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UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP
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b-on: Biblioteca do Conhecimento

A Biblioteca do Conhecimento Online (b-on) disponibiliza o acesso ilimitado e permanente nas instituições de investigação e do ensino superior aos textos integrais de cerca de 48.000 títulos, nomeadamente mais de 17.100 publicações científicas periódicas internacionais, 18.200 livros electrónicos (e-books), 12.400 títulos de proceedings e transactions e 10 bases de dados referenciais com vários milhões de registos.

Os títulos disponibilizados pela b-on são contratados a 14 editoras internacionais, através de assinaturas negociadas por um big deal a nível nacional com essas editoras. São ainda disponibilizados cerca de 5.600 outras publicações científicas periódicas a instituições que as subscrevam.

Ligação a b-on - Biblioteca do Conhecimento Online

Em 2010, o número de artigos descarregados por utilizadores desta biblioteca foi de 6,8 milhões, quando em 2009 foi de 6 milhões, em 2008 tinha sido 5,2 milhões, em 2007 tinha sido 4,2 milhões, em 2006 tinha sido 3,6 milhões, em 2005 tinha sido 3,4 milhões e em 2004 tinha sido 2,1 milhões, números que ilustram uma utilização muito elevada e um crescimento que quase correspondeu a triplicar em 2009 o valor de 2004.

Esta biblioteca começou a ser planeada em 1999, altura em que na programação do Quadro Comunitário de Apoio foi referida por "Biblioteca Nacional de C&T em Rede". Em 2000, o OCT – Observatório das Ciências e Tecnologias procedeu a um levantamento exaustivo das assinaturas de revistas científicas de todas as instituições portuguesas para preparar as negociações com as editoras, em 2001 foi disponibilizada a importante ferramenta de bibliografia científica Web of Knowledge, do Instituto de Informação Científica de Filadélfia, que permitiu o acesso a títulos, resumos e informação de citações e impactos de cerca de 8.500 revistas, incluindo registos desde 1945. Também em 2001 foi iniciada pelo OCT a negociação com as principais editoras, tendo a disponibilização dos textos integrais das primeiras 3.500 publicações, de 6 editoras, ficado assegurada em 2004.

A Biblioteca do Conhecimento Online permite hoje em dia o acesso fácil da comunidade científica e tecnológica nacional às principais publicações científicas internacionais em todas as instituições de investigação e do ensino superior do país, rompendo uma barreira que anteriormente dificultava o acesso à literatura científica.

A coordenação, o financiamento público e o acompanhamento da Biblioteca do Conhecimento Online são assegurados pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP e a respectiva infraestrutura técnica e de apoio aos utilizadores, bem como a relação comercial com os editores, é assegurada pela FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional.

A UMIC promoveu uma alteração profunda do modelo de financiamento e disponibilização da b-on em 2006, ano em que se procedeu à negociação de novos contratos com as editoras internacionais para o período 2007-2009. O modelo anterior assentava na divisão dos custos pelo “consórcio” das instituições utilizadoras públicas e privadas, principalmente universidades de acordo com critérios de imputação relativos à dimensão destas instituições, embora para o período 2004-2006 tivesse ficado assegurada a comparticipação de um pouco mais de metade dos custos totais por FEDER do Quadro Comunitário de Apoio III, através do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC), o que permitia que cada instituição pagasse nesse período menos de metade dos correspondentes custos. Este modelo tinha sérios problemas:

  • Não era sustentável para muitas das instituições públicas do ensino superior e de investigação científica, pela dificuldade interna de mobilizarem os recursos elevados necessários, assegurarem a sustentabilidade das suas contribuições quando mais do que duplicassem com o fim dos apoios dos fundos comunitários a partir de 2008 e, também, com os aumentos anuais dos custos de assinaturas que têm sido significativamente acima da inflação.
  • Devido aos elevados custos a enfrentar a partir dos orçamentos das instituições do ensino superior, estava a haver um movimento de fragmentação do conjunto dos títulos disponibilizados, com a solicitação de várias instituições para passarem a subscrever e a receber acesso apenas a um subconjunto do total mais directamente relacionado com as suas áreas maioritárias de investigação, de forma a poderem reduzir as suas contribuições para os custos (certas instituições de Engenharia e Tecnologias pretendiam subscrever um subconjunto que não incluísse ciências básicas e ciências sociais e humanas, certas instituições de Ciências Sociais e Humanas pretendiam desistir da subscrição das publicações de ciências básicas, ciências da saúde, engenharia e tecnologias, e certas instituições de Ciências da Saúde pretendiam subscrever apenas as publicações das ciências da vida e das ciências da saúde). Essa tendência era fortemente negativa para as actividades de investigação, inibindo o acesso à literatura científica dos investigadores das áreas minoritárias numa dada instituição e limitando as condições para a investigação interdisciplinar, enquanto que os custos totais nacionais, apesar de uma diferente distribuição pelas instituições, não teriam alterações significativas.
  • Uma esmagadora maioria das instituições utilizadoras são instituições públicas do ensino superior (correspondem a mais de 90% da imputação dos custos totais) pelo que a ideia liberal de participação destes utilizadores nos custos de assinatura, não fazia qualquer sentido no caso presente dado que:
    1. não se pretendia moderar a utilização destes recursos antes pelo contrário;
    2. os financiamentos das entidades públicas do ensino superior vinham de recursos públicos centrais pelo que a comparticipação do “consórcio” não constituía qualquer economia de recursos públicos;
    3. os custos públicos de gestão eram maiores no modelo adoptado em 2004 devido ao trabalho administrativo que criava nas várias instituições de utilizadores e ainda mais na FCCN onde o trabalho dedicado à cobrança das contribuições dessas instituições era elevado e requeria a afectação de recursos humanos ao longo de todo o ano.
  • Ou seja, os custos administrativos eram maiores para esse modelo “pseudo-liberal” do que para um modelo em que o financiamento público fosse assegurado centralmente.
  • As instituições do ensino superior politécnico reivindicavam uma alteração do algoritmo de imputação dos custos totais às várias instituições pois consideravam que o peso atribuído ao número de estudantes inscritos nas instituições era penalizador para o ensino politécnico porque a relação entre investigadores e alunos assim como a percentagem de alunos de pós-graduação nestas instituições é muito inferior à das universidades.
  • O modelo era complexo e gerador de fragmentações e conflitos no “consórcio” de utilizadores sem qualquer vantagem económica geral, antes pelo contrário com custos acrescidos.

