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Talentos reforçam Ciência em Portugal
São cientistas, altamente qualificados, a desenvolver investigação científica de ponta em diversos domínios do conhecimento. Eugen Radu, Ana Salomé Veiga, Nuno Santos e Carla Silva são quatro dos cento e cinquenta e cinco Investigadores FCT selecionados em 2012, num processo de avaliação exigente.
Fragmentos das suas histórias esboçam o panorama do “brain circulation” e preenchem a tela dum programa concebido para obter um duplo efeito: atrair e, simultaneamente, manter em Portugal os mais promissores cientistas. O efeito esperado? A sustentabilidade e competitividade da Ciência que se faz em Portugal.
![Eugen Radu [FOTO] Eugen Radu](http://newsletter.fct.pt/wp-content/uploads/2013/02/IF_eugenradu.png)
Eugen Radu
A escolha de Portugal não foi, segundo o cientista, incidental “Sabia que a minha carreira como investigador independente beneficiaria bastante da colaboração sistemática com o grupo de investigação do Departamento de Física da Universidade de Aveiro”.
A existência de centros de excelência em áreas de ponta, o acesso aos mais avançados equipamentos científicos, o volume de financiamento da investigação e a possibilidade de independência e autonomia são condições essenciais para atrair investigadores. Estas condições são o resultado dum processo cumulativo de investimento estratégico, integrado e perseverante em Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I).
O interesse demonstrado por cientistas estrangeiros de 45 nacionalidades que se candidataram ao concurso Investigador FCT em 2012, perfazendo cerca de 24% do total de candidaturas apresentadas, indicia o grau de maturidade da Ciência que se faz em Portugal. Eugen Radu refere estar “impressionado com a oportunidade criada para que cientistas de outros países trabalhem numa instituição portuguesa, bem como com a transparência e exigência do processo de seleção em todas as fases”.
A desenvolver investigação nas áreas da astrofísica, energia e transportes e biomedicina, Nuno Santos, Carla Silva e Ana Salomé, decidiram (e conseguiram!), aos invés, fixar-se em Portugal nos próximos cinco anos. Embora em diferentes fases de carreira, partilham a opinião de que “sem este tipo de Programa é muito difícil para a maior parte dos investigadores ficar em Portugal, uma vez que as oportunidades de vínculo (…) são escassas”.
![[FOTO] Nuno Santos](http://newsletter.fct.pt/wp-content/uploads/2013/02/IF_nunosantos_mypicture3_v2.jpg)
Nuno Santos
![Carla Silva [FOTO] Carla Silva](http://newsletter.fct.pt/wp-content/uploads/2013/02/IF_CarlaSilvaFCT_2013-01-24_014_1.jpg)
Carla Silva
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Ana Salomé Veiga
As carreiras científicas de todos estes investigadores confluem agora no desejo de desenvolver investigação em Portugal. Eugen que já desenvolveu investigação na Irlanda, em França e na Alemanha, Carla que fez o pós-doutoramento na Universidade do Michigan e Ana Salomé no National Cancer Institute, nos EUA, e Nuno Santos que fez o doutoramento na Universidade de Genebra, estão agora a fazer Ciência em Portugal.
impressionado com a oportunidade criada para que cientistas de outros países trabalhem numa instituição portuguesa, bem como com a transparência e exigência do processo de seleção em todas as fases.
Embora intrínsecos à própria atividade científica, estes fluxos migratórios tem efeitos opostos nos países de origem e de destino. Se, por um lado, deixam um espaço vazio, por vezes insubstituível, nos primeiros, enriquecem, indiscutivelmente, os segundos. A manutenção do equilíbrio entre as partidas e as chegadas é, pois, essencial para a criação de massa crítica, exigindo respostas à altura, das políticas científicas nacionais.
É isso que, numa abordagem complementar, pretende o Programa Investigador FCT: prevenir o brain-drain e estimular o brain-gain. Um novo concurso em 2013 assegurará aproximadamente mais 200 talentos para a Ciência feita em Portugal.