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Lançamento da Iniciativa Nacional GRID

 - 26/04/2006

GRIDO Lançamento da Iniciativa Nacional GRID terá lugar no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no dia 29 de Abril de 2006, entre as 15h e as 18h30, numa sessão presidida pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A preparação e organização desta sessão e iniciativa estão a cargo da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento.

O programa da sessão envolve intervenções de oradores convidados, nomeadamente da Comissão Europeia, do CERN e de centros de investigação e computação GRID da Espanha, que falarão da visão da Comissão Europeia sobre a Computação GRID e sobre vários projectos europeus nesta área, incluindo projectos de infra-estruturas, científicos e de imageologia médica. O ponto da situação e a evolução da Computação GRID em Portugal e de projectos de cooperação internacional na área serão objecto de intervenções de oradores e de um painel-debate de investigadores e empresas de vários pontos do país.

A sessão envolve a assinatura de um acordo de cooperação entre a UMIC e a IBM Portugal relativo ao apoio desta empresa a acções no âmbito da Iniciativa Nacional GRID, através da disponibilização de especialistas de Computação GRID para participação em conferências, colóquios, seminários e debates promovidos pela UMIC e da disponibilização de  software e materiais educativos aos investigadores e professores das instituições científicas e do Ensino Superior.

O que é a Computação GRID?

A Computação GRID é uma tecnologia de computação distribuída que nasceu da ideia de replicar para o processamento computacional a filosofia e os princípios de funcionamento da World Wide Web (WWW) para a disponibilização de informação à escala mundial. Na verdade, a WWW tornou possível disponibilizar de forma distribuída e a partir de milhares de computadores usuais uma quantidade gigantesca de informação que seria impossível disponibilizar com um pequeno número de computadores, mesmo que estes tivessem capacidades extremamente elevadas. De forma análoga, a Computação GRID consegue disponibilizar elevadas capacidades computacionais à custa de distribuir tarefas de processamento por vários computadores de forma coordenada e eficiente.

Esta forma de computação tornou-se viável devido ao grande avanço das tecnologias de ligação em rede. Na verdade, para tornar claro o elevado potencial da Computação GRID basta notar que a capacidade de aumento das velocidades de transmissão de dados em redes de fibra óptica nos últimos anos tem sido aproximadamente o dobro do aumento das velocidades dos microprocessadores. Portanto, tornaram-se possíveis crescimentos mais significativos, e também mais eficientes em termos de custos, das capacidades computacionais através de explorar melhor as capacidades acrescidas das ligações em rede do que as capacidades acrescidas dos microprocessadores, aplicando-se uma observação semelhante para o armazenamento de grandes quantidades de dados.

A Computação GRID disponibiliza às mais diversas comunidades de utilizadores, de forma eficiente, transparente e segura, recursos computacionais partilhados de processamento e armazenamento, inclusivamente os organizados em "clusters" de processadores interligados em GRID sobre redes de alto débito, tornando possível o acesso a elevadas capacidades de processamento a quem se ligue à GRID através de banda larga.

A Computação GRID surge assim como uma alternativa aos super-computadores para o processamento de tarefas computacionais que requerem elevado desempenho, permitindo o avanço da ciência, da engenharia e de diversas áreas de interesse social ou económico que necessitam de acesso a enormes quantidades de recursos computacionais, e tornando possível rentabilizar recursos que frequentemente se encontram sub-utilizados por serem usados aquém das suas capacidades ou até por ficarem totalmente disponíveis durante certos períodos.

Para que serve a Computação GRID?

A Computação GRID permite revolucionar a forma de trabalhar em ciência e tecnologia em várias áreas. Numa era em que o trabalho científico de qualquer domínio do conhecimento produz cada vez mais informação, como por exemplo a descodificação do genoma humano, a cura de doenças infecto-contagiosas, imunológicas ou cancerígenas, ou o estudo do comportamento da matéria e da energia, em experiências com aceleradores de partículas cujos dados são analisados e partilhados por investigadores dispersos por todo o mundo, a Computação GRID vem oferecer respostas às enormes exigências ao nível da capacidade computacional e de armazenamento que o processamento de grandes quantidades de dados coloca. Também na simulação computacional de sistemas de grande dimensão, como por exemplo em meteorologia, oceanografia, genómica e proteómica, a Computação GRID permite a conjugação de recursos computacionais distribuídos para a resolução de problemas que requerem elevado desempenho computacional.

Por exemplo, no âmbito do projecto CrossGrid, cuja infra-estrutura tem os seus sistemas centrais de gestão instalados em Portugal sob a responsabilidade operacional do LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, são consideradas aplicações de controlo, previsão e simulação de cheias em bacias fluviais,  aplicações de modelação de poluição atmosférica e outros serviços de apoio à meteorologia, bem como uma aplicação de apoio à cirurgia vascular. Nesta última aplicação, partindo das imagens de TAC ou Ressonância Magnética de um paciente, o cirurgião pode simular o efeito de um by-pass e visualizar o fluxo sanguíneo, decidindo por tentativas sucessivas a melhor solução para a intervenção. Esta aplicação permite encurtar para poucas horas o tempo de intervenção que medeia entre a recolha da imagem e a intervenção cirúrgica optimizada pela simulação prévia.

A Computação GRID também abre perspectivas à criação de novos produtos e serviços, afectando a forma como as empresas podem conduzir os seus negócios. Grandes empresas financeiras recorrem a Computação GRID para efectuar análises de risco cada vez mais detalhadas que, por sua vez, levam à criação de novos serviços financeiros para os clientes. Outro exemplo é o das empresas farmacêuticas a quem esta tecnologia facilita o acesso a uma capacidade computacional cada vez maior que pode permitir a descoberta de novos compostos e analisar cada vez em mais detalhe os riscos associados aos medicamentos antes destes serem comercializados. Entre as empresas pioneiras na adopção de sistemas de Computação GRID encontram-se muitos bancos e relatórios internacionais recentes estimam uma utilização crescente de sistemas de Computação GRID pelas empresas do sector financeiro.

OBJECTIVOS DA INICIATIVA NACIONAL GRID

• Reforçar as competências e capacidades nacionais em Computação GRID devido à sua especial importância estratégica

• Prosseguir a integração de Portugal na rede internacional de Computação GRID

• Melhorar as condições para as actividades científicas e para aplicações de interesse económico e social que envolvem computações complexas ou com elevadas quantidades de dados

• Reforçar a multidisciplinaridade e a colaboração entre as comunidades de investigadores e utilizadores de meios computacionais de elevado desempenho

• Reforçar as condições para as empresas encontrarem em Portugal instituições científicas e recursos humanos com conhecimentos e experiência de Computação GRID

ENTIDADE EXECUTORA

A entidade responsável pela execução da Iniciativa Nacional GRID é a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)  terá funções de observação e acompanhamento da iniciativa.

ACÇÕES

A Iniciativa Nacional GRID envolve acções relativas a infra-estruturas de computação, conectividade de alta velocidade em Portugal e com infra-estruturas internacionais, projectos de I&D, projectos de demonstração e aplicação com fortes ligações internacionais, formação, avaliação internacional, e observação, acompanhamento e disseminação de informação.

pdf: Programa da Sessão de Lançamento da Iniciativa Nacional GRID  (20.04 KB)

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Última actualização ( 05/04/2009 )