A crescente comunidade ciclista de Lisboa vai-se deparando com um aumento gradual da rede de trajectos que lhe são dedicados. A construção de ciclovias na capital tem sido, todavia, alvo de críticas amiúde pela tipologia seguida, porque, em muitos casos, as mesmas resultam da supressão de áreas pedonais. Há ainda quem considere que tal opção é obsoleta, acabando por colocar as bicicletas em posição subalterna em relação ao ainda hegemónico automóvel. A solução, dizem tais críticos, deveria ser a criação de zonas partilhadas por ambos os meios de transporte, obrigando a uma acalmia do tráfego.

 

As ciclovias, por permitirem uma separação em relação ao trânsito motorizado, têm sido, porém, o local onde muitos se aventuram a dar as primeiras pedaladas pela cidade. O que não significa, no entanto, que aquelas sejam zonas totalmente seguras para os seus utentes. E nem sequer estão isentas de um contacto abrupto com um carro. A abertura inesperada das portas dos automóveis nos estacionamentos situados na longitudinal das ciclovias tem sido causa de alguns acidentes, sustos e conflitos – a somar à costumeira utilização indevida das referidas vias por peões.

 

Por isso, e confessando-se preocupados com a segurança dos utilizadores de tais troços, os deputados do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Pessoas Animais Natureza (PAN) na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) pedem agora à Câmara Municipal de Lisboa (CML) que tome medidas para rever a segurança dessas vias.

 

Em duas recomendações distintas, a apreciar e votar pela AML na sessão desta terça-feira (21 de fevereiro), ambos os partidos colocam a questão das portas dos automóveis constituir uma ameaça à integridade física dos ciclistas. A recomendação do PAN – denominada “Por todos: Melhorar as condições de segurança das ciclovias” – pede à câmara que “sejam analisadas e avaliadas as soluções de ciclovias já implementadas”, “nos projectos e obras em curso, ou futuros projectos, se procure minimizar as situações de risco” e ainda que “sejam consultadas entidades especialistas na matéria para validação das soluções propostas”.

 

A do Bloco de Esquerda – intitulada “Pela segurança dos e das ciclistas que utilizam as ciclovias”- solicita à autarquia que “sejam estudadas e implementadas soluções técnicas que permitam garantir as melhores condições de segurança para os troços de ciclovia contíguos ao estacionamento de viaturas”. Fazendo menção às novas ciclovias abertas no Saldanha e nas Avenidas Nova, com a conclusão das obras de reabilitação do Eixo Central, os bloquistas dizem-se preocupados com os troços fronteiros ao estacionamento de viaturas. “É essencial garantir medidas de segurança de impeçam os ciclistas de serem atingidos por portas a abrir das viaturas que se encontram estacionadas, situação que pode causar acidentes graves”, dizem.

 

 

“Na Avenida Duque D’Ávila, por exemplo, existem troços da ciclovia que são contíguos à ciclovia, estando colocados pilaretes entre a ciclovia e os carros de modo a evitar estes acidentes. No entanto, na ciclovia agora disponibilizada nas Avenidas Novas, não existe qualquer protecção”, criticam, fundamentando assim a necessidade de serem estudadas e postas em prática soluções técnicas que permitam garantir as melhores condições de segurança em troços como esses.

 

Já o PAN, que se assume como crítico do modelo utilizado em Lisboa na construção das infra-estruturas para a circulação das bicicletas, salienta na sua recomendação que diversas ciclovias “foram construídas em passeios, retirando o espaço que pertencia aos peões, aumentando em simultâneo o risco de acidentes entre os ciclistas e os peões e sobre os passeios, aumentam paralelamente o perigo nos cruzamentos com as estradas”. “Por outro lado, verifica-se em alguns troços o risco de acidente no caso de abertura das portas das viaturas que estão estacionadas, pelo facto de a ciclovia se encontrar imediatamente ao lado do estacionamento”, diz o documento, antes de apelar à revisão da opção pela construção de ciclovias em passeios.

 

“Em alternativa ao modelo que tem sido seguido pela autarquia, é muitas vezes recomendada a criação de faixas de rodagem de velocidade reduzida (20 ou 30 kms/h), de partilha entre os ciclistas e os automóveis, por ser uma solução muito mais económica e mais segura para todos”, sublinha o PAN.

