Lista de Conteúdos (Asset Publisher) Lista de Conteúdos (Asset Publisher)

OIM apresenta Relatório sobre Migração Mundial 2018

Imagem em Destaque
OIM apresenta Relatório sobre Migração Mundial 2018
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) apresentou o Relatório Mundial sobre Migração 2018, em Genebra, durante o último Conselho. Esta 9.ª edição apresenta dados e informações relevantes sobre as migrações, bem como capítulos temáticos que, entre outros assuntos, destacam o papel dos media, os extremismos e a importância de uma governança integrada.
Produzido desde 2000, o Relatório Mundial sobre Migração procura contribuir para uma compreensão mais equilibrada em todo o mundo sobre migração, apresentando dados, informações e questões emergentes e complexas de forma acessível.

 


Relatório das Migrações 2017 apresentado pela OCDE

Imagem em Destaque
Relatório das Migrações 2017 apresentado pela OCDE
O ACM esteve presente esta quarta-feira, dia 6 de dezembro, na cerimónia de apresentação do Relatório das Migrações 2017 (Migration Outlook) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.
Pedro Calado, Alto-Comissário para as Migrações, reportou que "a percentagem de sírios recolocados em Portugal que estão já a trabalhar ou a ter formação profissional é de 45%", durante a sessão que procedeu a apresentação do responsável da Divisão de Migrações da OCDE, Jean-Christophe Dumont.
O Alto-Comissário para as Migrações assinalou que a recolocação de sírios em Portugal, no âmbito da Rede Europeia das Migrações, se refere aos últimos dois anos e realçou que o indicador de empregabilidade é uma exceção à regra nos países analisados pela OCDE, onde são necessários, em média, 10 anos para atingir os 50%.
Sem deixar de focar na importância de “falar nas migrações como um todo”, Pedro Calado abordou a necessidade de “não se construírem narrativas sobre migrações com base em perceções, mas sim em factos”. Uma mudança para o qual têm contribuído os dados divulgados pela OCDE, por forma a impedir que “um conjunto de medos e mitos se repitam”, concluiu o Alto-Comissário.
Também a perspetiva dos Observatórios das Migrações (OM) e da Emigração (OEm) foram apresentadas durante a sessão, comentada pelos coordenadores do OEm, Rui Pena Pires e Cláudia Pereira, e pela diretora do OM, Catarina Reis Oliveira.
 
“Novos desafios para melhor servir a diáspora portuguesa”
Focando o novo perfil do emigrante, Júlio Vilela, Diretor-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP) abordou a premência dos “novos desafios para melhor servir a diáspora portuguesa, que tem necessidades e exigências diferentes das que se colocavam há 20 anos”.
O Embaixador anunciou ainda a realização do II Encontro de Investidores da Diáspora, a decorrer nos dias 15 e 16 de Dezembro de 2017, no Castelo de Santiago da Barra, em Viana do Castelo.

Delegação da DYPALL visita ACM

Imagem em Destaque
Delegação da DYPALL visita ACM
O ACM recebeu na manhã desta quarta-feira, dia 6 de dezembro, uma delegação da DYPALL, uma rede que junta jovens de mais de 20 países europeus, e que pretende fomentar a participação dos jovens nas políticas locais.
O Núcleo de Relações Internacionais, o Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo Migrante e o Programa Escolhas apresentaram, de forma mais aprofundada, o trabalho que é desenvolvido por este Instituto nos domínios de apoio aos migrantes, refugiados e comunidades ciganas.

Global Migration Film Festival volta a celebrar o Dia Internacional do Migrante

Imagem em Destaque
Global Migration Film Festival volta a celebrar o Dia Internacional do Migrante
A 2.ª edição do Global Migration Film Festival, dinamizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), em parceria com o ACM e a Câmara Municipal de Lisboa, arrancou esta terça-feira, dia 5 de dezembro.
A Chefe de Missão da OIM em Portugal, Marta Bronzin, abriu este Festival, que iniciou com a projeção do filme “Sound of Torture”, de Keren Shayo, seguindo-se um debate com a participação de Siraj Ibrahim, Refugiado Eritreu, e de Cristina Santinho, Professora e Investigadora do CRIA/ISCTE-IUL.
A viver em Portugal há 6 anos, Siraj Ibrahim contou, na ocasião, um pouco sobre a história da Eritreia e da situação vivida ao longo dos últimos anos. Em destaque esteve o seu percurso da Eritreia até Portugal, passando pelo Sudão e pela Líbia, e a aprendizagem que fez da língua portuguesa até começar a trabalhar no Conselho Português para os Refugiados (CPR), como intérprete.
A professora Cristina Santinho realçou para a importância da integração dos migrantes e refugiados em Portugal.
O Global Migration Film Festival prossegue dia 18 de dezembro, data em que se celebra o Dia Internacional do Migrante.

“Família do Lado” 2017 - mais famílias a participar

Imagem em Destaque
“Família do Lado” 2017 - mais famílias a participar
A Família do Lado 2017 conseguiu reunir, no dia 26 de novembro, cerca de 400 famílias em ambiente de diversidade e partilha. O balanço foi “muito positivo” com esta 6.ª edição a registar a maior adesão de sempre: mais famílias, mais participantes e uma maior variedade de nacionalidades.
Esta iniciativa do ACM assinalou este ano 117 almoços entre 398 famílias - 215 famílias migrantes e 185 famílias autóctones – envolvendo um total de 1036 pessoas - 527 migrantes e 509 autóctones - e 171 voluntários, de 43 nacionalidades diferentes: Angola, Argélia, Argentina, Bangladesh, Bielorrússia, Brasil, Bulgária, Cabo Verde, China, Colômbia, Congo, Costa do Marfim, Egipto, Escócia, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas, Gana, Grécia, Guiné-Bissau, Holanda, Índia, Inglaterra, Iraque, Itália, Letónia, Líbia, Marrocos, México, Moçambique, Nepal, Palestina, Paquistão, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia, Senegal, Síria, São Tomé e Príncipe, Turquia, Ucrânia e Venezuela.
Das 99 entidades que tentaram organizar a Família do Lado - 9 autarquias, uma universidade, 12 entidades da sociedade civil e 75 projetos do Programa Escolhas – 81 realizaram efetivamente os almoços, que decorreram em 47 municípios: Albufeira, Almada, Amadora,  Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco, Constância, Covilhã, Cuba, Estarreja, Évora, Faro, Fundão, Gondomar, Guarda, Guimarães, Lagoa, Leiria, Lisboa, Loulé, Lousã, Maia, Matosinhos, Moita, Montemor-o-Novo, Montijo, Odivelas, Oeiras, Ovar, Paços de Ferreira, Peniche, Ponta Delgada, Portalegre, Portimão, Porto, Santarém, São Brás de Alportel, Seixal, Setúbal,  Sintra, Trofa, Viana do Castelo, Vila N. Famalicão, V.N. Gaia.
9 Encontros com famílias refugiadas
As famílias refugiadas participaram este ano pela segunda vez na “Família do Lado”, provando ser esta uma iniciativa fulcral para o processo de integração das pessoas refugiadas acolhidas. Em 2017, a Família do Lado somou 9 almoços com famílias refugiadas oriundas da Síria, Bangladesh, Iraque, Palestina e Libéria, em encontros   realizados em Braga, Castelo Branco, Cuba, Gondomar, Guarda, Leiria/Lisboa, Seixal, Vila Nova de Gaia e Lisboa.
600 Almoços em seis edições
No total das seis edições “Família do Lado” realizaram-se cerca de 600 almoços, envolvendo 1463 famílias de mais de 60 nacionalidades diferentes. Recorde-se que em 2016, participaram 232 famílias e realizaram-se 100 Encontros, em que estiveram reunidas 115 Famílias migrantes e 117 famílias autóctones.

