Governo quer Internet mais rápida e para mais portugueses em 2005

No documento com as linhas orientadoras para 2005 na área da sociedade da informação, aprovado quinta-feira em Conselho de Ministros, o Governo compromete-se a desenvolver a concorrência no mercado de acesso à Internet e reforçar a aposta na promoção, criação e divulgação de conteúdos de língua portuguesa.

Promover a criação de Redes Comunitárias, promover a acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais, consolidar a Biblioteca do Conhecimento (criada pelo anterior governo e que congrega mais de 3.500 revistas científicas, sempre disponíveis), e acompanhar e apoiar a execução da iniciativa e-U/Campus Virtuais (Internet no ensino superior) são outros objectivos.

O Governo pretende também "aumentar exponencialmente a capacidade da rede académica e de investigação", através de um cabo de fibra óptica próprio, que começará por abranger o eixo Lisboa-Coimbra- Aveiro-Porto-Braga, e cuja construção começou já.

Ainda nesta área, propõe-se lançar em 2005 um programa de informatização alargada nas escolas, assegurar a ligação em banda larga em 9.000 escolas públicas do ensino básico e secundário, e disponibilizar no Portal do Cidadão mais serviços.

Definir uma política Nacional de Segurança Digital, implementar o serviço de vídeo-conferência para o Governo, propor ao Parlamento a realização de um projecto-piloto vinculativo de voto electrónico, e criar condições para o acesso gratuito dos portugueses ao Diário da República Electrónico são outros objectivos para o próximo ano.

Os centros de reciclagem de computadores serão incentivados, para garantir uma maior distribuição.