 

Texto: Samuel Alemão

 

  • Vasco Coelho
    Responder

    Aí vem o pilarete

  • Filipe Palha
    Responder

    Que parvoíce… Aos anos que vejo estacionamento ao lado da estrada, quem abre a porta do carro tem sempre de ter cuidado e ver se vem algum carro antes de abrir a porta. Agora é igual só que com bicicletas.

  • Luís Leite
    Responder

    Bicicletas? Quantos são os ciclistas que passam por hora? Raramente vejo um. Lisboa nunca terá uma cultura de transporte em bicicleta. Tem uma população muito envelhecida e em metade da cidade os arruamentos, além de muito inclinados, têm um piso péssimo.

    • João Almeida
      Responder

      tens de abrir os olhos:|

    • Luís Leite
      Responder

      Prometo que vou abrir os olhos. Quando vir um ciclista nestas vias em dias úteis digo. Se calhar tenho tido azar… Ou ando com os olhos fechados…

    • Pedro Job
      Responder

      (Foi só porque tinha acabado de ver isto)

    • Luís Leite
      Responder

      Pedro Job, Contei 4. Deve ser o pelotão. Os outros fugiram para o prémio da montanha…

    • João Almeida
      Responder

      Luís Leite como ainda não houve nenhum acidente de aviação grave no Aeroporto de Lisboa vão ser descontinuados os serviços de emergência. Que tal?

    • João Almeida
      Responder

      Mas seguindo a sua lógica, o que é que faz mais sentido, carros parados ou bicicletas em andamento?

      • teresa
        Responder

        O que eu vejo todos os dias é ciclistas a descerem a Av. da Republica em direcção ao Campo Pequeno , pela faixa de rodagem e sem pararem no sinal vermelho. Não querem saber da ciclovia para nada.

    • Luís Leite
      Responder

      ????? O que eu vejo é carros a andar e falta de locais para estacionar. Bicicletas são raríssimas… Quanto ao aeroporto não estou a ver a ligação… Quer voar de bicicleta?

      • DS
        Responder

        Falta de estacionamento? Os painéis com informação em tempo real sobre os parques de estacionamento dão cerca de 300 lugares livres durante o dia nas avenidas novas…

      • teresa
        Responder

        E são mesmo, excepto se estiver sol e for fim-de-semana… As famílias Prudêncio saem com as suas bicicletas para dar o seu passeio de Domingo. Mesmo assim, conta-se pelos dedos!

    • João Almeida
      Responder

      Não, quero desmontar esse argumento do “se não vejo é porque não acontece, se não acontece é porque não é necessário”.

    • João Almeida
      Responder

      Existe um mundo além da sua digníssima existência meu caro. Dar-se conta disso chama-se viver em sociedade, também sou automobilista, duas viaturas, avenidas novas e também tenho a minha bicicleta, mas não sou cego nem vivo só para mim. Um problema não se resolve eliminando ou ignorando outro. Se quer estacionamento vote a quem promete que ele venha a existir, exija silos, exija medidas. Não é por 1 dezena de lugares que isso se resolve, como deve calcular. Alias o problema nem sequer tem 1 ano, tem DÉCADAS.

    • David Rovisco
      Responder

      Luís Leite o fluxo maior de bicicletas nas avenidas principais onde há ciclovias pode ser visto das 6:30/7:00 as 9:00 e das 17:00/18:00 as 20:00 cumprimentos.

    • Please type your name
      Responder

      João Almeida João Almeida Vá trabalhar, homem. Para além de lhe fazer bem aos nervos, ainda ganha dinheiro.

    • Luís Leite
      Responder

      Lisboa não tem nem terá nunca uma cultura ciclística. Tem uma minoria reduzidíssima de cidadãos que circula na Av. da República por ser a única avenida que permite essa deslocação. A maioria da população, envelhecida, não tem onde arrumar os seus carros, quase todos carros com mais de 10 anos, muitos com ais de 20. Em quase toda a cidade, a oferta nocturna de estacionamento é metade da procura pelos residentes. Isso é que importante, numa cidade de sobe e desce onde é impossível colocar corredores velocipédicos em 90% dos arruamentos.

    • Andreia Antas
      Responder

      Luís leite não é por haver poucas pessoas com mobilidade reduzida que lhes deve ser vedado o acesso a qualquer espaço.Isto serve de exemplo para dizer que todas as minorias devem ser respeitadas e devem ser criadas condições para que convivam em harmonia com as maiorias…Se hoje os ciclistas estão em menor número talvez com melhores condições comecem a ser mais visíveis. Diariamente cruzo me com vários ciclistas nessa ciclovia! Não conduzo automóvel mas enquanto cidadã também tenho direito ao meu lugar na estrada (neste caso numa ciclovia).

