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Dados de Inquéritos sobre a Sociedade da Informação em Portugal 2010

 - 21/07/2011

Logotipo do Observatório da Sociedade da Informação e do ConhecimentoA publicação Sociedade da Informação em Portugal 2010 ((i) Comunicações Electrónicas, (ii) População e TIC, (iii) Administração Pública Electrónica, (iv) Educação e Formação em TIC, (v) TIC nos Hospitais, (vi) As TIC nas Empresas, (vii) As TIC nos Estabelecimentos Hoteleiros, (viii) e-Ciência: As TIC na Investigação Científica) permite ter uma perspectiva muito completa sobre a situação da Sociedade da Informação em Portugal em 2010 e a sua evolução nos últimos anos. Estes dados são compilados pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP a partir de vários inquéritos da responsabilidade de entidades públicas, a maioria de periodicidade anual, e são publicados anualmente de forma integrada desde 2006.

Os dados publicados incluem séries cronológicas desde o início da fase sistemática dos respectivos inquéritos até 2010, com excepção dos inquéritos relativos a Estabelecimentos Hoteleiros cujos últimos dados são de 2008 por se ter decidido que o inquérito seguinte se realizaria em 2011 e a partir daí de dois em dois anos. Também incluem benchmarkings de vários indicadores no âmbito dos Estados Membros da União Europeia (UE), em geral baseados em dados do EUROSTAT. Inclui-se a seguir, nesta notícia, um resumo dos principais resultados.

Pela primeira vez, esta compilação anual inclui um capítulo de dados sobre e-Ciência, ou seja sobre os instrumentos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ao serviço da investigação científica, incluindo informações sobre: (a) Infraestruturas (cobertura e conectividade do sistema nacional de ensino superior pela Rede de Ciência e Educação, cobertura deste sistema pelo sistema de autenticação de âmbito nacional de acesso sem fios Eduroam e-U: Campus Virtual, acesso a serviços de VoIP no sistema nacional de ensino superior público); (b) Conteúdos (número de publicações no sistema nacional de disponibilização online de publicações científicas internacionais em texto completo a utilizadores de instituições científicas e do ensino superior público (b-on Biblioteca do Conhecimento Online), cobertura do ensino superior público por este sistema, downloads de artigos realizados anualmente a partir deste sistema, número de repositórios institucionais e número de documentos no RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, cobertura do sistema nacional do ensino superior por estes repositórios institucionais); (c) Computação Distribuída (número de processadores e memória em disco da Infraestrutura Nacional de Computação Grid (INGRID), contribuição em jobs e em tempo de processamento computacional normalizado da INGRID a Enabling GRIDs for E-sciencE in Europe (EGEE)/European GRID Infrastructure (EGI)).

Como se pode ver a partir dos correspondentes dados, a e-Ciência é a área de aplicação das TIC em que se verificaram progressos mais acentuados nos últimos cinco anos, os quais levaram Portugal a integrar o grupo dos países da UE mais adiantados nesta área.

Também pela primeira vez, incluem-se nesta compilação dados sobre a utilização de TIC por jovens dos 10 aos 15 anos, e ainda dados de benchmarking com outros países da União Europeia (UE) para jovens de 15 anos de idade com base nos inquéritos realizados no âmbito do Programa para Avaliação Internacional de Estudantes (PISA) da OCDE. Em conjunto, estes dados permitem ter uma visão detalhada da utilização destas tecnologias neste segmento importante da população jovem.

Os dados incluem os resultados dos Inquéritos sobre as TIC na Administração Pública 2010 obtidos em inquéritos realizados pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP de Julho a Outubro de 2010, nomeadamente sobre a utilização das TIC na Administração Pública Central, na Administração Pública Regional (Açores e Madeira), e nas Câmaras Municipais, e publicados em 1 de Março de 2011. Incluem, também, os resultados dos inquéritos realizados em 2010 em colaboração entre o INE – Instituto Nacional de Estatística e a UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, nomeadamente à utilização das TIC pelas famílias, à utilização das TIC nas empresas, ambos relativos ao 1º trimestre de 2010 e dos quais já foram publicadas sínteses parciais pelo INE, embora esta seja a primeira publicação global dos dados destes inquéritos. Incluem-se, ainda, dados sobre comunicações electrónicas obtidos pela ANACOM, dados sobre as TIC nas escolas do ensino básico e secundário obtidos pelo GEPE – Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação do Ministério da Educação (embora não tenham ainda sido disponibilizado dados para o ano lectivo 2009/2010) e de formação em TIC no ensino superior obtidos em 2010 pelo GPEARI do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e dados sobre e-Ciência sobre infraestruturas e conteúdos de apoio à investigação científica obtidos pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP em colaboração com a FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional.

