Nomeados e vencedor em 2015 · 2015 · 2013 · 2011 · 2010

Vencedor 2010

Patterns of Change, Linguistic Innovations in the Development of Classical Mathematics

por

Ladislav Kvasz

Os critérios que se revelaram mais determinantes na decisão do júri em premiar o livro do Professor Kvasz foram a originalidade do trabalho e a erudição demonstrada na justificação das suas teses. O tema do livro é o modo como a Matemática se desenvolve, formulando três importantes padrões de mudança que são designados: recodificação, relativização, e reformulação. Os dois primeiros são inteiramente novos, e mostram a grande originalidade do trabalho. No entanto, o Professor Kvasz não se satisfaz com o enunciado da existência destes padrões. Demonstra a sua existência com numerosos exemplos da história da Matemática de que que demonstra um profundo conhecimento.

Leia as considerações do júri »

Nomeados — Edição de 2010

B

Cover Barbieri

Biosemiotics: a new understanding of life

Marcello Barbieri

Biosemiótica é a ideia de que a vida se baseia na semiose, ou seja, em signos e códigos. Esta ideia tem sido fortemente sugerida pela descoberta do código genético, mas até agora tem tido pouco impacto no mundo científico, tendo sido considerada geralmente como uma filosofia e não uma ciência. A principal razão para este facto é que a biologia moderna estabelece que os signos e os significados não existem ao nível molecular, e que em quase quatro mil milhões de anos ao código genético se seguiu qualquer outro código orgânico, o que implica tratar-se de uma excepção totalmente isolada na história da vida. Estas noções têm efectivamente negado a existência da semiose no mundo orgânico, e no entanto existem factos experimentais que as refutam todas. Se olharmos para a evidência da vida sem as pré-condições do paradigma presente, constatamos que a semiose reside ali, em cada célula individual, e que ali tem estado desde o início. É disto que trata a biosemiótica.

Springer-Verlag
Naturwissenschaften
DOI 10.1007/s00114-008-0368-x
1998

C

Cover Nersessian

Creating Scientific Concepts

Nancy J. Nersessian

Como surgem novos conceitos científicos? Em Creating Scientific Concepts, Nancy Nersessian procura responder a esta questão central mas raramente formulada no problema da mudança conceptual. Nessernian contesta uma imagem popularizada de novos conceitos e profundas revelações explodindo num rasgo ofuscante de inspiração. Pelo contrário, a obra demonstra que os novos conceitos emergem da interacção de três factores: uma tentativa de resolver problemas científicos; o uso de recursos conceptuais, analíticos e materiais dispostos pelo contexto cognitivo-socio-cultural do problema; e processos dinâmicos de raciocínio que alargam a cognição comum.

Centrando-se no terceiro factor, Nerssenian recorre à investigação da ciência cognitiva e a relatos históricos de práticas científicas para demonstrar como a cognição científica e a cognição comum se situam num contínuo, e como as práticas de resolução de problemas numa iluminam as práticas noutra. As suas pesquisas sobre práticas científicas revelam que a mudança conceptual deriva do uso de analogias, representações imagísticas e experiências do pensamento, integradas com pesquisas experimentais e análises matemáticas. A autora apresenta uma visão de modelos construídos como objectos híbridos, servindo de intermediários entre alvos e fontes análogos em processos de utilização de recursos existentes.

Alargando estes resultados, Nerssenian argumenta que estas complexas operações e estruturas cognitivas são não apenas auxiliares à descoberta, mas no seu todo constituem uma poderosa forma de raciocínio – raciocínio com base em modelos – que gera a novidade. Esta nova abordagem à modelação mental e à analogia, junto com a abordagem cognitivo-histórica de Nerssenian, tornam Creating Scientific Concepts igualmente relevante para a ciência cognitiva e a filosofia da ciência.

The MIT Press
ISBN 978-0-262-14105-5
272 páginas · Novembro 2008

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D

[Cover] Darwinian Populations and Natural Selection

Darwinian Populations and Natural Selection

Peter Godfrey-Smith

Em 1859 Darwin descreveu um mecanismo enganadoramente simples que designou de “selecção natural,” uma combinação de variação, herança e sucesso reprodutivo. Darwin defendia que este mecanismo era a chave para explicar as mais enigmáticas características no mundo natural, e com isso mudaria para sempre a ciência e a filosofia. Todavia, a natureza exacta do processo darwiniano tem sido motivo de controvérsia desde então. Godfrey-Smith recorre aos novos desenvolvimentos na biologia, na filosofia da ciência e noutros campos para proceder a uma nova análise e extensão da ideia de Darwin. O conceito central utilizado é o da “população darwiniana,” uma colecção de coisas com a capacidade de sofrer alterações através da selecção natural. Partindo deste ponto inicial, são desenvolvidas novas análises do papel dos genes na evolução, a aplicação de ideias darwinianas à mudança cultural e “transições evolutivas” que produzem organismos e sociedades complexos. Esta obra será leitura essencial para todos os interessados em teoria da evolução.