Presidente da República recebeu jovens OPRE

Imagem em Destaque
Presidente da República recebeu jovens OPRE
O Presidente da República recebeu, em audiência no Palácio de Belém, os/as jovens participantes no Programa Operacional para a Promoção da Educação (OPRE), na tarde de terça-feira, dia 5 de dezembro. Concluindo que "não se podem generalizar juízos em relação a certas comunidades", como não se pode "generalizar a intolerância", o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa encorajou os/as jovens a continuarem “a fazer a diferença”.
Neste encontro, em que foi salientada a importância do OPRE para a inclusão de jovens ciganos/as e da integração das comunidades ciganas pela Educação, estiveram também presentes a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, o Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, a Diretora do Programa Escolhas, Luísa Ferreira Malhó e os pioneiros do Programa OPRE, Olga Mariano e Bruno Gonçalves.
Depois de um diálogo com alguns dos/das jovens presentes, o Presidente da República encerrou o encontro com uma mensagem de apoio, relembrando que o papel destes jovens é fundamental “porque estão ao mesmo tempo a ser atores de mudança na vossa comunidade e na comunidade geral”. “A vossa luta é uma luta de todos os dias, de fazer a diferença”, partilhando o conhecimento e mudando mentalidades, concluiu.
Antes, a audiência teve início com a intervenção da Secretária de Estado, que fez um enquadramento do Programa OPRE, a que se seguiu os testemunhos dos dois jovens bolseiros do OPRE, Teresa Vieira e Francisco Azul. Ao presente que recebeu (uma fotografia do grupo de jovens OPRE), o Presidente da República retribuiu, no final da audiência, com um convite para uma nova fotografia.
O Programa OPRE é promovido pelo ACM, através do Programa Escolhas, em parceria com a Associação Letras Nómadas e a Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens, e atribui bolsas de estudo universitárias, bem como um conjunto de medidas de formação, tutoria e acompanhamento de jovens bolseiros/as das comunidades ciganas e respetivas famílias.
Na 2.ª edição, o OPRE atribuiu 32 Bolsas de Estudos a jovens da comunidade cigana, assinalando assim uma evolução em relação à 1.ª edição do Programa, que alcançou 25 jovens.

Global Migration Film Festival assinala Dia Internacional do Migrante em Portugal

Imagem em Destaque
Global Migration Film Festival assinala Dia Internacional do Migrante em Portugal
Celebrar, sensibilizar e alertar consciências
O Dia Internacional do Migrante foi ontem, dia 18 de dezembro, assinalado em conjunto com os 65 anos da Organização Internacional das Migrações (OIM), com a realização em Portugal do Global Migration Film Festival, uma iniciativa que juntou mais de 70 países na celebração da diversidade e da contribuição dos migrantes nas comunidades e países onde vivem. O Auditório Liceu Camões, em Lisboa, acolheu a iniciativa da OIM, realizada em parceria com o ACM e a autarquia de Lisboa.
A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, o Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, e o Vereador dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, João Afonso, marcaram presença na ocasião. A Chefe de Missão da OIM Portugal, Marta Bronzin, abriu a sessão, que incluiu a apresentação do vídeo da campanha “All Together” e a visualização de dois documentários - Limbo e Salam Neighbor  - centrados na dramática situação dos refugiados.
Os dois documentários não deixaram ninguém indiferente face à intensidade dos testemunhos de quem vive dores absolutamente impossíveis de viver. Seguiu-se uma conversa informal e emocionada, com a partilha de histórias de vida, num painel constituído por Chalia Taki, refugiada Síria, Nour Machlah, estudante sírio, Diabu Addourahamane, refugiado da Costa de Marfim, e Ahmad Omar, refugiado Sírio. A jornalista da LUSA, Sofia Branco, moderou o debate.
Um dia para celebrar a diversidade e o valor dos migrantes, mas acima de tudo para sensibilizar e alertar a sociedade para a situação aflitiva em que vivem os refugiados. A OIM faz um balanço "muito positivo" desta iniciativa, marcada pelo realismo dos documentários, reveladores do desespero de quem é obrigado a deixar uma vida inteira num país em guerra, em busca de um porto de abrigo.  "O feedback que recebemos dos participantes, refugiados e migrantes foi muito bom!. Esperamos que, no próximo ano, possamos organizar a 2ª Edição do festival", sublinhou Marta Bronzin.
 
Os documentários
A dor de quem tudo perde
A esperança de quem procura uma nova vida
 
Limbo explora as vidas dos migrantes vindos de África Ocidental, que sobreviveram à perigosa jornada no mediterrâneo e que chegaram a Itália, em busca de oportunidades. No entanto, quando chegam são confrontados com novos obstáculos, como a espera no limbo para obter os documentos que lhes permitem começar uma nova vida.
Os realizadores e produtores do documentário Salam Neighbor viveram um mês no campo de refugiados Za’atari (Jordânia), com o intuito de perceber melhor a vida de um refugiado. Foram os primeiros autorizados pelas Nações Unidas a viver dentro de uma tenda e a registar o dia-a-dia destas pessoas, vítimas de uma das maiores crises humanitárias do nosso século. Esta experiência traz ao espectador não só os traumas sofridos pelas pessoas mas também, o potencial inexplorado que estes vizinhos desenraizados possuem. Com os programas adequados é possível ajudar a curar, a aliviar a carga dos países de acolhimento e até mesmo a capacitar os refugiados através da criatividade das pessoas.
 
