet pelos Organismos da Administração Pública regional, tiveram aumentos particularmente elevados de 2006 para 2007 as de Comunicação Externa com Cidadãos (a percentagem quase duplicou nos Açores e quase triplicou na Madeira, atingindo agora, respectivamente, 68% e 76%), de Comunicação Externa com Empresas (mais do que triplicou nos Açores e mais do que quadruplicou na Madeira, atingindo agora 78% nas duas regiões), e de Consulta de Catálogos de Aprovisionamento (mais do que septuplicou nos Açores e quase quintuplicou na Madeira, atingindo agora, respectivamente, 37% e 54%).
  • As encomendas através da Internet são efectuadas por 6% dos organismos da Madeira e por 10% dos Açores.
  • A utilização de software de código aberto na Administração Pública Regional para os sistemas operativos, para os servidores de Internet e para outro tipo de aplicações é, respectivamente, de 10%, 7% e 20% nos Açores, e 19%, 21% e 22% na Madeira.

3) Relativamente às Câmaras Municipais

  • Todas as Câmaras Municipais dispõem de ligação à Internet, 78% com uma velocidade superior ou igual a 512 Kbps, sendo que 78% tem ligações superiores ou iguais a 2 Mbps tendo-se verificado neste tipo de ligações um crescimento de 22% em relação ao ano anterior.
  • A Internet é fundamentalmente utilizada para actividades de pesquisa e de comunicação: procura e recolha de informação/documentação (97%), correio electrónico (99%) e troca electrónica de ficheiros (94%). A actividade com maior crescimento foi a de compras electrónicas que quase duplicou, passando a ocorrer em 29% das Câmaras Municipais.
  • 97% das Câmaras Municipais tem presença na Internet.
  • Nos serviços disponibilizados em sítios das Câmaras Municipais na Internet prevalece o correio electrónico (78%), sendo que 77% das Câmaras Municipais com presença na Internet disponibiliza o download e a impressão de formulários, e 47% disponibiliza a subscrição de newsletters na Internet.
  • Respectivamente 51%, 36% e 47% das Câmaras Municipais usa software de código aberto para os sistemas operativos, para os servidores de Internet e para outro tipo de aplicações.
  • 25% das Câmaras Municipais efectua encomendas através da Internet.

4) Relativamente às Empresas

  • 90% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas tem acesso à Internet, e 77% em banda larga. Estes números sobem para 98% e 89% para médias empresas, e para 100% e 97% para grandes empresas. Nas empresas do sector financeiro o acesso à Internet é de 99% e em banda larga 95%.
  • No indicador de acesso a Internet em banda larga para grandes empresas de todos os sectores menos o financeiro, segundo o EUROSTAT, Portugal ocupa o 7º lugar da UE27, depois de Chipre, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Áustria e Bélgica e ex-aequo com Alemanha, Luxemburgo, Reino Unido e Suécia. Para médias empresas de todos os sectores menos o financeiro, também segundo o EUROSTAT, Portugal ocupa o 9º lugar, depois de Espanha, países nórdicos, Bélgica, Alemanha, Eslovénia e Itália.
  • Nos sectores da Construção e do Comércio, o aumento das empresas com ligação em banda larga de 2006 para 2007 foi de 33%, e o aumento da percentagem de empresas de Construção com presença na Internet foi de 80%.
  • 73% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas utiliza a Internet para interagir com o Estado, o que corresponde a um aumento de 20% de 2006 para 2007. No sector financeiro, a utilização da Internet para interacção com o Estado sobe para 95%.
  • 66% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas de todos os sectores menos o financeiro preenchem e enviam formulários online para o Estado, o que põe Portugal no 3º lugar da UE27 neste indicador, logo depois da Finlândia e da Irlanda, e muito acima da média da UE27 que é 43%. No sector financeiro, o valor deste indicador sobe para 92%.