    • João Almeida
      Responder

      Please type your name isso!

    • Please type your name
      Responder

      João Almeida Dê-me mais troco. Só assim não consigo andar para a frente…

    • Luís Leite
      Responder

      Quem quer andar de bicicleta anda. Não tenho nada contra. Mas que são poucos e que Lisboa, tal como o Porto, não é para ciclistas, não tenho a menor dúvida. Lisboa precisa de ir melhorando sempre os transportes públicos em rede, para que diminua o número de automóveis. O resto é secundário, sejam quais forem as minorias. As maiorias são prioritárias.

    • Mario Ribeiro
      Responder

      “Lisboa nunca terá uma cultura de transporte em bicicleta. Tem uma população muito envelhecida”

      Tá certo. Então e uma vez falecida a população muito envelhecida, não fica cá ninguem? Os jovens cada vez mais odeiam Lisboa, deve ser isso. E os estranjeiros também.
      E “nunca” é muito tempo, dá tempo para muita coisa acontecer. Aliás, desde ha 1 ou 2 anos atrás, é praticamente imperceptivel o aumento de ciclistas. Nada mudou nem nunca vai mudar.

    • João Almeida
      Responder

      Luís Leite e não são? que eu saiba o que não faltam são estradas, tuneis, autoestradas e orçamentos para mais umas milhares de kms, quer comparar com as ciclovias? Você é um cómico!

    • João Almeida
      Responder

      Só o tapar de buracos anual da CML dava para construir uma ciclovia até à lua.

      • teresa
        Responder

        isso era se tapassem os buracos… lollll

    • Luís Leite
      Responder

      Não sou cómico. E não se meta comigo porque eu não gosto. Chateio-me.

  • Ana Rita Sá Pimentel
    Responder

    já faltavam….nunca está bem!

    • João Almeida
      Responder

      é assim que muita gente vê a relação com o namorado, ele até lhe bate, mas gosta dela, mania de se queixarem por tudo! nunca está tudo bem! é aceitar, comer e calar. Gosta da lógica?

    • Ana Rita Sá Pimentel
      Responder

      está a comparar obras com relacionamentos entre pessoas???

    • Please type your name
      Responder

      João Almeida Vá trabalhar, homem. Para além de lhe fazer bem aos nervos, ainda ganha dinheiro.

    • João Almeida
      Responder

      Please type your name isso!

  • José Martins
    Responder

    E que tal se fosse obrigatório o seguro para os ciclistas? E que tal se fosse obrigatório estes circularem com o devido cuidado, em vez de, parte deles, andarem em correrias loucas pondo em risco as pessoas, como no caso da Expo? Estranho… ninguém se preocupar com isso…

    • João Almeida
      Responder

      E como peão, vxa tem seguro? Acha que deveria ser obrigatório?
      Sabe…. é que eles também fazem parte do código da estrada e se calhar até há mais atropelamentos do que acidentes com ciclistas.
      é para pensar.

      Quanto à expo, suponho que vxa seja um dos muitos lisboetas que consegue IGNORAR os passeios GIGANTES que por lá existem e preferem meter o pezinho nas duas faixas VERDES para as bicicletas, é isso? Entendo-o, é um perigo de faxcto.

    • José Martins
      Responder

      Sr João Almeida, por norma, não perco tempo a responder a comentários como o seu, com todo o respeito e sem ofensa. De qq modo, gostaria de lhe dizer que a obrigação de segurar impende sobre os veículos que circulam na via pública. Como facilmente entenderá, não é, manifestamente, o caso dos peões… Adiante… no que respeita à Expo ou a qq outro local, aquilo que afirmo pode ser constatado todos os dias, em especial nas zonas de coexistência. Como certamente saberá, quer circule numa ciclovia ou numa zona de coexistência, deverá adequar a velocidade às reais condições de segurança, o que, manifestamente, não se verifica, como referi no meu primeiro post. Desejo sinceramente que um seu neto ou outro familiar ou amigo não seja atropelado por uma bicicleta, ou qq outro veículo, sem seguro… Tb lhe desejo referir que, ao contrário do que insinua, não tenho nada contra ciclistas, pois também o sou, mas tenho contra pessoas que expõem inconscientemente terceiros a perigos desnecessários e sem que, no mínimo, possuam qualquer seguro. Desejo tudo de de bom para si.