Destacam-se os dados seguintes:

  1. Quanto a e-Ciência, ou seja à utilização de TIC em actividades de investigação científica:
    • A conectividade internacional fornecida pela RCTS – Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade no final de 2010 era 20 Gbit/s (17 vezes a do final de 2005, quando era 1,2 Gbits/s).
    • 86% do sistema nacional do ensino superior estava coberto pela RCTS no final de 2009 (dimensão das instituições quantificada pelo número de alunos inscritos; os dados para 2010 aguardam a publicação pelo GPEARI do número de alunos inscritos nas instituições do ensino superior em 2010/2011). Esta cobertura era de 100% para o ensino superior público (aumento de 5 pontos percentuais desde o final de 2004) e 43% para o ensino superior privado (1,4 vezes o valor de 2004).
    • 55% do sistema nacional do ensino superior público estava coberto por fibra escura da RCTS no final de 2009, o óctuplo do final de 2004, e 62% do sistema nacional público universitário, quase o sêxtuplo do final de 2004 (dimensão das instituições quantificada pelo número de alunos inscritos; os dados para 2010 aguardam a publicação pelo GPEARI do número de alunos inscritos nas instituições do ensino superior em 2010/2011).
    • 92% do sistema nacional do ensino superior estava coberto pelo sistema nacional de autenticação Eduroam de acesso sem fios (e-U Campus Virtual) no final de 2009, mais de 13 vezes o valor do final de 2004 (dimensão das instituições quantificada pelo número de alunos inscritos; os dados para 2010 aguardam a publicação pelo GPEARI do número de alunos inscritos nas instituições do ensino superior em 2010/2011). A cobertura era de 100% para o ensino superior público (12,6 vezes o valor do final de 2004) e 67% para o ensino superior privado (15,6 vezes o valor do final de 2004).
    • 98% do sistema nacional do ensino superior público e 99% do sistema nacional público universitário estavam cobertos por serviços de Voz sobre IP (VoIP) no final de 2009, quando essa cobertura era 0% em 2007 (dimensão das instituições quantificada pelo número de alunos inscritos; os dados para 2010 aguardam a publicação pelo GPEARI do número de alunos inscritos nas instituições do ensino superior em 2010/2011).
    • 49.978 publicações científicas (19.201 publicações científicas periódicas, 18.363 e-books, 12.414 títulos de proceedings ou transactions) eram disponibilizados em 2010 a todas as instituições do ensino superior público pela RCTS (b-on Biblioteca do Conhecimento Online), a partir de aquisições aos principais editores científicos internacionais agregadas à escala nacional (“big deal” de âmbito nacional), mais do séptuplo de 2004.
    • Verificaram-se 5,6 milhões de downloads de artigos em texto completo de publicações científicas internacionais disponibilizadas através da b-on Biblioteca do Conhecimento Científico Online em 2010 (o dobro de 2005 e 3,3 vezes o valor de 2004).
    • 31 repositórios institucionais e 50.521 documentos estavam disponíveis através do RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal no final de 2010. O número de repositórios institucionais foi multiplicado por 31 e o número de documentos por mais de 80 desde o final de 2004, quando eram 1 e 626, respectivamente.
    • 55% do sistema nacional do ensino superior estava coberto por repositórios institucionais de acesso aberto no final de 2009, 13,5 vezes o valor do final de 2004 (dimensão das instituições quantificada pelo número de alunos inscritos; os dados para 2010 aguardam a publicação pelo GPEARI do número de alunos inscritos nas instituições do ensino superior em 2010/2011). A cobertura do ensino público universitário era 96%, 10,9 vezes o valor do final de 2004, a do ensino público politécnico era 27%, 67,5 vezes o valor do final de 2004, e a do ensino superior privado era 7% (foi 0% até ao final de 2008).
    • 2.092 CPU CORES e 743 TeraBytes de memória em disco eram disponibilizados pela infrastrutura da Iniciativa Nacional de Computação Grid (INGRID) no final de 2010, respectivamente, 30 e 33,7 vezes os valores do final de 2006, quando eram, respectivamente, 70 e 22 TeraBytes.
    • 5,6 milhões de jobs e 7 milhões de tempo de CPU em HEP-SPEC 06 CPU Wall Clock Hours foram a contribuição da INGRID para o projecto Enabling Grids for E-sciencE in Europe (EGEE) / European Grid Infrastructure (EGI), respectivamente 208 e 113 vezes o que tinha sido em 2006. Portugal contribuiu com 5% em jobs e em tempo de CPU para o projecto europeu, respectivamente 252 e 103 vezes a percentagem de contribuição em 2006. A EGI envolve todos os países da UE excepto a Áustria e Malta, e envolve ainda 8 países de fora da UE (Suíça, Croácia, Israel, Montenegro, Macedónia, Noruega, Sérvia, Turquia); em população Portugal representa 2,1% do total. Observa-se que Portugal é um dos países que mais contribui em Computação Grid na Europa relativamente à população (2,5 vezes a percentagem da população), quando em 2006 a contribuição de Portugal era quase nula (0,02% em jobs e 0,05% em tempo de CPU, ou seja, respectivamente 1 e 2,5 centésimos da percentagem da população).
  2. Relativamente às Comunicações Electrónicas (dados relativos ao 4º trimestre):
    • No final de 2010, a penetração do acesso à Internet em banda larga na população atingiu 44% (mais do quíntuplo do final de 2004, quando era 8%), 20% em acessos fixos (cerca de duas vezes e meia o que era no final de 2004) e 24% em acessos móveis activos no período de reporte (o quádruplo do que era no final de 2007). O aumento de clientes de banda larga móvel explodiu de 2005 para 2009.
    • Em penetração de banda larga fixa na população na UE27, Portugal (15%) era no final de 2010 o 6º país em ligações maiores ou iguais a 10 Mbit/s, ex-aequo com a Suécia e a seguir apenas a Holanda (22%), Dinamarca (19%), França (18%) e Bélgica (18%), e com um valor 1,5 vezes a média da UE27 (10%).
    • Em penetração de banda larga móvel na população relativa a serviços dedicados a dados (placas, modems, chaves), Portugal (12%) era no final de 2010 o 6º país da UE27, a seguir apenas a Finlândia (com 31%), Áustria (19%), Suécia (16%), Dinamarca (14%) e Irlanda (13%), e com quase o dobro da média da UE (7%).
    • Em penetração de banda larga móvel activa (utilização efectiva nos últimos 3 meses) na população na UE27, Portugal era no final de 2010 o 7º país da UE27 (com 38%), a seguir apenas a Suécia (76%), Dinamarca (62%), Finlândia (54%), Luxemburgo (46%), Irlanda (41%) e Polónia (41%).
