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INL Abre as Portas: Portugal e Espanha Querem Integrar o Grupo das Nações Líderes em Nanotecnologia

 - 17/07/2009

Logotipo do INL – Laboratório Ibérico Internacional de NanotecnologiaMenos de quatro anos após Portugal e Espanha terem assinado o acordo para criar a instituição, em Novembro de 2005, as instalações do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) foram dadas a conhecer no dia 17 de Julho de 2009. Este será o 1º laboratório no mundo dedicado à nanotecnologia com um estatuto legal internacional e tendo Estados como membros, permitindo assim oferecer as melhores condições aos mais talentosos investigadores de todo o mundo para que estes possam desenvolver investigação de topo em nanotecnologia. Independentemente da área de investigação, este é de resto o primeiro laboratório internacional localizado na Península Ibérica.

Presentes na cerimónia de inauguração estiveram Sua Alteza O Rei de Espanha, Juan Carlos I, o Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, o Presidente do Governo Espanhol, José Luis Zapatero, o Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates, a Ministra Espanhola da Ciência e Inovação, Cristina Garmendia, e o Ministro Português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago. Na cerimónia foi projectado um vídeo com a história da criação e construção do INL.

As instalações do INL serão o local de trabalho onde 200 cientistas provenientes de todo o mundo terão a oportunidade de desenvolver investigação em nanotecnologia ao mais alto nível. O INL foi criado no âmbito de uma parceria entre os Governos de Portugal e Espanha, embora outros países de qualquer parte do mundo possam agora aderir enquanto estados-membros.

O INL é o primeiro Laboratório deste tipo especializado em nanotecnologia, tendo um enquadramento legal semelhante ao CERN, o laboratório internacional de física nuclear em Genebra reconhecido pelas suas muitas contribuições para a física de partículas e por ter inventado a WWW – World Wide Web. O enquadramento legal do INL é também semelhante ao do EMBL, o Laboratório Europeu de Biologia Molecular em Heidelberg, e ao dos poucos outros laboratórios internacionais dedicados a outras áreas investigação.

A ideia foi inicialmente lançada na Cimeira Portugal-Espanha de Novembro de 2005 e aprofundada durante 2006. Os Estatutos do INL foram aprovados por tratado internacional em 2007 ao mesmo tempo que as instalações foram projectadas. O Acordo de Sede entre a República Portuguesa e o INL foi assinado em Janeiro de 2008. A construção iniciou-se em meados de 2008 e está agora a chegar ao final da primeira fase de implementação, cerca de um ano antes do início da obra, e menos de quatro anos após a ideia original ter sido concebida. Este é praticamente um recorde global na constituição deste tipo de instituições.

O órgão máximo do INL é o Conselho, de que são membros em representação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal Luis Magalhães (Presidente do Conselho), Presidente da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, João Sentieiro, Presidente da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP, Carolina Rego Costa, Assessora do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e em representação do Ministério de Ciência e Inovação de Espanha Montserrat Torné, Directora-Geral de Cooperação Internacional e Relações Institucionais, José Manuel Labastida, Director-Geral de Investigação e Gestão do Plano Nacional de I+D+I, e Fernando Briones, Professor Investigador da Agência Conselho Superior de Investigação Científica. Desde que iniciou funções, há cerca de ano e meio, em Janeiro de 2008, o Conselho já teve 6 reuniões. O Laboratório é dirigido por um Director-Geral, José Rivas, e um Director-Geral-Adjunto, Paulo Freitas, nomeados pelo Conselho em 28 de Maio de 2008 (ver Conselho do INL Nomeia os Dirigentes Máximos e Define as Orientações Iniciais do Laboratório).

