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Mais de 8.800 eleitores usaram voto electrónico

 - 09/03/2005

Santa Iria da Azóia obteve o maior número de participantes com 3.885 eleitores.

Mais de 8.800 eleitores experimentaram o voto electrónico nas eleições legislativas de 20 de Fevereiro, nas cinco freguesias envolvidas, anunciou hoje a UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento. Os 8.824 eleitores que votaram electronicamente representam cerca de 33 por cento do total de 26.515 votantes nas freguesias de Conceição, na Covilhã, Santa Iria de Azóia, em Loures, e Coração de Jesus, Santos-o-Velho e S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa.

Santa Iria da Azóia foi a freguesia que obteve o maior número de participantes com 3.885 eleitores. De acordo com a UMIC, cerca de 49 por cento dos eleitores que participaram têm entre 40 a 64 anos, e 34 por cento entre os 18 e os 39 anos.

Em termos de qualificação académica, a segmentação é praticamente igualitária, com 35 por cento a ter completado o 3º ciclo de ensino básico e secundário, 34 por cento com o 2º ciclo do ensino básico e 32 por cento com um curso médio ou superior.

"Isto mostra que o voto electrónico não é apenas para os jovens ou para pessoas com grau académico elevado", comentou Sara Piteira, coordenadora do projecto na UMIC. Dos eleitores que aceitaram responder a um inquérito depois do voto electrónico, a que corresponde metade dos participantes, 99 por cento gostaram da experiência e 98 por cento revelaram-se dispostos a votar electronicamente em futuros actos eleitorais.

Mais de 98 por cento consideraram que o sistema é fácil e que facilita a identificação dos candidatos. Nas eleições legislativas foi experimentado também, pela primeira vez, o voto electrónico para os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo.

Participaram na experiência 4.367 eleitores, o que representa 12 por cento dos votos por correspondência. Também no voto dos emigrantes registou-se uma quase equidade em termos de nível de ensino e uma maioria (72 por cento) de eleitores entre os 35 e os 64 anos. Os emigrantes também gostaram da experiência (99 por cento) e afirmaram-se disponíveis a usar o voto electrónico em futuros actos eleitorais (98,3 por cento).

Diogo Vasconcelos, presidente da UMIC, salientou duas grandes vantagens do voto electrónico, "permitir que o voto seja acessível a um maior número de eleitores, combatendo a abstenção" e "acelerar o apuramento dos resultados, sobretudo encurtando o tempo entre a votação dos emigrantes e a contagem dos votos".

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) lembrou também a necessidade de agilizar o processo antes das eleições, como a elaboração dos cadernos eleitorais e a sua actualização. Para permitir que os eleitores votem noutras mesas de voto que não aquela onde estão inscritos, os cadernos eleitorais têm de estar totalmente informatizados e disponíveis nas 11 mil mesas de voto do país. Diogo Vasconcelos explicou estar previsto que até ao final deste ano todas as escolas com mesas de voto, cerca de nove mil, estejam ligas em banda larga de forma a ser possível votar electronicamente em todo o país.

No voto electrónico participaram cinco empresas, das quais três portuguesas, a Novabase (que elaborou o projecto para os emigrantes) e a Multicert e PT Inovação, em consórcio, além da Indra e da Unisys. A auditoria ao projecto, que está a ser elaborado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, encontrou já alguns aspectos a melhorar, como a existência de "votos não concretizados" pela dificuldade dos elementos da mesa de voto perceberem se o eleitor votou de facto.

Ainda assim, os auditores acreditam que o projecto tem potencial para vir a ser usado de forma vinculativa em próximos actos eleitorais e com sucesso dado o grau de adopção e satisfação observada. O presidente da UMIC lembrou que tornar o voto electrónico vinculativo depende da Assembleia da República e da sua vontade em alterar a legislação eleitoral.

Fonte: Portugal Diário

Last updated ( 09/03/2005 )