Oxford University Press
ISBN 978-0199552047
224 páginas · Maio 2009

[Cover] In Defence of Objective Bayesianism

In Defence of Objective Bayesianism

Jon Williamson

Até que ponto devemos acreditar nas várias proposições que podemos expressar? Esta é a questão que se coloca à epistemologia bayesiana. Os bayesianos subjectivos defendem que depende largamente (embora não inteiramente) do agente o grau de crença a adoptar. Os bayesianos objectivos, por seu lado, mantêm que graus adequados de crença dependem largamente (embora não inteiramente) da evidência do agente.

O bayesianismo objectivo tem sido contestado em diversos aspectos. Por exemplo, alguns defendem que não tem uma motivação efectiva, ou que falha no tratamento da evidência qualitativa, ou que apresenta graus de crença contra-intuitivos depois de actualização, ou que falha na aprendizagem pela experiência. Também o têm acusado de ser intratável computacionalmente, susceptível ao paradoxo e de não ser suficientemente objectivo. [...] Esta obra argumenta que essas críticas podem ser atendidas e que o bayesianismo objectivo é uma teoria promissora com um plano entusiasmante para futura investigação.

Oxford University Press
ISBN 978-0-19-922800-3
192 páginas · Maio 2010

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[Cover] Delusions and Other Irrational Beliefs

Delusions and Other Irrational Beliefs

Lisa Bortolotti

Os delírios (delusions) são sintoma comum da esquizofrenia, demência e outros distúrbios psiquiátricos. Embora geralmente definidos como crenças irracionais, há hoje um grande debate sobre se os delírios são efectivamente crenças, e se sequer são irracionais..

Este livro é uma exploração interdisciplinar da natureza dos delírios. Junta literatura de psicologia sobre a etiologia e as manifestações comportamentais dos delírios a literatura de filosofia sobre atribuição de crenças e racionalidade.

A premissa da obra é que os delírios existem em continuidade com as crenças comuns, uma tese que poderia não só ter importantes implicações teóricas na filosofia da mente e na psicologia, mas também implicações práticas para a classificação psiquiátrica e o tratamento clínico de sujeitos com delírios.

Baseando-se em trabalhos recentes de filosofia da mente, psicologia cognitiva e psiquiatria, o livro oferece uma revisão completa de questões filosóficas levantadas pela psicologia da cognição normal e anómala, defende a concepção doxástica dos delírios e desenvolve uma teoria sobre o papel dos juízos de racionalidade e auto-conhecimento em atribuição de crenças.

International Perspectives in Philosophy & Psychiatry
ISBN 978-0-19-920616-2
320 páginas · Novembro 2009

E

[Cover] Everyday Pratice of Science

Everyday Pratice of Science. Where Intuition and Passion Meet Objectivity and Logic

Frederick Grinnel

Os factos científicos podem ser tão complexos que apenas especialistas numa área podem apreciar plenamente os detalhes, mas a natureza da prática quotidiana que dá origem a esses factos deveria ser compreensível para todos os interessados em ciência. Este livro descreve como os cientistas trazem os seus próprios interesses e paixões para o seu trabalho, ilustra a dinâmica entre investigadores e a comunidade científica e dá ênfase ao entendimento contextual da ciência em lugar do modelo linear apresentado em manuais, focando exclusivamente o “método científico”.

Everyday Practice of Science apresenta também aos leitores temas sobre ciência e sociedade. A prática requer juízos de valor: o que deveria fazer-se? Quem deveria fazê-lo? Quem deveria pagar? Quanto? Conciliar oportunidades científicas com necessidades societais depende da apreciação quer das potencialidades quer das ambiguidades da ciência.

