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Apresentação dos Dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2009

 - 22/11/2010

Logotipo para IPCTN 2009 - Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico 2009Realizou-se no dia 22 de Novembro de 2010, no Pavilhão de Conhecimento – Ciência Viva, no Parque das Nações, em Lisboa, presidida pelo Primeiro-Ministro, José Sócrates, e na presença do Ministro e do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, respectivamente José Mariano Gago e Manuel Heitor, a sessão de apresentação dos dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2009 (IPCTN 2009).

Segundo dados hoje divulgados pelo Gabinete de Planeamento e Estatística (GPEARI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e comunicados ao EUROSTAT e à OCDE, entre os anos de 2008 e 2009:

  • A despesa total em investigação em Portugal passa de 1,55% para 1,71% do PIB, correspondendo em valor absoluto a mais do dobro do que era em 2005 e fazendo com que de 2005 para 2009 Portugal passasse do 17º para o 10º lugar nos países da UE, agora pouco abaixo da média da UE;
  • O número de investigadores em relação à população activa cresce de 7,2‰ para 8,2‰, em números de investigadores também mais do dobro de 2005, e por uma margem maior, fazendo com que de 2005 para 2009 Portugal passasse do 19º para o 4º lugar nos países da EU, só atrás dos três países nórdicos, e agora muito acima da média dos países da UE e mesmo na média dos países da OCDE;
  • O número de estrangeiros registados em actividades de I&D quase que duplicou desde 2005, tendo aumentado 47% entre 2007 e 2008. Destes estrangeiros, 48% são provenientes de outros países da União Europeia (juntamente com os restantes países da OCDE somam 55%). Os restantes 45% são investigadores provenientes de países não-membros da OCDE.
  • Aumentam a despesa em I&D e os investigadores nas empresas, ambos com valores superiores aos de 2005 multiplicados por 2,5;
  • A despesa em I&D das empresas é 47% do total da despesa em I&D nacional, quando em 2005 era apenas 36%;
  • As exportações das 100 empresas que mais investiram em I&D em 2008 foram mais de ¼ das exportações nacionais e cresceram de 2007 para 2008 a uma taxa que é quase o quádruplo do crescimento das exportações do conjunto da economia nacional no mesmo período;
  • O valor gerado em Portugal pelo conjunto das 100 empresas que mais investiram em I&D em 2008, expresso em termos de “valor acrescentado bruto” (VAB), cresceu de 2007 para 2008 a uma taxa quase 10 vezes superior à do VAB gerado no conjunto da economia nacional no mesmo períodol;
  • O número total de publicações científicas referenciadas internacionalmente quase duplicou desde 2004;
  • O número de patentes portuguesas publicadas no Gabinete Europeu de Patentes mais do que triplicou face a 2004, enquanto o número de patentes registadas no Gabinete Norte-americano mais do que quadruplicou;
  • Realizaram-se 1.534 novos doutoramentos em 2009, mais de 50% do que em 2003, com mais de metade desses doutoramentos realizados por mulheres.

Estes dados mostram uma realidade das capacidades científicas e tecnológicas de Portugal radicalmente diferente da que era apenas quatro anos antes. Houve uma transição de fase que traz oportunidades económicas e sociais que precisam de ser imediatamente aproveitadas. Como esta transição foi extremamente rápida, estas capacidades permanecem subavaliadas não só no estrangeiro como inclusivamente no país, e mesmo pelos próprios actores desta transformação, designadamente os investigadores, as instituições científicas e universitárias e as empresas de base científica e tecnológica. Importa assegurar que o conhecimento desta nova realidade se generaliza para que as novas potencialidades possam ser aproveitadas da melhor forma.

A divulgação destes dados foi acompanhada pela primeira vez pela indicação nominal das 100 empresas com maior despesa em I&D intramuros, com dados de 2008, ordenadas pelo valor dessa despesa e com a sua indicação explícita, e também ordenadas de acordo com as despesas em I&D extramuros e total, com a intensidade da despesa em I&D no total do volume de negócios, com o número de Doutorados envolvidos em actividades de I&D, e com o número de recursos humanos envolvidos em actividades de I&D, omitindo apenas as poucas que não autorizaram a divulgação. Esta nova fase fica assim também marcada por esta transparência de informação, a que aderiram quase todas as empresas do conjunto e que é essencial para uma compreensão objectiva da realidade da I&D empresarial e dos seus efeitos económicos.

Constata-se que as 100 empresas com maior despesa em I&D intramuros em 2008 tiveram uma despesa em I&D conjunta que é 77% da despesa da totalidade das 2.089 empresas que declararam terem despesas em I&D (quase o dobro das que tal declararam em 2005) do total das 10.188 empresas inquiridas.

A análise sectorial das empresas com maior despesa em I&D em 2008 é também interessante. Da despesa em I&D das 100 empresas com maior despesa em I&D:

  • Sector dos serviços (72%):
    • 32% serviços de tecnologias de informação, comunicações e electrónica;
    • 19% serviços financeiros;
    • 11% serviços de energia e ambiente;
    • 10% serviços de engenharia, investigação e consultoria;
  • Sector da indústria transformadora (14%);
    • 6% indústria automóvel;
    • 5% indústria de equipamento, componentes e outra indústria;
    • 3% indústria de materiais de construção;
  • Sector da indústria farmacêutica , química e agro-alimentar (14%):
    • 8% indústria farmacêutica;
    • 4% indústria agro-alimentar;
    • 2% indústria química.

A análise sectorial do crescimento da despesa em I&D de 2005 para 2008 também é relevante, quantificada aqui pelo valor pela qual a despesa de 2005 foi multiplicada para dar a de 2008:

  • 80 nos serviços de energia e ambiente;
  • 9 nos serviços financeiros;
  • 8 nos serviços de comunicações;
  • 6 nos serviços de informática;
  • 7 na indústria automóvel (do sector da indústria transformadora);
  • 3,5 na indústria agro-alimentar,
  • 1,5 na indústria farmacêutica.

Foram também publicados pela primeira vez dados sobre a despesa e os recursos humanos de I&D nas instituições hospitalares.

Documentação:
Capacidade científica nacional cresce mais de 10% entre 2008 e 2009
Figuras com a evolução dos principais dados dos IPCTN e com comparações internacionais
IPCTN 2009: Resultados Provisórios, GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do MCTES – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Novembro de 2010
As Empresas e Instituições Hospitalares com Mais Despesa em Actividades de I&D em 2008, GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do MCTES – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Novembro de 2010
As Empresas e Instituições Hospitalares com Mais Despesa em Actividades de I&D em 2009, GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do MCTES – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Julho de 2011

Última actualização ( 15/12/2011 )