Música dos Santos Populares em Alfama só pode ser “portuguesa” e emitida pela junta

por • 5 Junho, 2017 • Actualidade, Alfama, BAIRROS, SlideshowComentários (62)4105

A instalação de um sistema de som único para o arraial de Alfama, emitindo apenas “música portuguesa” seleccionada pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, está a causar incómodo em algumas pessoas do bairro. E já motivou acusações, por parte do Bloco de Esquerda (BE), de ilegalidade, de xenofobia e de tentativa de imposição do gosto. “Não é competência da junta de freguesia escolher o que as pessoas devem ouvir. Isto é uma atitude inédita e que faz lembrar o que se passava no Estado Novo. Estamos habituados a que, em cada ano, as pessoas e as colectividades escolham as suas músicas, de acordo com as suas preferências. O gosto musical não é uma coisa que seja possível padronizar”, diz a O Corvo Fábio Salgado, do BE e morador da Rua dos Remédios. O presidente da junta, Miguel Coelho (PS), diz que se trata apenas de fazer respeitar a “tradição”.

 

A polémica nasceu após a autarquia ter anunciado, através de um comunicado assinado por Miguel Coelho, que, este ano, pela primeira vez, seria criado um “sistema único de som”, com a finalidade de “garantir que, durante o período dos Santos Populares, sejam respeitados os horários de funcionamento do arraial e da respectiva emissão de som, de modo a preservar o mais possível o direito ao descanso dos residentes”. O horário de funcionamento deste arraial, licenciado pela Câmara Municipal de Lisboa e a realizar em diversos dias entre 3 e 24 de junho, começa sempre às 20h e termina às 2h – com excepção da noite de Santo António, quando o som se desliga às 4h, e dos dias 13 e 15, à meia-noite. Segundo o mesmo comunicado, “não estão autorizados sons autónomos por banca ou retiro”. O texto termina referindo que “só será emitida música portuguesa adequada a estas festividades”, dizendo o autarca que deseja “ter o melhor arraial da cidade de Lisboa, o mais alegre e dinâmico, mas também respeitador dos moradores do bairro”.

 

Tal desejo não terá, porém, sido interpretado da mesma forma por toda a gente. Alguns viram mesmo na criação do sistema de som comum, controlado pela junta, uma manobra totalitária. O Bloco de Esquerda emitiu, na sexta-feira (2 de junho), um comunicado em que acusava a junta de ilegalidade e censura, bem como o seu presidente de autoritarismo. “A instalação de um sistema de som único para toda a Freguesia com a promessa de ‘música portuguesa adequada a estas festividades’ é uma atitude contra a liberdade dos Retiros a criar o seu ambiente e é ainda uma atitude xenófoba, que não reconhece a diversidade da população residente na Freguesia”, acusam os bloquistas no seu texto, no qual falam em “censura aos gostos e escolhas musicais da população”. Considerando que “a proibição de sons autónomos por banca ou retiro é ilegal”, o BE apela à junta que retire o sistema e à população que se rebele contra a medida.

 

Em declarações a O Corvo, Fábio Salgado lamenta que a “população não tenha sido consultada” sobre uma decisão que, diz, “roça a xenofobia, porque ignora a diversidade dos gostos”. “Alfama é um bairro com uma grande diversidade cultural, e que está integrado na freguesia mais multicultural de Lisboa e do país. Seria natural que tal se reflectisse na música”, diz o residente e membro do BE, que faz notar “a dificuldade da junta em cumprir essa regra por si imposta”, uma vez que na Rua dos Remédios, nos dias imediatamente a seguir à instalação do sistema sonoro estaria a passar música brasileira. “Nada contra. Se calhar, queriam dizer música em língua portuguesa, imposição com a qual não concordamos, de qualquer forma”, diz. Além disso, a colocação das colunas do novo sistema sonoro junto a janelas e a varandas estará já a incomodar diversos moradores, que disso se têm queixado aos bloquistas.