    • O acesso a serviços de subscrição de TV por cabo, satélite, fibra óptica ou outros meios (xDSL/IP, FWA) é uma nova realidade, com 49% de penetração nos agregados familiares, um valor 1,5 vezes o do final de 2005.
  3. Relativamente à Educação e Formação em TIC:
    • Todas as escolas públicas do ensino básico e secundário estão ligadas à Internet em banda larga desde 2006.
    • O número de computadores ligados à Internet nos estabelecimentos de ensino mais que septuplicou de 2004/2005 para 2008/2009. As escolas tinham em 2008/2009 cerca do dobro de computadores desktop e 18 vezes mais computadores portáteis do que apenas dois anos antes, em 2006/2007.
    • Em 2008/2009 o número de alunos por computador ligado à Internet no conjunto das escolas do ensino básico e secundário foi 2,3, tendo decrescido para menos de 1/7 do que era em 2004/2005 quando o número de alunos por computador com ligação à Internet era 16,1. Esta evolução positiva é ainda mais acentuada no ensino público: de 2004/2005 para 2008/2009 o número de alunos por computador com ligação à Internet passou de 18,2 para 2,2, isto é decresceu para menos de 1/8 do que era em 2004/2005. A situação é agora melhor no ensino público do que no privado, quando em 2004/2005 o privado tinha mais do dobro de computadores por aluno.
    • O número de alunos inscritos pela 1ª vez no ensino superior em cursos de TIC aumentou 51% de 2005/2006 para 2009/2010.
    • Nos jovens estudantes de 15 anos, entre os 25 países da UE na OCDE considerados nos inquéritos realizados em 2009 no âmbito do PISA da OCDE (para alguns indicadores há dados para apenas 17 países da UE, embora para a maioria dos indicadores haja dados para mais de 20 países), Portugal é:
      • nos alunos que:
        • usam correio electrónico em casa para comunicar com colegas sobre trabalhos escolares (54%), muito acima da média dos países da OCDE considerados (34%).
        • afirmam conseguir criar uma base de dados com computador muito bem e sem ajuda (46%), muito acima da média (27%).
        • afirmam conseguir criar uma apresentação com computador muito bem e sem ajuda (90%), 1,6 vezes a percentagem de seis anos antes, e muito acima da média (71%). Este 1º lugar verifica-se entre rapazes, entre raparigas, entre alunos do nível socioeconómico e cultural mais elevado (quartil superior) e alunos do nível socioeconómico e cultural mais baixo (quartil inferior). Portugal é o 2º país com menor diferença neste indicador entre os alunos com mais elevado e mais baixo nível socioeconómico e cultural (10 pontos percentuais), muito abaixo da média (18 pontos percentuais); seis anos antes a diferença em Portugal era de 23 pontos percentuais, acima da diferença média (18 pontos percentuais).
        • afirmam conseguir criar uma apresentação multimédia (com som, imagem e vídeo) com computador muito bem e sem ajuda (72%), muito acima da média (54%) e quase o dobro da percentagem seis anos antes (37%), e este 1º lugar verifica-se entre rapazes, raparigas e alunos do nível socioeconómico e cultural mais elevado, e o 2º lugar entre alunos do nível socioeconómico e cultural mais baixo.
      • nos alunos que:
        • usam a Internet em casa para fazer trabalhos escolares (61%), muito acima da média (46%).
        • usam correio electrónico em casa para comunicar com professores (25%), muito acima da média (14%).
      • nos alunos que:
        • usam computadores portáteis na escola (25%), muito acima da média (19%).
        • afirmam conseguir editar fotografias digitais ou outras imagens gráficas em computador muito bem e sem ajuda (76%), muito acima da média (60%).
        • afirmam conseguir gerar um gráfico a partir de uma folha de cálculo em computador muito bem e sem ajuda (68%), muito acima da média (50%) e 1,3 vezes a percentagem de seis anos antes. Portugal é o 6º país com menor diferença neste indicador entre os alunos com mais elevado e mais baixo nível socioeconómico e cultural (10 pontos percentuais), muito abaixo da média (14 pontos percentuais); seis anos antes a diferença em Portugal era de 16 pontos percentuais, um pouco acima da média (15 pontos percentuais).
      • nos alunos que:
        • têm acesso à Internet na escola (97%), acima da média (93%).
        • usam computador na escola para trabalhos de grupo e comunicar com colegas (28%), acima da média (22%).
        • colocam na escola trabalhos em website da escola (12%), muito acima da média (9%).
      • nos alunos que fazem trabalhos de casa em computador da escola (18%), igual à média (18%).
      • nos alunos que:
        • usaram computador pelo menos uma vez (99,6%), acima da média (99,2%). Esta percentagem em Portugal é maior nos alunos do nível socioeconómico e cultural mais baixo (99,9%) do que nos do nível mais elevado (99,7%).
        • têm computador em casa (98%), acima da média (94%) e 1,7 vezes a percentagem de seis anos antes. Também é o 7º neste indicador nos alunos do nível socioeconómico e cultural mais baixo (94%), muito acima da média dos países da OCDE considerados (86%) e mais do quádruplo da percentagem de nove anos antes. A diferença entre alunos do nível socioeconómico e cultural mais alto e mais baixo foi drasticamente reduzida para apenas 6 pontos percentuais quando nove anos antes era de 73 pontos percentuais.
        • usam Internet na escola para trabalhos escolares (41%), acima da média (39%).
        • carregam, descarregam ou acedem na escola a materiais em website da escola (18%), acima da média (15%).
      • nos alunos que:
        • usam correio electrónico na escola (24%), acima da média (19%).
        • carregam, descarregam ou acedem em casa a materiais no website da escola (27%), acima da média (23%).
        • fazem trabalhos de casa no computador em casa (48%), próximo mas abaixo da média (50%).
      • nos alunos que usam computador em casa (97%), acima da média (93%). A diferença entre alunos do nível socioeconómico e cultural mais alto e mais baixo é de 7 pontos percentuais, muito abaixo da diferença média (15 pontos percentuais).
      • 13º nos alunos com acesso à Internet em casa (91%), quase o quádruplo de 9 anos antes. O crescimento desta percentagem nos últimos nove anos foi elevado para os alunos do nível socioeconómico e cultural mais alto (passou de 58% para 99%), mas foi enorme para os do nível mais baixo (passou de 4% para 79%). Houve uma acentuada redução das diferenças de oportunidades entre os alunos destes dois grupos: a diferença é de 19 pontos percentuais em 2009 quando era de 54 pontos percentuais nove anos antes.

