Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa

Cursos

As Ciências e a Filosofia da Natureza no Romantismo

Prof. Gildo Magalhães
(Universidade de S. Paulo - USP / CFCUL)

Sessões

1ª sessão, A Unidade do Mundo, a Naturphilosophie e o Eletromagnetismo, 27 de Junho, FCUL, 
Edifíco C1, 3º Piso, Sala 1.3.29, das 15 às 17 horas
2ª sessão
, A Metafísica da Ciência: Eletromagnetismo e Teorias da Evolução, 29 de Junho, FCUL, 
Edifíco C1, 3º Piso, Sala 1.3.29, das 15 às 17 horas

Resumo

Até que ponto a teoria da electricidade e do magnetismo na primeira metade do Século XIX deve seu desenvolvimento a conceitos imbuídos da chamada Naturphilosophie? Os sucessos de Oersted e Faraday são geralmente considerados como o ponto culminante dessas influências. 

Uma primeira hipótese é que possivelmente vários outros físicos deveram mais a essas orientações idealistas do que se costuma conceder. Um ponto de partida para uma visão mais profunda desse período em que os fundamentos do electromagnetismo foram estabelecidos é considerar como a então dissidente teoria ondulatória da luz progrediu em meio ao cenário de conflito com os paradigmáticos “corpúsculos” de luz e o mecanicismo dominante. Com isso surge uma segunda hipótese: a de que foi devido à inspiração de princípios filosóficos dela advindos que a unificação da electricidade com o magnetismo, a luz e a gravitação foi tentada muito antes do que a historiografia usual da ciência parece se dar conta.

 Uma terceira investigação proposta nessa linha da unificação é de como, a exemplo do electromagnetismo, as teorias da evolução biológica teriam se apoiado em premissas universalistas propostas por filósofos da Naturphilosophie.