 

Já o presidente da junta garante a O Corvo que os “protestos de muitas pessoas em relação ao barulho desregrado”, em anos anteriores, é que motivaram a adopção do novo sistema controlado pela autarquia. “Esta decisão resultou de um pedido das colectividades e dos residentes de Alfama”, assegura. Em causa estava não apenas o ruído excessivo produzido por uma multiplicidade de aparelhagens, diz, mas também o facto de que “eram sons que, em muitos casos, nada tinham a ver com a tradição dos santos populares”. “Em algumas situações, era apenas música de discoteca, com batidas, que nada tinha que ver com os arraiais”, diz Miguel Coelho, para quem, nesta quadra, “é natural que as pessoas queiram ouvir música portuguesa”. “Não temos de ter vergonha da nossa cultura. Do que se trata é de uma festa tradicionalmente portuguesa, não de uma emissão radiofónica”, diz o presidente da junta, convicto de que a playlist “popular, festiva e animada” será do agrado de todos.

 

Texto: Samuel Alemão

 

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62 Responses to Música dos Santos Populares em Alfama só pode ser “portuguesa” e emitida pela junta

  1. Olhá democracia fresquinha, Sofia Lopes Machaqueiro!

    • Não é democracia é uma questão de bom senso, se estas festas são festas tradicionais de Lisboa porque é que temos que estar a ouvir musicas estrangeiras? Assim até é uma forma de darmos a conhecer mais sobre Lisboa e Portugal há muito tempo que os Santos Populares estava a ser desvirtuados ainda bem que isto aconteceu.

  2. As juntas criticam o barulho e vomitam música o dia todo. Há pessoas a trabalhar no centro histórico sabiam?

    • Luis Pedro Luis Pedro diz:

      São as pessoas que querem viver do turismo e da riqueza dos bairros mas depois não querem que estes fatores aconteçam. Há que comprar o salmão e as espinhas também.

    • Luís Braga diz:

      Meu caro, é o que temos de pagar para agradar ao “pobão”!!!
      Os autarcas estão aqui para alegrar o “pobo”.
      Se alguém está mal, que se mude, ACHAM ELES!!!
      Chama-se a isto, uma sociedade em vias de desenvolvimento!
      Enquanto não nos desenvolvemos socialmente, temos de aguentar os energúmenos.
      Pior que isso, são os resignados que dizem, ok, é chato, incomoda, mas o que é que se há-de fazer?
      Depois há os que sofrem em silêncio, porque, por detrás destas festinhas, há sempre alguns grupos organizados, muitas vezes, alegados clubes “desportivos e culturais” que de desportivo, só a sueca e a bisca e de cultura só Quim Barreiros para baixo.

    • Luís Braga diz:

      Meu caro, é o que temos de pagar para agradar ao “pobão”!!!
      Os autarcas estão aqui para alegrar o “pobo”.
      Se alguém está mal, que se mude, ACHAM ELES!!!
      Chama-se a isto, uma sociedade em vias de desenvolvimento!
      Enquanto não nos desenvolvemos socialmente, temos de aguentar os energúmenos.
      Pior que isso, são os resignados que dizem, ok, é chato, incomoda, mas o que é que se há-de fazer?
      Depois há os que sofrem em silêncio, porque, por detrás destas festinhas, há sempre alguns grupos organizados, muitas vezes, alegados clubes “desportivos e culturais” que de desportivo, só a sueca e a bisca e de cultura só Quim Barreiros para baixo.

    • Luis Pedro , acho muito bem que nos Santos Populares se ouça a musica tradicional destas festas e não outro tipo de musica que nada têm a ver com o tema.

  3. Polémica levantada pelo BE…. Normal.

    BE encontrar uma solução?Não !
    Normal

    • A solução que propoem é passar músicas de várias culturas… Está no texto. Leu?

