FCCN Apresenta os Recentes Desenvolvimentos da RCTS

A rede da FCCN serve as instituições científicas e do ensino superior desde o início da década de 1990, assegurando a ligação destas instituições à rede europeia de investigação e ensino, e adquiriu um particular dinamismo a partir de 1997, tendo sido pioneira nas ligações em banda larga a um grande sistema de instituições.

O desenvolvimento da RCTS nos últimos quatro anos fez com que seja agora suportada por cerca de 1.000 km de cabo de fibra óptica propriedade da própria FCCN, que já chegam a 80% da comunidade de investigação e ensino superior nacional, dando possibilidades de qualidade de serviço a custos reduzidos e constituindo uma das melhores redes de investigação na União Europeia.

Depois da ligação dos cerca de 400 Km Lisboa-Braga em cabo de fibra óptica da FCCN em 2005, a dorsal em cabo próprio de fibra óptica foi expandida para mais do dobro (mais 600 Km), primeiro em 2007 no trajecto Porto-Viana do Castelo-Valença e depois em 2008 no trajecto Lisboa-Setúbal-Évora-Portalegre-Fronteira do Caia, ambos os trajectos para assegurar ligações à rede de investigação e ensino espanhola em anel redundante, e consequentemente à rede europeia.

A conectividade internacional da RCTS foi mais do que octuplicada desde Julho de 2005, quando era 1,2 GigaBits por segundo (Gbps), para passar a ser 2,5 Gbps em Julho de 2006 e 10 Gbps em Julho de 2008. Esta plataforma de comunicações muito avançada, quer pelas velocidades de funcionamento da rede quer por já funcionar com os protocolos IPv4 e IPv6, suporta uma multiplicidade de serviços avançados em banda larga disponibilizados às instituições científicas e do ensino superior - desde serviços de vídeo de alta-definição, a recursos científicos e bibliográficos e a computação intensiva.

Estes serviços avançados sobre banda larga tornam a RCTS a 1ª Rede de Nova Geração em funcionamento no país e, com base nos progressos verificados nos últimos dois anos, permitem uma posição de destaque a nível internacional entre as redes de investigação e ensino europeias.

Nas aplicações e serviços a serem apresentados incluem-se:

1. Salas de vídeo-conferência imersiva;
2. Nó Nacional de Computação GRID com mais de 1.100 processadores e 600 TeraBytes (TB) de memória em disco instalados num novo data center de 400 m2;
3. RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal;
4. Zappiens – Repositório de Vídeos de alta definição com gestão digital de direitos de autor de interesse científico e cultural;
5. VoIP – Voz sobre IP para todo o ensino superior público, que já integra cerca de 35.000 terminais telefónicos, e se estende a todas as instituições do ensino superior público com significativas economias nos custos de comunicações telefónicas;
6. Serviços de videoconferências de alta definição e de vídeo-difusão pela Internet para o sistema científico e do ensino superior;
7. Arquivo da Web Portuguesa.

É de notar que o nó de Computação Grid instalado na FCCN, em parceria com o Laboratório Associado LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, contribuiu para que a INGRID – Iniciativa Nacional Grid, concebida pela UMIC e lançada em Abril de 2006, desempenhe um papel relevante na infraestrutura ibérica, com a criação em 2007 da infraestrutura conjunta IBERGRID, e também na Iniciativa Grid Europeia (EGI) onde o Conselho de Políticas é presidido por um português.

Sublinha-se, também, o RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, concebido pela UMIC em 2008 para integrar todos os repositórios institucionais existentes com um ponto de entrada e um motor de procura de âmbito nacional. Esta plataforma tecnológica também permite à FCCN alojar gratuitamente repositórios científicos de acesso aberto de qualquer instituição científica ou do ensino superior do país. Este projecto, desenvolvido com a colaboração de uma equipa da Universidade do Minho no segundo semestre de 2008, permitiu alargar o número de instituições com repositórios deste tipo (agora 15, há um ano 5 e apenas 1 em Julho de 2005), bem como aumentar o número de documentos disponibilizados (agora 25.000, há um ano 8.000 e apenas 1.000 em Julho de 2005). Portugal colocou-se, assim, na linha da frente do movimento europeu de repositórios científicos de acesso aberto.

É, ainda, de notar que a elevada dimensão do sistema científico e do ensino superior público faz com que os serviços em VoIP oferecidos pela FCCN a este sistema façam desta rede a maior rede de voz sobre IP no país.

Os recentes desenvolvimentos que vão ser agora apresentados expandem o conjunto de serviços avançados que colocam esta Rede de Nova Geração na linha da frente das redes de investigação e ensino europeias, nomeadamente: a Biblioteca do Conhecimento Online (b-on), planeada em 1999 e começada a disponibilizar em 2004, através da qual as pessoas de instituições científicas e do ensino superior podem aceder a textos integrais de artigos científicos, e na qual em 2008 se verificaram 5,2 milhões de downloads, ou seja duas vezes e meia mais do que em 2004; e-U: Campus Virtual, integrando todas as instituições públicas do ensino superior e as instituições privadas aderentes num campus virtual único,acessível sem fios por um sistema de autenticação de utilizadores de âmbito nacional, o qual começou a ser instalado no final de 2004 e teve a sua grande expansão a partir do 2º semestre de 2005, tendo sido pioneiro ao nível de um país em âmbito mundial; Segurança informática, apoiada no CERT.PT, a primeira equipa de resposta a incidentes de segurança informática em Portugal acreditada internacionalmente, e a única entre Setembro de 2002 e Julho de 2007, quando entrou em operação o CSIRT.FEUP da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a que se seguiu em Julho de 2008 o CERT.IPN do Laboratório de Informática de Sistemas do Instituto Pedro Nunes.

O desenvolvimento da RCTS e dos correspondentes serviços avançados são a concretização da visão de assegurar em Portugal o apoio em redes e serviços avançados em banda larga a investigadores, docentes e estudantes de ensino superior portugueses ao melhor nível em âmbito mundial.

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A FCCN gere, desde o início da década de 90, a rede de investigação e ensino nacional, a RCTS – Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade. Esta rede de muito alto débito, financiada pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, com apoio do POSC – Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, liga hoje à Internet todas as instituições de Ensino Superior Público, Laboratórios do Estado e outras instituições científicas, e suporta um importante conjunto de serviços avançados disponibilizados àquelas instituições. A FCCN é ainda responsável pelo serviço de registo de domínios/subdomínios de .pt e pela plataforma GigaPIX que tem hoje ligados os principais ISP nacionais.

O Conselho Geral da FCCN é constituído pelo Presidente da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP, pelo Presidente da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP, pelo Presidente do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, IP, e por um representante do CRUP – Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

A UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP é o organismo público português com a missão de coordenar as políticas para a sociedade da informação e mobilizá-la através da promoção de actividades de divulgação, qualificação e investigação. No âmbito das suas atribuições, a UMIC orienta, financia e acompanha regularmente as actividades da FCCN, tanto no âmbito do Conselho Geral como em interacção regular com a Comissão Executiva da FCCN.