“Somos uma referência internacional pela forma como recebemos as pessoas migrantes!”
Neste Dia Internacional do Migrante, que celebra a diversidade, é também momento para alertar para a situação dramática dos refugiados. “A OIM regista 7100 pessoas que morreram a tentar encontrar uma nova oportunidade, uma nova vida”, realçou Marta Bronzin. Alertar e sensibilizar para esta situação é uma das missões do Global Migration Film Festival: “espero que esta seja a primeira de muitas sessões desta iniciativa”, sublinhou a Chefe de Missão da OIM.
Num cenário em que muitas portas se fecham aos refugiados, Portugal está em destaque pelo acolhimento que oferece: “somos uma referência internacional pela forma como recebemos as pessoas migrantes. Damos muito do que temos, temos a sociedade civil organizada para o acolhimento, mas muito mais há ainda a fazer. A Lei da Imigração é boa, mas ainda há aspetos a tratar, muito por fazer ”, afirmou Catarina Marcelino, referindo que o facto de sermos um país com uma longa história de emigração, ”influencia a forma como os portugueses percecionam a integração e o acolhimento, (…) ajuda-nos a perceber melhor a situação de quem nos procura”.
“Neste dia internacional dos migrantes é preciso lembrar que é muito assustador o que está a acontecer no mundo (…) e temos que pensar que pode acontecer também aqui, a cada um de nós!”, realçou a Secretária de Estado, não sem deixar a mensagem de que, neste contexto devastador, “temos também que nos lembrar de que há migrações felizes”.
 
 “Não se trata de encontrar uma vida melhor, mas sim de encontrar uma vida!”
Há 3 anos em Portugal, Chalia Taki, refugiada Síria, partilhou, emocionada, a sua história. A dor do que viu e do que passou não esquece, mas hoje prefere realçar “a bondade humana" e todo o apoio que recebeu no nosso país, permitindo-lhe ter uma nova vida. Chalia e o seu esposo vivem agora uma nova vida em Portugal, com trabalho e muita esperança: “um novo começo, uma nova oportunidade. Não se trata de encontrar uma vida melhor, mas sim de encontrar uma vida!”.
 
“Nós não somos diferentes…somos todos humanos
Ahmad Omar, refugiado sírio, tem 21 anos, está há 7 meses em Portugal e encontra-se a trabalhar. O jovem está a aprender português e o seu espírito está aberto à diversidade e aos valores humanos: “nós não somos diferentes…somos todos humanos”.
 
“Há que alertar e fazer alguma coisa pelo mundo!”
Nour Machlah, sírio, tem 21 anos e está há 3 anos em Portugal, mais precisamente em Évora, onde estuda e se sente perfeitamente integrado. A guerra no seu país e o facto de se ter visto na situação de ter que sair da Síria em busca de uma nova vida, mudou-o muito. “A guerra muda-nos muito. Ficamos a pensar de forma diferente”, revelou. Se antes não se via como um “ativista” pelos direitos humanos, hoje é essa faceta que melhor o carateriza. Porque “há que alertar e fazer alguma coisa pelo mundo, pela humanidade”.
 
"É um novo começo, uma nova vida"
“ A sociedade ocidental terá que olhar para o resto do mundo como para elas próprias”, sublinha Diaby Abdourahamane, refugiado da Costa de Marfim.  Passou por muito, mas hoje vive uma nova vida em Portugal. "É um novo começo, uma nova vida", que embora não apague da memória a vida que se perdeu, ajuda ao processo de recuperação.

 

Notícias relacionadas

Notíciasaominuto

Jornal Económico

Correio da Manhã

SAPO24 com LUSA


Conferência junta especialistas em torno da educação e comunidades ciganas

Imagem em Destaque
Conferência junta especialistas em torno da educação e comunidades ciganas
O Agrupamento de Escolas Santo António, no Barreiro, acolheu esta quinta-feira, dia 30 de novembro, a conferência e workshop “Educação e Comunidades Ciganas”, uma iniciativa promovida pela Direção-Geral de Educação (DGE), em parceria com o ACM, a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) e o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
A conferência, realizada no âmbito da Estratégica Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas, teve como objetivo destacar a importância da boa integração de todos os alunos no sistema educativo e na comunidade, tendo em vista a promoção do sucesso escolar.
Com os programas e as experiências internacionais desenvolvidas com estas comunidades em debate, a sessão decorreu na presença do Secretário de Estado da Educação, João Costa, da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, bem como do Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, e do Diretor-Geral da Educação, José Vítor Pedroso.
Relembrando que “sozinha, a Escola não consegue nada, se não houver um abraço comunitário” na resolução de problemas de integração de alunos ciganos, o Secretário de Estado da Educação apelou a que “não sejam as famílias ou as próprias escolas os agentes de segregação”.
Confiante de que o caminho para esta inclusão possa passar pela Estratégica Nacional para a Cidadania, Rosa Monteiro recorda a introdução da educação para a cidadania nos programas curriculares das escolas. Um “passo significativo na implementação desta estratégia que assenta em cinco eixos: Educação, Habitação, Saúde, Emprego e um eixo transversal que abrange a igualdade de género, a educação para a cidadania, justiça, entre outros”.
A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade disse ainda acreditar “profundamente no papel que a educação e os agentes educativos podem ter neste caminho de mudança, fazendo a integração dos portugueses, que sendo de comunidades ciganas são os que mais sofrem de discriminação.”

 

Comunidades com voz ativa na discussão dos problemas
Enaltecendo o período áureo que vive o associativismo cigano em Portugal, o Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, frisou os efeitos que este tem tido na “capacidade de agir e estabelecer um diálogo permanente com as comunidades ciganas”, permitindo alcançar mudanças estruturais.
Ainda assim, Pedro Calado recorda o atraso na implementação de medidas para a integração: “Faz, em 2018, 500 anos sobre o primeiro registo da chegada dos ciganos a Portugal, mas só no século XVIII é que os considerámos portugueses como nós (...) e só há 15 anos é que tivemos as primeiras políticas públicas com algum impacto”. Tal está já em contraponto, com a atualidade, onde “há programas dos quais todos nos orgulhamos, mas estamos, talvez, no degrau um de 20 que temos de subir para chegarmos onde queremos chegar”, frisa.
Ainda durante a cerimónia de encerramento da conferência, o Alto-Comissário para as Migrações anunciou a que, nos próximos tempos, arranca um programa de mediação escolar, bem como “um programa de inserção socioprofissional, onde queremos testar novas metodologias, com emprego apoiado, para o qual o exemplo de Espanha tem sido uma inspiração incrível”.