    • E a solução para a cacofonia causada por 15 sistemas de som a bombar cada um a sua playlist numa rua com 50 metros? E a desculpa destas festas não é o cariz popular? Ou isso é só de nome? O que acho triste é que tenha de se ter que chegar à imposição. Havendo bom senso e civismo, não seria necessário. Mas isso do civismo é um conceito difícil de ser compreendido pelo Tuga…

    • Um sambinha e uma kizonbada devia passar isso sim é bem tradicional dos santos

    • Filipe Palha , se fôr ao Carnaval do Rio de Janeiro só ouve samba porque carga de agua numas festas tradicionais lisboetas temos que ouvir musicas que não têm nada a vêr com o tema? Há muito tempo que se deveria ter posto ordem nisto e quem não gosta não vai.

    • Miguel Pereira Não disse se concordava ou não com a medida. O meu comentário foi mesmo para responder ao Nuno Taborda que escreveu asneira sem ler o texto.

    • Oh Sr Palha, eu li e comentei …
      É o normal do BE , falar, e falar e falar e falar…. soluções REALIZADAS = 0
      Propor (ou sugerir ,ou como lhe quiser chamar) é diferente de solução se ainda não deu por isso, temos pena !
      Eu também sei falar e propor, e até fazer uma conferência de imprensa para propor!!!!
      Proponho que passem musicas islâmicas, para festejar a demolição de habitações para construção de uma mesquita, por exemplo !!

  4. As colectividades têm as costas muito largas.

  5. Por enquanto…!

  6. Paulo Bastos diz:

    Acho muito bem, esses gajos do Bloco de Esquerda são sempre do contra, confundem tradição com xenofobia.

    • ZeDoTelhado diz:

      É a verdadeira face deles. Aprenderam bem a cartilha do assassino Trotsky e outros que tais. Como são internacionalistas radicais, tudo o que é preservar culturas (principalmente eutropeias) deve ser combatido. Falam de liberdade, mas acenam sempre com o rótulo da “ilegalidade” quando as coisas não são como eles querem.

  7. Não entendo porque foi dado às juntas de freguesia poderes além de limpeza urbana e manutenção. Há de iões que deveriam ser tomadas pela CML. Essa conversa que as juntas como estão próximos dos cidadãos é que sabem o que se passa na freguesia é automáticamente descartado pelo facto de nas juntas a opinião e noção de equidade cada uma tem a sua, e cada uns têm os seus amigos.

    • Luís Braga diz:

      As juntas, infelizmente protegem, pelo menos implicitamente, gente muito pouco recomendável. Aqui em -e—-a, até dói!
      Mas é tradição!!!!?????????
      Os esquemas, parecem ser mais que muitos.
      Há gente objectivamente sequestrada nas suas casas com medo dos gangs que se relacionam “unha com carne” com a “malta” da junta.
      Há mais de dois anos solicitei à presidente da junta uma audiência.
      Até os funcionários da junta já se riem quando pergunto para quando está prevista a dita audiência.
      Já fui retirado do facebook da junta, sem nunca ter utilizado qualquer incorrecção, mas como normalmente critico…….., neste momento, já fui reintegrado!!
      Até “obras de arte” urbana a junta promove sem qualquer critério qualitativo!!
      Bom, fico por aqui porque ainda posso dizer algo que seja objecto de vingança, porque, por aqui é assim.
      Viva o faroeste!!!
      P.S. retirei o nome da freguesia porque não quero levar uma carga de tareia dada pelos capangas de serviço.
      Alô, Alô, Medina!
      isto não te preocupa????, ou só o “vândalo” de Carnide é que te incomoda?
      Por falar nele, ele foi eleito, não o herdou o poder!!

  8. Chegará talvez o dia em que além da música que ouvimos a Junta também decrete a farda que usamos nas ruas.
    Sugiro que os funcionários da nossa Junta comecem já a dar o exemplo com trajes de varina para as senhoras e de taberneiros para os cavalheiros. Tudo pela boa manutenção da tradição bairrista.

