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Lançamento do Forum da Internet do Futuro em Praga

 - 12/05/2009

Logotipo do Future Internet Forum (FIF)No dia 12 de Maio de 2009, realizou-se a reunião de lançamento do Forum da Internet do Futuro (FIF – Future Internet Forum), focado em políticas de I&D e inovação, para permitir aos Estados Membros e Associados partilharem boas-práticas e experiências, ultrapassarem a fragmentação de esforços e procurarem estabelecer sinergias transversais a programas e iniciativas financiadas ao níveis nacional e da UE.

O papel e as responsabilidades do Forum da Internet do Futuro (FIF) são complementares aos de outros grupos e fora existentes, como o National ICT Research Directors Forum, o Grupo de Alto Nível i2010, o Comité CIP-PCP, o Comité de ICT do FP7 (ICTC), o Grupo de Aconselhamento de IST do FP7 (ISTAG), etc. (a representação de Portugal nos três primeiros é assegurada pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, sendo que nos dois primeiros o representante de Portugal é o Presidente da UMIC), com os quais o FIF procurará promover a colaboração e troca de informações numa base regular.

Participaram na reunião de lançamento do Forum da Internet do Futuro 20 países, entre os quais Portugal, representado pelo Presidente da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP. O Forum da Internet do Futuro (FIF) é composto por representantes dos Estados Membros ou Associados com iniciativas e actividades sobre a Internet do Futuro. Os seus membros são representantes de alto nível dos ministérios competentes ou peritos do sector público ou privado mandatados oficialmente para representarem as iniciativas ou programas nacionais relacionados com a Internet do Futuro.

A reunião fundadora do FIF – Forum da Internet do Futuro envolveu apresentações dos Directores da DGINFSO da Comissão Europeia, João da Silva e Mário Campolargo, sobre o lançamento das actividades na Internet do Futuro, um ponto da situação sobre o estado de preparação de uma Parceria-Publico-Privada para a Internet do Futuro e de abertura de concursos para projectos, e outras actividades em curso, bem como o quadro temporal e as acções previstas.

Um ponto da agenda foi explicitamente dedicado à discussão sobre o mandato/termos de referência do FIF. A necessidade/conveniência de criação de mais um grupo ligado ao Programa TIC do FP7 e à Sociedade da Informação, em particular havendo os outros grupos já referidos, foi questionada por alguns Estados Membros. Portugal, através do Presidente da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, manifestou-se favorável à criação do FIF fundamentando essa posição na experiência directa de participação e três dos grupos referidos e nos mandatos e composição dos outros dois, dado que todos tinham objectivos muito distintos e, com base na experiência, se sabia que nuca iriam poder considerar os assuntos que se estão a considerar no FIF. Esta intervenção contribuiu de forma visível para um ambiente favorável à criação do FIF, como acabou por ser decidido.

Uma outra intervenção de Portugal foi na sequência da apresentação pela Comissão da intenção de ser promovido o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica comum para suportar as aplicações da Internet de Futuro a considerar. Portugal, defendeu que uma plataforma deste tipo teria de satisfazer requisitos muito exigentes de neutralidade tecnológica, abertura, capacidade de evolução e generatividade, de forma a não levar ao locking-in em tecnologias ou soluções que possam não ser as melhores num mercado aberto de grande e rápida evolução tecnológica. Foi salientado que o enorme progresso verificado nas TIC está muito associado a duas tecnologias generativas e abertas de grande flexibilidade de uso e passíveis de aplicação, programação e adaptação nos mais variados contextos tecnológicos e pelos mais variados actores: o Computador e a Internet. Assim, seria essencial assegurar a neutralidade tecnológica, abertura, capacidade de evolução e generatividade da plataforma, o que exigiria um cuidado especial na especificação dos requisitos e na forma como se estabeleceriam as condições em que poderia ser usada e transformada.