A compreensão da prática fundamenta as discussões sobre como gerir a integridade científica, os conflitos de interesse e o desafio da genética moderna para a ética da investigação humana. A sociedade não pode ter os benefícios da investigação sem os riscos. O título final contrasta as práticas da ciência e da religião de dois tipos diferentes de fé e descreve um enquadramento holístico dentro do qual elas interagem dinamicamente.

Oxford University Press
ISBN 978-0-19-506457-5
248 páginas · Dezembro 2008

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[Cover] Every Thing Must Go

Every Thing Must Go. Metaphysics Naturalized

James Ladyman and Don Ross with David Spurrett and John Collier

Every Thing Must Go defende que o único tipo de metafísica que pode contribuir para o conhecimento objectivo é aquele que se baseia especificamente na ciência contemporânea tal como ela é, e não nas intuições a priori do filósofo, no senso comum ou em simplificações da ciência. Para além de ilustrar como a metafísica recente se tem afastado da sua ligação com toda a outra verdadeira investigação académica, em virtude de não atender a essa restrição, os autores demonstram como construir uma metafísica compatível com a física fundamental corrente (‘realismo estrutural ôntico’). Quando combinada com a metafísica das ciências especiais que propõem (‘realismo da floresta tropical’), esta pode ser utilizada para unificar a física com as restantes ciências, sem reduzi-las à própria física. Ladyman e Ross defendem que levar a sério a ciência metafísica implica que os metafísicos abandonem a imagem de um mundo composto por objectos individuais auto-subsistentes, bem como o paradigma do nexo de causalidade como a colisão desses objectos.

Everything Must Go avalia também o papel da teoria da informação e da teoria de sistemas complexos, na tentativa de explicar a relação entre as ciências especiais e a física e percorrendo um caminho intermédio entre a grande síntese da termodinâmica e informação e o eliminativismo acerca da informação. São exploradas as consequências da teoria metafísica dos autores para a filosofia da ciência, incluindo as implicações para o debate realismo vs. empirismo, o papel do nexo de causalidade em explicações científicas, a natureza da causação e das leis, o estatuto dos objectos abstractos e virtuais e a realidade objectiva das espécies naturais.

Clarendon Press
ISBN 978-0-19-927619-6
368 páginas · Julho 2007

[Cover] Evidence and Evolution

Evidence and Evolution

Elliot Sober

Como deverá ser entendido o conceito de evidência? E como se aplica o conceito de evidência à controvérsia sobre o criacionismo, bem como ao trabalho da biologia evolutiva sobre a selecção natural e a ancestralidade comum? Nesta obra substantiva e diversificada, Elliott Sober investiga questões gerais sobre a probabilidade e a evidência e demonstra como as respostas que elabora para estas questões se aplicam às especificidades da biologia evolutiva. Recorrendo a um conjunto de exemplos fascinantes, Sober analisa se as premissas de design inteligente são impossíveis de testar; se são desacreditadas pela facto de muitas adaptações serem imperfeitas; como a evidência demonstra ou não se as presentes espécies procedem de antepassados comuns; como hipóteses sobre a selecção natural podem ser testadas, e muitas outras questões. A obra interessará a todos os leitores que procuram compreender questões filosóficas sobre a evidência e a evolução, como surgem quer no trabalho de Darwin, quer na investigação da biologia contemporânea.

Cambridge University Press
ISBN 978-0521692748
412 páginas · Abril 2008

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[Cover] Explaining the Brain: Mechanisms and the Mosaic Unity of Neuroscience

Explaining the Brain. Mechanisms and the Mosaic Unity of Neuroscience

Carl F. Craver

O que distingue as boas das más explicações em neurociência? Carl F. Craver constrói e defende padrões para avaliar explicações neurocientíficas baseados numa visão sistemática do que constitui a explicação neurocientífica: descrição de mecanismos multinivelados. No desenvolvimento desta abordagem, Craver recorre a um leque variado de exemplos da história da neurociência (por exemplo, o modelo do potencial de acção de Hodkin e Huxley e PLT como possível explicação para diferentes tipos de memória), bem como investigação recente em filosofia sobre a natureza da explicação científica. Há muito nesta obra para estimular e desafiar os leitores de neurociência, psicologia, filosofia da mente e filosofia da ciência.

Clarendon Press
ISBN 978-0-19-929931-7
330 páginas · Junho 2007

F

[Cover] Filosofia e História da Ciência em Portugal no Século XX

Filosofia e História da Ciência em Portugal no
Século XX

Augusto J. S. Fitas, Maria de Fátima Nunes, Marcial A. E. Rodrigues

A filosofia da ciência em Portugal no século XX, em especial até 1974, caracterizou-se sobretudo pela assimilação e divulgação das ideias que chegavam de além-fronteiras. Na história da ciência predominou um memorialismo de cunho nacionalista.