    São resultados muito positivos da utilização de TIC por jovens em Portugal que revelam a eficácia das medidas de estímulo à utilização da Internet e de computadores por jovens em idade escolar, inclusivamente na redução de diferenças entre os grupos de níveis socioeconómicos e culturais mais alto e mais baixo.

  4. Relativamente aos jovens de 10 a 15 anos de idade (dados do 1º trimestre de 2010):
    • 91% dos jovens de 10 a 15 anos utilizam Internet, tanto raparigas como rapazes. A utilização de Internet é de 100% nos jovens no 3º ciclo de escolaridade básica.
    • 84% utilizam Internet em casa, muito mais do dobro de 2005 (era 32%).
    • 67% declaram utilizar a Internet todos os dias ou quase todos os dias, quase o triplo de 2005 (era 24%).
    • As principais actividades de jovens de 10 a 15 anos que utilizam Internet são: pesquisa de informação para trabalhos escolares (97%), mensagens em chats, blogs, websites de redes sociais, newsgroups, fóruns de discussão online ou mensagens escritas em tempo real (86%), correio electrónico (86%), jogos ou download de jogos, imagens, filmes ou música (79%), consulta de websites de interesse pessoal (63%), colocação de conteúdo pessoal num website para ser partilhado (55%), pesquisa de informação sobre saúde (47%).
    • 96% dos jovens de 10 a 15 anos utilizam computador, tanto raparigas como rapazes. A utilização de computador é de 100% nos jovens no 3º ciclo de escolaridade básica.
    • 92% utilizam computador em casa, 1,6 vezes o valor de 2005 (quando era 57%).
    • 77% declaram utilizar computadores todos os dias ou quase todos os dias, 1,7 vezes o valor de 2005 (quando era 46%).
    • As actividades indicadas por mais jovens de 10 a 15 anos que utilizam computador são: trabalhos escolares (93%), audição de música ou filmes (84%), jogos (84%), utilização de software educativo (54%).
    • 87% dos jovens de 10 a 15 anos utilizam telemóvel, 1,4 vezes o valor de 2005.
    • As principais actividades de jovens de 10 a 15 anos que utilizam telemóvel são: chamadas telefónicas (97%), comunicação de mensagens escritas (94%), jogos sem ligação à Internet (54%), envio de fotografias ou ficheiros (36%), navegação na Internet (9%).
  5. Relativamente às Famílias e aos indivíduos de 16 a 74 anos de idade (dados do 1º trimestre de 2010):
    • 45% dos agregados familiares possuem computadores portáteis, percentagem 3,6 vezes a de 2005 (era 12%) e mais do dobro da de 2007 (era 20%), uma óbvia consequência positiva dos programas governamentais de apoio à aquisição de computadores portáteis para estudantes.
    • 50% dos agregados familiares dispõem de ligações em banda larga à Internet, mais do dobro de 2005 (era 20%).
    • 96%, 92% e 34% das pessoas (de 16 a 74 anos) com, respectivamente, habilitação superior, secundária, e de 9º ano ou inferior, utilizam Internet. Portugal ocupa nestes indicadores, respectivamente o 6º, 4º e 22º lugar na UE27. Os valores destes indicadores para Portugal são superiores às médias da União Europeia para pessoas com habilitação superior e com habilitação secundária, as quais são 92% e 74%, respectivamente, neste último caso com uma grande diferença.