Em Portugal, as políticas da Internet do Futuro, numa perspectiva de I&D e inovação, têm tido expressão recente principalmente no âmbito das iniciativas seguintes:

  1. “Parcerias para o Futuro”
  2. “Encontros com a Ciência em Portugal”
  3. “Iniciativa Nacional Grid (INGRID)”
  4. Redes de Nova Geração (RCTS e Redes Comunitárias)
  5. “Consórcios de I&D”.

  1. A acção Parcerias para o Futuro foi iniciada em 2006 com o objectivo de desenvolver Redes de Conhecimento e expandiu-se desde então no âmbito do Compromisso com a Ciência para o Futuro de Portugal que foi apresentado na Assembleia da República em Março de 2006 pelo Primeiro-Ministro, estabelecendo parcerias internacionais ambiciosas que envolvem instituições científicas, universidades e empresas com universidades e organizações científicas liderantes no mundo. Cada uma destas parcerias tem um Conselho de Administração específico que envolve do lado português o Presidente da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP, o Presidente da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, o Director do Programa em Portugal, e do lado da instituição parceira o seu Presidente ou Chancellor, o Dean da área mais envolvida no Programa e o Director do Programa nessa instituição. No âmbito destes programas são abertos concursos públicos em tópicos de particular interesse estratégico que têm de envolver pelo menos duas instituições portuguesas, pelo menos uma empresa e a instituição estrangeira parceira. Todos os programas criados no âmbito da iniciativa “Parcerias para o Futuro” incluem aspectos avançados de TIC relevantes para a Internet do Futuro:
    • Programa MIT – Portugal (iniciado em 11 de Outubro de 2006), com o MIT – Massachusetts Institute of Technology e centrado em: Sistemas de Engenharia, nomeadamente nas áreas de: Sistemas Sustentáveis de Energia e Transportes; Desenvolvimento de Produtos e Engenharia de concepção, com especial aplicação a sistemas de veículos eléctricos, Células Estaminais e Engenharia de Tecidos para Novas Terapias de Medicina Regenerativa.
    • Programa Carnegie Mellon – Portugal (iniciado em 27 de Outubro de 2006), com a Carnegie Mellon University e centrado em: Processamento e Redes de Informação, incluindo engenharia de software, redes de informação, segurança de informação e tratamento computacional da língua; Redes e Tecnologias de Sensores; Políticas Públicas de Telecomunicações e de Inovação Tecnológica, Matemática.
    • Programa UT Austin – Portugal (iniciado em 2 de Março de 2007), com a University of Texas at Austin e centrado em: Conteúdos Digitais, Computação Avançada, Matemática, e estímulo a actividades de comercialização de ciência e tecnologia pelo UTEN – University Technology Enterprise Network, que foi criada no âmbito deste Programa e envolve 14 universidades portuguesas e várias instituições científicas com o objectivo de promover o desenvolvimento competitivo á escala global e uma infraestrutura de comercialização de tecnologia portuguesa sustentável com base na experiência do IC² Institute (Innovation, Creativity, Capital) e da Austin Technology Incubator da University of Texas at Austin.
    • Programa Fraunhofer - Portugal (iniciado em 18 de Abril de 2007), com a Fraunhofer Gesellschaft e centrado na criação em Portugal (Porto) do 1º Instituto Fraunhofer fora da Alemanha, o AICOS – Centro de Investigação Fraunhofer Portugal para Soluções de Comunicação e Informação Assistidas, em funcionamento desde Maio de 2008.

  2. A iniciativa “Encontros com a Ciência em Portugal” foi lançada em 2007 conjuntamente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pelo Conselho dos Laboratórios Associados e consiste num forum aberto com encontros anuais, amplamente participado e envolvendo cientistas, instituições de investigação e empresas. Realizaram-se até agora três “Encontros Ciência em Portugal” organizados pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP e pelo CLA – Conselho dos Laboratórios Associados:

    Em 12-13 de Abril de 2007, o 1º Encontro com a Ciência em Portugal: Ciência 2007 foi aberto pelo Primeiro-Ministro e encerrado pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e incluiu, entre outras, sessões específicas em TIC, Sistemas de Engenharia, Robótica, Nanociências e Nanotecnologias, Aeronáutica e Espaço.