  • Rui Franco
    Responder

    Recentemente, andava por aqui (FB) um vídeo explicando como fazem na Holanda. Abrem a porta usando a mão direita e, desta forma, são obrigados a ver quem lá vem. De qualquer forma, os motociclistas também têm este problema…

  • Miguel Simões
    Responder

    Em Lisboa e no mundo. Mas presumo que a culpa dos males do planeta também seja do Medina.

  • Fernando Arroz
    Responder

    Há uma regra básica no código da estrada… Quem bate por trás é “culpado”, uma vez que não doseou a velocidade para as condições do piso, atmosféricas, etc…
    O ciclista do meu ponto de vista terá de ter em atenção fatores inerentes ao código da estrada como, por exemplo respeitar a sinalização existente. ” Maus” exemplos vejo eu várias vezes na cidade de Lx. Não respeitam sinais de proibição, semáforos e até é vulgar vê-los em contramão. Minto? Fica a minha honesta e humilde opinião…

    • João Almeida
      Responder

      E isso quer dizer o quê?
      Os carros provocam a maioria da sinistralidade em Portugal:
      Deve-se acabar com as estradas?
      Deve-se tornar as estradas mais perigosas?
      Deve-se ignorar na construção das estrada de forma a – que se lixe o condutor – ele que se amanhe e esteja atento?
      O que é que meia dúzia de infractores explicam ou justificam o que quer que seja?
      Quanto carros e condutores conhecem que cumprem o limite de velocidade?
      O ciclista não chegou e tomou conta, o ciclista já cá estava e muito provavelmente tem no total da sua história de trânsito menos acidentes que um ano em Portugal com automoveis.

      Não é de admirar que Portugal esteja como está, as pessoas param zero para pensar em nos outros e na sociedade, é só mi mi mi mi mi, e apontar dedos.

    • Fernando Arroz
      Responder

      Não percebo onde quer chegar…
      Mas pronto…

    • João Almeida
      Responder

      Claro que não percebe, só veio aqui destilar ódio.
      O artigo é sobre as más práticas na construção de ciclovias, mas vxa achou que a culpa é dos ciclistas. Percebe?

    • Fernando Arroz
      Responder

      Destilar ódio… Eu? Hum! Tá bem… Tenha uma boa semana

  • António Dias Costa
    Responder

    Quais bicicletas?

    • João Almeida
      Responder

      As bicicletas não sao estáticas, e como não há trânsito elas não ficam à espera que o António vá lá confirmar se são muitas ou poucas.

    • João Almeida
      Responder

      Vão, passam e seguem a sua viagem.

    • Luís Leite
      Responder

      Pois, devem passar tão depressa que nem as vemos…

    • João Almeida
      Responder

      Ainda bem, o trânsito automóvel é lento e isso não me parece que seja bom, a não ser que goste de contar carros.

    • João Almeida
      Responder

      Se calhar é isso!

  • Luis Maia Bento
    Responder

    perigo, são os ciclistas: sem seguro, sem luzes, sem cuidado, sem disciplina. Got it O Corvo?

    • João Almeida
      Responder

      e os peões, que também fazem parte do código da estrada, têm luzes, cuidado, disciplina e seguro?
      hmmmm

      • teresa
        Responder

        Não, mas só agora é que os condutores de bicicletas não têm de ter licença, respeitar as regras do Código etc…Curiosamente, os ciclistas, não todos mas a maioria, não respeitam minimamente os peões…andam por todo o lado, nos passeios e acham que nós- peões – temos de lhes adr passagem também!

    • Luis Maia Bento
      Responder

      com excepção das luzes, o resto uns terão outros não. E até podem deslocar-se em ‘pelotões’, mas seguramente que não se deslocam a 20km/h em recta ou ziguezague. De resto, no tocante a seguros, a posição da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (sim, tem este nome comprido) é muito reveladora…: “Não há qualquer obrigatoriedade de seguro de responsabilidade civil, nem motivos que levem a que os mesmos venham a ser obrigatórios.
      O seguro é obrigatório para veículos motorizados, devido ao potencial destrutivo e letal destes. Uma bicicleta tem um potencial destrutivo insignificante[…]”. Pois, pois.