As circunstâncias políticas e ideológicas e o panorama reaccionário da cultura filosófica portuguesa, face aos avanços da ciência, explicarão a razoável marginalidade em que a epistemologia viveu entre nós. Serão sobretudo homens de formação científica quem mostrará abertura às questões epistemológicas.

Com a revolução de 1974, este panorama alterou-se e foi possível a abertura à filosofia da ciência. Depois dos anos 40, os historiadores da ciência alargarão o seu campo da época das descobertas para os séculos XVII a XIX, integrando nos estudos históricos, sobre a ciência em Portugal, a cultura científica europeia.

Caleidoscópio
ISBN 9789898129512
296 páginas · 2008

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H

Cover Puech

Homo Sapiens Technologicus. Philosophie de la technologie contemporaine, philosophie de la sagesse contemporaine

Michel Puech

O mundo está a mudar rápido, muito rápido. E nós mudamos também. Não nos teremos tornado numa nova espécie, num Homo sapiens technologicus? Na verdade, para se viver no mundo de hoje, não basta ao Homo ser technologicus, evoluindo com as técnicas; tem também de ser sapiens, sábio: o mundo que criámos desafia-nos a sermos meritórios das nossas conquistas tecnológicas. Como consegui-lo? Afinal encontramo-nos divididos entre as vertiginosas promessas de um novo mundo e os desusos, hábitos antigos que nos arrastam para um universo de referências obsoletas.

As instituições – culturais, mediáticas, políticas e económicas – oferecem-nos, hoje em dia, ilustrações preocupantes disso mesmo. Como resistir? Somos chamados a criar uma sabedoria, uma nova sabedoria que integre a abundância, o conforto e o poder que hoje temos. E também a adoptar uma atitude resoluta, “consistente,” que se exprime através de micro-actos – afinal, a transformar o nosso ser, não o nosso conhecimento ou mestria.>

Le Pommier
ISBN 978-2-7465-0357-1
487 páginas · Fevereiro 2008

[Cover] Hunting Causes and Using Them: Approaches in Philosophy and Economics

Hunting Causes and Using Them: Approaches in Philosophy and Economics

Nancy Cartwright

Hunting Causes and Using Them defende que o nexo de causalidade não é algo uno, como muitos geralmente assumem. Existe uma enorme variedade de relações causais, cada uma com características próprias, diferentes métodos de descoberta e diferentes usos possíveis. Nesta colectânea de ensaios inéditos e previamente publicados, Nancy Cartwright faz uma revisão crítica da literatura de filosofia e economia da actualidade sobre a causalidade, com ênfase particular nas Bayes-nets e os métodos de invariância, agora em voga – e expõe uma enorme lacuna nessa literatura. Quase todos os estudos tratam exclusivamente como descobrir causas ou como usá-las. Mas onde está a ponte entre os dois? Não serve de nada saber como garantir uma proposição causal se não soubermos o que fazer com essa proposição quando a tivermos. Este livro é de interesse para filósofos, economistas e cientistas sociais.

Cambridge University Press
ISBN 978-0521677981
280 páginas · Junho 2007

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J

Cover Belo A

Le Jeu des Sciences avec Heidegger et Derrida

Fernando Belo

Através da definição de jogo, definido por Jacques Derrida como a unidade entre o acaso e a necessidade, o autor pretende afirmar a verdade fenomenológica das grandes descobertas científicas, revelando como o campo da ciência se unifica e articula de acordo com os princípios filosóficos ditados por Husserl.

L´Harmattan
ISBN 978-2-296-03640-6
670 páginas · Novembro 2007

I

[Cover] Ilness

Ilness

Havi Carel

O que é a doença? Um distúrbio fisiológico ou um rótulo social? Simplesmente a ausência de saúde? Como muda o nosso mundo físico, social e emocional quando ficamos doentes? Havi Carel aborda estas questões entretecendo o relato pessoal da sua própria doença grave com uma exposição mais abstracta e filosófica sobre a doença em geral. Carel argumenta que a doença não deveria ser vista simplesmente como uma disfunção biológica localizada, mas como uma transformação do nosso mundo social, psicológico e físico e da nossa existência temporal. Focando a doença como uma experiência vivida, a autora revela-a como um evento transformador da vida em vez de um problema biológico restrito, demonstrando que o corpo não é um recipiente sem vida, mas o âmago da subjectividade humana e da existência corpórea.

