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2º Forum da Internet do Futuro

 - 23/11/2009

Logotipo do Future Internet Forum (FIF)No dia 23 de Novembro de 2009, na altura da Assembleia da Internet do Futuro, realizou-se o 2º Forum da Internet do Futuro (2nd Future Internet Forum (FIF)). O lançamento do Forum da Internet do Futuro foi no dia 12 de Maio de 2009,em Praga. O FIF foca-se em políticas de I&D e Inovação, para permitir aos Estados Membros e Associados partilharem boas-práticas e experiências, ultrapassarem a fragmentação de esforços e procurarem estabelecer sinergias transversais a programas e iniciativas financiadas ao níveis nacional e da UE no âmbito da Internet do Futuro.

O papel e as responsabilidades do Forum da Internet do Futuro (FIF) são complementares aos de outros grupos e fora existentes, como o National ICT Research Directors Forum, o Grupo de Alto Nível i2010, o Comité CIP-PCP, o Comité de ICT do FP7 (ICTC), o Grupo de Aconselhamento de IST do FP7 (ISTAG), etc. (a representação de Portugal nos três primeiros é assegurada pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, sendo o Presidente da UMIC o representante de Portugal nos dois primeiros), com os quais o FIF procurará promover a colaboração e troca de informações numa base regular.

O papel e as responsabilidades do Forum da Internet do Futuro (FIF) são complementares aos de outros grupos e fora existentes, como o National ICT Research Directors Forum, o Grupo de Alto Nível i2010, o Comité CIP-PCP, o Comité de ICT do FP7 (ICTC), o Grupo de Aconselhamento de IST do FP7 (ISTAG), etc. (a representação de Portugal nos três primeiros é assegurada pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, sendo o Presidente da UMIC o representante de Portugal nos dois primeiros), com os quais o FIF procurará promover a colaboração e troca de informações numa base regular.

A reunião do FIF começou com pontos de situação dos Directores da DGINFSO da Comissão Europeia Mário Campolargo e Luis Rodriguez-Roselló sobre as actividades de preparação da PPP Internet do Futuro seguidos de uma apresentação pelo porta-voz de um grupo de stakeholders da indústria que têm estado a trabalhar na preparação de uma PPP sobre Internet do Futuro, David Kennedy, Director da EURESCOM, seguindo-se uma discussão.

Portugal, através do Presidente da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, insistiu na necessidade de se considerarem novos modelos de negócio para aplicações da Internet do Futuro, o que inclusivamente tem implicações para assegurar a sustentabilidade da própria PPP Internet do Futuro em preparação. Quase todas as novas aplicações de redes de grande escala requerem modelos de negócio e de preços que não estão disponíveis e que se não forem desenvolvidos tornarão muito difícil ou impossível passar das fases de desenvolvimento de aplicações-piloto, mesmo que de grande escala, e atingir uma fase de sustentabilidade económica efectiva. Houve um grande progresso nos últimos anos na compreensão da economia dos prosumer, mas a economia das aplicações de redes abertas de grande escala não é ainda suficientemente entendida. Para ilustrar de forma concreta esta observação, apresentou dois exemplos:

  1. Um exemplo é o das aplicações na área da Saúde onde os benefícios técnicos, económicos, sociais e de pessoas resultantes da adopção de sistemas de monitorização permanente à distância do estado vital de pessoas de risco enquanto se encontram nas suas actividades normais são evidentes, nomeadamente pelas economias associadas a menor necessidade de cuidados ambulatórios hospitalares e a serviços com maior qualidade de cuidados de saúde. Nesta área foi desenvolvida uma considerável diversidade de aplicações-piloto consideradas de grande interesse, mas a adopção em larga escala deste tipo de aplicações permanece fora da realidade. A razão é económica: os benefícios são sistémicos e o investimento necessário não pode ser assumido apenas pelos doentes beneficiários, nem pelos serviços de cuidados de saúde associados, pois os benefícios retirados por estes actores individualmente não compensam muitas vezes os investimentos necessários se só forem assumidos por esses próprios beneficiários.