    Em 2-4 de Julho de 2008, o 2º Encontro com a Ciência em Portugal : Ciência 2008, além dos tópicos considerados no 1º Encontro considerou, entre muitos outros, os temas adicionais seguintes: (i) redes de sensores, redes de nova geração e ambientes inteligentes; (ii) infraestruturas críticas; (iii) computação grid, supercomputação e repositórios científicos de acesso aberto; (iv) conteúdos digitais interactivos; (v) sistemas sustentáveis de energia; (vi) sistemas inteligentes de transportes; (vii) nanosistemas; (viii) novas empresas basedas em ciência.

    Em 29-30 de Julho de 2009, o 3º Encontro com a Ciência em Portugal foi aberto pelo Primeiro-Ministro e encerrado pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os temas da Internet do Futuro tiveram neste encontro uma elevada presença, na continuidade dos anos anteriores, nomeadamente nas sessões seguintes: e-Ciência; Redes de Nova Geração; Sistemas Ciber-Físicos para Inteligência Ambiente e Infra-estruturas Críticas; Ciência e Tecnologias da Língua Falada e Escrita; Computação Humano-Máquina e Conteúdos Digitais Interactivos; Imagiologia Médica e Sistemas Avançados de Computação para Diagnósticos Clínicos; Aplicações de Matemática a Diagnósticos Clínicos e à Saúde; Sistemas Sustentáveis de Energia e Transportes; Veículos Eléctricos e Novas Formas de Mobilidade; Tecnologias e Sistemas para a Exploração e Diagnóstico dos Oceanos Nanociências, Nanotecnologias e Nanofabricação.

  3. A Iniciativa Nacional Grid (INGRID) foi concebida pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP e foi lançada em Abril de 2006. Em Novembro de 2006, a UMIC organizou um fórum sobre a INGRID que foi seguido da abertura de um concurso público para projectos de IDT pela FCT – Fundação para a ciência e a Tecnologia em aplicações da Computação Grid. Em consequência decorrem actualmente projectos de investigação em: (i) simulação e análise computacional de dados de física de alta energia como os que serão produzidos pela experiência LHC do CERN e por física de plasmas e fusão nuclear, (ii) previsão da evolução da costa marítima portuguesa, (iii) simulação de fogos florestais, (iv) mapeamento da poluição atmosférica, (v) simulação da estrutura de proteínas, (vi) repositórios de dados de imagens para aplicações médicas, (vii) imagiologia médica. Ao mesmo tempo a infraestrutura Grid nacional desenvolveu-se rapidamente tendo atingido em Junho de 2009 1.778 CPUs, 996 TeraBytes de memória em disco e 2 PentaBytes de memória de longo prazo em robot de fita magnética (quando no início da INGRID, em Abril de 2006, consistia em apenas 70 CPUs, 22 TearaBytes de memória em disco e praticamente não dispunha de capacidade de armazenamento em fita magnética).

  4. Redes de Nova Geração foram objecto de um ciclo de reuniões de stakeholders sobre a instalação e operação de Redes de Nova Geração (RNG) e serviços relacionados sobre banda larga promovido pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP. Estes encontros realizaram-se em Julho de 2006 (Serviços Avançados sobre Banda Larga), Julho de 2008 (UMIC Reúne Todos os Promotores das Redes Comunitárias de Banda Larga) e Fevereiro de 2009 (UMIC Junta Promotores das Redes Comunitárias de Banda Larga em Workshop) e envolveram a participação dos principais actores da criação das poucas primeiras, e até agora as únicas, RNGs em Portugal. Todas estas RNGs foram desenvolvidas sob orientação da UMIC, nomeadamente:
    • A evolução da RCTS – Rede de Ciência, Tecnologia e Sociedade, gerida pela FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional e financiada pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, para uma RGN a partir da anterior convencional Rede Nacional de Investigação e Ensino (NREN) que é presentemente a única grande RNG efectivamente operacional em Portugal, com fibra escura da própria FCCN servindo cerca de 80% do sistema do ensino superior iluminada a 10 Gbps e ligada em anel redundante à NREN de Espanha, e acesso local por banda larga móvel em todos os campi do ensino superior e suportando um leque impressionante de serviços avançados, a maioria dos quais desenvolvidos nos últimos dois anos:

