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e-Ciência

Os projectos de e-Ciência visam estimular e apoiar o desenvolvimento de redes, sistemas de informação e serviços de apoio à actividade científica disponibilizados a instituições científicas e do ensino superior. Em consequência de acções recentes, Portugal está na linha da frente da disponibilização deste tipo de instrumentos de apoio às actividades da comunidade científica.

Na verdade, esta área teve um desenvolvimento enorme de 2005 para 2010:

  • A Rede de Ciência e Educação, RCTS – Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade, passou a dispor de um backbone em cabo de fibra escura com 48 fibras, propriedade da FCCN, a operar a 10 Gbit/s, que foi progressivamente aumentado a partir de uma ligação inicial de 400 Km Lisboa-Braga para 1.100 Km e que serve cerca de 55% do ensino superior público (62% do ensino universitário e 42% do ensino politécnico, com a dimensão das instituições quantificada pelo número de alunos inscritos), e o restante através de circuitos alugados a operadoras comerciais mas com larguras de banda superiores à procura das respectivas instituições, o que levou a uma das melhores situações em redes de investigação e educação na União Europeia; além disso, a RCTS assegurava em 2010 a cobertura de 62% das universidades do ensino particular ou cooperativo (crescimento de 53% de 2005 para 2010).
  • A largura de banda das ligações internacionais da RCTS foi mais do que multiplicada por 17, passando de 1,2 Gbit/s para 20 Gbit/s;
  • Foi generalizado o acesso sem fios em todo o ensino superior, integrando os campi dispersos no país num campus virtual de âmbito nacional “e-U Campus Virtual”, em que Portugal foi pioneiro em âmbito mundial, com o número de utilizadores a passar de cerca de 3.000 em Março de 2005 para mais de 81.000 no final de 2010, e de cerca de 200.000 sessões em Março de 2005 para cerca de 11 milhões no final de 2010;
  • Em Abril de 2006 foi lançada a INGRID – Iniciativa Nacional Grid, que levou a incipiente infraestrutura existente na altura, de apenas 72 CPUs e 22 TB de memória em disco, para mais de 2.090 CPUs e 740 TB de memória em disco. Esta infraestrutura foi integrada com a de Espanha, na iniciativa IBERGRID, e assumiu um papel importante na Iniciativa Europeia Grid (EGI), cujo comité de políticas foi presidido por Portugal em 2008 e 2009; a contribuição de Portugal para a EGI em 2010 foi 6,5% em Jobs e 6,8% em tempo de CPU ambos, mais do triplo da média por população, dado que Portugal tem apenas 2,1% da população de todos os países da EGI, quando 4 anos antes quando a iniciativa Nacional GRID foi lançada era apenas 0,03%;
  • Simplificação e racionalização radical do modelo de financiamento e gestão da “b-on Biblioteca do Conhecimento Online” em 2006 e expansão desta biblioteca digital que passou a disponibilizar o acesso livre e permanente em todas as instituições científicas e do ensino superior públicas e nas instituições privadas aderentes a cerca de 17.100 revistas científicas internacionais, 18.200 e-books científicos, 12.400 títulos de proceedings e transactions de 16 editoras (em 2004 disponibilizava o acesso a um total de apenas cerca de 3.000 títulos), através de assinaturas negociadas a nível nacional com essas editoras, com os downloads de artigos em texto completo a passarem de 2,1 milhões em 2004 a 6,8 milhões de downloads em 2010; Portugal é, na União Europeia, um dos poucos países que assegura uma biblioteca deste tipo de âmbito nacional;
  • Criação em 2008 do RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, que permitiu passar de apenas 1 repositório institucional em 2005 (Universidade do Minho) para 31 repositórios institucionais em 2010, incluindo todas as universidades públicas, e de pouco mais de 3.000 documentos em 2005 para mais de 50.500 documentos em 2010, colocando Portugal na linha da frente do movimento de criação e alargamento deste tipo de repositórios na União Europeia;
  • Criação em 2008 do ZAPPIENS, Multimédia para o Conhecimento, um repositório de acesso aberto e com a utilização de licenças Creative Commons e gestão de direitos de autor para vídeos de alta definição de interesse científico, educativo e cultural;
  • Lançamento em Julho de 2009, em colaboração com Espanha, da iniciativa IBERCIVIS de computação voluntária para fins científicos, em que cidadãos doam tempo de computadores pessoais para cálculo científico, que já permitiu ensaiar computacionalmente mais de 2,3 milhões de compostos com potencialidades para serem novos fármacos para doenças neurodegenerativas como a “doença dos pezinhos” e a Alzeimher, testados em 3 configurações-alvo, ou seja perto de 7 milhões de ensaios, num tempo de CPU da ordem de 8 milhões de horas, um trabalho que num único computador pessoal comum de 32-bits em permanente utilização levaria cerca de 455 anos a realizar foi efectuado em apenas 16 meses em computadores disponibilizados em tempo parcial por cidadãos.
  • Manutenção e expansão da Linguateca, centro de recursos para o processamento computacional da língua portuguesa;
  • Criação do sistema de VoIP (Voz sobre IP) para todo o sistema científico e do ensino superior público, suprimindo os custos de comunicação em voz dentro deste sistema e reduzindo os custos com comunicações externas em consequência de agregação de compra de serviços às empresas operadoras de comunicações fixas e móveis para todo o sistema nacional, e desenvolvimento de instrumentos simples de tele- e vídeo-conferência com este sistema que estão prestes a serem disponibilizados a todas as instituições e vêm trivializar o contacto em tele- e vídeo-conferência entre investigadores, professores e alunos deste sistema, reforçando as condições para o trabalho colaborativo à distância;
  • Rede de salas de videoconferência do ensino superior público e início de um sistema de salas imersivas de videoconferência, com a criação em 2009 de salas em Lisboa e no Porto, ao serviço da comunidade científica e do ensino superior.

No programa de Acção Ligar Portugal (2005-2010) estava previsto:

  • Implementar e operar, como rede pública com circuitos próprios, a dorsal da RCTS – Rede Ciência Tecnologia e Sociedade e estender as suas ligações às redes internacionais (Geant2) através de Espanha, garantindo a redundância de circuitos. Associar a este desenvolvimento a criação da rede nacional de segurança de toda a administração pública;
  • Assegurar a difusão de formas de computação distribuída, lançando a Iniciativa Nacional GRID, a exemplo de outros países europeus, para a investigação e desenvolvimento e para o aproveitamento das oportunidades económicas induzidas pelo paradigma de computação distribuída;
  • Alargar o acesso às fontes digitalizadas de conhecimento da comunidade científica, nomeadamente através da Biblioteca Científica em Rede, B-on;
  • Estimular o desenvolvimento de recursos computacionais de tratamento da língua portuguesa e o lançamento de sistemas automáticos de tradução para português.

Última actualização (11/07/2011)