A disciplina de Biologia Vegetal é uma disciplina semestral obrigatória no curriculum dos alunos do 1º ano das licenciatura em Biologia. Tem como objectivos evidenciar os aspectos da evolução e adaptação na diversidade das plantas, tendo sempre presente as interacções com microrganismos e animais, determinantes na evolução das comunidades vegetais. As matérias serão apresentadas numa perspectiva global, a partir do estudo integrado das estruturas e dos processos biológicos a elas associados, por forma a evidenciar a origem e evolução dos organismos e a sua integração em sistemas biológicos que se autoperpetuam.

A parte prática aparece como uma demonstração e observação dos conhecimentos teóricos, incidindo sobretudo na diversidade dos diferentes grupos de organismos fotossintéticos e nas suas características diagnosticantes. As aulas são compostas por aulas de laboratório e de campo, consoante o tipo de matéria que se dá na teórica. As aulas de campo contemplam uma visita ao Jardim Botânico – Museu Nacional de História Natural e uma saída de campo de dia inteiro a local junto a Lisboa onde os alunos possam ir pelos seus meios próprios.

1. Introdução. São apresentados os cinco reinos do mundo vivo, na perspectiva evolutiva da complexidade estrutural, fazendo realçar as interdependências e relações, na fronteira entre a biologia microbiana e a biologia vegetal. A química e a biologia molecular como ferramentas na classificação dos organismos.

2. Microalgas e macroalgas, biologia, classificação, características reprodutivas e ecologia.

3. A invasão da terra. Plantas terrestres, evolução e estratégias adaptativas mais importantes.

4. Plantas não vasculares e vasculares sem semente, origens e adaptações ecológicas a habitats específicos. Teorias correntes relativas à evolução destes grupos e sua classificação.

5. Plantas com semente, origem, aspectos particulares da reprodução e classificação das gimnospérmicas. Aspectos ecológicos, morfológicos, anatómicos e importância económica da madeira. Origem e desenvolvimento da estrutura secundária do caule.

6. Plantas com flôr, dominância e sucesso, nos actuais ecossistemas terrestres das angiospérmicas. Organização modular, crescimento e diferenciação, anatomia vegetativa e reprodutiva. Significado e estrutura da flôr, na evolução da relação planta-animal e como características diagnosticantes na classificação taxonómica.

As algas. Diversidade de forma e habitats
Briófitos. Hepáticas, briófitos e antocerota
Ptéridófitos. Diversidade de formas e estruturas reprodutoras
Gimnospérmicas. Principais características morfológicas e reprodutoras
Angiospérmicas. Diversidade de flores. Características morfológicas diagnosticantes.
Identificação de famílias de angiospérmicas.

Raven, Evert & Eichhorn (2005). Biology of Plants. W. H. Freeman
Mauseth JD (2003). Botany. An Introduction to Plant Biology. Jones and Bartlett Publishers.