Publicada a Lista das 100 Empresas que Mais Investiram em I&D em 2007

Nos primeiros 10 lugares encontram-se: Grupo Portugal Telecom, Grupo BCP, BPI, Nokia Siemens Networks Portugal, Grupo Santander, Grupo EDP, Grupo UNICER, BIAL, Grupo Volkswagen, Grupo José de Melo.

Esta lista baseia-se nos resultados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2007 (IPCTN07), e é agora divulgada após autorização das empresas visadas.

De facto, as Actividades de I&D em Portugal tiveram o Maior Crescimento dos Países da UE entre 2005 e 2007, passando esta a representar globalmente, e pela primeira vez, 1,2% do PIB nacional (1.972 MEuros, quando em 2005 era de 1.201 MEuros) e, portanto, os níveis já atingidos por Espanha (1,2%), próximos da Irlanda (1,3%) e superiores aos dados disponíveis de Itália (1,1%).

O crescimento da despesa em I&D foi verificado sobretudo nas empresas, sector onde a despesa em I&D mais do que duplicou de 2005 para 2007, tendo atingido 0,62% do PIB e 1.010 MEuros, ultrapassando, também pela 1ª vez, o total de despesas em I&D nas restantes instituições (universidades, associações privadas sem fins lucrativos e instituições do Estado). Os dados mostram ainda um acréscimo inédito em Portugal do número de empresas com actividades de I&D, que passou de cerca de 930 em 2005 para mais de 1.500 em 2007.

O aumento da despesa das empresas em I&D reflecte o de investimento público e muito especialmente o seu reforço durante esta legislatura, assim como o esforço do sector privado em acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal. Após a Reposição e reforço dos incentivos fiscais à I&D empresarial em 2005 e do seu considerável reforço recente, no início de 2009 Portugal Adopta o Maior Nível de Incentivos Fiscais na Europa para I&D nas Empresas, facilitando uma dedução fiscal que pode chegar a 82,5% do investimento em I&D. O número de empresas que, desde 2005, recorreu ao SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial mais do que duplicou relativamente ao número das que se tinham candidatado em todo o período anterior (de 1997 a 2003).

Relativamente ao sector das Empresas destaca-se ainda que:

• Os sectores dos serviços financeiros e seguros, serviços de informática e comunicações são os sectores com maior despesa de I&D e os que mais aumentaram entre 2005 e 2007, juntamente com os sectores da indústria automóvel, e da energia. Todos estes sectores aumentaram pelo menos 6 vezes a sua despesa em actividades de I&D. A despesa em I&D do sector da indústria alimentar aumentou 3,5 vezes e aquela referente ao sector da indústria farmacêutica aumentou 1,5 vezes neste período.
• A despesa das empresas em I&D continua a ser maioritariamente financiada por fundos das próprias empresas (cerca de 89% do total, excluindo os incentivos fiscais). A percentagem do financiamento público na despesa das empresas em I&D manteve-se constante entre 2005 e 2007, representando 4% do total da despesa privada em I&D.

Os resultados do IPCTN 2007 estão sumarisados em: IPCTN 2007 – Sumários Estatísticos