Acumen Publishing
ISBN 978-1844651528
147 páginas · Setembro 2008

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K

[Cover] Knowing the Structure of Nature

Knowing the Structure of Nature. Essays on Realism and Explanation

Stathis Psillos

Em Knowing the Structure of Nature, Stathis Psillos desenvolve a articulação e a defesa do realismo científico iniciado em Scientific Realism: How Science Tracks Truth, influente obra também da sua autoria, amplamente divulgada e debatida. Psillos defende um optimismo epistémico associado ao realismo científico. Critica tentativas de estabelecer uma rígida dicotomia entre os aspectos conhecíveis da natureza e os que permanecerão secretos – tentativas de definir limites ao conhecimento científico da natureza. A obra salienta argumentos e perspectivas recentes no debate do realismo científico e reposiciona esse mesmo debate dentro de perspectivas metafísicas e epistemológicas mais alargadas. O autor contesta elementos-chave da viragem estruturalista na filosofia da ciência e propõe um novo enquadramento para inferência da melhor explicação. Filósofos da ciência profissionais, estudantes pós-graduados e todos os interessados em no realismo científico e na inferência da melhor explicação encontrarão nesta obra uma leitura gratificante, estimulante e desafiadora.

Palgrave Macmillan
ISBN 978-0230007116
256 páginas · Maio 2009

M

[Cover] The meta inductivist's winning stategy in the prediction game: a new aproacch

The meta inductivist's winning stategy in the prediction game: a new aproacch

Gerhard Schurz

Este artigo propõe justificar como “melhor alternativa” a indução (no sentido de Reinchenbach), que é baseada na meta-indução. O meta-indutivista aplica o princípio da indução a todos os métodos de previsão concorrentes à sua disposição. Aqui se demonstra e ilustra através de simulações por computador que existem métodos de previsão indutivística em mundos possíveis arbitrários, e que dominam o sucesso de todas as estratégias de previsão não-indituva. A justificação proposta da meta-indução é matematicamente analítica. Implica, no entanto, uma justificação a posteriori de indução de objectos baseada nas experiências no nosso mundo.

Philosophy of Science, Vol.75
ISSN: 0031-8248
278-305 páginas · Julho 2008

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[Cover] A Metaphysics for Scientific Realism: Knowing the Unobservable

A Metaphysics for Scientific Realism: Knowing the Unobservable

Anjan Chakravartty

O realismo científico consiste na visão de que as nossas melhores teorias científicas oferecem descrições aproximadamente verdadeiras quer de aspectos observáveis, quer de aspectos não observáveis de um mundo que é autónomo da mente. Os debates entre os realistas e os seus críticos estão no seio da filosofia da ciência. Anjan Chakravartty investiga a evolução do realismo examinando as mais promissoras estratégias recentes adoptadas pelos seus proponentes, em resposta aos prementes desafios dos cépticos anti-realistas. O resultado é uma proposta positiva do realismo científico de hoje. O autor examina os princípios fundamentais da posição realista e esclarece conceitos como as variedades do compromisso metafísico exigidas e a natureza do conflito entre o realismo e os seus rivais empiricistas. Ao iluminar as ligações entre interpretações realistas do conhecimento científico e os fundamentos metafísicos que as suportam, o seu livro revela uma visão cativante de como o realismo pode oferecer um relato consistente e coerente do conhecimento científico.

Cambridge University Press
ISBN 0521876494
272 páginas · Novembro 2007

[Cover] The Metaphysics Within Physics

The Metaphysics Within Physics

Tim Maudlin

Que visão fundamental do mundo está implícita na teoria física? A Física postula linearmente quarks e neutrões, mas o que dizer dos elementos mais intangíveis, tais como as leis da natureza, os universais, a causalidade e a direcção temporal? Terão estes lugar no na estrutura física do mundo?

Tim Maudlin defende que a ontologia derivada da Física assume uma forma bastante diferente daquela mais usualmente defendida pelos filósofos. A Física propõe leis fundamentais irredutíveis, evita os universais, não requer uma noção fundamental de causalidade e admite a passagem do tempo. Numa série de ensaios relacionados, The Metaphysics Within Physics delineia uma abordagem à metafísica oposta ao reducionismo de Hume que motiva muita análise metafísica.