      • Salas de vídeo-conferência imersiva;
      • Nó Nacional de Computação GRID com mais de 1.100 processadores, 600 TeraBytes de memória em disco e 2 PentaBytes de memória em robot de fitas magnéticas instalados num novo datacenter de 400 m2;
      • RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal integrando todos os repositórios institucionais do país, inaugurado em 15-16 de Dezembro de 2008 na 3ª Conferência sobre o Acesso Livre ao Conhecimento onde o acesso aberto e livre ao conhecimento foi debatido, e que já inclui 15 repositórios institucionais universitários, quando há um ano havia apenas 6 repositórios institucionais no país, os quais não estavam interligados;
      • Zappiens – Repositório de Vídeos de Alta Definição com gestão digital de direitos de autor ou licenças Creative Commons de interesse científico e cultural;
      • VoIP – Voz sobre IP para todo o Ensino Superior Público com significativas economias nos custos de comunicações telefónicas;
      • Serviços de videoconferências de alta definição e de vídeo-difusão pela Internet para o sistema científico e do ensino superior;
      • Arquivo da Web Portuguesa;
      • Biblioteca do Conhecimento Online (b-on), planeada em 1999 e começada a disponibilizar em 2004 permitindo o acesso livre a textos integrais de artigos científicos nas instituições científicas e do ensino superior, na qual em 2008 se verificaram 5,2 milhões de downloads, ou seja duas vezes e meia mais do que em 2004;
      • e-U: Campus Virtual, integrando todas as instituições públicas do ensino superior e as instituições privadas aderentes num campus virtual único, acessível sem fios por um sistema de autenticação de utilizadores de âmbito nacional, o qual começou a ser instalado no final de 2004 e teve a sua grande expansão a partir do 2º semestre de 2005, tendo sido pioneiro ao nível de um país em âmbito mundial;
      • Segurança informática apoiada no CERT.PT que foi a primeira equipa de resposta a incidentes de segurança informática em Portugal acreditada internacionalmente, e a única entre Setembro de 2002 e Julho de 2007.
    • 4 Redes Comunitárias em zonas rurais remotas em fibra escura com mais de 1.000 Km de cabo e equipamento activo para operação a 10 Gbps como redes abertas em ambiente multi-operador que foram construídas na segunda metade de 2008.

  5. A iniciativa “Consórcios de I&D”, foi lançada com a abertura de um concurso público em Março de 2009 aberto pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP e pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP. Estes “Consórcios de I&D”, a serem estabelecidos como Associações Privadas Sem Fins Lucrativos com identidade legal independente, foram concebidos para juntar Laboratórios do Estado, Laboratórios Associados e outras Unidades de Investigação, universidades e empresas em torno de um pequeno número de temas de aplicação de I&D de interesse estratégico, alguns com particular relevância para a I&D em TIC, incluindo: ciência e tecnologia do Oceano, riscos naturais, física nuclear e computação avançada, ciência e tecnologia do espaço, segurança.

Para informações sobre o movimento do Futuro da Internet na Europa, ver o European Future Internet Portal e o EC website on the Future Internet.

Fotografia dos representantes dos participantes na reunião de lançamento do Forum da Internet do Futuro

Fotografia dos representantes dos participantes na reunião de lançamento do Forum da Internet do Futuro

Última actualização ( 29/03/2011 )