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5ª Conferência IBERGRID

 - 10/06/2011

Logótipo da IBERGRID – Rede Ibérica de Computação Grid Realizou-se em 8-10 de Junho de 2011, em Santander, Espanha, a 5ª Conferência da IBERGRID – Rede Ibérica de Computação Grid. A IBERGRID foi criada por decisão conjunta dos governos de Espanha e Portugal na XXIIª Cimeira Luso-Espanhola, em Novembro de 2006 com o objectivo de integrar numa rede coerente as infraestruturas de Computação Grid dos dois países, amplificando a sua capacidade computacional e reforçando a cooperação das instituições e investigadores dos dois países com actividades nesta área.

Como um dos instrumentos para intensificar a colaboração entre instituições e investigadores de Espanha e de Portugal com actividades na Computação Grid, foi decido promover a realização de uma série de conferências anuais, alternadamente em cada um dos países. A 1ª Conferência da IBERGRID – Rede Ibérica de Computação Grid realizou-se em Santiago de Compostela em 14-16 de Maio de 2007, apenas meio ano depois de ter sido decidido na Cimeira Luso-Espanhola de 2006 constituir a IBERGRID, a 2ª Conferência da IBERGRID – Rede Ibérica de Computação Grid realizou-se precisamente um ano depois no Porto, de 1 a 14 de Maio de 2008, a 3ª Conferência da IBERGRID – Rede Ibérica de Computação Grid realizou-se em Valencia, Espanha, realizou-se em 20-22 de Maio de 2009, a 4ª Conferência da IBERGRID – Rede Ibérica de Computação Grid, realizou-se em 24-28 de Maio de 2010.

O programa da Conferência IBERGRID 2011 prevê a apresentação e discussão de vários aspectos da Computação Grid e das suas aplicações.

A junção de Portugal e Espanha na IBERGRID permitiu constituir uma rede conjunta, no âmbito do projecto financiado pelo Programa Quadro de Investigação da UE EGEE – Enabling Grids for E-sciencE in Europe, que integra 55 países, conhecida por Federação do Sudoeste Europeu ou IBERGRID, a qual passou a desempenhar um papel significativo na infraestrutura GRID da Europa.

Portugal lançou a Iniciativa Nacional GRID (INGRID) em 29 de Abril de 2006. Esta iniciativa, uma das componentes da área de e-Ciência em Portugal, foi planeada e é acompanhada e parcialmente financiada pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, e é executada no que respeita a projectos de I&D através de financiamentos concedidos pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP, na sequência de concurso público para projectos e avaliação internacional independente. A FCT abriu um primeiro concurso para financiamento de projectos de I&D e de demonstração na área da Computação GRID logo em Novembro de 2006, e no mesmo mês realizou-se a Jornada INGRID’06, em Braga. Foram aprovados 15 projectos de I&D com um financiamento total concedido pela FCT de cerca de 1,7 milhões de euros, os quais foram aprovados no concurso público aberto em Novembro de 2006 que recebeu 37 candidaturas. Estes projectos são dirigidos a aplicações da Computação GRID a áreas que vão de simulação e análise de dados de física de altas energias, como os que serão produzidos pela experiência LHC – Large Hadron Collider do CERN e pela física de plasmas e fusão nuclear, a previsão da evolução da costa marítima, a simulação de fogos florestais, o mapeamento de poluição atmosférica, a simulação da estrutura de proteínas, os repositórios para aplicações médicas, e a imageologia cerebral.

Em 2007 foi decidido criar com financiamento da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP e do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC) um nó central para a infraestrutura GRID na FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional que envolve a criação de um grande datacenter para GRID, com 400 m2, e o alargamento da infraestrutura Grid portuguesa para 1.778 CPUs (1,2% do total dos 55 países da EGEE), 996 TeraBytes de memória em disco (4,0% do total dos 55 países da EGEE) e 2 PetaBytes de memória de longo prazo em fita magnética (3,8% do total dos 55 países da EGEE) em Junho de 2009. Atingiu-se, assim, uma dimensão em Portugal muito significativa no plano Europeu, já que corresponde a uma parcela da infraestrutura europeia consideravelmente superior ao peso de Portugal quer em termos de despesa em I&D quer em termos de PIB.

