A ciência esteve nas escolas
O programa O Mundo na Escola focou o tema da ciência ao longo de três anos letivos – 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015. O objetivo foi levar ciência à escola e a escola à ciência, numa filosofia de complementaridade do que se faz em Portugal. Desenvolveram-se essencialmente quatro atividades:
Insetos em Ordem, a exposição, que propõe ao visitante ser biólogo por uma hora convidando-o a observar, consegue transmitir a satisfação única de uma descoberta científica. São 150 insetos, 45 caminhos, 14 ordens, para jovens de todas as idades… Estivemos em 11 distritos diferentes, numa cobertura abrangente do continente e ilhas. Tivemos mais de 45 mil visitantes. Associado a esta exposição, publicámos o catálogo que oferecemos às escolas, que ajuda a entender como os insetos têm um impacto profundo nas nossas vidas.
Muito mais do que palestras, as Grandes Aulas foram um testemunho de quem trabalha na fronteira do conhecimento, num contacto direto com os jovens para o despertar do fascínio pela ciência. Abordámos temas de matemática, de física, de química, de geologia, de biologia, de medicina e neurociências, incluindo também história das ciências. Envolvemos 15 cientistas a colaborar em 12 aulas diferentes, organizadas em 26 escolas pelo país, com uma assistência global de cerca de 5 mil alunos, na sua maioria do ensino secundário.
O nosso modelo para a itinerância da exposição A Física no dia-a-dia na escola – duas semanas em cada escola, dentro da escola – foi a concretização do desafio de “experimentar para saber” proposto por Rómulo de Carvalho. Publicámos um catálogo que continua a ser um precioso auxílio para professores e alunos. Estivemos em 45 escolas de Portugal continental, cobrindo todos os distritos do país. Em estadias mais longas fomos a três centros Ciência Viva (incluindo Madeira e Açores) e a um museu municipal. Fomos a Timor, Cabo Verde e Moçambique. Envolvemos mais de 80 mil crianças e jovens.
O concurso Saber Porquê lançou 13 perguntas que remetiam para um conceito científico básico, uma questão específica ou um cruzamento entre áreas diferentes, a ser respondida através de um vídeo. O programa produziu também 13 respostas com 15 cientistas, entre matemáticos, físicos e químicos, biólogos e geólogos e neurocientistas. Recebemos 101 vídeos resposta envolvendo 52 equipas de 18 escolas diferentes.
Que os resultados deste programa possam servir de modelo e incentivo a muitos projetos que se venham a desenvolver ajudando os nossos jovens a crescer abertos para a ciência.
Ana Maria Eiró
Diretora do programa