 

Nova coordenação do Observatório das Comunidades Ciganas
A partir de janeiro de 2018, Maria José Casa-Nova irá assumir a nova coordenação do Observatório das Comunidades Ciganas (ObCig), integrado no ACM. A Docente, investigadora e atual coordenadora do Núcleo de Educação para os Direitos Humanos da Universidade do Minho foi convidada para assumir o cargo pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, que agora tornou publica a decisão.

Freixo de Espada a Cinta - refugiado eritreu lança “Confidências Censuradas”

Imagem em Destaque
Freixo de Espada a Cinta - refugiado eritreu lança “Confidências Censuradas”
O Freixo Festival Internacional de Literatura arrancou esta quinta-feira, dia 1 de junho, em Freixo de Espada à Cinta, tendo como ponto alto a presença de Tsegay Mehari, refugiado eritreu, exilado na Suécia, que veio expressamente para o lançamento do seu livro “Confidências Censuradas”.
A apresentação da obra contou com a presença do Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, que, partindo deste livro, falou sobre a “coragem e determinação” de quem migra, “deixando tudo para trás”, levando a “esperança como combustível”.
A integração no país que os acolhe, bem como o papel valioso da sociedade neste processo foram temas também abordados pelo Alto-Comissário, realçando a este nível a importância de valores como a “partilha” e a “solidariedade”.
A ocasião contou ainda com as presenças da Presidente da Câmara Municipal de Freixo, Maria do Céu Quintas, e de Avelina Ferraz, Editora e Diretora da Editorial Novembro, chancela responsável pela edição, promoção e publicação do livro de Tsegay Mehari.
Mais de 150 poemas escritos em papel higiénico
“Confidências Censuradas”, traduzido do original “Pots of My Mother”, tem o prefácio de Frei Mussie Zerai, da Agenzia Habeshia para os Refugiados.
"Hoje é o dia do nascimento do meu livro e dos meus poemas. Nascem, assim, para o mundo livre das artes", declarou Tsegay Mehari, acrescentando: "Há sempre um dia e esse dia é este e eu pensei nele inúmeras vezes, enquanto estava prisioneiro na minha cela, na Eritreia. Desse lugar, eu via o mundo através de uma janela 30X30cm. (...) hoje revelo-me ao mundo e transformo a minha poesia em liberdade de expressão". O autor fez-se acompanhar, nesta sua vinda a Portugal, do seu irmão e de uma amiga.
Tsegay Mehari nasceu em Knn, uma pequena aldeia no sul da Eritreia, formou-se em Literatura (poesia e drama) e em Jornalismo. Escreveu poemas, artigos e crónicas em jornais, rádio e TV, de 2003 a 2009, ano em que foi detido, juntamente com outros artistas e jornalistas. Foi exatamente, durante os quatro  anos em que esteve preso, que escreveu mais de 150 poemas, em papel higiénico.
Atualmente, Tsegay reside na Suécia e formou-se em enfermagem psiquiátrica, área em que trabalha.

III Edição FAPE - Candidaturas até 30 de novembro

Imagem em Destaque
III Edição FAPE - Candidaturas até 30 de novembro
O ACM, I.P. lançou no dia 7 de novembro, a III Edição do FAPE - Fundo de Apoio à Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas (ENICC) - 2018-2019, com a publicação do seu regulamento e respetivos anexos. O período de apresentação de candidaturas irá decorrer até dia 30 de novembro.
Esta nova edição integra os resultados da análise do processo de implementação e monitorização do FAPE, bem como as recomendações estratégicas evidenciadas no Estudo de Avaliação Externa da Implementação do FAPE 2015 e 2016, realizado pelo CESIS – Centro de Estudos para a Intervenção Social, contemplando no seu Regulamento, como principais alterações, os seguintes aspetos:
  • Mais tempo de execução dos projetos;
  • Maior financiamento para a realização dos mesmos;
  • Uma dotação financeira superior à das edições anteriores;
  • Distinção dos projetos constituídos em parceria com associações ciganas ou que nas suas equipas técnicas incluam pessoas ciganas.
Os projetos podem ter uma duração máxima de 18 (dezoito) meses, devendo o seu período de execução compreender o período decorrido entre 1 de fevereiro de 2018 e 31 de julho de 2019.
A dotação financeira disponível do programa é de 250.000,00€ (duzentos e cinquenta mil euros) e o ACM I.P. financiará, no máximo 95% do custo total elegível de cada projeto aprovado, limitado ao valor máximo estipulado na modalidade de apoio previsto:
  1. 5.000,00€ (cinco mil euros) para projetos de natureza pontual, até 10 projetos;
  2. 25.000,00€ (vinte e cinco mil euros) para projetos de natureza regular e contínua, até 8 projetos.
À semelhança das edições anteriores, os projetos visam a promoção do combate à discriminação e sensibilização da opinião pública, a promoção de formação sobre cidadania, o incentivo à participação comunitária ativa das comunidades ciganas, a promoção do conhecimento da história e cultura ciganas e outras ações que concorram diretamente para a execução das metas definidas nas prioridades estabelecidas pela ENICC, devendo enquadrar-se nas seguintes tipologias de intervenção:
a) Ações com vista ao combate da discriminação das comunidades ciganas e à promoção do diálogo intercultural entre estas e a sociedade maioritária;
b) Ações centradas na promoção da igualdade de género e/ou focalizadas no desenvolvimento de competências e de conciliação da vida profissional, pessoal e familiar;
c) Ações de formação em história e cultura ciganas e de promoção do associativismo e da participação comunitária;
d) Ações/iniciativas de promoção de atividades económicas e empreendedoras;
e) Ações/iniciativas de valorização da importância da escolarização e/ou da continuidade no percurso escolar;
As candidaturas deverão ser realizadas em formulário digital próprio.
As entidades interessadas poderão, durante o período de apresentação das candidaturas e, em caso de dúvidas e/ou esclarecimentos adicionais, colocá-las através do e-mail candidaturasfape@acm.gov.pt ou aquando da realização das Sessões de Esclarecimento que decorrerão em Lisboa e no Porto:
  • Lisboa, dia 10 de novembro (sexta feira): 15h00 – 17h00, no Auditório do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM), sito na Rua Álvaro Coutinho, nº 14 – 1150-025 Lisboa.
  • Porto, dia 16 de novembro (quinta feira): 15h00 – 17h00, na Biblioteca Almeida Garrett – Sala UNICER, sita na Rua de D. Manuel II – Jardins do Palácio de Cristal – 4050-239 Porto.  
O(a)s interessado(a)s em participar nas Sessões, deverão fazer a sua inscrição, através do e-mail candidaturasfape@acm.gov.pt, até ao dia 09 de novembro (Lisboa) ou até ao dia 15 de novembro (Porto).
Com a realização das Sessões de Esclarecimento, em Lisboa e no Porto, em que estiveram presentes cerca de 30 pessoas, disponibiliza-se, a apresentação efetuada pelo Núcleo de Apoio às Comunidades Ciganas.
Por fim, informamos que o Anexo I – Estrutura de Custos, do Regulamento do FAPE 2018-2019 apresentava uma informação incorreta ao nível dos custos relacionados com TOC (Aquisição de Bens e Serviços), pelo que solicitamos que considerem a versão agora disponibilizada.
NOTA INFORMATIVA
Retificação Regulamento FAPE 2018-2019
Considerando que se verifica um lapso de escrita no n.º 5 do artigo 6.º do Regulamento do FAPE 2018-2018, procede-se à sua retificação nos seguintes termos:
Onde se lê: “A não apresentação do Acordo de Parceria referido no número anterior, dentro do prazo de apresentação das candidaturas previsto no n.º 2 do artigo 10.º, constitui fundamento de exclusão liminar da candidatura”;
Deverá ler-se: “A não apresentação do Acordo de Parceria referido no número anterior, dentro do prazo de apresentação das candidaturas previsto no n.º 2 do artigo 9.º, constitui fundamento de exclusão liminar da candidatura”.
Documentos:

ACM recebeu delegação da República Checa

Imagem em Destaque
ACM recebeu delegação da República Checa
O ACM recebeu, entre os dias 22 e 23 de novembro, a visita de uma delegação da República Checa. Um encontro de dois dias em que o foco esteve nas várias áreas de intervenção do ACM na promoção do acolhimento e da integração de migrantes e pessoas refugiadas.
Nos dois dias, a delegação visitou o Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM) de Lisboa e participou em sessões sobre o Plano Estratégico para as Migrações (PEM), o Conselho para as Migrações, a Rede de Centros de Apoio à Integração de Migrantes, o empreendedorismo para migrantes e o Programa Mentores.

Integração de Refugiados - Formação técnica para tradutores e intérpretes termina com "balanço positivo"

Imagem em Destaque
Integração de Refugiados - Formação técnica para tradutores e intérpretes termina com "balanço positivo"
O segundo curso de formação técnica para tradutores e intérpretes, que decorreu dias 21 e 22 de novembro, no Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM) de Lisboa, terminou esta quarta-feira, com um “balanço muito positivo”.
Considerado pelas formadoras, Susan Donovan e Tanja Milanovic, especialistas do International Rescue Committee, e pelos 15 participantes como “uma boa prática” para o processo de  integração de migrantes e refugiados, esta formação permitiu a transmissão de “ferramentas essenciais a todos os que trabalham, ou pretendem trabalhar, como intérpretes e tradutores".
Para qualquer profissional desta área, “é da maior importância este conhecimento de técnicas especiais de memória e de vocabulário”, bem como a “melhor forma de manter os limites profissionais neste processo”, explica Susan Donovan. “Ter um intérprete competente é a melhor forma de dar voz a quem desconhece uma língua, nomeadamente aos refugiados, e essa competência só é possível através de uma formação especializada e contínua”, considera. Na mesma linha, Tanja Milanovic adianta que “sem uma interpretação competente muito se perde, perde-se a comunicação mas também a energia que implica todo o processo de tradução. Ao dar esta formação, sentimos que fazemos um trabalho com significado, algo realmente útil ao nível da integração de quem desconhece uma língua e um país”.
“(...)uma boa integração depende muito da forma como o intérprete lida com as famílias refugiadas”
Para os formandos, esta iniciativa foi uma mais-valia: “todos nós, que trabalhamos nesta área, precisamos de técnicas e ferramentas para lidar com situações de crise, em que é fulcral a presença de um intérprete para que se estabeleça a comunicação, que muitas vezes, é urgente”, considera Ghalia Taki, uma das formandas deste curso. Para esta refugiada síria, que vive há 3 anos em Portugal, já com uma vida familiar e profissional estável, “uma boa integração depende muito da forma como o intérprete lida com as famílias refugiadas”.
Todo o trabalho que faz como secretária técnica e tradutora no Serviço Jesuíta aos Refugiados é “muito gratificante” e, para já, os seus objetivos passam por um maior conhecimento e aprendizagem. "Vivi em África durante 13 anos e quando cheguei a este país senti-me muito bem. Todos aqui fazem-me esquecer que sou refugiada e que vivo num país que não o meu. Sinto-me em casa!".
“Foi muito útil este curso, sobretudo para mim que ainda desconhecia algumas técnicas essenciais para se ser um bom interprete”, adianta Oussama Alhusein, estudante sírio, que veio para Portugal no âmbito de um Programa de Recolocação. Este jovem de 27 anos pretende continuar “o mais tempo possível” no país para poder terminar os estudos, tornar-se um bom profissional e ganhar a sua independência.
A portuguesa Ana Luís viveu 8 anos fora do país e agora, que está de volta “para ficar”, refere que esta ação "foi muito valiosa" para o percurso profissional que pretende fazer: “Falo quatro línguas - português, inglês, francês e alemão - e inscrevi-me nesta formação porque tenho bastante interesse em trabalhar nesta área (…) não sabia distinguir um tradutor de um intérprete, sobretudo neste contexto de apoio a migrantes e refugiados.  Aqui consegui aprender muito”, revela. Licenciada em Sociologia, Ana espera poder, em breve, dar o seu contributo nesta área.
Destinada a profissionais, ou não, incluindo pessoas refugiadas, com o objetivo de aperfeiçoar a comunicação e a mediação, esta ação contou com o apoio do Departamento de Estado norte-americano e da Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal.

"Infinito do 12" em exposição no CNAIM de Lisboa

Imagem em Destaque
"Infinito do 12" em exposição no CNAIM de Lisboa
A Janela Intercultural do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM) de Lisboa acolhe, até ao dia 30 de novembro, a exposição “Infinito do 12”, da artista plástica moldava Alina Palamarciuc.
A inauguração decorreu esta terça-feira, dia 21 de novembro, no âmbito dos Dias da Cultura da República Moldova em Portugal, a cargo do Centro Cultural Moldavo, e contou com a presença do Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, bem como do Embaixador da Moldova em Portugal, Dumitru Socolan.
Natural da Moldova, Alina Palamarciuc reside em Portugal há 16 anos. Conta com formação em Pintura, Pedagogia e Design pela Faculdade de Pintura de Chisinau e já participou com a sua obra em exposições na Moldova, Roménia, Reino Unido e Portugal.