    A percentagem de utilizadores da Internet nas pessoas com habilitação inferior a secundária é baixa (34%) mas mais do que duplicou desde 2005 (era 16%), com aumentos especialmente elevados nos grupos de idades 55-74 anos (agora o valor percentual é superior ao quíntuplo de 2005), e 25-54 anos (muito superior ao dobro do valor percentual de 2005). No grupo de idades 16-24 anos atingiu-se um valor (83%) que é 1,4 vezes o que era em 2005. A percentagem de utilizadores da Internet nas pessoas 55-74 anos é baixa (20%) mas aumentou para mais do quíntuplo do que era em 2005 nas pessoas com habilitação inferior a secundária, para muito mais do dobro do que era em 2005 nas pessoas com habilitação secundária, e atingiu um valor 1,6 vezes o de 2005 nas pessoas com habilitação superior.

    • 97%, 94% e 40% das pessoas (de 16 a 74 anos) com, respectivamente, habilitação superior, secundária, e de 9º ano ou inferior, utilizam computador. Portugal ocupa nestes indicadores, respectivamente o 3º, 3º e 22º lugar na UE27, nas pessoas com habilitação superior apenas abaixo da Holanda (99%) e do Luxemburgo (99%), e nas pessoas com habilitação secundária apenas abaixo da Holanda (96%) e França (95%). Os valores destes indicadores para Portugal são superiores às médias da UE para pessoas com habilitação superior e com habilitação secundária, dado que estas médias são 93% e 77%, respectivamente, neste último caso com uma grande diferença. A percentagem de utilizadores de computador nas pessoas com habilitação inferior a secundária é agora 1,7 vezes o que era em 2005.
    • 95% e 100% dos estudantes usam, respectivamente, Internet e computador. São resultados de uma eficaz introdução da Internet e de computadores nas escolas, depois de Portugal ter sido em 2001 um dos países pioneiros na Europa na ligação de todas as escolas à Internet, assim como no início de 2006 foi um dos países pioneiros na Europa na ligação de todas as escolas públicas em banda larga.
    • 75% das pessoas que utilizam a Internet declaram utilizá-la todos os dias ou quase todos os dias, uma percentagem 1,3 vezes a de 2005.
    • As actividades realizadas na Internet indicadas por mais utilizadores são: pesquisa de informação sobre bens e serviços (86%); comunicação, interacção e colocação de conteúdos (correio electrónico (88%), chats, Messenger, fóruns e semelhantes (69%); consulta da Internet com o propósito de aprender (77%); pesquisa de informação sobre saúde (59%); procura de informação sobre educação ou formação (57%); download/leitura de jornais/revistas (56%); audição/visão de rádio/TV (50%), download de software (46%); download de jogos, imagens ou música (44%), pesquisa de informação traduzida em compras offline (42%); obtenção de informações de organismos da Administração Pública (40%); colocação de conteúdo pessoal num sítio da Internet (40%); home banking (38%).
    • Os maiores aumentos de utilização da Internet de 2005 para 2010 observaram-se em: telefonar/contactar por videoconferência (agora 26% das pessoas, muito mais do dobro de 2005, quando era 10%), desenvolvimento de blogs (agora 14% das pessoas, mais do dobro de 2005, quando era 6,6%), pesquisa de informações sobre a saúde (agora 59% das pessoas, quase o dobro de 2005, quando era 31%).
    • 74% das pessoas utilizam o Multibanco. As transacções de comércio electrónico pelo Multibanco realizadas por estas pessoas incluíram carregamentos de telemóvel com saldo (75%) e compras de bilhetes para espectáculos e transportes (11%). 33% das pessoas que fazem transacções de comércio electrónico em páginas da Internet pagam encomendas através do Multibanco. 71% dos utilizadores de Multibanco realizam por este meio vários outros tipos de pagamentos: de serviços de fornecimento de água, luz, telefone, TVcabo, etc., de compras de bens e serviços, e pagamentos ao Estado de impostos, prestações para segurança social, multas, etc.
    • 62% das pessoas realizaram comércio electrónico através de Multibanco, páginas da Internet ou sistemas de identificação por rádio frequência nos três meses anteriores ao inquérito, e 58% através de Multibanco ou páginas da Internet. O comércio electrónico realizado através do Multibanco (por mais de 55% dos indivíduos e mais de 75% dos utilizadores do Multibanco) excede largamente as encomendas através de páginas na Internet. Na verdade, estas são realizadas por apenas 9,5% dos indivíduos, embora esta percentagem seja muito mais do dobro de 2005 (quando era 3,7%), e apesar de 44% dos indivíduos (86% dos utilizadores da Internet) pesquisarem informações sobre bens e serviços na Internet, uma percentagem 1,7 vezes a de 2005 (era 26%).
    • 15% das pessoas encomendaram bens ou serviços através de páginas na Internet no ano anterior, muito mais do dobro de 2005 (era 6%).
  6. Quanto à utilização de TIC pelas pequenas, médias e grandes empresas, excluindo o sector financeiro, salienta-se (dados do 1º trimestre de 2010):
    • 97% das empresas usam computador; 100% tanto das médias como das grandes empresas.
    • 94% das empresas têm acesso à Internet, e 83% em banda larga (esta percentagem é 1,3 vezes a de 2005, que era 63%). Estes números sobem, respectivamente, para 100% e 90% para médias empresas, e para 100% e 98% para grandes empresas. O crescimento desde 2005 foi particularmente elevado para pequenas empresas (respectivamente, 1,2 vezes e 1,4 vezes o valor de 2005).
    • O crescimento das empresas com ligações em banda larga foi particularmente elevado nos sectores de Construção e de Indústrias Transformadoras, que atingiu um valor de, respectivamente, quase o dobro e 1,5 vezes o valor de 2005, sendo agora 78% e 83%, respectivamente.
    • 63% das empresas têm redes electrónicas internas (1,7 vezes o valor de 2005), e 35% têm redes sem fios (3,5 vezes a percentagem de 2005).
    • 52% das empresas têm presença na Internet, 1,4 vezes a percentagem de 2005. A presença na Internet é assegurada em 94% das grandes empresas e em 75% das pequenas e médias empresas.
    • O crescimento na percentagem de empresas com presença na Internet foi particularmente elevado nos sectores de Construção (muito mais do dobro de 2005), e de Comércio por Grosso e a Retalho (1,6 vezes a percentagem de 2005).
    • 31% das empresas usam a Internet para actividades de educação e/ou formação; o dobro da percentagem de 2005.
    • 75% das empresas utilizam a Internet para interagirem com o Estado, 1,3 vezes a percentagem de 2005.
    • 68% das empresas preenchem e enviam formulários online para o Estado. Portugal está no 8º lugar da UE27 neste indicador, acima da média da UE27 (60%).
    • 52% das empresas tratam online pelo menos um processo administrativo com o Estado. Portugal está no 10º lugar da UE27 neste indicador, acima da média da UE27 (48%).
    • 20% das empresas apresentam propostas online em concursos de compras públicas (e-Tendering). Portugal está no 3º lugar da UE27 neste indicador, muito acima da média da UE27 (13%).
    • 35% das empresas utilizam a Internet ou outras redes electrónicas para efectuarem e/ou receberem encomendas, valor que sobe para 45% e 59%, respectivamente para as médias e grandes empresas.
    • Portugal está no 9º lugar da UE27 nas empresas que receberam encomendas online (19%), mais do dobro da percentagem de 2005 e acima da média da UE27 (14%). Para pequenas empresas a percentagem em Portugal (18%) é 1,5 vezes a da média da UE27 (12%).
    • Portugal está particularmente desenvolvido em aspectos de negócio electrónico (e-Business), nomeadamente pela adopção de sistemas de partilha ou troca automática de dados electrónicos:
      • 1º lugar (40%) na UE27 nas empresas cujos processos de negócio estão automaticamente ligados aos de fornecedores ou clientes, mais do dobro da média da UE27 (18%);
      • 3º lugar (44%) na UE27 nas empresas que partilham informação electrónica sobre compras com software utilizado para uma função interna, muito acima da média da UE27 (31%);
      • 5º lugar (55%) na UE27 nas empresas que partilham informação electrónica sobre vendas ou compras com software utilizado para uma função interna, muito acima da média da UE27 (41%).
      • 9º lugar (35%) na UE27 nas empresas que usam troca automática de dados com clientes ou fornecedores, acima da média da UE27 (34%).