O novo modelo de financiamento, em vigor desde 2007, envolve o financiamento público central dos custos imputados a instituições públicas, a partir do orçamento da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, da ordem de 14 milhões de euros em 2008, neste ano ainda comparticipados pelo FEDER do POSC.

O modelo de financiamento ficou de uma simplicidade absoluta ao mesmo tempo que eliminou os problemas acima apontados. De um dia para o outro desapareceram as tendências de fragmentação, reduziram-se os custos públicos administrativos e de cobrança, desapareceram as tendências de conflitualidade que vinham a despontar no “consórcio” de utilizadores. Como benefício adicional, praticamente sem aumento de custos para o país, foi possível assegurar o acesso universal à colecção completa da Biblioteca do Conhecimento Online a todas as instituições públicas do ensino superior e a todos os Laboratórios do Estado e unidades de investigação aprovadas pelo sistema de avaliação internacional da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP, quando anteriormente alguns institutos politécnicos públicos, Laboratórios do Estado e unidades de investigação aprovadas nas avaliações da FCT não tinham acesso a esta biblioteca.

Um outro aspecto organizacional resolvido pela UMIC em 2007 foi a unificação da gestão da Biblioteca do Conhecimento Online (b-on) com a da Web of Knowlege, que até à altura era gerida pelo OCES – Observatório da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, ficando ambas na FCCN e sob a responsabilidade e com o financiamento da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, com vantagens administrativas e económicas evidentes.

No dia 22 de Julho de 2009, a FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional disponibilizou um novo portal da b-on, com melhor usabilidade e, pela primeira vez, satisfazendo a 100% as directrizes de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais do W3C – World Wide Web Consortium (nível AAA das WCAG – Directrizes de Acessibilidade de Conteúdos na Web 1.0 da WAI – Iniciativa de Acessibilidade da Web do W3C). O portal da b-on junta-se, assim, ao restrito número de sítios na Internet com dimensão média ou elevada que satisfazem completamente as directrizes de acessibilidade do W3C, como é o caso há cerca de um ano e meio do sítio da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP.

A área de acesso geral do portal da b-on conta agora com uma secção dedicada a cada tipo de utilizadores, designadamente estudantes, professores, investigadores, profissionais de saúde e bibliotecários, uma secção de ajuda renovada e enriquecida por um conjunto de módulos de e-learning e, finalmente, uma secção de testemunhos de utilizadores e de recolha de sugestões. Numa área de acesso restrito o sítio coloca ao dispor dos bibliotecários os dados da instituição aderente, informação suplementar relativa a comunicação e disseminação, formação, vários recursos e ainda dados de utilização. O portal da b-on foi desenvolvido pela equipa da b-on na FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional e por uma empresa nacional de relevo nesta área. O projecto contou ainda com o apoio de elementos externos que participaram nos testes de usabilidade. O novo portal foi certificado pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP relativamente a acessibilidade e teve o apoio do Grupo Acesso da UMIC para a melhoria da acessibilidade ao longo do seu desenvolvimento. Este portal, além de funcionar com o tradicional protocolo IPv4, é agora compatível com o protocolo IPv6 desenvolvido para ultrapassar as limitações de endereçamento na Internet que no protocolo IPv4 serão esgotadas nos próximos anos.

A b-on: Biblioteca do Conhecimento Online tornou-se um instrumento imprescindível e de uso praticamente diário pela comunidade científica e académica portuguesa, mesmo quando insuspeitado pois simples pesquisas no Google a partir de computadores instalados nas redes das instituições científicas e do ensino superior, os quais têm acesso automático à b-on, podem dar acesso a conteúdos da b-on que não estariam disponíveis se a assinatura nacional dos conteúdos dessa biblioteca não estivesse assegurada, através da FCCN e com financiamento da UMIC (comparticipado pelo POSC até Junho de 2009), para utilização livre nas instituições científicas e do ensino superior público e nas instituições aderentes do ensino superior privado. Com a b-on, a comunidade científica e académica de Portugal dispõe de um dos mais abrangentes e fáceis de usar serviços de bibliotecas científicas online do mundo, dado que o sistema é disponibilizado à escala nacional e pode ser livremente utilizado a partir de qualquer computador instalado nas redes das instituições científicas e do ensino superior.

A Biblioteca do Conhecimento Online está acessível em http://www.b-on.pt onde também podem ser obtidas informações adicionais sobre este assunto.

Última actualização ( 21/02/2011 )