Quinze anos de Inclusão e Literacia Digital em Portugal
Na contracapa da brochura Vulnerable people and ICT in Portugal: The practice of more than 15 years, lê-se “Através das TIC é possível resolver desigualdades sociais, pelo acesso que possibilitam, por parte de grupos e indivíduos vulneráveis, a atividades políticas, económicas, científicas e culturais”. Em Portugal este potencial das TIC cedo foi entendido, conforme ilustrado nesta brochura que resume algumas das iniciativas na área de inclusão e literacia digitais desenvolvidas e implementadas em Portugal nos últimos 15 anos.
Os alunos com incapacidades físicas e cognitivas têm acesso a uma rede de 25 Centros de Recursos TIC para a Educação Especial, sediados em agrupamentos de escolas. A Biblioteca Aberta do Ensino Superior, um resultado do trabalho entre nove instituições do ensino superior, tem um acervo de aproximadamente 4 000 títulos em Braille, áudio e texto integral a que os estudantes com necessidades educativas especiais podem aceder.
Mais de 95% dos terminais Multibanco dispõe de uma interface áudio e caracteres de tamanho aumentado, para facilitar a sua utilização por pessoas com visão reduzida. Também nos canais de televisão, públicos e privados, a acessibilidade tem sido considerada: em 2012, foram transmitidas mais de 63 horas semanais de programas com Língua Gestual Portuguesa. Nas bibliotecas municipais, nos centros recreativos e paroquiais e nas misericórdias têm-se desenvolvido vários programas de formação em TIC e de apoio e informação sobre a utilização da Internet, incluindo as questões de segurança na internet, dirigidos especificamente às populações idosas ou residentes em zonas rurais remotas.
Desenvolvida pelo Departamento de Sociedade da Informação da FCT, a brochura foi produzida por ocasião da conferência internacional sobre políticas publicas de Governância da Internet – EuroDIG – que decorreu em Lisboa, de 20 a 21 de junho.