    É de notar que em 2009 o universo das actividades económicas das empresas consideradas foi alargado, nomeadamente com a inclusão, entre outras, das empresas de restauração, as quais têm níveis de informatização relativamente baixos, a comparação dos indicadores gerais para 2009 e 2010 dá informação sobre os elevados crescimentos verificados, mas na verdade estes seriam ainda maiores se não tivesse havido esse alargamento, pois envolveu passar a incluir um considerável número de empresas com baixos níveis de utilização de TIC, como é o caso das actividades de restauração e similares.

  7. No que respeita a empresas do sector financeiro, destaca-se (dados do 1º trimestre de 2010):
    • 100% das empresas do sector financeiro utilizam computadores e Internet, e 93% têm ligações à Internet em banda larga (esta última era 89% em 2005).
    • 96% das empresas do sector financeiro têm presença na Internet, quase o dobro da percentagem de 2005 (eram 50%).
    • 98% das empresas utilizam a Internet para interagirem com o Estado (eram 86% em 2005).
  8. Quanto a micro-empresas (empresas com menos de 10 trabalhadores) os indicadores seguintes tiveram aumentos particularmente elevados de 2005 para 2010 (dados do 1º trimestre):
    • 17% têm presença na Internet, quase o dobro da percentagem de 2005.
    • 15% utilizam a Internet ou outras redes electrónicas para efectuarem e/ou receberem encomendas de bens e/ou serviços, quase o dobro da percentagem de 2005.
    • 37% utilizam a Internet para interagirem com o Estado, 1,8 vezes a percentagem de 2005.
    • 40% têm ligações em banda larga, 1,6 vezes a percentagem de 2005.
    • 53% têm ligações à Internet, 1,4 vezes a percentagem de 2005.

    É de notar que em 2009 o universo das actividades económicas das empresas consideradas foi alargado, nomeadamente com a inclusão, entre outras, das empresas de restauração, as quais têm níveis de informatização relativamente baixos, pelo que os indicadores gerais para 2009 e 2010 não são estritamente comparáveis com os de anos anteriores dado que seriam mais elevados se não tivesse havido esse alargamento.

