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Estudo “A Utilização de Internet em Portugal 2010” no Quadro do “World Internet Project“

Logotipo do LINI – Lisbon Internet and Networks InstituteÉ hoje, 10 de Novembro de 2010, disponibilizado publicamente, sob uma licença Creative Commons, o estudo "A Utilização da Internet em Portugal 2010", elaborado pelo LINI – Lisbon Internet and Networks Institute com o apoio da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP e respeitante a dados recolhidos por entrevistas entre em 14-25 de Maio de 2010.

Este estudo foi realizado no quadro do WIP – World Internet Project, em que a participação de Portugal é assegurada pelo LINI – Lisbon Internet and Networks Institute, no âmbito de um protocolo de colaboração entre o CIES – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, que integra o LINI, e a UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP.

A reunião anual do WIP – World Internet Project realizou-se este ano em Lisboa, nos dias 5-7 de Julho. Os resultados preliminares do estudo, designadamente os respeitantes a Redes Sociais, foram apresentados na sessão “Redes Sociais – oportunidades e desafios” do Forum para a Sociedade da Informação – Governação da Internet, organizado pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP no dia 8 de Julho de 2010. Nesta sessão foram apresentados e debatidos dados da realidade das Redes Sociais em países dos vários continentes do mundo por investigadores dos respectivos países (África do Sul, Austrália, Chile, Macau/China, Portugal, Reino Unido) que apresentaram uma interessante diversidade de características das realidades das redes sociais nos diferentes países.

Neste ano já se realizaram três reuniões do Forum para a Sociedade da Informação da UMIC, designadamente o Forum para a Sociedade da Informação – Internet do Futuro no dia 10 de Maio, o Forum para a Sociedade da Informação – Governação da Internet no dia 8 de Julho, o Forum para a Sociedade da Informação Forum SI – Economia Digital no dia 12 de Outubro.

O WIP – World Internet Project foi fundado em 1999 pelo Center for the Digital Future da Universidade da Califórnia do Sul com o objectivo de avaliar os impactos sociais da utilização da Internet numa perspectiva multinacional. Envolve presentemente 32 países dos vários continentes, incluindo Portugal que é representado pelo LINI - Lisbon Internet and Networks Institute, sob a coordenação do Professor Gustavo Cardoso do CIES – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE.

Dos resultados do estudo citam-se aqui os seguintes:

  • A actividade realizada pela parcela mais larga de internautas em Portugal é o envio e recepção de e-mails (89%). Os serviços de instant messaging são utilizados com frequência mensal ou superior por 75% dos utilizadores de net. As redes sociais são a terceira actividade de comunicação mais disseminada entre internautas, usadas por mais de metade destes (56%).

  • Para procurar notícias, servem-se da net 69% dos internautas nacionais. Para fins informativos, em segundo lugar surge o uso de enciclopédias online (como a Wikipedia), por 40% dos utilizadores de Internet. A procura de conteúdos humorísticos (35%), de informação sobre saúde (34%) e a leitura de blogues (33%) são actividades de cariz informativo praticadas por um terço ou mais dos internautas portugueses.

  • Na categoria de bens e serviços, as actividades mais praticadas prendem-se mais com a procura de informação do que com a realização de transacções electrónicas. Pouco menos de metade (47%) dos internautas portugueses procura informação sobre produtos e aproximadamente um quinto (21%) lê críticas de outros utilizadores. Um quinto dos internautas (20%) faz pagamento de contas online, enquanto 18% utiliza serviços de ebanking. A compra bens ou serviços restringe-se a 18% dos internautas.

  • A Internet é usada para procura ou verificação de factos por 42% dos internautas; um terço (33%) utiliza para pesquisar definições de palavras; em terceiro lugar, com propósitos educativos, está a busca de informação para a escola ou universidade (por 28% dos utilizadores de Internet).

  • A partilha de conteúdos criados ou editados pelo utilizador é praticada por 36% dos internautas portugueses. Os conteúdos gerados por grande parte dos utilizadores (30%) são actualizações de status em programas de instant messaging ou em redes sociais, ou comentários em blogs ou murais de outros internautas (25%). O upload de fotografias é praticado por menos de um quarto (24%) dos utilizadores de Internet.

  • As redes sociais são utilizadas por 56% dos internautas em Portugal, de acordo com os dados relativos a 2010. O Hi5 continua a ser a rede social mais utilizada (por 43% dos internautas). O Facebook é segunda rede mais utilizada, com 40% de internautas de Portugal inscritos no primeiro trimestre do ano.

  • Das funcionalidades disponíveis nas redes sociais, os seus utilizadores fazem mais uso das ferramentas de comunicação – envio de mensagens (84%) e serviço de chat (48%), seguido pela procura ou sugestão a outros de amigos para adicionar à rede pessoal (47%). No ranking das funcionalidades, em quarto lugar encontra-se a criação de álbuns para partilha de fotografias (46%).

  • Quase metade dos utilizadores de redes sociais (45%) declarou ter mais de 100 amigos na sua rede de contactos. A parcela de utilizadores com uma malha de contactos restrita (até 50 pessoas adicionadas na sua área na rede) representa pouco mais de um quarto (28%) do conjunto de internautas presentes nas redes sociais.

  • Nos sites de redes sociais, 78% dos utilizadores declararam ter maioritariamente pessoas de conhecimento pessoal na sua lista de amigos virtuais. Foram 22% os respondentes que declararam estar maioritariamente relacionado com pessoas que não conhece pessoalmente.

  • Quanto aos motivos para aderir a uma rede social declarados pelos respondentes, não são mutuamente exclusivos e têm, nalguns casos, relação lógica entre si. O primeiro motivo apontado prende-se com a possibilidade de manter contactos à distância (88%). Em segundo lugar, um motivo relacionado com o sentido de proximidade e pertença: o facto de a maioria das pessoas conhecidas já estar inscrita levou 84% dos utilizadores de redes sociais a inscrever-se. A possibilidade de partilha (de pensamentos, comentários, vídeos e fotos) na plataforma foi indicada por 84% dos utilizadores. O fortalecimento de laços sociais já existentes offline foi apresentado por 80% dos utilizadores como motivo para inscrição numa rede social. Logo abaixo estão os utilizadores que aderiram porque foram convidados (80%). A intenção de conhecer novas pessoas motivou 79% dos utilizadores de redes sociais a aderir a estas. Os motivos profissionais surgem no fundo da lista, enunciados por apenas 40% dos actuais utilizadores de uma das redes sociais na net.

Última actualização ( 10/11/2010 )