    • João Almeida
      Responder

      Luis Maia Bento Federações à muitas, valem o que valem. Aconselho-o a verificar estatisticamente quem é que tem mais acidentes em Portugal, peões ou ciclistas e depois vamos ver quem requer o quê.

    • Luis Maia Bento
      Responder

      Ilustre, há certamente estatísticas várias, mas nem vamos alimentar isto mais; já terá percebido que eu não pactuo com o ‘ciclismo da moda de fatinho de lycra’ sem regras onde quase todos querem ser uma espécie de Joaquim Agostinho em sprint na EN10 ou Av.de Roma, por isso, deixo-lhe aqui alguma leitura p/ reflexão (e note: nem peões nem automobilistas estão isentos, até porque, os tais ciclistas, serão seguramente ambos os cenários anteriores, pena é que quando se sentam no selim, não se lembrem disso) http://www.crp.pt/docs/A45S131-119_Art_T3_7CRP_2013.pdf

    • Andre Lopes
      Responder

      Luis Maia Bento Está a fazer das vitimas os culpados. *aplausos* .not.

  • Madalena Calvo
    Responder

    As faixas para bicicletas não são autoestradas de bicicletas ou pistas de corrida, claro que os ciclistas devem estar muito, muito atentos aos peões que dividem o passeio com eles

    • João Almeida
      Responder

      as faixas de bicicleta não são passeios, é esse o seu problema. as bicicletas não dividem nada com os peões se cada um for no espaço que lhes é devido .

    • Madalena Calvo
      Responder

      Caro João Almeida acho muito difícil os peões não partilharem as ciclovias que estão no meio dos passeios

    • Please type your name
      Responder

      João Almeida Vá trabalhar, homem. Para além de lhe fazer bem aos nervos, ainda ganha dinheiro.

    • Rui Lucena
      Responder

      Existem os dois tipo, ciclovias partilhadas e ciclovias não partilhadas. Estão as duas previstas no código da estrada e devidamente assinaladas (oi assim deverião estar)

    • João Almeida
      Responder

      Please type your name vens trabalhar comigo? 😉

  • Luís Leite
    Responder

    Mais de metade dos lisboetas têm mais de 50 anos. E um terço têm mais de 65 anos. Lisboa não é Paris nem Amesterdão. É a cidade das 7 colinas, com uma população envelhecida.

    • João Almeida
      Responder

      Então o truque é a resignação? Que se lixe quem quer criar familia cá? Que se lixe quem se muda? Que se lixe a renovação das gentes?
      Por isso é que Portugal está como está….

    • Luís Leite
      Responder

      Renovação? Qual renovação? A população de Lisboa está cada vez mais envelhecida, as rendas mais caras e a juventude (agora até aos 40) a viver em casa dos pais, reformados que se vêem aflitos para sobreviver com o custo de vida, os impostos escandalosos e as pensões congeladas. Bicicletas? Os turistas europeus usam-nas nas cidades sem grandes desníveis e pavimentos de boa qualidade. Por cá andam de metro ou a pé. E de eléctrico porque acham piada…

    • Laura Alves
      Responder

      A cidade que o Luís leite tem na sua cabeça é um pouco deprimente. 😀 Para si Lisboa só tem velhotes e colinas intransponíveis? Cruzes. Experimente andar pela outra cidade, aquela que existe na realidade. Mas ande mesmo, a pé. Não faça batota a ir de carro. 😀

    • Luís Leite
      Responder

      Eu ando muito a pé. Conheço bem Lisboa e toda a sua evolução há 60 anos. Lisboa já teve 650 mil habitantes. Agora não tem mais de 400 mil. Já teve 60% da população com menos de 40 anos. Isso é passado. A Lisboa actual é uma cidade envelhecida, com mais de um terço de reformados e pensionistas idosos e 15% de desempregados. Metade. Como não acredito que a população diurna venha dos concelhos limítrofes de bicicleta, sobra metade da população para se aventurar pelo sobe e desce de Lisboa ao vento, à chuva e ao calor, a quem desejo boa sorte. Esqueçam o Metro e os transportes públicos. Não andem a pé. Andem de bicicleta.

    • António Dias Costa
      Responder

      Eu vivo na Av. da República ao pé do Galeto! Quais bicicletas?