  9. Quanto aos Hospitais (dados relativos ao final do 1º semestre):
    • 99% dos hospitais têm ligações à Internet, quase sempre em banda larga (95%); em 2008 59% dos hospitais tinha ligações com larguras de banda maiores ou iguais a 2 Mbit/s (1,6 vezes a percentagem de 2006 e mais do séptuplo da percentagem de 2004).
    • As infraestruturas de redes electrónicas dos hospitais melhoraram consideravelmente, em particular WANs (Wide Area Networks), que agora existem em 59% dos hospitais, 1,6 vezes a percentagem de 2004 (era 37%), e redes locais sem fios que agora existem em 62% dos hospitais, muito mais do triplo da percentagem de 2004 (era 17%). Também há uma utilização muito maior de VPNs (Redes Privadas Virtuais), que agora são utilizadas em 52% dos hospitais, muito mais do dobro de 2006 (era 21%).
    • Nas actividades realizadas em hospitais na Internet, as expansões principais de 2004 para 2010 foram: formação de recursos humanos (agora 44% dos hospitais, uma percentagem 1,6 vezes o valor de 2004), troca de ficheiros com outros hospitais (agora 85% dos hospitais, 1,6 vezes a percentagem de 2004), comunicação interna entre serviços hospitalares (agora em 82% dos hospitais, 1,5 vezes a percentagem de 2004), comunicação externa com outras unidades de saúde (agora 81% dos hospitais, 1,3 vezes a percentagem de 2004). Verificou-se um considerável aumento da comunicação electrónica entre diferentes entidades hospitalares e de saúde, internas e externas.
    • 88% dos hospitais têm presença na Internet, mais do dobro de 2004 (era 40%).
    • Nas funcionalidades disponibilizadas nos sítios dos hospitais na Internet, as maiores expansões de 2004 para 2010 foram em: indicações sobre procedimentos em caso de emergência médica (agora em 31% dos hospitais, mais do quádruplo de 2004, quando era 7%), disponibilização de informação sobre prevenção e cuidados de saúde (agora em 61% dos hospitais, mais do dobro da percentagem de 2004 que era 23%).
    • De acordo com as declarações recebidas, a percentagem de hospitais que asseguram presença na Internet com cuidados de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais quase triplicou de 2006 para 2010 (agora 20%).
    • 35% dos hospitais fazem encomendas através da Internet.
    • 27% dos hospitais disponibilizam aos doentes internados acesso à Internet, 1,7 vezes a percentagem de 2006. 12% dos hospitais disponibilizam acesso à Internet a visitantes, acompanhantes e familiares dos doentes internados, o dobro da percentagem de 2006.
    • 21% dos hospitais tem actividades de telemedicina, principalmente teleradiologia (17%) e teleconsulta (11%).
  10. Relativamente à Administração Pública Central (dados do último trimestre de 2010):
    • Todos os Organismos da Administração Pública Central têm ligações à Internet, 84% com larguras de banda superiores ou iguais a 2 Mbit/s (mais do dobro de 2005 (era 37%)). 29% dos organismos têm ligações com larguras de banda superiores ou iguais a 16 Mbit/s.
    • 91% dos organismos da Administração Pública Central têm políticas internas de acesso generalizado à Internet.
    • Houve aumentos particularmente elevados desde 2005 nas percentagens de Organismos da Administração Pública Central que desenvolvem as actividades seguintes na Internet:
      • Consulta de Catálogos de Aprovisionamento (agora 87% dos organismos, muito mais do quíntuplo de 2005, quando era 16%);
      • Comunicação Externa com Empresas (agora 84% dos organismos, mais do triplo de 2005, quando era 27%);
      • Comunicação Externa com Cidadãos (agora 82% dos organismos, mais do triplo de 2005, quando era 27%);
      • Comunicação Externa com Outros Organismos (agora 95% dos organismos, 2,7 vezes o valor de 2005, que era 36%);
    • 79% dos Organismos da Administração Pública Central declaram que os seus sítios na Internet satisfazem pelo menos o “nível A” das directrizes de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais do W3C, quando em 2005 eram apenas 20%. 47% dos organismos declaram que os seus sítios na Internet satisfazem pelo menos o “nível AA”).
    • 61% dos Organismos da Administração Pública Central utilizaram comércio electrónico para efectuar encomendas (muito mais do dobro de 2005 (era 24%)).
    • 33% dos Organismos da Administração Pública Central dispõem de e utilizam equipamento de videoconferência (quase o triplo de 2005, quando era 12%).
    • 41%, 41% e 54% dos Organismos da Administração Pública Central usam software de código aberto para, respectivamente, sistemas operativos, servidores de Internet e outros tipos de aplicações. Estas percentagens são cerca de 1,5 vezes as de 2007.
    • Relativamente a segurança informática, 68% dos Organismos da Administração Pública Central têm servidores seguros (1,7 vezes o valor de 2005, que era 40%), 93% utilizam filtros anti-spam (1,5 vezes o valor de 2005 que era 61%),  e 52% asseguram cópias de segurança dos sistemas de informação em locais exteriores (1,5 vezes o valor de 2005, que era 34%). Os organismos com software anti-vírus e firewall são, respectivamente, 98% e 96%.
    • 26% dos Organismos da Administração Pública Central promoveram acções de formação à distância por eLearning (mais do triplo de 2005, quando era 8%).