    Sendo as vantagens sistémicas, é neste caso claro que os investimentos têm de ser partilhados pelos principais beneficiários potenciais de uma maior eficiência, o que neste exemplo concreto inclui companhias de seguros de saúde e de vida, sistemas nacionais de saúde, sistemas de segurança social, além de hospitais, indivíduos potenciais beneficiários e outros.

    Têm de ser desenvolvidos modelos de negócio e preços adequados e claros para que os actores que mais podem beneficiar da adopção em grande escala deste tipo de aplicações poderem decidir partilhar os correspondentes investimentos em quadros de partilha de custos e benefícios economicamente viáveis. Este objectivo deve ser visto como parte dos projectos tecnológicos a desenvolver, caso contrário esses projectos correm o sério risco de nunca deixarem a fase de serem pilotos, mesmo que excelentes, para passarem a uma fase de produção de benefícios e resultados económicos de valor elevado que lhes assegure o crescimento e a sustentabilidade.

  2. Um outro exemplo é o das aplicações na área da monitorização ambiental com base em redes ciberfísicas. Os potenciais benefícios de aplicações deste tipo da Internet do Futuro são também óbvios. Contudo, os investimentos necessários são elevados. Quem vai pagar a conta? Os governos a fundo perdido, ou seja os contribuintes na base das suas contribuições de impostos gerais? Não é provável nem parece possível. Também neste caso os benefícios são sistémicos e a viabilidade de concretização de aplicações em grande escala e da sua adopção sustentável requer modelos de negócio e de preços novos.

    Vendo assim as coisas, não é de estranhar que os parágrafos que actores do sector e das políticas públicas das TIC laboriosa e pacientemente conseguiram introduzir ao longo de muitos meses no projecto da declaração da Cimeira de Copenhaga que se vai realizar agora em Dezembro tenham sido suprimidos pelos representantes dos governos. Como poderiam ser mantidos se não é claro quem paga os elevados investimentos na base dos modelos de negócio existentes, a menos que fossem os próprios governos (ou seja, os correspondentes contribuintes)?

Como estes exemplos ilustram, entender a criação e partilha de valor em aplicações da Internet do Futuro em diferentes possíveis cenários é uma tarefa difícil devido à complexidade inerente a aplicações em redes abertas de grande escala que envolvem actores de múltiplos sectores. Por isso, é necessário adoptar uma aproximação sistémica desde o início também para as questões de modelos potenciais de negócio e de preços associados às aplicações consideradas, incorporando-os no project design, sendo de esperar que em muitos casos levem a considerar alterações radicais dos regimes de preços e eventualmente a requerer a adopção de regulação apropriada.

A sessão seguinte do FIF foi dedicada à apresentação de projectos de cidades e regiões com componentes relevantes para a Internet do Futuro, nesta reunião de Veneza, Amesterdão, Malta e Estocolmo. Seguiu-se outra sessão dedicada a informações sobre iniciativas e planos de Estados Membros em que foram apresentados o plano do Reino Unido Digital Britain e iniciativas polacas. A reunião terminou com um ponto de situação sobre o progresso em direcção a estabelecer um mapa comum das actividades na Internet do Futuro. Ficou combinado que Portugal seria um dos países a apresentar o seu caso da Internet do Futuro na próxima reunião do FIF, prevista para Abril de 2010 em Valência, Espanha.

Em Portugal, as políticas da Internet do Futuro, numa perspectiva de I&D e Inovação, têm tido uma forte expressão desde que esta área foi assumida como prioritária em 2006, principalmente no âmbito das iniciativas seguintes:

  1. Redes de Conhecimento – Parcerias para o Futuro;

  2. Encontros com a Ciência em Portugal:
    Ciência 2009 – Encontro com a Ciência em Portugal: Tópicos do Âmbito da Internet do Futuro;
    Ciência 2008 – Encontro com a Ciência em Portugal.

  3. Iniciativa Nacional Grid (INGRID);

  4. Redes de Nova Geração:
    Rede de Ciência e Educação (RCTS);
    Redes Comunitárias.

Mais informações: European Future Internet Portal e EC website on the Future Internet.

Última actualização ( 30/08/2010 )