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TI impulsionam modernização da saúde

 - 14/06/2005

As Tecnologias de Informação são o grande trunfo para melhorar os desempenhos dos hospitais. Portugal está no bom caminho. De acordo com o relatório «Tecnologias de Informação de Serviços de Saúde e Registo Electrónico de Dados – Implicações para os Serviços de Saúde», realizado pela Capgemini, os registos electrónicos de saúde, os sistemas de informação clínica e a organização dos médicos através de sistemas informáticos «terão um impacto enorme» na redução de erros médicos e na eliminação dos atrasos resultantes da circulação de registos em papel e da perda de informação.

Neste trabalho de investigação, a CapGemini considerou também a questão da adesão por parte dos médicos. O relatório reforça a necessidade de uma maior compreensão e cooperação por parte destes profissionais para que as alterações aos processos possam ser bem sucedidas e para que se colham os benefícios dos investimentos tecnológicos.

O incremento da segurança para o paciente, nomeadamente através da eliminação de erros médicos, do aumento da eficiência, da redução de atrasos e da prestação de cuidados de saúde proactiva e personalizada são alguns dos benefícios que o registo electrónico de saúde (EHR) e os sistemas de informação de saúde (HIS) poderão proporcionar.

O vice-presidente da Capgemini, Gerry Yantis, referiu que o relatório permitiu constatar que a implementação de novas tecnologias e o redesenho dos processos clínicos em conjunto com o pessoal dos serviços de saúde proporcionam «reduções das variações no tratamento de doenças, reduções dos erros na administração da medicação e diminuição da carga de trabalho administrativo em 7 a 9 por cento dos custos operacionais».

Apesar destes potenciais benefícios, o progresso na implementação do EHR e do HIS tem sido travado pelo facto de nenhum dos sistemas actualmente utilizados permitir uma real integração. O relatório «Tecnologias de Informação de Serviços de Saúde e Registo Electrónico de Dados – Implicações para os Serviços de Saúde» identifica sete fases pelas quais os hospitais e os governos devem passar para abordar a implementação do EHR e do HIS de uma forma proactiva.

No topo da lista surge a necessidade de se iniciar um diálogo de comunidade sobre o EHR, envolvendo médicos, líderes de hospitais, fornecedores de serviços de saúde sociais e comunitários, seguradoras e pacientes. O desenvolvimento de uma infra-estrutura tecnológica que suporte os processos do sistema de informação clínica avançado e o envolvimento de médicos e do pessoal auxiliar no processo de preparação para os EHRs serão os passos seguintes.

Posteriormente é necessário redesenhar o workflow em parceria com médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar, bem como definir e estabelecer os níveis de serviço que devem ser cumpridos pelos sistemas de informação clínica.

Por último, o documento aconselha a comunidade a estimar os potenciais benefícios clínicos e financeiros que podem ser obtidos ao aumentar a segurança para o paciente e permitir uma gestão de serviços de saúde proactiva, assim como a identificar os benefícios provenientes da melhoria no acesso dos pacientes a sistemas de marcações e registo.

«Após vários anos de discussão e de planeamento, as várias frentes estão agora alinhadas para uma implementação de soluções integradas de EHR/HIS bem sucedida», constatou Gerry Yantis. Este responsável revelou que as políticas públicas visionárias, os recursos apropriados e a forte liderança vão «fazer do EHR um caso de successo, tanto para os pacientes, como para os médicos e gestores», e que a adopção massiva do EHR «vai revolucionar por completo a prestação de cuidados de saúde».

O documento identifica algumas das principais barreiras à modernização dos serviços de saúde na Europa, entre as quais se destacam as preocupações relativas à privacidade, o financiamento e a adopção de padrões no tratamento dos dados. O Reino Unido, a Dinamarca, a Suécia e os Países Baixos são dos poucos que estão a conseguir ser bem sucedidos na implementação de registos electrónicos de saúde.

Em Portugal, a modernização do sector da saúde vai avançando a passos lentos, existindo já muitos bons exemplos da aplicação das tecnologias em hospitais públicos e privados.

O ambiente tecnológico impera na maioria dos hospitais nacionais e os recursos informáticos começam a ser explorados sem receios. De acordo com os resultados provisórios do «Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação 2004», realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, junto dos hospitais portugueses, o computador está presente em 99,5% dos hospitais e o acesso à Internet é já uma realidade em 95% deles. Em relação ao correio elecrónico, 87% dos estabelecimentos hospitalares admitiu que o disponibiliza ao pessoal de serviço e 40% revelou que possui website na Rede. A existência de sistemas de videoconferência foi declarada por 21% dos inquiridos.

Em termos de informatização de actividades médicas este relatório apurou que dois terços dos hospitais têm as consultas informatizadas (67%) e que aproximadamente metade possuem também sistemas informáticos para a gestão de cirurgias (52%) e do atendimento de urgência (48%).

A análise por tipo de entidade deixa transparecer o avanço dos hospitais oficiais em relação aos particulares. No universo dos hospitais públicos, 80% tem as consultas informatizadas, 67% informatizou o sector das cirurgias informatizado e 63%, o atendimento da urgência. As restantes actividades médicas estão informatizadas em cerca de 50% dos estabelecimentos oficiais.

Os hospitais particulares nacionais revelaram que a actividade mais avançada em termos de informatização são as consultas referidas por 51% dos inquiridos. As restantes áreas apresentam uma proporção de informatização na ordem dos 30%, com excepção da área de bases de dados de informação do corpo médico que já foi informatizada por cerca de 24% das unidades hospitalares privadas.

A utilização da Internet nos hospitais portugueses serve maioritariamente a procura e recolha de informação/documentação. A consulta de catálogos de aprovisionamento é feita na Internet por 78% dos hospitais, enquanto o acesso a bases de dados e a comunicação externa com outras unidades de saúde são realizadas por 67 e 63%, respectivamente. A Internet serve também para trocar ficheiros com outras unidades hospitalares (55%).

De acordo com os resultados do inquérito, a Internet é mais utilizada pelos hospitais nas actividades de natureza informativa e comunicacional do que nas actividades de formação, de investigação e de desenvolvimento. Dos hospitais que têm ligação à Internet, 27% desenvolvem actividades de telemedicina.

Fonte: Semana Informática

Last updated ( 14/06/2005 )