Em Dezembro de 2007 realizou-se a 1ª reunião do Conselho Científico Internacional do INL, constituído por: Roberto G.M. Caciuffo, Director de Investigação em Actinídios, Centro Conjunto de Investigação da União Europeia Instituto para Elementos Transurânianos, Karlsruhe, Alemanha; Thomas Jovin, Presidente do Departamento de Biologia Molecular Instituto Max-Plank para Química Biofísica, Göttingen, Alemanha; Emilio Mendez, Prémio Príncipe de Asturias de Investigação Científica e Técnica 1998, Departamento de Física e Astronomia da State University of New York at Stony Brook, desde 1 de Novembro de 2006, Director do recém criado Centro para Nanomateriais Funcionais do Brookhaven National Laboratory; Christopher B. Murray, Prémio American Chemical Society's Nobel Laureate Signature em 1997, Richard Perry University Professor de Ciência e Engenharia de Materiais e de Química na University of Pennsylvania desde Outubro de 2006, foi Gestor de Materiais e Instrumentos em Nanoescala, IBM, T.J. Watson Research Ctr., Yorktown Heights, New York, EUA, onde trabalhou desde 1995; Aristides A. G. Requicha, Professor Gordon Marshall de Ciência da Computação e Engenharia Electrotécnica, Director do Laboratório para Robótica Molecular, University of Southern California, nomeado em Novembro de 2006 Editor Chefe da revista científica IEEE Transactions on Nanotechnology, Los Angeles, EUA; Mihail C. Roco, Prémio Carl Duisberg, Prémio Burgers Professorship, Prémio Engenheiro do Ano (1999, 2004), Presidente do Subcomité de Ciência da Nanoescala do National Science and Technology Council dos EUA, Coordenador de Engenharia e Tecnologia da Iniciativa de Oportunidades de Financiamento para Ligação Académica com a Indústria da National Science Foundation (NSF), Conselheiro Senior para a Nanotecnologia na NSF, trabalhou na concepção da Iniciativa Nacional de Nanotecnologia dos EUA que foi aprovada em 2004, Arlington, Virginia, EUA; Heinrich Rohrer, Prémio Nobel da Física 1986 pela invenção, com Gerd Binnig, do Microscópio de Varrimento de Efeito de Tunel, quando trabalhava no Laboratório de Investigação da IBM em Zurique, Wollerau, Suiça.

O INL foi concebido para liderar no desenvolvimento de um ecossistema científico e empreendedor inovador, único neste campo de investigação. Irá trabalhar de perto com Universidades, Centros de Pesquisa e Incubadoras de Empresas de todo o mundo para identificar projectos em quatro áreas relacionadas com a nanotecnologia que são muito promissoras para investigação e desenvolvimento: nanomedicina, monitorização ambiental e segurança e controlo de qualidade alimentar, nanoelectrónica (para além do CMOS) e nanomanipulação.

“Combinando capital humano com tecnologia e conhecimento, o INL irá trabalhar numa estratégia orientada por resultados, tirando partido do seu estatuto legal internacional para apresentar resultados com valor acrescentado”, afirma José Rivas, Director-General INL. “Acreditamos que com a contribuição de todos, podemos difundir resultados científicos de alto nível por todo o mundo, com impacto na economia e na sociedade.”

O trabalho que será levado a cabo nas instalações do INL, bem como no âmbito das parcerias que o INL tem vindo a estabelecer um pouco por todo o mundo, tem como principais objectivos a contribuição para a produção de ciência de ponta e a criação de spin-offs e outros resultados comerciais. A Investigação e Desenvolvimento estará, portanto, relacionada com a economia real, cuidados de saúde e a sociedade. Trabalhando de perto com as empresas, investigadores e investidores, o INL irá gerar retorno e impactar a forma como o futuro é criado.

Do total de 400 pessoas que irão trabalhar nas instalações do INL, 200 serão cientistas que desenvolverão projectos no âmbito das quatro principais áreas de investigação do Laboratório. Este processo de recrutamento está actualmente em curso, sendo que estes cientistas juntar-se-ão a um grupo de quase 40 alunos de doutoramento e investigadores de pós-doutoramento que estão já a trabalhar em Universidades e Centros de Investigação em Portugal, Espanha e outros países da Europa, América do Norte e Ásia.

