Empresas
De acordo com dados de Janeiro de 2007, 95% das empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço usam computador, 84% utilizam correio electrónico e 90% dispõem de acesso à Internet. Para médias empresas (50 a 249 empregados) estes três indicadores são todos 99% e para grandes empresas (250 ou mais empregados) são 100%. A percentagem das empresas com 10 ou mais pessoas com ligação em banda larga à Internet é 76%, valor que sobe para 89% nas médias empresas e para 97% nas grandes empresas. Nas empresas do sector financeiro o acesso à Internet é de 99% e em banda larga 95%.
No indicador de acesso a Internet em banda larga para grandes empresas de todos os sectores (não incluiu o sector financeiro), segundo o EUROSTAT, Portugal ocupa o 7º lugar da UE27, depois de Chipre, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Áustria e Bélgica e ex-aequo com Alemanha, Luxemburgo, Reino Unido e Suécia. Para médias empresas de todos os sectores Portugal ocupa o 9º lugar, depois de Espanha, países nórdicos, Bélgica, Alemanha, Eslovénia e Itália.
73% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas utiliza a Internet para interagir com o Estado. No sector financeiro, a utilização da Internet para interacção com o Estado sobe para 95%.
66% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas de todos os sectores (não incluiu o sector financeiro) preenchem e enviam formulários online para o Estado, o que põe Portugal no 3º lugar da UE27 neste indicador, logo depois da Finlândia e da Irlanda, e muito acima da média da UE27 que é 43%. No sector financeiro, o valor deste indicador sobe para 92%.
De acordo com o Programa de Acção Ligar Portugal (2005-2010), os projectos relativos a Empresas visam fomentar o emprego, a competitividade e a produtividade, nomeadamente estimulando:
- O desenvolvimento económico e a criação de novos empregos pelo alargamento e diversificação do mercado associado à mobilização social para o uso das TIC, pela procura de novos serviços e conteúdos digitais pelo Estado, pela regulação competitiva dos serviços de comunicações digitais, pelo estímulo à utilização crescente de TIC pelas empresas como elemento essencial à sua competitividade;
- A utilização crescente das TIC pelo tecido empresarial, apoiando as empresas na sua modernização, enquanto condição indispensável à sua competitividade internacional;
- O desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica, nomeadamente de software;
- A criação de condições para o desenvolvimento do tele-trabalho;
- A expansão do comércio electrónico;
- A generalização da facturação electrónica na maioria das transacções comerciais.
Exemplos de resultados e acções a assegurar são:
- Aumentar o número de empregos do sector das TIC para 3% do total de emprego (representando cerca de 44000 novos empregos);
- Aumentar a percentagem de trabalhadores que utilizam computadores ligados à Internet no emprego para pelo menos 40% (19% em 2004);
- Estimular a formação profissional a todos os níveis e a I&D em TIC, em empresas, instituições de ensino e laboratórios de investigação, promovendo a concorrência, a emergência de mercados demonstradores e a colaboração internacional;
- Estimular a oferta de sistemas geo-referenciados, transmitidos em banda larga, que possibilitem, nomeadamente, a gestão de informação ligada ao planeamento e ordenamento do território com a actividade turística;
- Promover a criação de novas empresas de base tecnológica, tirando partido das oportunidades abertas pelo SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial, nomeadamente promovendo o “capital semente” em articulação com instituições financeiras de um modo que estimule o desenvolvimento de uma “rede de capital” sustentável no médio e longo prazos;
- Viabilizar o crescimento de empresas existentes de base tecnológica, facilitando o acesso a mercados internacionais emergentes, nomeadamente nas áreas das TIC, de uma forma que promova a criação de emprego qualificado em C&T no sector privado;
- Estimular a atracção de novos talentos para Portugal, nomeadamente para o desenvolvimento empresarial de base tecnológica, promovendo a participação da C&T na política de captação de Investimento Directo Estrangeiro intensivo em tecnologia;
- Estimular as condições de desenvolvimento da I&D nas empresas e as parcerias entre empresas e instituições de investigação, no quadro nacional e internacional, estimulando e acompanhando a incorporação de I&D em investimentos e projectos de interesse público;
- Rever o funcionamento das contrapartidas das grandes compras públicas introduzindo nomeadamente o princípio de que pelo menos 20% das contrapartidas devem ser aplicadas no financiamento da I&D e Inovação;
- Estimular novos serviços de digitalização e visualização de informação e gestão documental;
- Apoiar o desenvolvimento e a disponibilização de software livre;
- Estimular o trabalho cooperativo e o tele-trabalho, fomentando a criação de novos conteúdos;
- Aumentar a utilização de comércio electrónico de forma regular para pelo menos 25% da população (3% em 2004);
- Estimular o pagamento electrónico de bens e serviços (nomeadamente através de tecnologias sem fios);
- Garantir a generalização da factura electrónica na maioria das transacções comerciais, obrigando-se o Estado a adoptar a prática da facturação electrónica até final de 2006.
Última actualização (11/03/2010)