  9. bloco de esquerda sempre fracturante….não tem o que fazer…no final darua dos remédios servem churrasco acompanha musica do teixeirinha kkkks….o

    • Luís Braga diz:

      Ou é impressão minha, ou o BE, não está na câmara. Deve ser impressão minha!

  10. o Bloqco da esquerda carnavalesca é cosmmico-comico,internacionalista que baste…….e quer qual toupeira comuna captar os votos dos novos moradores do bairro…é tudo merda eleitoralista meu…..

    • Luís Braga diz:

      O passos coelho está contigo, meu irmão!
      Ou é impressão minha, ou o BE, não está na câmara. Deve ser impressão minha!
      Será uma das realidades alternativas do Passos e da cristas?

  11. Andamos para trás……. Ainda está na montra de uma sapataria na Rua dos Remédios um cartaz do tempo em que fecharam Alfama aos moradores que diz: A EMEL está a matar Alfama. Agora que Alfama e não só tb o centro histórico têm vida e turismo e cor e mais trabalho para quem lá vive. Vêm os Srs. Presidentes de junta e não só querer”matar” tudo que há de bom. Pergunto, não querem turismo nas suas freguesias??? Porque sera, talvez porque os turistas não votam… …… ou serão mesmo burros??…. Ainda não percebi!

  12. Música de carnaval e no carnaval !!

  13. Embora não concorde de todo com a parte da obrigatoriedade, acho bem que sim, seja quase só música portuguesa. Se os Santos Populares é uma tradição Portuguesa, bairrista, porque é que temos de andar “a vender” produtos que não são nossos em barda? Tudo tem lugar. Basta é saber fazer o equilíbrio certo. Porque é o nosso produto que estamos a promover.

  14. Luis Pedro Luis Pedro diz:

    São as pessoas que querem viver do turismo e da riqueza dos bairros mas depois não querem que estes fatores aconteçam. Há que comprar o salmão e as espinhas também.

  15. Santos populares, tradição, festa , alegria.. música popular portuguesa. …quem me dera poder compartilhar esse momentos tão preciosos.. vivam os Santos populares!

  16. População a ser consultada, sim!

    • Luís Braga diz:

      Cruzes!!!
      População mas só escolhida a dedo e, de preferência, que não viva aí!!!
      Democracia sim, mas com cuidado!

  17. os bairros só devem ser portugueses e para portugueses

  18. <3 <3 <3 temos o ano inteiro para ouvir Kizomba e outros horrores, pelo menos nos Santos queremos música de Santos 😉

    • Gekko diz:

      Vou partir do principio (mas posso estar enganado) que não vives em Alfama. Acredita passar um mês inteiro a ouvir Quim Barreiros e pimba e as musicas da garagem da vizinha das 20h00 às 02h00 da matina é uma me…

      Parece que há uma presunção que como o bairro é tuga e “popular” seja lá o que isso for, a música tem que ser foleira.

      Há música portuguesa bem melhor para se passar em festas.

      E já agora se a festa é “do bairro” ou da Freguesia, o tipo do BE até tem razão, Santa Maria maior é a freguesia onde vivem pessoas de 70 nacionalidades.

      • Luís Braga diz:

        Vê lá se percebes.
        Quim Barreiros e outro lixo é bom para o povo!
        Elitista!!
        O povo gosta.
        Repara que os Medinas deste mundo, também gostam!?!?!?#$%&!!??
        Vão lá, mamam uma “mine”, sorriem, dançam 30 segundos com uma velha de bigode, dão-lhe um beijinho (trazem sempre lenços húmidos antissépticos) e fogem a sete pés do chavascal!!!
        Os residentes, se querem residir (defina o conceito de residir senhor Medina) que se desenrasquem ou como se costuma dizer, que se desenmerdem!!!