Oxford University Press
ISBN 978-0-19-921821-9
192 páginas · Maio 2007

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O

[Cover] An Objective Justification of Bayesianism I: Measuring Inaccuracy

An Objective Justification of Bayesianism I: Measuring Inaccuracy

Hannes Leitgeb and Richard Pettigrew

Neste artigo e na sua continuação, os autores derivam o Bayesianismo da seguinte norma: Precisão - o agente deveria minimizar a precisão das suas crenças parciais. Neste artigo, tornamos esta norma matematicamente precisa. Leitgeb e Pettigrew descrevem dilemas epistémicos que podem colocar-se ao agente se este tentar seguir a Precisão e demonstram que as únicas medidas de imprecisão são as medidas quadráticas de imprecisão. No continuação do artigo, os autores derivam o Bayesianismo da Precisão e demonstram que a Condicionalização Jeffrey viola a Precisão a não ser que seja assumida a Rigidez. Descrevem a regra actualizadora alternativa que a Precisão determina na ausência da Rigidez.

Philosophy of Science, Vol. 77
ISSN: 0031-8248
pp. 201–235 · Abril 2010

[Cover] An Objective Justification of Bayesianism II: Measuring Inaccuracy

An Objective Justification of Bayesianism II: Measuring Inaccuracy

Hannes Leitgeb and Richard Pettigrew

Neste artigo e no que o antecede derivamos o Bayesianismo a partir da seguinte norma: a Precisão – um agente deverá minimizar a imprecisão das suas crenças parciais. No artigo anterior, tornámos a norma precisa; neste artigo, derivamos as suas consequências. Revelamos que os dois pilares fundamentais do Bayesianismo decorrem da Precisão, enquanto o postulado característico do Bayesianismo Objectivo decorre da Precisão com uma outra presunção. Finalmente, demonstramos que a Condicionalização Jeffrey viola a Precisão a não ser que se assuma a Rigidez, e descrevemos a regra alternativa de actualização que a Precisão implica na ausência da Rigidez.

Philosophy of Science, Vol. 77
ISSN: 0031-8248
pp. 236–272 · Abril 2010

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P

[Cover] Philosophical Instruments. Minds and Tools at Work

Philosophical Instruments. Minds and Tools at Work

Daniel Rothbart

Em Philosophical Instruments, Daniel Rothbart defende que as nossas ferramentas não são meros intermediários neutros entre os humanos e o mundo natural, mas mecanismos que implicam novas ideias sobre a realidade. Tal como uma nova lança pode alterar o conhecimento de um caçador sobre o ambiente, também o desenvolvimento dos modernos equipamentos científicos pode modificar a nossa visão do mundo.

Laborando nas intersecções da ciência, tecnologia e filosofia, Rothbart analisa a revolução no conhecimento trazida por recentes avanços nos instrumentos científicos. Rico em exemplos da ciência histórica e contemporânea, incluindo microscópios de visualização de electrões, instrumentos filosóficos do século XVI, e instrumentos de difracção utilizados por investigadores bioquímicos, Rothbart explora de que formas a instrumentação promove um posicionamento filosófico sobre o poder de um instrumento, as competências do experimentador e as propriedades de uma espécie. Através de uma leitura minuciosa da engenharia dos instruments, o autor introduz uma filosofia a partir do (em vez de "do") design, defendendo que as ideias filosóficas são canalizadas a partir de planos de concepção para os modelos e dos modelos para a utilização dos mecanismos.

University of Illinois Press
ISBN 978-0-252-03136-6
160 páginas · 2007

[Cover] La philosophie avec sciences au XX Siécle

La philosophie avec sciences au XX Siécle

Fernando Belo

Esta obra apresenta-se sob a forma de uma compilação fenomenológica das grandes descobertas científicas do século XX, conduzida de forma a permitir articulá-las — a aplicar de forma rigorosa a almejada interdisciplinaridade de hoje em dia. É um percurso que vai desde a intervenção à definição por Sócrates, Platão (e a geometria) e Aristóteles (e a sua física) à Fenomenologia reformulada: Husserl, Heiddeger e Derrida com Prigogine e as ciências do seu século.

L´Harmattan
ISBN 978-2-296-09557-1
238 páginas · Outubro 2009

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[Cover] Political Philosophy. Fact, Fiction and Vision

Political Philosophy. Fact, Fiction and Vision

Mario Bunge

Esta obra trata de política, teoria política e filosofia política. […] Apesar de disciplinas distintas, Mario Bunge afirma que elas têm de informar-se umas às outras.

