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UMIC Junta Promotores das Redes Comunitárias de Banda Larga em Workshop

 - 11/02/2009

Logotipo de RNG – Redes de Nova Geração, UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IPDecorre hoje, 12 de Fevereiro, na UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, com início às 10h30, a 3ª Workshop de Redes Comunitárias de Banda Larga. Esta workshop reúne os promotores (associações de municípios) das 4 Redes Comunitárias de Banda Larga que foram criadas pelo programa preparado pela UMIC e apoiado pelo POSC – Programa Operacional Sociedade do Conhecimento: Vale do Minho, Vale do Lima, Terra Quente Transmontana, Distrito de Évora.

São Redes de Nova Geração em fibra óptica em regiões desfavorecidas ou onde há falhas do mercado de telecomunicações, em particular decorrentes de baixas densidades populacionais, que podem ser exploradas em regime de multi-operação e fornecendo acesso idêntico a todos os operadores em concursos para a sua exploração.

Os objectivos principais das Redes Comunitárias de Banda Larga são desenvolver o combate à info-exclusão, promovendo a igualdade de oportunidades e de acesso público à banda larga na região, corrigir assimetrias de acessibilidade a telecomunicações, e desenvolver a iniciativa empresarial de base tecnológica e científica na região. Em geral ligam as sedes dos concelhos abrangidos, edifícios públicos e de interesse público, instituições do ensino superior, centros tecnológicos, e zonas e parques industriais, e podem, mediante concurso, ser abertas à exploração por várias operadoras.

Estas redes começaram a ser construídas em Maio de 2008 e no final de Dezembro tinham instalado os mais de 1.100 Km de condutas com cabo de fibra óptica previstos, assim como o equipamento activo que as permite operar até 10 Gbps (Veja o Progresso Semanal dos Projectos de Redes Comunitárias de Banda Larga).

Esta tecnologia permite larguras de banda muito superiores às possíveis com ADSL, podendo integrar comunicações de voz, Internet, televisão, e aplicações interactivas com qualidade de serviço em termos da largura de banda efectivamente fornecida e da disponibilização de larguras de banda simétricas para download e upload, sendo considerada indispensável para a Internet do Futuro.

Na 3ª Workshop de Redes Comunitárias de Banda Larga, organizada pela UMIC na sequência de duas anteriores realizadas em Julho de 2006 e Julho de 2008, serão debatidas questões chave da exploração deste tipo de redes, da optimização dos modelos comerciais e da disponibilização de serviços avançados sobre banda larga.

Esta workshop conta com a participação de especialistas de políticas públicas de telecomunicações envolvidos nas Parcerias para o Futuro estabelecidas com universidades norte americanas, em particular com investigadores do Programa de CMU – Portugal que, além de contribuírem para actividades de investigação e formação universitária, participam assim nesta importante vertente do desenvolvimento de Redes Comunitárias em vários pontos do País. A workshop também vai ser seguida em videoconferência por estudantes da Siracuse University, Massachusetts, EUA, interessados em acompanhar este desenvolvimento que decorre em Portugal.

Num momento em que as operadoras dão os primeiros passos decisivos para as Redes de Nova Geração e as questões relacionadas com investimento e com modelos de gestão e negócio deste tipo de redes são objecto de discussão, estão já adiantados dois tipos de Redes de Nova Geração promovidas por entidades públicas com o apoio da UMIC, as Redes Comunitárias de Banda Larga, em e-Inclusão, e a Rede Ciência Tecnologia e Sociedade (RCTS) da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), em e-Ciência.

Na verdade, a RCTS, já assegura hoje em dia ligações em cabo de fibra óptica propriedade da FCCN a mais de 70% do ensino superior (em número de estudantes) e desde Julho de 2008 está ligada internacionalmente a 10 Gbps, cerca de 10 vezes o valor de Julho de 2005. Mas é ainda de notar que foram recentemente desenvolvidos vários serviços disponibilizados pela RCTS e que são essenciais para o seu valor como Rede de Nova Geração, incluindo: a Biblioteca do Conhecimento Online planeada em 1999 e começada a disponibilizar em 2004, através da qual as pessoas de instituições científicas e do ensino superior podem aceder a textos integrais de artigos científicos, e na qual em 2007 se verificaram 4,2 milhões de downloads, o dobro do valor de 2005; o lançamento da Iniciativa Nacional Grid em Abril de 2006 impulsionando o número de processadores da infraestrutura nacional Grid a chegar no início de 2009 a mais de 25 vezes o que era em Maio de 2006, com a construção de um nó nacional de computação Grid num novo datacenter de 400 m2 na FCCN; a disponibilização de serviços de videoconferências de alta definição e de vídeo-difusão pela Internet; o desenvolvimento e disponibilização de um repositório de vídeos de alta definição com gestão digital de direitos (Zappiens) em meados de 2008; a disponibilização de VoIP – Voz sobre IP para todo o ensino superior público presentemente a entrar em operação; e a entrada em funcionamento do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal em Dezembro de 2009. O recente desenvolvimento desta infraestrutura e dos serviços associados, fizeram da RCTS uma das mais desenvolvidas redes de ciência e educação da União Europeia.

Portugal dá sinais de estar preparado para as Redes de Nova Geração. Na verdade, a penetração de banda larga nos agregados familiares duplicou, e na população quase triplicou, de 2005 para 2008, atingindo 39% e 33%, respectivamente. Além disso, a utilização da Internet por estudantes e pelas pessoas com educação secundária ou superior é muito elevada, respectivamente 97%, 87%, 91%, valores da ordem dos países escandinavos. Mesmo o valor para pessoas que não concluíram o ensino secundário, necessariamente muito mais baixo (26%), cresceu 57% de 2005 para 2008.

Última actualização ( 16/04/2012 )