Jornadas do Observatório das Migrações - inscrições abertas até dia 14 de dezembro

Imagem em Destaque
Jornadas do Observatório das Migrações - inscrições abertas até dia 14 de dezembro
Estão de volta, para a sua décima edição, as Jornadas do Observatório das Migrações (OM). A iniciativa está agendada para 18 de dezembro, data em que se celebra também o Dia Internacional dos Migrantes, e irá decorrer no auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em presença da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, e do Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado.
Nesta edição, entre outras novidades, será lançado o mais recente Relatório Estatístico Anual 2017 Indicadores de Integração de Imigrantes, da autoria de Catarina Reis Oliveira e Natália Gomes, bem como a Coleção Imigração em NúmerosPrevisto está também o lançamento de três novos estudos da Coleção de Estudos do OM: Estudo 58, Estudo 59 e Estudo 60.
 
Conheça o Programa e inscreva-se até dia 14 de dezembro de 2017 através do Formulário ou do email seminarios@acm.gov.pt

ACM associa-se ao Global Migration Film Festival

Imagem em Destaque
ACM associa-se ao Global Migration Film Festival
O Global Migration Film Festival está de volta a Portugal, entre 5 e 18 de dezembro, para a segunda edição do certame de cinema dinamizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações e a Câmara Municipal de Lisboa.

O evento, que pretende assinalar o Dia Internacional do Migrante, tem abertura agendada para 5 de dezembro, às 19h00, no auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, com a projeção do filme “Sound of Torture”, de Keren Shayo. Segue-se “Nanny”, Tatiana Fernandez Geara, a 15 de dezembro, na Casa dos Direitos Sociais em Marvila. O encerramento decorre no dia 18, no Cinema São Jorge, com “The Journey”, de Matthew Cassel.

No final de cada documentário, a organização promove uma conversa informal com migrantes e refugiados.

Programa Mentores para Migrantes - ACM distingue 10 mentores

Imagem em Destaque
Programa Mentores para Migrantes - ACM distingue 10 mentores
O ACM realizou este sábado, dia 18 de novembro, no Auditório da Atmosfera M., na cidade do Porto, mais um Encontro Anual de Mentores, ocasião em que foram distinguidos 10 Voluntários do Programa Mentores para Migrantes pelo seu contributo enquanto mentores nesta iniciativa.
Os certificados “mentor/a Campeão/ã do Ano” foram entregues pelo Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, aos mentores distinguidos: Gisela Rosenthale, Teresa Francisco, Sara Raposo e Joana Neto Mestre, voluntárias neste Programa através da parceria com a Câmara Municipal de Lisboa; Manuel Silva Correia - parceria com o Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM), de Lisboa; Rodrigo Macedo - parceria com o Centro Padre Alves Correia;André Fernandes, Joana Basílio dos Santos e Cristina Braga - parceria CNAIM do Porto; e Renato Brás - parceria com a AGIR XXI – Associação para a Inclusão Social.
O trabalho destes mentores tem sido constante e intenso. Gilsela Rosenthale acompanhou Valentina, cidadã refugiada, em diversos tratamentos médicos. Manuel Correia, mentor de Alexsandro Landim, foi um dos primeiros mentores deste programa e já apoiou vários jovens estrangeiros na sua integraçao profissional na área das telecomunicações. Teresa Francisco apoiou já mais do que um mentorado, destacando-se a orientação dada a uma cidadã timorense, que veio a estagiar na Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), no seu conhecimento da cidade e cultura portuguesas. Rodrigo Macedo é mentor de Mohamed Fayd, a quem presta ajuda na procura de trabalho e no conhecimento do país. Renato Braz apoiou um jovem universitário bolseiro, no âmbito da iniciativa UCAN, do Programa Escolhas, uma relação de mentoria realizada pelo facto de ambos terem a mesma formação profissional, Engenharia, e interesses pelas áreas de ambiente e energia. Joana Mestre apoia a Samira e a sua filha adolescente, já mãe de um menor, na continuidade dos estudos e procura de trabalho e de creche para o bébé.
Sara Raposo tem acompanhado vários mentores, Neste momento, apoia a brasileira Arileine e Vitor Medina, empreendedor na área de restauração e vinhos, indo agora dar início a uma nova mentoria com Nizar, requerente de asilo. Joana Santos tem orientado Isabela Machado no seu processo de integração profissional e ocupação de tempos livres. Cristina Braga, do Porto, tem estado a trabalhar com Sergei, de nacionalidade russa, licenciado em medicina, no sentido de melhorar as suas competências ao nível da língua portuguesa, para uma melhor integração social e profissional. André Fernandes apoiou uma estudante universitária, bolseira U CAN, que tal como ele é da área de gestão e administração pelo que, a orientação dada tem sido ao nível do desenvolvimento de competências para a criação de um projeto de empreendedorismo social.
A "capacidade de entender o outro”
Nesta cerimónia, apresentada pela jornalista Fernanda Freitas, esteve em destaque o papel dos mentores no processo de integração de quem vive num país que não é o seu e que, por isso mesmo, terá mais dificuldade em resolver as pequenas questões do quotidiano, seja tratar de documentação, inscrever-se numa escola, aprender a língua ou arrendar uma casa. O Programa Mentores para Migrantes tem sido, desde 2014, um importante contributo para, cada vez mais, fazer de Portugal “um país de Integração”. Esta iniciativa do ACM “mostra que com pouco consegue-se muito (…). É um trabalho invisível e discreto, mas que revela o que a humanidade tem de melhor”, realçou Pedro Calado. “Os mentores são pessoas extraordinárias, (…) com uma enorme capacidade de entender o outro”, sublinhou na mesma linha, Paula Guimarães, Diretora da Fundação Montepio.
"(...)orientação baseada no incentivo à reflexão e no respeito pela confidencialidade”
“A Educação pelos pares: programas de Mentoria e promoção da saúde dos jovens” foi um dos temas abordados neste encontro anual, numa intervenção de Cátia Branquinho, membro da Equipa Aventura Social, da Faculdade de Motricidade Humana, que salientou as virtudes centrais de um mentor: "a capacidade de ouvir, refletir, parafrasear, ficar e sumariar”, com “empatia, aceitação e sinceridade”. Capacitar os mentorados para uma maior autonomia é o objetivo primeiro deste trabalho: "O intuito é capacitar as pessoas para caminharem sem nós. Trata-se de uma orientação baseada no incentivo à reflexão e no respeito pela confidencialidade”, adiantou a responsável.
Nesta sessão esteve em destaque também a Dream Teens, projeto criado numa base de mentoria, integra na sua rede 147 jovens de todo o país e conta com a “voz ativa” de 16 jovens mentores.
A abordar o tema do "reconhecimento de aprendizagens decorrentes de experiências de voluntariado” esteve Susana Constante Pereira, da Inducar, organização promotora da educação não-formal, que proporcionou um dos momentos mais dinâmicos do evento.
Mais beneficiários em 2017 - 107 mentorias e 214 participantes
Este ano, o Programa Mentores para Migrantes duplicou número de beneficiários, registando-se 107 mentorias e o envolvimento de mais de 214 participantes, e a sua metodologia, baseada em relações de mentoria (mentor e mentorado), alargou-se ao Programa Escolhas, no âmbito do acompanhamento aos jovens contemplados com as bolsas de estudo U CAN.  Estes processos de mentoria contaram com o empenho de 43 mentores. No global, até ao momento, esta iniciativa do ACM integra 852 mentores e 426 participantes envolvidos em ações de mentoria.
O balanço de atividade deste Programa é globalmente positivo, num quadro em que sobretudo o número de mentores tem vindo a crescer de ano para ano. Para já, o programa vai contar com mais uma mentora: a jornalista Fernanda Freitas, realçando a importância das mentorias, revelou a sua intenção de se juntar ao grupo de mentores deste programa.