A Iniciativa Nacional GRID (INGRID) pôde chegar a esta situação a partir de um ponto de partida em Abril de 2006 muito modesto, dado que a infraestrutura nacional de Computação Grid envolvia apenas 70 CPUs, 22 TeraBytes de memória em disco e praticamente não dispunha de memória em fita magnética. Ou seja, de 2006 para 2009 o número de CPUs foi multiplicado mais de 25 vezes, a memória em disco mais de 45 vezes e a memória em fita magnética passou de praticamente inexistente a um valor muito elevado no contexto internacional.

A Iniciativa Nacional GRID (INGRID) também previu um reforço da conectividade nacional e internacional com um significativo aumento da largura de banda da Rede de Ciência e Educação nacional, a RCTS – Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade, gerida pela FCCN e financiada pela UMIC. Este aumento de conectividade teve várias vertentes: a instalação de 400 Km de cabo de fibra óptica da própria FCCN de Lisboa a Braga (em 2005), do Porto a Valença (em 2007) e de Lisboa à Fronteira do Caia com Espanha (em 2008), ultrapassando 1.000 Km de cabo de fibra óptica da própria FCCN e facultando ligações até 10 Gigabits por segundo (Gbps) entre instituições de investigação e universidades que correspondem a cerca de 85% de todo o sistema de ensino superior português (tendo em conta a dimensão das instituições), a ligação à rede Europeia de investigação e ensino Geant através de Espanha, a ligação da RCTS à rede Europeia Geant a 10 Gbps em Julho de 2008, mais do que octuplicando a largura de banda das ligações internacionais disponíveis em Julho de 2005.

Em 2007, foi iniciado um projecto de dois anos financiado pela UE para preparar a criação e o modelo de organização da Iniciativa GRID Europeia (EGI – European Grid Initiative).  Este projecto envolveu as iniciativas nacionais GRID de 38 países, incluindo os 27 países da UE e ainda Bielorússia, Croácia, Israel, Moldávia, Montenegro, Noruega, Rússia, Sérvia, Suíça, Turquia e Ucrânia. Portugal foi representado pela UMIC e pelo LIP, cujos dirigentes máximos integram o Conselho de Políticas da Iniciativa Europeia GRID, para cujo Presidente foi eleito Professor Gaspar Barreira, Director do LIP. Este projecto foi concluído com sucesso e deu em 2009 origem à criação da organização internacional Iniciativa GRID Europeia (EGI – European Grid Initiative).

Em menos de dois anos, Portugal tinha entrado decididamente para o mapa Europeu da Computação GRID e foram asseguradas as condições para Portugal e Espanha participarem em posições de influência nas decisões sobre o futuro da Iniciativa GRID Europeia e do gigantesco sistema de Computação GRID que está a ser criado, e esta posição tem sido reforçada desde então.

No final de 2010, a infraestrutura nacional de Computação Grid incluía 2.092 CPUs e 743 TeraBytes de memória em disco. Em Dezembro de 2010, a contribuição de Portugal para a EGI – European Grid Initiative foi 6,5% em Jobs e 6,8% em tempo de CPU, quando 4 anos antes quando a iniciativa Nacional GRID foi lançada era apenas 0,03% em ambos. É de notar que a EGI envolve todos os países da UE excepto Áustria e Malta, e oito países que não são da UE (Suíça, Croácia, Israel, Montenegro, Macedónia, Noruega, Sérvia, Turquia). Em população, Portugal é 2,1% do total. Assim, Portugal é um dos principais países europeus em Computação Grid, tendo passado de uma contribuição negligível para a infraestrutura Grid europeia para uma das contribuições mais elevadas em menos de 5 anos depois do início da Iniciativa Nacional GRID em 2006.

Última actualização ( 26/01/2012 )