Newsletter 5 – Editorial
Neste início de Verão, deixamos histórias de investigação, participação, comunicação e educação de ciência, inclusão e literacia digital como companhia para os nossos leitores, no laboratório, no gabinete, na sala de aulas, em trabalho de campo ou onde quer que se encontrem.
A conferência “Diagnóstico do Sistema de Investigação e Inovação” e o relatório da análise ao sistema de Investigação e Inovação (I&I), em destaque neste número da FCT Newsletter, são a ponta do iceberg de um processo que informará as estratégias nacionais e regionais a serem apresentadas por altura da assinatura do contracto entre Portugal e a Comissão Europeia para o próximo período de financiamento comunitário.
A iniciativa enquadra-se no esforço da FCT de retomar o papel de informar a definição das estratégias nacionais de investigação e inovação, em conjunto com a comunidade científica. A consulta pública da proposta de política sobre Acesso Aberto, descrita neste número, é outro exemplo deste esforço da FCT de envolver efetivamente a comunidade científica, e outros atores, nas várias vertentes da Ciência e da investigação científica.
O carácter internacional da investigação em Portugal atravessa os artigos deste número da FCT Newsletter. Um dos primeiros projetos exploratórios aprovados no concurso de 2012 reúne investigadores de Portugal, Itália e Holanda no desenvolvimento de um processo de produção de células do músculo cardíaco a partir de células estaminais pluripotenciais induzidas.
Investigadores, empresas e agricultores de Portugal, Noruega, França, Espanha e Dinamarca colaboram no projeto Agrobiofilm, que está próximo de optimizar o desempenho de uma nova geração de plástico biodegradável para agricultura.
Astrónomos e empresas portuguesas preparam-se para contribuir para o maior telescópio do mundo – o European Extremely Large Telescope (E-ELT) – dando, desta forma continuidade à crescente participação portuguesa no Observatório Europeu do Sul (ESO) e a crónica convidada, do físico Carlos Fiolhais, interpela-nos a relembrar e a refletir sobre o papel dos descobridores portuguesas na “primeira globalização” da ciência, nos séculos XV e XVI.
Ana Godinho
Coordenadora, Gabinete de Comunicação da FCT