A filosofia política ainda não é uma área bem definida: paira entre a teoria política e a fantasia utópica. Poucos, se alguns, pensadores antigos poderiam ter antecipado qualquer dos temas mais prementes do nosso tempo, tais como a necessidade de reverter o aquecimento global, reduzir os armamentos nucleares, de deter o crescimento da desigualdade entre indivíduos e nações, e de lutar contra o autoritarismo, especialmente quando surge disfarçado de democracia ou de socialismo. Ñem pensadores mais recentes teriam muito para dizer sobre questões sociais como a degradação ambiental, discriminação de género e raça, democracida participativa, nacionalismo, imperialismo, a divisão Norte-Sul, guerras por recursos, o complexo industrial e militar, ou as ligações entre a pobreza e a degradação ambiental, e entre a desigualdade e os problemas de saúde.

Para além das divergências ideológicas, a maioria dos filósofos políticos têm sido praticamente unânimes na sua indiferença pelo pleito do Terceiro Mundo. Bunge não partilha essa indiferença. Acredita também que os filósofos políticos deveriam prestar maior atenção aos números, tais como o índice padrão da desigualdade de vencimento e, mais englobante, o índice de desenvolvimento humano dos vários países segundo as Nações Unidas. De nada serve escrever sobre políticas de redistribuição se não tivermos qualquer ideia da actual distribuição da riqueza. Em suma, este é um tratado moderno sobre procupações herdadas.

University of Toronto Press
ISBN 978-0802088604
320 páginas · Dezembro 2003

S

[Cover] Saving Truth From Paradox

Saving Truth From Paradox

Hartry Field

Saving Truth from Paradox é uma investigação ambiciosa dos paradoxos da verdade e questões conexas, com surtidas ocasionais a noções tais como imprecisão, à natureza da validade, e aos teoremas de incompletude de Gnulldel. Hartry Field apresenta uma nova abordagem dos paradoxos e fornece uma descrição detalhada e sistemática das principais abordagens alternativas.

A Primeira Parte as terias de verdade de Tarski, Kripke e Lukasiewicz, discute validade e solidez, e imprecisão. A Segunda Parte considera uma gama vasta de tentativas de resolver os paradoxos no contexto da lógica clássica. Na Terceira Parte vira-se para teorias não-clássicas de verdade que restringem o meio excluído. Mostra que há teorias deste tipo nas quais os condicionais obedecem a muitas das leis clássicas, e que todos os paradoxos semânticos (não só os mais simples) podem ser tratados de forma consistente com a teoria ingénua da verdade. Na Quarta Parte, estas teorias são estendidas aos paradoxos de teoria de propriedadas e a vários outros paradoxos, e algumas questões sobre a compreensão da noção de validade são abordadas. Extensões de paradoxos, envolvendo a noção de verdade determinada, são tratados de uma forma muito completa, e vários argumentos distintos de que as teorias levam a “problemas de vingança&rdqueo; são abordados. Finalmente, a Quinta Parte lida com perspectivas dialéticas dos paradoxos: perspectivas que, em vez de restringirem o meio excluído, aceitam certas contradições mas alteram a lógica clássica de maneira a confiná-las a uma parte relativamente pequena da linguagem. Partidários das teorias dialéticas têm argumentado que se tratam de melhores teorias do que as que restringem o meio excluído, por exemplo no que toca aos teoremas de incompletude e a evitar problemas de vingança. Field argumenta que as pretensões dos dialéticos relativamente às suas teorias são bastante infundados, e que de facto nalgumas destas questões todas as versões correntes do dialetismo se comportam substancialmente pior do que as melhores teorias que restringem o meio excluído.

Oxford University Press
ISBN 978-0-19-923074-7
432 páginas · Abril 2008

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[Cover] Scientific and the Quest for Meaning

Scientific and the Quest for Meaning

Alfred I. Tauber

Nesta exploração profundamente bem pensada, Alfred Tauber, um cientista activo e filósofo altamente conceituado, traça eloquentemente a história da filosofia da ciência, tendo como objectivo final colocar a ciência dentro do contexto humanista aonde foi criada. Evitando o dogmatismo que tem definido ambos os extremos nas recentes Guerras da Ciência e apresentando uma concepção de razão que eleva a discussão acima dos intermináveis debates sobre objectividade e neutralidade, Tauber fornece uma maneira de compreender ciência como uma relação evolutiva entre os factos e os valores que governam a sua descoberta e aplicações. Esta atempada filosofia da ciência apresenta uma visão centrista mas altamente consequente, em que verdade e objectividade podem funcionar como ideais de trabalho dentro do contexto sociológico em que residem. Porque, se a humanização da ciência pretende atingir a sua completude, deve não só revelar o significado que recebe do seu enquadramento social e cultural mas também o que lhe devolve.