5) Relativamente às Famílias

  • 90%, 81% e 24% das pessoas (de 16 a 74 anos) com, respectivamente, educação superior, secundária, e de 9º ano ou inferior, utilizam Internet. Portugal ocupa nestes indicadores, respectivamente o 7º, 5º e 21º lugar na UE, nos dois primeiros casos apenas junto aos países nórdicos, Holanda, Luxemburgo, França e Reino Unido.
  • A utilização de computador nos indivíduos com nível de educação superior, secundária e de 9º ano ou inferior é, respectivamente, 94%, 88% e 30%. Estes valores em 2005 eram, respectivamente, 90%, 86% e 24%. Também aqui se verifica um maior crescimento (média anual de 12%) no grupo de nível educacional mais baixo, com os valores nos grupos de educação secundária e superior a crescerem moderadamente, mas tendo atingido já percentagens muito elevadas. Na verdade, em 2007 Portugal situou-se nestes dois grupos, respectivamente, na 4ª e na 6ª melhor posição entre os países da UE27, no primeiro grupo apenas abaixo da Holanda, Luxemburgo e Suécia, e no segundo apenas abaixo destes países e dos outros dois países nórdicos, ex-aequo com o Reino Unido.
  • 97% e 99% dos estudantes usam, respectivamente, Internet e computador. Portugal ocupa nestes indicadores, respectivamente, o 8ª e o 4ª lugar na UE27, ex-aequo com Áustria, Dinamarca e Letónia na utilização da Internet, e com Alemanha, Áustria, Luxemburgo e Suécia na utilização de computador. São sinais de uma eficaz introdução da Internet e de computadores nas escolas, depois de Portugal ter sido em 2001 um dos países pioneiros na Europa na ligação de todas as escolas à Internet, assim como no início de 2006 foi um dos países pioneiros na Europa na ligação de todas as escolas públicas em banda larga.
  • 77% dos agregados familiares com Internet estão ligados em banda larga. Os agregados familiares com banda larga cresceram 27% no último ano.
  • As actividades realizadas na Internet indicadas por mais utilizadores são as actividades de comunicação, interacção e colocação de conteúdos – correio electrónico (84%), chats, messenger e semelhantes (57%), colocação de conteúdos em sítios como hi5, Myspace, Youtube ou SapoVídeo (53%) –, de pesquisa de informação sobre bens e serviços (83%), de consulta da Internet com o propósito de aprender (67%), de pesquisa de informação sobre saúde (45%), e de obtenção de informações de organismos da Administração Pública (42%). Os maiores aumentos de 2005 para 2007 observaram-se em telefonar/contactar por vídeoconferência (crescimento médio anual de 47%), no desenvolvimento de blogs (crescimento médio anual de 43%), na pesquisa de informações sobre a saúde (crescimento médio anual de 20%).
  • 67% das pessoas utilizam o Multibanco (o inquérito incluiu pela primeira vez dados sobre a utilização de Multibanco para comércio electrónico). As transacções de comércio electrónico pelo Multibanco realizadas por estas pessoas incluíram: carregamentos de telemóvel com saldo (76%), pagamentos de serviços de fornecimento de água, luz, telefone, TVcabo, etc. (57%), pagamentos de outras encomendas realizadas por outro meio que não a Internet (ex. compras por catálogo (14%), pagamentos de compras efectuadas através da Internet (10%), compra de bilhetes para espectáculos (9%), compra de bilhetes para transportes (9%)).
  • A percentagem de indivíduos entre os 16 e os 74 anos que faz encomendas ou compras através de transacções em páginas na Internet é apenas 6%, apesar de ter aumentado 50% desde 2005, e contrasta com 33% (83% dos utilizadores da Internet) pesquisarem informações sobre bens e serviços na Internet, e com as pessoas que utilizam o Multibanco para comércio electrónico (51% para carregamentos de telemóvel com saldo, 38% para pagamentos de serviços de fornecimentos de água, luz, telefone, TVcabo, etc., 9% para pagamentos de compras à distância não encomendadas pela Internet, 7% para pagamentos de compras efectuadas através da Internet, 6% para Compra de bilhetes para espectáculos, 6% Compra de bilhetes para transportes, que correspondem a, respectivamente, 76%, 57%, 34%, 14%, 10%, 9% e 9% dos utilizadores de Multibanco).
  • 22% das pessoas realizam pagamentos ao Estado pelo Multibanco (34% dos utilizadores de Multibanco).

6) Relativamente aos Hospitais (dados de 2006)

  • 97% dos hospitais tem ligações à Internet, principalmente por banda larga (94%), com 38% a terem ligações com larguras de banda maiores ou iguais a 2 Mbps.
  • Aproximadamente 17% dos hospitais com ligação à Internet disponibilizam acesso à rede aos doentes internados.
  • Nas funcionalidades disponibilizadas nos sítios dos hospitais na Internet, as expansões principais de 2004 para 2006 foram: duplicação da disponibilização de informação sobre prevenção e cuidados de saúde (agora em 50% dos sítios), quadruplicação de indicações sobre procedimentos em caso de emergência médica (agora 30% dos sítios), duplicação de tabelas de custos sobre serviços prestados (agora em 19% dos sítios).
  • 23% dos hospitais tem telemedecina, principalmente telediagnóstico e teleconsulta.

7) Relativamente à Educação e Formação em TIC

  • Todas as escolas públicas do ensino básico e secundário estão ligadas à Internet em banda larga desde 2006.
  • O número de computadores ligados à Internet nos estabelecimentos de ensino cresceu 22% de 2005/2006 para 2006/2007.
  • Em 2006/2007 o número de alunos por computador ligado à Internet no conjunto das escolas do ensino básico e secundário era 11,7, tendo decrescido mais de 16% em relação ao ano anterior.
  • O número de alunos inscritos pela 1ª vez no ensino superior em cursos de TIC cresceu 25% de 2005/2006 para 2006/2007, invertendo a tendência decrescente que se verificava desde 2002/2003 e ultrapassando o valor desse ano lectivo.

8) Relativamente às Comunicações Electrónicas

  • A penetração do Serviço Telefónico Móvel na população é 122%.
  • Os subscritores do serviço de distribuição de televisão por cabo representam cerca de 27% do total dos alojamentos portugueses.
  • No 3º trimestre de 2007, a taxa de penetração do acesso à Internet em banda larga na população situava-se nos 15% para os acessos fixos (mais 64% do que no 1º trimestre de 2005).
  • Também no 3º trimestre de 2007, a penetração da banda larga móvel era 11%, medida na base das pessoas com acesso á Internet em banda larga móvel e que a usaram pelo menos uma vez. O crescimento do 1º para o 3º trimestre de 2007 foi de 38%, o que é muito elevado e ainda fica reforçado observando que no 2º trimestre de 2006 este valor era apenas 1,8%, ou seja, em um ano este valor sextuplicou). Face a esta nova evolução, a observação da penetração do acesso à Internet em banda larga tem de ter em conta o acesso móvel, visto que este está a assumir um valor muito significativo em relação ao fixo.
Última actualização ( 04/01/2008 )