  • Filipa Vaz de Carvalho
    Responder

    Pode ser, sim. Mas a forma como os ciclistas andam na estrada é um perigo para todos os automobilistas e ninguém os multa. Só direitos sem obrigações é um ensinamento irradíssimo

    • David Rovisco
      Responder

      A forma como a grande maioria dos automobilistas circula dentro da cidade de Lisboa e um perigo para TODOS os que partilham as vias de circulação. Cumprimentos

    • Filipa Vaz de Carvalho
      Responder

      Não, engano. Há automobilistas que não deviam ter carta. A maior parte dos ciclistas que vejo nas ruas guiam em contra-mão, passam os sinais encarnados, cortam cruzamento na diagonal, andam em cima dos passeios e estão-se nas tintas para quem lá vai, andam na estrada com ciclovias ao lado porque não gostam da ciclovia. São um perigo para toda a gente. Não façam deles uns coitadinhos pois quem tem direitos tem que fazer para os merecer e cumprir as regras.

    • João Almeida
      Responder

      os ciclistas não andam na ciclovia porque:
      1. não é obrigatório
      2. a maioria das ciclovias está ocupada com peões
      3. a maioria das ciclovias está mal pensada e é tão ou mais perigosas que a estrada (ler em cima e em baixo)
      4. as ciclovias estão sujas, garrafas partidas e todo lixo que se vai acumulando (pneus furados é a mato)
      5. se a velocidade for superior a 20k/h andar na ciclovia deixa de ser seguro.

      • teresa
        Responder

        Não, mas só agora é que os condutores de bicicletas não têm de ter licença, respeitar as regras do Código etc…Curiosamente, os ciclistas, não todos mas a maioria, não respeitam minimamente os peões…andam por todo o lado, nos passeios e acham que nós- peões – temos de lhes dar passagem também!

    • João Almeida
      Responder

      Quanto a não cumprirem concordo em absoluto, tal como qualquer outro elemento do código da estrada deviam ser punidos pelas autoridades, tenho vergonha do que vejo por aí.

    • Filipa Vaz de Carvalho
      Responder

      São uns coitadinhos os ciclistas, são mesmo uns coitados. Sabe-me bem pagar (também) uma ciclovia que não usam. Adoro ter o sinal verde para andar e, num cruzamento da Av. da República, passar um ciclista que passou o encarnado. Acho divertido ir nas ruas e vir um ciclista em contramão. Também acho graça os que sobem para os passeios e não respeitam as pessoas. Também e faz bem ao coração ver um ciclista atravessar um cruzamento na diagonal a fazer slalom aos carros em movimento.

    • Filipa Vaz de Carvalho
      Responder

      Enfim, quem tem culpa é quem se preocupa consigo, com terceiros e com os que só têm direitos

    • Rui Lucena
      Responder

      Os ciclistas são pessoas como os automobilistas, como os peões, como todos os outros… Sao portugueses, e como tal têm todos as mesmas atitudes e comportamentos na estrada. O problema é q em portugal não há respeito nem cidadania, como se constata de forma simples pelos comentários que por aqui se vão lendo. Ninguém cumpre com o código da estrada, todos querem tudo só para eles e todos apontam o dedo e as culpas para o lado… Na holanda as ciclovias não têm condições nada de especial e têm um movimento infernal de bicicletas e peoes e cruzamentos com as estradas. Funciona unicamente porque as pessoas tem uma cultura e uma postura na sociedade muito diferente daquela que tem o ze tuga. Basta conduzir em qualquer pais do norte da europa para verificar imediatamente a diferença de comportamentos…

    • Filipa Vaz de Carvalho
      Responder

      Concordo nalguns pontos. Eu, por exemplo, adorei Amesterdão e não gostei das pessoas enquanto ciclistas – as ciclovias são só deles, como os passeios, as estradas, são antipáticos e estão-se nas tintas se atropelam alguém ou não. Funciona com eles e é a terra deles. Tenho pena que isso esteja a acontecer aqui e que as pessoas deixem totalmente de se preocupar com os outros e sejam arrogantes. Mais uma vez, enquanto ciclistas. Eu não faço tensão de me desviar se eles estiverem errados. De outro modo dou-lhes o respeito de merecem

    • João Almeida
      Responder

      Filipa Vaz de Carvalho Por isso é que és portuguesa e mereces a sociedade que tens, não entendes nem a tua nem a dos outros. Repare-se nesta pérola:

      “não gostei das pessoas enquanto ciclistas – as ciclovias são só deles”

      é preciso dizer mais?

