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O registo para a análise bibliométrica 2013: um investimento para o futuro

Por Cristiana Leandro (Coordenadora Executiva, Conselho Científico das Ciências Exatas e da Engenharia)
A avaliação das unidades de I&D nacionais atualmente em curso conta com um novo indicador, que complementa a avaliação por pares. A FCT solicitou uma análise bibliométrica para a qual adotou o ORCID iD, registo único que permite aos investigadores a identificação em várias entidades. No futuro o ORCID iD poderá ser alargado a outros concursos da FCT.

Com este exercício bibliométrico 97% dos membros integrados registaram o seu ORCID iD. Para o período em avaliação, 90% de todas as publicações para Portugal indexadas na base de dados Scopus, da editora Elsevier,  foram importadas pelos investigadores e consideradas neste estudo bibliométrico.

Porquê ORCID?

A obtenção de um identificador ORCID iD é gratuita e simplifica processos burocráticos, permitindo que um único registo seja usado para identificar um investigador perante múltiplas entidades ao longo das suas atividades profissionais e afiliações. De facto, o ORCID permite a associação com outros sistemas de identificação em uso (ex.: Researcher ID e Scopus Author ID). De resto, o uso de identificadores ORCID iD já é adotado por sistemas científicos de informação, por grupos editoriais (incluindo a Nature Publishing Group) e por agências de financiamento (entre as quais os National Institutes of HealthNIH).

A adoção do ORCID não se circunscreve à identificação do investigador. Permite outros benefícios, em particular os que resultam da interoperabilidade entre sistemas de gestão de ciência e tecnologia. O ORCID é, efetivamente, uma forma instrumental de aliviar o fardo dos vários intervenientes nas tarefas de gestão administrativa, pois permite que um item seja importado uma única vez para um sistema e reutilizado em múltiplos.

Nesse sentido, está prevista a adoção gradual do ORCID nos sistemas de informação da FCT. Assim, é de esperar que, gradualmente, o ORCID passe a ser usado em cada vez mais concursos. Paralelamente estão disponíveis e/ou em curso integrações do ORCID com outros sistemas de gestão de produção científica: é já possível importar publicações do ORCID para o sistema de gestão de curricula DeGóis. Para permitir troca de informação no sentido inverso está prevista a possibilidade de exportar publicações e outros itens do DeGóis para o ORCID. Está prevista, a curto/médio prazo, a adoção do ORCID no Portal do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), bem como nos repositórios institucionais e das revistas científicas geridas localmente pela equipa RCAAP.

Porquê Scopus?

O tratamento da informação bibliométrica foi efetuado pela editora Elsevier por ser detentora da base de dados Scopus, que apresenta a maior cobertura para um conjunto alargado de áreas científicas.

Scopus cobre cerca de mais 20% de itens indexados para Portugal do que a Web of Science da Thomson Reuters, e cerca de mais 50% de títulos nas Ciências Sociais. Foi prestado livre acesso à base de dados Scopus à comunidade científica durante este processo.

Os resultados do estudo bibliométrico efetuado pela Elsevier serão conhecidos simultaneamente com a comunicação dos resultados da 1ª fase de avaliação das Unidades de I&D, prevista para junho de 2014.