A integração de imigrantes foi o tema em destaque de uma Palestra realizada, dia 2 de fevereiro, no Consulado do Brasil de Lisboa, perante uma plateia constituída por mais de 20 cidadãos(ãs) brasileiros(as) a residir em Portugal.

A iniciativa, promovida pelo ENCCEJA Exterior - Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), contou com a presença do Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, do Conselheiro do Consulado do Brasil em Portugal, Dijalma da Silva, e da Presidente do Conselho de Cidadãos e Cidadãs Brasileiras em Portugal, Rejane Lima.

A ação dirigiu-se aos alunos brasileiros que frequentam o ENCCEJA em Portugal.  “Trata-se de uma certificação ao nível de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, oferecido aos jovens e adultos brasileiros residentes no Exterior, que não tiveram a oportunidade de concluir os seus estudos na idade apropriada”, explica a coordenadora do projeto.

 

A responsável não deixou de manifestar a sua satisfação pelo sucesso deste projeto brasileiro implantado em Portugal: “ trouxemos aos brasileiros uma nova razão de vida através da vida académica (…) terminar o 12º ano significa poder pensar em seguir o ensino universitário e melhorar a qualidade de vida”, realça a responsável.
Em Lisboa, este projeto iniciou em 2013 e o balanço não poderia ser melhor: “muito positivo mesmo!  Mais de 50 % dos alunos conseguem aprovação no final e os que não são aprovados nalguma matéria conseguem fazê-lo no ano seguinte”. As desistências “são mínimas”, afiança Rejani

Nas aulas presenciais, o ENCCEJA Exterior conta com cerca de 50 alunos, mas, no total, são mais de 200 alunos inscritos: “temos a vertente do ensino à distância e possibilitamos o estudo em casa através de videoconferências e há muitos que preferem essa via”, explica a coordenadora, revelando também que a maior parte dos alunos “enquadra-se na faixa etária dos 35 a 50 anos”.
O ENCCEJA é um exame gratuito e de participação voluntária, possibilitando a aferição de competências, habilidades e saberes adquiridos pelos educandos tanto no processo formal de escolarização quanto em processos informais.

 

 

Pedro Calado frisou a importância dos programas criados pelo ACM “para facilitar a integração”, como o “Mentores para Migrantes”, bem como dos serviços de apoio existentes no Centro de Apoio ao Imigrante (CNAI), concebido exatamente para fazer face às necessidades dos imigrantes.
Nesta palestra, o Alto-comissário fez-se acompanhar de mais dois membros da equipa ACM, Bárbara Duque, responsável pelo Programa Mentores, e Mário Ribeiro, coordenador dos CNAI, atualmente existentes em Lisboa, Porto e Faro.

 

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