    • João Almeida
      Responder

      “Mais uma vez, enquanto ciclistas. Eu não faço tensão de me desviar se eles estiverem errados. De outro modo dou-lhes o respeito de merecem”

      Só espero é que para o teu bem mais gente não pense da mesma forma para ti e para os teus, o teu olhar superior para os ciclistas “não desvio” pode ser que te aconteça o mesmo como peão ou como automobilista por um camião, karma sabes o que é?

  • Filipe Duarte
    Responder
  • Cláudia Lúcio Ferreira
    Responder

    Uiiii mais uma questão dos ciclistas.
    São uns Santos.

  • Laura Alves
    Responder

    O artigo foca os ciclistas, neste caso os que circulam nas ciclovias, e que, por mais cuidados que tenham, por mais regras que cumpram – e que sim, até poderão ter seguro e ir de capacete e mais não sei quantos aparatos luminosos – podem ser atingidos pela porta de um carro. Não é um fenómeno exclusivo de Portugal: o ser-se atingido pela porta de um carro cujo condutor acabou de estacionar acontece por esse mundo fora, infelizmente. Daí ser necessário tomar medidas, promovendo as boas práticas de condução preventiva junto dos ciclistas, e promovendo também essa consciência e precaução junto dos automobilistas, para que tenham cuidado e verifiquem sempre antes de abrir a porta do carro. E claro, criar as condições físicas para que esses acidentes se evitem. Quanto aos senhores que ali mais acima ainda perguntam “quais bicicletas”, recomendo que saiam dos seus bunkers, e também que comecem a olhar para a estrada quando conduzem os seus automóveis. É que convém olhar para o ambiente em redor, não apenas para o mostrador do nível de combustível. Se não vêem bicicletas a circular em Lisboa, preocupo-me, pois também não devem ver os peões e as pessoas de mobilidade reduzida que andam pela cidade. Talvez devam deixar o carro uns dias em casa e experimentar andar a pé ou de bicicleta pela cidade. Vão ver que não dói e se calhar até gostam. (E não, não vamos mais uma vez comparar Lisboa com a Holanda ou a Dinamarca e tal, Lisboa tem características próprias, o que não impede que todos os dias haja muitas e cada vez mais pessoas a ir de bicicleta para o trabalho).

    • Rosa
      Responder

      clap clap

  • Laura Alves
    Responder

    O artigo foca os ciclistas, neste caso os que circulam nas ciclovias, e que, por mais cuidados que tenham, por mais regras que cumpram – e que sim, até poderão ter seguro e ir de capacete e mais não sei quantos aparatos luminosos – podem ser atingidos pela porta de um carro. Não é um fenómeno exclusivo de Portugal: o ser-se atingido pela porta de um carro cujo condutor acabou de estacionar acontece por esse mundo fora, infelizmente. Daí ser necessário tomar medidas, promovendo as boas práticas de condução preventiva junto dos ciclistas, e promovendo também essa consciência e precaução junto dos automobilistas, para que tenham cuidado e verifiquem sempre antes de abrir a porta do carro. E claro, criar as condições físicas para que esses acidentes se evitem. Quanto aos senhores que ali mais acima ainda perguntam “quais bicicletas”, recomendo que saiam dos seus bunkers, e também que comecem a olhar para a estrada quando conduzem os seus automóveis. É que convém olhar para o ambiente em redor, não apenas para o mostrador do nível de combustível. Se não vêem bicicletas a circular em Lisboa, preocupo-me, pois também não devem ver os peões e as pessoas de mobilidade reduzida que andam pela cidade. Talvez devam deixar o carro uns dias em casa e experimentar andar a pé ou de bicicleta pela cidade. Vão ver que não dói e se calhar até gostam. (E não, não vamos mais uma vez comparar Lisboa com a Holanda ou a Dinamarca e tal, Lisboa tem características próprias, o que não impede que todos os dias haja muitas e cada vez mais pessoas a ir de bicicleta para o trabalho).

  • Miguel Campos Matos
    Responder

    Uma grande parte dos ciclistas julgam-se peões com rodas e cheios de direitos

    • João Almeida
      Responder

      Não há nenhum elemento do código da estrada que seja inocente, sobretudo em Portugal.
      Os peões em Portugal, como muitos ciclistas, raramente olham quando passam, atravessam em qualquer lado, usam a música em ambos os ouvidos a altos berros, não querem saber da sua segurança.
      Os automobilistas idem, apesar do impacto ser, como deve calcular, um bocadinho maior quando a distracção se apodera do condutor. Basta consultar as estatisticas.