Devido aos requisitos altamente especializados necessários para cada projecto, os cientistas principais que forem contratados irão ser parte activa na concepção de laboratórios especiais e na selecção e aquisição da maioria do equipamento a ser utilizado nesses laboratórios.

“Acreditamos que as nossas instalações de ponta, umas das mais avançadas do mundo, nos permitirão elevar a investigação em nanotecnologia a um novo patamar”, afirma José Rivas. “Trabalhando de perto com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e empresas líderes internacionais especializadas em instalações de nanotecnologia, testámos e aplicámos técnicas de construção nunca antes utilizadas na Península Ibérica.”

Ocupando uma área de construção de 26.000 m2, o edifício principal inclui as seguintes áreas de pesquisa: a sala limpa central de micro e nanofabricação, os Laboratórios Centrais de Alta Precisão (vibração controlada e ambiente para análise estrutural e em microscópios de electrões, laboratório de scanning probe, o laboratório de análise de interface e superfície, NMR, e outros), o laboratório central de biologia e bioquímica, e duas alas com 40 laboratórios para grupos de investigação liderados por Investigadores Principais a contratar internacionalmente.

As instalações dedicadas à investigação foram construídas tendo em consideração exigentes limitações de vibração impostas pelo âmbito do trabalho a ser conduzido. Para garantir estas condições foi necessário simular múltiplas situações reais durante as várias fases de construção do edifício. Mais ainda, de forma a garantir que todo o trabalho de investigação é realizado nas melhores condições de segurança e limpeza, foi investido um grande esforço na redução dos campos electromagnéticos, nos sistemas de fornecimento de energia, nas ligações à terra e na purificação do ar.

A nanotecnologia pode ser considerada como a engenharia a uma escala atómica e molecular. Investir em nanotecnologia pode ter um grande impacto económico e social num futuro próximo. As áreas de investigação têm o potencial para produzirem resultados que poderão ser aplicados a múltiplas áreas, como a medicina, o armazenamento de dados e novas formas de produzir e armazenar energia.

Tendo em consideração que o futuro é incerto, o edifício principal, cuja estrutura e instalações para os primeiros colaboradores se encontram agora concluídas, não estará totalmente ocupado no final do próximo ano, quando se espera que o Laboratório esteja operacional. Nessa altura, apenas uma parte inicial dos 200 cientistas estará a desenvolver projectos no INL, uma vez que o processo de recrutamento do número total de cientistas deverá decorrer num prazo de 5 anos. Daí que estas instalações tenham sido construídas tendo em conta a flexibilidade necessária para as necessidades de ocupação e ajustes futuros. Algumas destas salas serão equipadas ao longo dos próximos 5 anos de acordo com novos desenvolvimentos tecnológicos ainda desconhecidos e actividades de pesquisa futuras cujos detalhes não podem ser antecipados. O edifício encontra-se preparado não só para a nossa realidade actual, mas também para futuras necessidades.

Portugal e Espanha pretendem desempenhar um papel fulcral entre as poucas nações que irão liderar esta importante área tecnológica. Para tal, procuram atrair alguns dos melhores talentos em nanotecnologia e, ao mesmo tempo, abrir novas oportunidades para os seus investigadores nesta área trabalharem a um nível de topo mundial e influenciarem o futuro desta tecnologia crucial.

Comunicado de Prensa: El Laboratorio Ibérico Internacional de Nanotecnología abre sus puertas: Portugal y España desean desenpeñar un papel importante entre los países que lideran la nanotecnología

Press Release: The International Iberian Nanotechnology Laboratory opens its doors: Portugal and Spain want to play a major role among the nations leading on nanotechnology

Última actualização ( 26/04/2010 )