Recheado de casos de estudo bem escolhidos, Science and the Quest for Meaning é uma introdução fiável e motivadora à história, e corrente ambiente de debate, da filosofia da ciência.

Baylor University Press
ISBN 9781602582101
256 páginas · Setembro 2009

[Cover] Scientific Representation: Paradoxes of Perspective

Scientific Representation: Paradoxes of Perspective

Bas C. van Fraassen

Bas C. van Fraassen apresenta uma exploração original de como representamos o mundo. A Ciência representa os fenómenos naturais através de teorias, assim como através de maneiras concretas através de meios como imagens, gráficos, modelos à escala, e simulações em computador. Scientific Representation começa com um inquérito à natureza da representação em geral, baseada em fontes tão diversas como os diálogos de Platão, o desenvolvimento da perspectiva em desnho na Renascença, e os estilos de modelação geométrica na Física moderna. Começando com as análises do que é medida e do ‘problema de coordenação’, van Fraassen apresenta uma perspectiva dos resultados de medida como representações. Relativamente às teorias da ciência contemporânea defende a versão estruturalista de um empiricista da ‘teoria da imagem’ da ciência, através de um inquérito aos paradoxos que surgiram nas filosofias da ciência do século XX. Van Fraassen conclui com a análise da relação complexa entre aparência e realidade na mundovisão científica.

Oxford University Press
978-0-19-927822-0
416 páginas · Agosto 2008

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[Cover] Lo sguardo muto delle cose. Oggettività e scienza nell'era della crisi

Lo sguardo muto delle cose. Oggettività e scienza nell'era della crisi

Luca Guzzardi

Nas últimas décadas do século XIX, duas disciplinas aprentemente distantes, psicologia e física, voltaram a pôr em discussão as tradicionais categorias de sujeito e objecto, mostrando que o mundo e a nossa experiência dele se afectam mutuamente e que não existem sistemas de referência absolutos. Luca Guzzardi volta a percorrer os momentos decisivos que transformaram a face da física e da psicologia, evidenciando que mesmo quando os fundamentos não estão presentes tal não é razão para renunciarmos à objectividade.

Cortina Raffaello
ISBN 9788860303257
180 páginas · Junho 2010

[Cover] Socratic Epistemology. Explorations of Knowledge-Seeking by Questioning

Socratic Epistemology. Explorations of Knowledge-Seeking by Questioning

Jaakko Hintikka

A Epistemologia Socrática desafia a maioria do trabalho corrente em epistemologia — que lida com a avaliação e justificação de informação já adquirida — através da discussão do problema mais importante de como o conhecimento é, em primeiro lugar, adquirido.

O modelo de procura de informação de Jaakko Hintikka é o velho método socrático de interrogação, que foi generalizado e actualizado através da teoria lógica de perguntas e respostas que ele desenvolveu. Hintikka argumenta que a busca de uma definição de conhecimento pelos filósofos é mal-concebida e que toda a noção de conhecimento deve ser substituída pelo conceito de informação. Adicionalmente fornece uma análise dos diferentes significados do conceito de informação e das suas interrelações. O resultado é uma nova e inspiradora perspectiva do campo da epistemologia.

Jaakko Hintikka é um filósofo de renome internacional conhecido como o principal arquitecto das semânticas de teoria de jogos e da perspectiva de interrogação no inquérito, e como um dos arquitectos de formas normais distributivas, semânticas de mundos-possíveis, métodos de árvore, lógicas de profundidade infinita, e da teoria contemporânea de generalização indutiva. Hoje em dia é Professor na Universidade de Boston, e é autor de mais de 30 livros e recebeu várias honrarias, sendo a mais recente o Prémio Rolf Schock de Lógica e Filosofia, pelas suas contribuições pioneiras para análise lógica de conceitos modais, em particular dos conceitos de conhecimento e crença.

Cambridge University Press
ISBN 978-0-521-61651-5
248 páginas · 2007

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