  • Please type your name
    Responder

    Se não se tivesse construído a ciclovia, este problema não existia.

  • Sergio Ferreira Silva
    Responder

    merda do Medina

  • Nâhdja Alanna
    Responder

    A holanda que é a holanda em termos de bikes, não há essas paneleirices. É ter atenção como sempre e já tá. Que flores -.-

  • Artur C. Margalho
    Responder

    Finalmente, alguém reconhece que a Av. da República está uma trampa.

  • Guilherme Gomes
    Responder

    Qualquer dia multam os condutores por terem portas nos seus veículos…

  • José
    Responder

    Se existirem poucos carros será que vão DEIXAR DE FAZER ESTRADAS OU TAPAR BURACOS???
    Eu pouco ando de bicicleta mas sou a favor das ciclovias.

  • José
    Responder

    TAMBEM EXISTEM CONTENTORES PARA O LIXO, E DETERMINADAS PESSOAS COLOCAM O SACO DO LIXO NO CHÃO.

  • Luís Pinheiro de Almeida
    Responder

    carro mal estacionado…

  • Joana Martins
    Responder

    Que parvoíce. É assim em todos os outros países!

  • Eugénia Fonseca
    Responder

    Lol

    • Joana Martins
      Responder

      Não é assim em todos os países Eugénia Fonseca? Falamos por experiencia própria 😛

  • Cláudio da Silva
    Responder

    Esta gente nunca está satisfeita com nada. O mais engraçado é que muitos que criticam nem cá moram. Já começou os problemas. Devem vir do fórum tóxico… nunca estão bem… cidadania dizem eles. Matem-se.

  • teresa
    Responder

    Concordo com o teor do artigo. Obviamente é necessário ter cuidado quando se abre a porta de um carro, seja de que lado for. Todavia, a ciclovia da Av. da República foi realmente mal pensada, em termos de segurança dos utentes da estrada – ciclistas, peões e até ocupantes dos automóveis. Qualquer dia vemos um ciclista atirado para a faixa de rodagem central da Av….

  • Alvaro Carvalho
    Responder

    Tanto comentario… imagino que os holandeses, dinamarqieses, suecos tivessem discussoes destas ha 50 anos. Os franceses e alemaes ha 20 e por ai fora. E’ o atraso que temos.

  • António Jorge
    Responder

    Por muito que pareça, o que vou dizer a seguir, até parece que sou contra as Bikes, muito pelo contrário.
    Moro em Marvila, na Av. Infante D. Henrique existe uma ciclovia, que não é utilizada pelos ciclistas, argumento, que os desníveis das passadeiras de peões estraga o material!!!!!!!! Por onde andam? No meio da dita Avenida, eu, já quase que fui ofendido por um Polícia Municipal, porque ía a efectuar uma caminhada na dita ciclovia, perguntei-lhe se estava a incomodar alguém, ou se tinha que ir para o meio da dita Avenida, como resposta, lá veio a prepotência: Bate a bola baixa senão ainda te lixas!
    Quanto aos ciclistas, se ganharem um pouco de civismo, não lhes ficava nada mal, infelizmente são a larga maioria, vamos a factos:
    Atravessam as passadeiras de peões, em velocidade por vezes excessiva, o que não é difícil com as máquinas que têm, não tendo nada que ir por ali, pois não são peões.
    Sinais vermelhos não existem, estão as pessoas a atravessar e, conforme vêem assim continuam, já fui testemunha de uma situação, que não deu para o pior só por sorte, foi por pouco, que uma senhora não era atropelada mais o carro do bebé, por incrível que pareça, era uma mulher ciclista, nem parou antes pelo contrário.
    No meu caso, já por duas vezes, que sou tocado de forma algo violenta por ciclistas, não tem acontecido nada de grave, o último, levou um murro no meio das costa nem se atreveu a parar, se não há ciclovias, vão para as bermas das ruas, agora andar a abrir nos passeios é que não!
    É que não basta dizer, que se é amigos do ambiente, se são educados nesse aspecto, que o sejam também, no trato com os restantes cidadãos.

  • António Manuel
    Responder

    Não tive tempo para ler tudo, mas fiquei com a ideia.

    Tenho 67 anos, nasci em Lisboa em 1950 vivo em Almada desde os 5 anos.

    Vou agora mesmo para dar mais uma volta à minha terra, numa Órbita Evolution, uma bicicleta de fabrico português, quem quiser pode ir ver-me passar.

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