A Tecnoforma anunciou esta sexta-feira que vai processar
criminalmente o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional Miguel
Poiares Maduro por "declarações proferidas publicamente" no âmbito do
"caso Tecnoforma", relacionado com pagamentos ao primeiro-ministro Pedro
Passos Coelho. Ana Gomes e Pacheco Pereira serão também de participação.
A eurodeputada Ana Gomes e o historiador e comentador político José Pacheco Pereira são outras das pessoas contra quem a Tecnoforma vai participar criminalmente, por se sentir "lesada no seu bom nome, prestígio e credibilidade", segundo um comunicado assinado pela administração da Tecnoforma - Formação e Consultoria e divulgado esta sexta-feira pelos advogados da empresa.
Alegando estar em causa a prática de crimes "contra a sua honra e consideração", a Tecnoforma refere, em comunicado citado pela agência Lusa, que vai ainda participar criminalmente contra os jornalistas José António Cerejo e Clara Ferreira Alves, bem como contra o jornal "Público" e a Impresa Publishing.
A empresa adianta que "oportunamente", no contexto dos procedimentos criminais instaurados, irá ainda mover um pedido de "responsabilização civil" das pessoas contra quem participou criminalmente.
Em conferência de imprensa realizada a 26 de setembro, o advogado da Tecnoforma, Cristóvão Costa Carvalho, já tinha revelado a intenção da empresa agir judicialmente contra jornalistas e comentadores, pelo "monstro que criaram e que gerou uma grande confusão".
Na altura, referiu que entre os visados estava "um membro do atual executivo", mas sem adiantar a identidade.