  11. Relativamente à Administração Pública Regional (dados do último trimestre de 2010):
    • Todos os Organismos da Administração Pública Regional têm ligação à Internet. Os organismos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores com ligações superiores ou iguais a 2 Mbit/s são, respectivamente, 78% e 54%, quase quadruplicando e mais do que decuplicando, respectivamente, os valores de 2005.
    • Houve aumentos particularmente elevados desde 2005 nas percentagens de Organismos da Administração Pública Regional que desenvolvem as actividades seguintes na Internet:
      • Consulta de Catálogos de Aprovisionamento (agora em, respectivamente, 53% e 34% dos organismos da Madeira e dos Açores; mais do quádruplo de 2005 (era 12%) na Madeira e quase o séptuplo de 2005 (era 5%) nos Açores);
      • Comunicação Externa com Cidadãos (agora em respectivamente 84% e 80% dos organismos da Madeira e dos Açores; muito mais do triplo de 2005 (era 22% na Madeira e 21%, nos Açores));
      • Comunicação Externa com Empresas (agora em, respectivamente, 84% e 77% dos organismos da Madeira e  dos Açores; muito mais de e quase o triplo de 2005 (era 22% na Madeira e 26% nos Açores)).
    • 16% e 20%, respectivamente, dos Organismos da Administração Pública Regional da Madeira e dos Açores declaram que os seus sítios na Internet satisfazem pelo menos o “nível A” das directrizes de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais do W3C.
    • A utilização de software de código aberto para os sistemas operativos, para os servidores de Internet e para outro tipo de aplicações é, respectivamente, de 20%, 31% e 36% na Madeira, e 14%, 11% e 23% nos Açores.
  12. Relativamente às Câmaras Municipais (dados do último trimestre de 2010):
    • Todas as Câmaras Municipais têm ligação à Internet, 92% com larguras de banda superiores ou iguais a 2 Mbit/s, muito mais do dobro de 2005 (era 38%). 36% das Câmaras Municipais têm ligações com larguras de banda superiores iguais ou iguais a 16 Mbit/s.
    • 40% dos trabalhadores das Câmaras Municipais utilizam regularmente a Internet, 1,5 vezes o valor percentual de 2005.
    • 70% das Câmaras Municipais têm políticas internas de acesso generalizado à Internet, 1,4 vezes a percentagem de 2005, quando era 49%.
    • Nas Câmaras Municipais, a Internet é fundamentalmente utilizada para actividades de procura e comunicação de informação: procura e recolha de informação/documentação (97%), correio electrónico (97%), troca electrónica de ficheiros (94%), divulgação de produtos e serviços da Câmara Municipal (89%), consulta de catálogos de aprovisionamento (84%), comunicação externa com outros municípios, juntas de freguesia e organismos da Administração Pública Central (84%), acesso a bases de dados (84%), interface com o cidadão (78%).
    • As actividades realizadas através da Internet que mais cresceram nas Câmaras Municipais foram: compras electrónicas (agora em 60% das Câmaras Municipais; mais que quadruplicando a percentagem de 2005 (era 14%)); venda de bens e serviços (agora em 25% das Câmaras Municipais; mais do dobro de 2005, quando era 12%).
    • Os serviços mais disponibilizados pelas Câmaras Municipais na Internet são: download de formulários (91% das Câmaras Municipais); correio electrónico (78% das Câmaras Municipais); consulta pública pela Internet (71% das Câmaras Municipais; o dobro de 2005); subscrição de newsletters pela Internet (66% das Câmaras Municipais; mais do dobro de 2005 quando era 28%); preenchimento e submissão de formulários online (37% das Câmaras Municipais; o dobro de 2005); inquéritos aos cidadãos pela Internet (35% das Câmaras Municipais; era 23% em 2005); acompanhamento de processos de obras particulares (27% das Câmaras Municipais); pedidos de recolha de lixo e limpeza de ruas (27% das Câmaras Municipais).
    • 48% das Câmaras Municipais utilizaram comércio electrónico para efectuar encomendas (muito mais do triplo de 2005 (era 13%)).
    • 25% das Câmaras Municipais declaram que os seus sítios na Internet satisfazem pelo menos o “nível A” das directrizes de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais do W3C, quando em 2005 eram apenas 21%. 13% das Câmaras Municipais declaram que os seus sítios na Internet satisfazem pelo menos o “nível AA”.
    • Respectivamente 58%, 47% e 61% das Câmaras Municipais usa software de código aberto para os sistemas operativos, para os servidores de Internet e para outro tipo de aplicações.
    • Relativamente a segurança informática, verificou-se de 2005 para 2010 uma mais do que duplicação de Câmaras Municipais com servidores seguros, uma multiplicação por 1,6 da percentagem das que utilizam filtros anti-spam, uma multiplicação por 2,5 da percentagem das que asseguram cópias de segurança dos sistemas de informação em locais exteriores; respectivamente 53%, 89% e 50% das Câmaras Municipais têm agora estes serviços. As Câmaras Municipais com software anti-vírus e firewall são, respectivamente, 99% e 97% do total .
  13. Relativamente aos Estabelecimentos Hoteleiros, os últimos dados reportam-se a 2008 e foram comentados na notícia Elevada Utilização de Computadores e da Internet nos Estabelecimentos Hoteleiros Portugueses  - 15/06/2009.
Última actualização ( 13/09/2011 )