...........................................................................CICLO DE CONFERÊNCIAS.................................................................
Novembro a Fevereiro
18h00 | Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian
Entrada livre
PROGRAMA
Transmissão directa nos espaços adjacentes
Videodifusão: http://live.fccn.pt/fcg
Tradução simultânea
17 de Novembro de 2010
'Taking it on Trust' in images of Nature
Martin Kemp
Resumo: As imagens nas ciências naturais exploram a retórica visual (em certa medida inventada na arte) de forma a colocar-nos na posição de testemunha virtual, para nos convencer da realidade da imagem, ou então para afirmar a precisão irrefutável dos dados visuais. Elas desempenham ainda um papel nos cenários sociais em que ocorrem, nomeadamente na produção e comercialização dos livros em que aparecem. Os exemplos estendem-se desde a Renascença até à actualidade. Agora, como então, aceitamos de bom grado o factor “confiança” na aceitação da veracidade de uma representação.
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15 de Dezembro de 2010
The Problem of a Picture of an Atom
Christopher Toumey
Resumo: A credibilidade da nanotecnologia advém em grande parte do facto de produzir imagens detalhadas e atraentes de átomos, moléculas e outros objectos da nanoescala. Mas essas imagens não são como as fotografias. No caso da fotografia, pode comparar-se a foto de um objecto com o objecto em si, de forma a verificar se a foto constitui uma imagem fiel do objecto. As nanoimagens, porém, são interpretações visuais de dados electrónicos, e geralmente incluem uma série de melhorias artificiais. Isto significa que uma imagem de um átomo ou de uma molécula não é uma imagem fiel de um átomo ou de uma molécula.
Depois de apresentar o problema, esta comunicação irá traçar a história da microscopia electrónica até aos nossos dias e à situação actual da nanoimagens. Em seguida, para explorar o modo como podemos obter o máximo benefício a partir do conhecimento visual contido nas nanoimagens, irei rever alguns princípios da teoria Cubista inicial. Podemos aplicar esses princípios às nanoimagens: em vez de abandonar nanoimagens problemáticas, podemos entender melhor as imagens de objectos à nanoescala olhando para eles da mesma forma com que os primeiros Cubistas olharam os objectos por eles pintados..............................................................................................................................................................................................
19 de Janeiro de 2011
Visiting Time: The Renegotiation of Time through Time-Based Art
Boris Groys
Resumo: Na nossa cultura, temos dois modelos diferentes que nos permitem sincronizar o tempo de contemplação e o tempo da obra de arte em si: a imobilização da obra de arte e a imobilização do espectador. A imobilização da imagem no espaço expositivo, do texto no livro, de textos e imagens no ecrã do computador ou, por outro lado, a imobilização do espectador no teatro, no cinema, nos concertos, em frente à televisão, etc. Ambos os modelos falham, porém, no caso da chamada arte baseada no tempo, por exemplo, quando as imagens em movimento são transferidas para o espaço de exposição (museus, galerias, etc.). Neste caso, as imagens estão em movimento, mas os espectadores também continuam a mover-se. É óbvio que isso causa uma situação em que as expectativas contraditórias de uma visita a um cinema ou de uma visita a um museu, entram em conflito – o visitante é enviado para uma vídeo-instalação num estado de dúvida e desamparo. O tempo começa, pois, a ser experimentado, conceptualizado e tematizado de formas novas. Através da renegociação da relação entre o tempo de contemplação e o tempo do processo contemplado.
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2 de Fevereiro de 2011
Functional Images of the Brain: Beauty, Bounty, and Beyond
Judy Illes
Resumo: Poucas áreas do conhecimento trazem mudanças fundamentais tão rapidamente quanto a ciência e a medicina. Esta palestra incidirá sobre as possibilidades cada vez maiores para adquirir assinaturas do “self” – dos genes ao cérebro – através do uso da ressonância magnética funcional bem como de outras neurotecnologias modernas. Quais são as implicações dos novos avanços para a compreensão das pessoas enquanto seres biológicos, para o bem-estar do cérebro e para a sociedade? As respostas a estas questões residem no delicado equilíbrio entre conhecimento, autonomia, valores e privacidade..............................................................................................................................................................................................
Informações | Estabelecimentos de ensino interessados em participar:
Serviço de Ciência
Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna 45A – 1067-001 LISBOA
T. +351217823525 | E. randrade@gulbenkian.pt
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Este colóquio integra-se nas Comemorações do
Centenário da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Ciências