  19. ASB diz:

    Preservar as tradições portuguesas…. tal como as marchas de santo antónio. Ah, espera, essas foram importadas pelo António Ferro, da Itália fascista…

    • Luís Braga diz:

      Deixa-te lá de COLTURAS! Como dizia o Dijsselbloem os tugas gastam o dinheiro em mulheres e copos!
      Isto é tão verdade como dizer-se que os residentes estão de acordo com estes “carnavais”
      Façam-nos em frente à casa do Medina!
      É uma proposta!

  20. Acho muito bem que a música das festas populares de Lisboa só possam ser em português!

  21. Acho bem! Não havendo bom senso para evitar a cacofonia desregrada do costume, impõe-se. Espero que haja multa pesada para quem não cumpra. Aos deputados do Bloco, com todo o respeito, peço apenas que sugiram outra forma de se evitar a poluição sonora absurda que acontece por estes dias. 10 bancas a debitar cada um a sua música, ao longo de uma rua com 50 metros não pode ser permitido. Mais um aplauso ao presidente da JF de Sta Maria Maior.

  22. Ana Gonçalves diz:

    É lamentável a prepotência da Junta e não acredito nas justificações. Querem música portuguesa para que as festividades e o bairro fiquem mais de acordo com o bilhete postal para turista ver. Que Lisboa é cada vez menos nossa e mais dos turistas, cada dia menos autêntica e mais ajustada aos que a visitam de passagem. Compreendo a norma de desligar o som à mesma hora, mas isso deveria ser apenas uma regra que todos teriam que cumprir e ponto final. E sim, quizombas e afins, destesto, mas isso é música pimba da pior, e os portugueses não são melhores neste género. Aliás, uma pimbalhada brasileira ou da américa latina é na maioria das vezes muitíssimo melhor do que o pimba nacional. Nem sempre o que é nacional é bom. Se quisessem realmente promover a música portuguesa, seja lá o que eles entendem que isso é, deveriam promover mais espectáculos da mesma, e criar por exemplo escolas de música nas freguesias para formarem músicos portugueses. Isso sim, era de valor.

    • João Prado Santos diz:

      Parece-me que se tocou, aqui, num ponto essencial. Há muito que se investe neste processo de transformar o centro histórico de Lisboa num parque temático para turistas. A imposição de um sistema único de som é, apenas, mais um passo nessa direção. O que me choca é a necessidade de se produzir ruído nestes níveis, seja qual for o idioma em que se expressa. Quanto ao resto, convirá lembrar que a música das marchas – por exemplo – foi sempre permeável às modas internacionais e que, no caso, ao falar-se de tradição se está a falar de pura invenção (por Campos Figueira, Leitão de Barros e António Ferro, circa 1932).

  23. Só música portuguesa acho muito bem, quanto ao sistema único, controlado pela Junta, tenho algumas dúvidas.

  24. Tiago varela diz:

    Acho muito bem! Os meus parabéns á junta! Todos os anos deveria ser assim! Música de arraial e com tradição. Não é kisomba e coisas do género! Cada um a ver quem é que tem a música mais alta! Aliás todo o ano á junta deveria ter música no bairro! Vivi no largo de São Miguel e nos anos anteriores só ouvia música africana que nada tem a ver com os arraiais de Santo Antônio. Mais uma vez os meus parabéns. Os Srs do bloco de esquerda não devem ter mais nada que fazer senão criticar. Trabalhar para o bem comum não é com eles! Começam logo a defender é as minorias. Comecem mas é a defender o povo que desconta e paga impostos.

  25. Ricardo Fernandes diz:

    Tanto nacionalismo com a canção do Salvador Sobral, e que finalmente se dava uma ressalva á música portuguesa, e agora querem tecno e House nas festividades. Acho muito bem tocar única e exclusivamente música portuguesa e, de preferência, de acordo com a festividade em questão. Duvido que no carnaval do Rio de Janeiro, toquem marchas ou kizombas, ou tangos ou flamenco !!! Viva Alfama e viva a música portuguesa !

