Portugal no mapa da Economia Digital

Portugal no mapa da Economia Digital

Posicionar Portugal como um dos países mais avançados da UE na Economia Digital é a meta da Agenda Portugal Digital. Com vista a estimular a economia digital, o desenvolvimento científico e tecnológico e a sociedade do conhecimento, a FCT Newsletter dá a conhecer as áreas prioritárias de intervenção desta estratégia, na qual a FCT tem um papel fundamental, e que mobiliza vários ministérios e seus respetivos serviços e organismos.

O Digital Agenda Scoreboard 2013, publicado pela Comissão Europeia em junho 2013, mostra Portugal em progressão contínua no desenvolvimento da Sociedade da Informação.

A par de um aumento da taxa de utilizadores regulares da Internet , registou-se uma redução no número de indivíduos que nunca utilizaram a Internet.

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Indivíduos que nunca utilizaram a internet,
com idades entre os 16 e os 74 anos
(Fonte: European Commission, Digital Agenda Scoreboard)

No entanto, comparativamente à UE27, Portugal regista ainda baixos índices de utilização regular da Internet (56% em Portugal contra 70% na U.E).

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Utilizadores regulares (pelo menos uma vez por semana) da internet, com idades entre os 16 e os 74 anos (Fonte: European Commission, Digital Agenda Scoreboard)

Em dezembro de 2012 foi aprovada a Agenda Portugal Digital que procura, através de seis áreas prioritárias de intervenção, estimular a economia digital, o desenvolvimento científico e tecnológico e a sociedade do conhecimento.

Alinhada com as prioridades da Agenda Digital para a Europa e da Estratégia Europa 2020, a Agenda Portugal Digital apresenta os seguintes objetivos, no âmbito das áreas prioritárias definidas:

  • Promover o desenvolvimento da infraestrutura de banda larga, permitindo que até 2020 todos os cidadãos possam ter acesso à banda larga de velocidade igual ou superior a 30 Mbps e que metade dos agregados familiares possa ter acesso à Internet de banda larga de velocidade igual ou superior a 100 Mbps;
  • Criar condições que permitam o aumento em 50%* do número de empresas que utilizam o comércio eletrónico em Portugal, assim como o aumento em 20% das exportações em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), em valores acumulados, até 2016;
  • Promover a utilização dos serviços públicos online, para que sejam utilizados por 50% da população, e a utilização das novas tecnologias, tentando reduzir para 30% o número de pessoas que nunca utilizou a Internet, até 2016.

*tendo como referência os valores de 2011

A FCT tem vindo a desenvolver e a coordenar os trabalhos das áreas de intervenção relativas ao Investimento em I&D e Inovação, e literacia, qualificações e inclusão digitais, no âmbito das suas atribuições no domínio da Sociedade da Informação.

Segundo Pedro Cabrita Carneiro, Vogal do Conselho Diretivo da FCT e Delegado Nacional ao Grupo de Alto Nível da Agenda Digital para a Europa, “A FCT está empenhada no estabelecimento de uma rede de trabalho ampla e inclusiva com os diversos stakeholders – as comunidades técnica e académica, a sociedade civil e o setor privado e administração pública, para desenvolver ações e iniciativas que permitam alcançar resultados positivos nas áreas de intervenção sob sua responsabilidade”. Estas áreas passam, por exemplo, pelo fortalecimento da investigação e capacidade de inovação em TIC, pelo estímulo do desenvolvimento e oferta de serviços avançados, e-Ciência e Internet do Futuro, Internet das Coisas e TIC marítimas.

A FCT aposta também no desenvolvimento de competências para a Economia Digital, na disponibilização e utilização de e-books, na inclusão digital e a utilização regular da Internet, na definição de uma política de acessibilidade para os conteúdos e plataformas digitais portuguesas, a disponibilizar na Internet bem como na criação e na digitalização massiva de conteúdos.

AGENDA PORTUGAL DIGITAL
Áreas prioritárias de intervenção

  1. Acesso à banda larga e ao mercado digital
  2. Investimento em investigação, desenvolvimento e inovação
  3. Melhorar a literacia, qualificações e inclusão digitais
  4. Combate à fraude e à evasão fiscais, contributivas e prestacionais
  5. Resposta aos desafios societais
  6. Empreendedorismo e internacionalização das TIC