"Brechó" Solidário - Associação Mais Brasil promove empreendedorismo imigrante

Imagem em Destaque
"Brechó" Solidário - Associação Mais Brasil promove empreendedorismo imigrante
O empreendedorismo imigrante esteve em foco no "Brechó" Solidário, promovido no último sábado, dia 18 de novembro, pela Associação Mais Brasil, no Porto, com o objetivo de criar um espaço comum de mostra de talentos, partilha, troca, venda e também de estabelecimento de contactos entre empreendedores e fornecedores. A iniciativa contou com a presença do Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado.
Momentos de Zumba e Capoeira animaram a venda de obras de artesanato, como malas, bijuteria, roupa, sapatos, e de várias iguarias brasileiras, criando-se assim “um estímulo ao networking, ao espírito empreendedor e aos negócios em implementação”, explicou  Adriana Dihl, Presidente desta Associação.
Adriana Dihl  é Educadora de Infância há mais de 35 anos e contadora  de histórias, participando frequentemente em atividades lúdicas em livrarias, bibliotecas e escolas. Desde que chegou a Portugal, faz trabalhos voluntários com imigrantes, crianças carenciadas de outras etnias, idosos e de pessoas com Necessidade Educativas Especiais (NEE).

"O Meu País No Teu" celebra a Ucrânia - “É possível criar pontes entre diferentes culturas"

Imagem em Destaque
"O Meu País No Teu" celebra a Ucrânia - “É possível criar pontes entre diferentes culturas"
A Ucrânia esteve em destaque, no último sábado, dia 18 de novembro, na iniciativa "O Meu País No Teu", promovida pelo Espaço T Associação, nas suas instalações no Porto. Um dia dedicado à Ucrânia e aos ucranianos a residir em Portugal recheado de muita animação, com momentos de música e canto tradicional, projeção de vídeos e uma degustação de produtos típicos.
A iniciativa incluiu uma conferência sobre o tema, que contou com a participação do Alto- Comissário para as Migrações, Pedro Calado, da presidente da Associação Kalina,  Alina Dudco, do presidente do Espaço T, Jorge Oliveira, e  do artista Plástico, Volodymyr Raferda, que inaugurou, neste espaço, a sua exposição de pintura.
“É possível criar pontes entre diferentes culturas (…) e esse é o mundo que queremos construir, um mundo que construa pontes e não barreiras”, disse na ocasião Pedro Calado, realçando a importância de “sabermos acolher as pessoas que lutam todos os dias para se integrarem”. Esta é uma “comunidade exemplar, com um forte sentido de união” e é de “afetos que nos vamos construindo mutuamente. Vou daqui de coração cheio”, sublinhou o Alto-Comissário.
“O Meu País no Teu” é um Espaço Intercultural cofinanciado pelo FAMI (Fundo Asilo, Migração e Integração) , que  pretende dar a conhecer criações artísticas e a cultura de nacionais de países terceiros a residirem em Portugal, como forma de promoção da convivência ao nível local e a sensibilização e promoção da cultura dos países de origem.

Selo da Diversidade - Organizações mais inclusivas

Imagem em Destaque
Selo da Diversidade - Organizações mais inclusivas
Ericsson, EDP, AFID e Câmara Municipal de Lisboa são as primeiras empresas e organizações a serem distinguidas com o Selo da Diversidade, iniciativa promovida pelo GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, com o apoio do ACM. A cerimónia de entrega desta distinção decorreu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, na Fábrica de Pólvora de Barcarena, em Oeiras.
Com objetivo de distinguir organizações que implementem e desenvolvam políticas e práticas de promoção da diversidade, surgindo em linha com os esforços encetados pela Comissão Europeia e com as prioridades da Estratégia Europa 2020, os Selos da Diversidade, anunciados em maio deste ano, são agora uma realidade para as primeiras empresas e organizações distinguidas durante a Gala da Carta Portuguesa para a Diversidade.
De um total de 28 candidaturas submetidas por 16 empresas e organizações, o júri atribuiu o Selo da Diversidade a quatro empresas – Ericsson, EDP, Fundação AFID Diferença e Câmara Municipal de Lisboa –, num total de seis categorias em análise. De igual forma, foram ainda entregues oito menções honrosas pelos esforços e projetos desenvolvidos na área da diversidade.
A cerimónia contou com a presença do Alto-Comissário para as Migrações, Pedro Calado, assim como do Diretor Executivo da Fundação Aga Khan, Karim Mirali, do Presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, Humberto Santos e da Diretora-geral da Atlântica University Higher Institution, Natália do Espírito Santo.
Durante a cerimónia de abertura, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, recordou que “são conhecidas as barreiras de acesso ao emprego e desenvolvimento de carreira e de discriminação em função do sexo, da deficiência, da idade, da raça, da origem étnica, da religião ou da orientação sexual”, frisando a necessidade de uma “gestão efetiva e não meramente cosmética da diversidade, que implica que as organizações valorizem e incluam a diversidade, alterando se necessário algumas das práticas de gestão”. “Não basta terem na sua composição pessoas destas categorias discriminadas que referi. O recrutamento é um passo importante, mas apenas um primeiro passo para mudar a demografia das nossas organizações”, rematou.
O aumento do número de signatários da Carta Portuguesa para a Diversidade, atualmente fixado em 193, dos quais 85 são empresas, é considerado pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade “um bom sinal” para “tornar visível aquilo que não é e está, muitas vezes, latente nas práticas e nas opções das organizações”. Deste modo, o Selo da Diversidade chega para dar “visibilidade a boas práticas e a ser também um estímulo para que mais pessoas, empresas e entidades queiram conhecer estas práticas sinalizadas, para depois as poderem experimentar nas suas empresas e organizações”.
Sem perder o foco na diversidade, a Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, recordou a problemática da inclusão da pessoa com deficiência. “Promover a inclusão e diversidade é, cada vez mais, procurar e não categorizar. É esta a minha visão para a inclusão: Acabar com as caixas e, progressivamente, ver apenas o conteúdo, por forma a que as diferenças sejam cada vez mais ténues e não nos apercebamos delas”, referiu.

