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Início > Artigos > Mozilla Firefox 2.0 e Internet Explorer 7 impõem respeito pelas normas de formato

Mozilla Firefox 2.0 e Internet Explorer 7 impõem respeito pelas normas de formato.

Os formatos de publicação

Todos os documentos em formato digital têm de respeitar uma determinada norma de formato, como por exemplo a especificação do formato HTML para páginas web ou do formato JPEG para imagens, para que o software que os interpreta possa mostrar aos utilizadores humanos a informação de forma compreensível.

Os computadores usam os formatos dos documentos para comunicarem entre si, assim como as pessoas usam as línguas. A diferença é que os seres humanos têm a capacidade de compreender informação mesmo que esta contenha erros ou esteja incompleta.

Un texto com errus de ortorgrafia pode continaur a ser comprensível pra umam peçoa.

No entanto, os computadores não têm esta capacidade de raciocínio e adaptação. Normalmente, se um documento não respeitar um formato, não poderá ser interpretado e não passará de um amontoado de zeros e uns desconexos. Na melhor das hipóteses um computador poderá ser programado para tolerar um conjunto limitado de erros previstos mas não poderá tratar os restantes.

A guerra dos browsers

Quando a web surgiu, foi especificado o formato HTML para que as páginas web pudessem ser interpretadas por um software específico denominado browser e posteriormente por pessoas. O primeiro browser a tornar-se popular foi o NCSA Mosaic lançado em 1993. O Mosaic viria a dar origem ao primeiro browser comercial, o Netscape Navigator. A Microsoft envolveu-se então numa guerra com a Netscape pela liderança do mercado dos browsers, culminando com a oferta gratuita do Internet Explorer em 1999. Em 2002, a Microsoft recebe inesperadamente um contra-ataque, com o lançamento de uma versão de código-aberto do Netscape, o Mozilla, que actualmente disputa o mercado com a versão Firefox.

Durante anos, os fabricantes de browsers criaram software capaz de tolerar erros de formato nos documentos web de modo a que estes pudessem ser mostrados aos utilizadores humanos de forma legível. Pretendia-se assim mostrar que um browser era “melhor” porque permitia aceder a um maior número de páginas. Por outro lado, os fabricantes criavam comandos que apenas os seus browsers entendiam para que certas páginas apenas funcionassem correctamente nos seus browsers.

Entretanto, novos competidores entraram em cena com browsers como o Opera, o Safari e muitos outros. O acesso à web vulgarizou-se e as páginas deixaram de ser acedidas exclusivamente através de um computador de secretária, sendo agora acedidas também através de dispositivos móveis e redes sem fios. Para tentar responder a estes novos requisitos foram criadas adicionalmente versões específicas dos browsers para diferentes dispositivos.

O resultado desta guerra foi que ao longo dos anos caminhou-se para o caos na web. Os publicadores tornaram-se cada vez menos preocupados com o respeito pelas normas, ao mesmo tempo que se tornava cada vez mais difícil criar páginas web que funcionassem bem em diferentes browsers.

Por seu lado, os fabricantes mostraram-se naturalmente incapazes de criar browsers capazes de tolerar todo tipo de erros que os publicadores crescentemente cometiam nas suas páginas na web. A “guerra dos browsers” fez com que a informação da web se tornasse difícil de interpretar automaticamente por outro software que não os browsers, como por exemplo, os motores de busca ou as ferramentas de acessibilidade a pessoas com deficiência.

Tempos de mudança

Em Maio de 2007, 58,8% dos utilizadores usavam o Internet Explorer, 33,7% o Firefox e apenas 7,5% outros browsers. A guerra dos browsers continua, mas já se chegou à conclusão que os formatos têm de ser respeitados na web para que a informação possa ser comunicada, tal como acontece noutros ramos da Informática. Muitos sítios web que continham inúmeros erros de formato, tornaram-se inacessíveis através do Internet Explorer 7 e do Mozilla Firefox 2.0. A posição dos fabricantes de browsers em relação aos erros de formato mudou, como se pode ler na seguinte secção das perguntas frequentes acerca do Firefox (versão traduzida):

Pergunta: Porque é que o Mozilla não apresenta a minha página como eu pretendia? A minha página não respeita as normas, mas os bons browsers deveriam apresentar as páginas como os seus autores gostariam!

Resposta: É suposto os autores das páginas comunicarem as suas intenções usando as normas da web. Caso contrário, para descobrir as intenções de cada autor individualmente seriam necessárias capacidades extra-sensoriais que não podem ser implementadas através de software.

As alterações não se ficam pela intolerância a erros de formato. As janelas de pop-up são odiadas há vários anos pelos utilizadores da web e consideradas um erro grave de usabilidade. O Internet Explorer 7 por omissão, bloqueia as janelas de pop-up, mostrando apenas um discreto aviso informando que uma janela foi bloqueada. Muito provavelmente, estes avisos serão ignorados pela maioria dos utilizadores que simplesmente fecharão o site, pensando que não funciona ao não responder a um clique numa ligação.

Criar um sítio na web é cada vez mais fácil, mas é preciso fazê-lo correctamente.

Junho, 2007
/Daniel Gomes

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