  26. E só os locais poderão dançar. Os turistas ficarão acorrentados a um canto para não incomodar o elevado sentido estético do eclético presidente da junta…

    • Os turistas dançam as musicas portuguesas e assim ficam a conhecer o que são as musicas tradicionais das marchas. Se for ao Carnaval do Rio s´pode dançar samba.

  27. como.assim não se pode ouvir regatton aos altos berros às 3h no adro de S Miguel?? fascistas!!!

  28. e só se pode comer sardinha portuguesa…

  29. Eu sugiro que a junta de freguesia em vez de assar as sardinhas com carvão podem fazer fogueiras gigantes com a música censurada.

  30. Paulo Fonseca diz:

    Nas festas ribatejanas a música que passa é da responsabilidades das Câmaras e Juntas e só passa música portuguesa. Nunca vi ninguém se queixar!
    Isto são falsos problemas. Boa iniciativa da Junta!!

  31. Acho Muito Bem, São Festas Populares de Lisboa tem que se ouvir musica que tenha a ver com esta tradição! No Rio de Janeiro no Carnaval ouve-se Samba não se ouve outros tipos de musica e quem não gosta não vai. Os meus Parabéns ao Presidente da Junta pois teve a coragem de acabar com o politicamente correcto.

    • João Prado Santos diz:

      Caro Miguel, no Rio de Janeiro, no Carnaval, ouve-se samba-enredo no sambódromo, sim. Mas não queira comparar a tradição do samba e a sua adaptação ao período do Carnaval, no Brasil, com o que por Lisboa se passa com as marchas e as festas dos santos. Não há equivalência possível. São histórias muito diversas.
      Mas, já agora, seguindo o seu raciocínio, não se pense por um segundo que no Rio se escuta menos funk, forró, hip hop, pagode, bossa nova, música sertaneja, etc, etc, do que o normal pelos bares e botecos da cidade durante o período do Carnaval. Nem se imagina a prefeitura do Rio – que, por sinal, até colocou o samba-enredo na lista do património imaterial da cidade mais recentemente do que a bossa nova, por exemplo – a decretar a sua obrigatoriedade. E é disso que se está a falar. E não se certa expressão poético-musical representa mais ou menos legitimamente a cultura de determinado lugar. Cumprimentos!

  32. Dave Boris Dave Boris diz:

    Portuguesa é todos os anos, agora só falta ser música.

  33. Ana GONÇALVES diz:

    Lá vêm estas aves agoirentas do BE que só querem aniquilar a cultura portuguesa. Tenham um pingo de vergonha na cara e não desvirtuem a cultura portuguesa e o país!!!!

  34. JOSE MANUEL BAPTISTA diz:

    pois, pois, mas isto não é verdade !
    bairro de Alfama? onde começa e termina Alfama?
    e qual foi o critério para a colocação das colunas de som? no predio onde resido tenho uma coluna à esquerda e outra à direita! e não resido em nenhum palácio! porque não colocaram as colunas ao pé dos locais onde estão instalados “comes e bebes”?
    locais onde só foram dadas autorizações para a noite de Santo Antonio, colocar a musica em ñ, ñ dias?
    entendo muito bem que só deverá passar musica adstrita a estas festas, mas para mim houve precipitação ! não foram capaz de auscultar os residentes!
    depois houve dias em que a musica começou às 11 da manhã! outros dias a musica não tocou?

  35. Paulo Duque diz:

    100% de acordo,com esta decisão da junta de freguesia,só faz sentido sendo uma festa tradicional Portuguesa,se quiserem ouvir outras musicas vão ás discotecas .
    O bloco de esterco não surpreende ,pois tudo odeiam tudo o que seja Português,enfim Marginais legalizados.