A Carta Portuguesa para a Diversidade
O GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, criou, em 2015, um grupo de trabalho subordinado ao tema da diversidade nas empresas, conjuntamente com o ACM, IP, INR, IP e Fundação Aga Khan,  diversas empresas (29) e, posteriormente, outras entidades públicas (a CIG, a CITE, o IAPMEI, IP, o IEFP, IP e o INA, IP.). 
Este grupo de trabalho discutiu e elaborou a Carta Portuguesa para a Diversidade, lançada em março de 2016 no Palácio Nacional da Ajuda. Portugal juntou-se, assim, aos 16 países europeus que possuem uma Carta da Diversidade e que assumiram oficialmente o compromisso de respeitar, valorizar e otimizar todo o potencial da diversidade das pessoas, seguindo as recomendações e esforços da Comissão Europeia.

Os vencedores dos Selos da Diversidade 2017
CATEGORIA 1 | COMPROMIOSSO DA GESTÃO DE TOPO E DOS OUTROS NÍVEIS HIERÁRQUICOS
Selo Diversidade
Ericsson | Formação Em Enviesamento Inconsciente

CATEGORIA 2 | CULTURA ORGANIZACIONAL
Menção Honrosa
BNP Paribas | Welcoming Disability – A diverse approach to talent sourcing
EDP | #tagga o teu futuro
Essilor | Diversidade & Inclusão – Um valor Essilor

CATEGORIA 3 | RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E PRÁTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS
Menção Honrosa
EDP – Inspiring Camp

CATEGORIA 4 | DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E PROGRESSÃO NA CARREIRA
Selo Diversidade
EDP | Formação Enviesamento Inconsciente – Potenciar a diversidade e inclusão

CATEGORIA 5 | COMUNICAÇÃO DA CARTA E DOS SEUS PRINCÍPIOS
Selo Diversidade 
AFID | Diversid’arte
Menção Honrosa
Media em Movimento | Divulgação da Diversidade

CATEGORIA 6 | CONDIÇÕES DE TRABALHO E ACESSIBILIDADES
Selo Diversidade
Câmara Municipal de Lisboa | Medidas de Conciliação
Menção Honrosa
EDP | Parceria com Places4all
L’oréal Portugal | Share&Care
Ericsson | Condições de Trabalho para Todos

 


Programa Escolhas volta a unir-se ao Global Dignity Day

Imagem em Destaque
Programa Escolhas volta a unir-se ao Global Dignity Day
O Programa Escolhas, promovido pelo ACM, associou-se às comemorações do Global Dignity Day, no dia 18 de outubro, com um rol de atividades que envolveu mais de 3 mil crianças e jovens de um total de 78 projetos, localizados em vários pontos do país.
Na Escola Secundária do Lumiar, a sessão contou com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, do representante da Global Shapers Lisboa, Stephan Morais, da diretora do Programa Escolhas, Luísa Ferreira Malhó, da Coordenadora do Programa Mentores para Migrantes do ACM, Bárbara Duque, e da técnica da Zona Lisboa, Sul e Internacional, Mónica Alexandre.
Através de um programa de rádio, produzido no âmbito do projeto Passaporte “Pa” Música – E6G, a comunidade escolar foi alertada para o assinalar da efeméride, por intermédio de testemunhos de alunos e da divulgação dos cinco princípios da dignidade.
Ao som do toque de recolha, a sessão prolongou-se com uma turma de 8.º ano à qual se juntou Mafalda Ribeiro, que partilhou o seu testemunho e história de vida. Um percurso “sobre rodas, com auxílio da sua melhor amiga”, como faz questão de frisar a jornalista de 32 anos, que sofre de osteogénese imperfeita, a chamada doença dos ossos de vidro.
Já no Fundão, a sessão dinamizada pelo projeto Matriz – E6G contou com a presença do Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, do representante da Global Shapers Lisboa, Afonso Reis, e da coordenadora da Zona Norte, Centro e Ilhas, Glória Carvalhais.
Aqui foram dinamizadas, em paralelo, duas sessões: a primeira destinada a 45 alunos do 3.º e 4.º ano do 1.º ciclo, da EB1 Santa Teresinha, do Agrupamento de Escolas do Fundão; outra para três turmas de 3.º ciclo, secundário e ensino profissional.
Promovida em Portugal pela comunidade dos Global Shapers de Lisboa, no âmbito do Fórum Económico Mundial, a iniciativa decorre atualmente em mais de 60 países e tem mobilizado cada vez mais jovens em torno deste tema.

Related Articles Related Articles

Formulário da Web Formulário da Web

Olá, em que posso ajudar?

Deixe um email com a sua questão ou contacte 808 257 257 / (+351) 218 106 191, das 9:00h às 19:00h, de segunda a sexta.

Este campo é obrigatório.
Este campo é obrigatório.
Este campo é obrigatório.

Linha de Apoio ao Migrante

A linha funciona de segunda a sexta das 9:00h às 19:00h. Saiba mais

Ativado por Liferay

Fechar popup

Bem-vindo ao novo portal do Alto Comissariado para as Migrações

Procuramos reunir aqui um conjunto de informação essencial e de interesse para os migrantes. No entanto, sabemos que este é um trabalho contínuo que nunca está terminado.

Contamos consigo para tornar este site mais completo. Se souber de alguma informação que deva ser adicionada ou corrigida, entre em contacto connosco através do acm@acm.gov.pt.