VIDA NA CIDADE

O adeus d’O Corvo

O adeus d’O Corvo

O Corvo cessa hoje a sua publicação. O fim chega por não termos conseguido encontrar forma de garantir a sustentabilidade financeira indispensável à continuidade do jornal. Apesar dos esforços desenvolvidos desde o início do projecto, a 1 de Março de 2013, e com especial vigor nos últimos dois anos, após o renovado impulso nascido de uma reconfiguração do capital da empresa, esgotámos a capacidade para continuar a fazer jornalismo independente de qualidade. É uma fase que termina. Outras portas se poderão abrir. As grandes cidades são mutantes por definição. E Lisboa é especial ...
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Vida na Cidade

VIDA NA CIDADE

O adeus d’O Corvo

O adeus d’O Corvo

O Corvo cessa hoje a sua publicação. O fim chega por não termos conseguido encontrar forma de garantir a sustentabilidade financeira indispensável à continuidade do jornal. Apesar dos esforços desenvolvidos desde o início do projecto, a 1 de Março de 2013, e com especial vigor nos últimos dois anos, após o renovado impulso nascido de uma reconfiguração do capital da empresa, esgotámos a capacidade para continuar a fazer jornalismo independente de qualidade. É uma fase que termina. Outras portas se poderão abrir. As grandes cidades são mutantes por definição. E Lisboa é especial.
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Bairro do Calhau, uma comunidade isolada do resto de Lisboa e onde os habitantes se sentem esquecidos

Bairro do Calhau, uma comunidade isolada do resto de Lisboa e onde os habitantes se sentem esquecidos

Longe do alvoroço do coração da cidade, em São Domingos de Benfica, há um bairro isolado da restante freguesia, de tal forma que os moradores se sentem abandonados. O aglomerado nasceu do processo de realojamento dos moradores de um núcleo de barracas no início da década de 80. Mas, desde então, pouco ou nada foi feito na reabilitação e manutenção do património municipal, queixam-se os moradores, na sua maioria idosos. Em 2013, a mercearia e o posto de cuidados médicos básicos encerraram, deixando os residentes sem um único serviço público básico.
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“Sala de chuto” móvel já arrancou no Beato, mas ainda não há data para a abertura das salas fixas de Lisboa

“Sala de chuto” móvel já arrancou no Beato, mas ainda não há data para a abertura das salas fixas de Lisboa

As salas de consumo assistido foram anunciadas há mais de um ano e já deviam estar todas a funcionar. Fonte do gabinete do vereador dos Direitos Sociais admite agora que não se previu “a morosidade própria de um processo que acontece pela primeira vez em Portugal”. Não se sabe, por isso, quando abrirão portas as salas fixas. “Provou ser muito mais demorado”, reconhece a mesma fonte. A Câmara de Lisboa promete “trabalhar arduamente” para iniciar as obras no Vale de Alcântara e no Lumiar, onde ficarão tais estruturas.
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Moradores acusam Câmara <br> de Lisboa de demolir barracas com “dezenas de gatos” lá dentro

Moradores acusam Câmara
de Lisboa de demolir barracas com “dezenas de gatos” lá dentro

Residentes dizem que quando, a 2 de Maio, a autarquia avançou com a demolição das construções na Rua Quinta da Noiva, junto à Avenida Gago Coutinho, não acautelou a segurança de dezenas de gatos que viviam numa colónia. Muitos terão morrido debaixo dos escombros ou atropelados durante a fuga. Provedora dos Animais de Lisboa está a averiguar o que realmente se passou.
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Medina duplica verba para 5 milhões no Orçamento Participativo de Lisboa e dá prioridade a propostas “verdes”

Medina duplica verba para 5 milhões no Orçamento Participativo de Lisboa e dá prioridade a propostas “verdes”

Fernando Medina (PS) aproveitou o anúncio dos vencedores de 2019 para prometer a duplicação do financiamento para o OP, no próximo ano, passando a câmara a distribuir cinco milhões de euros às ideias dos cidadãos para capital. O presidente da autarquia garante que as propostas “verdes” vão ter prioridade. Este ano, os munícipes de Lisboa escolheram como vencedores monumentos, estátuas, galerias de arte, parques infantis e uma homenagem ao movimento feminista.
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Para melhor resistirem à onda turística, bairros típicos de Lisboa não podem oferecer só dormida e restauração

Para melhor resistirem à onda turística, bairros típicos de Lisboa não podem oferecer só dormida e restauração

Reconhecendo que a actividade trouxe inegáveis benefícios económicos para a cidade, os deputados municipais da capital pedem à Câmara de Lisboa que refreie os excessos e tome medidas para criar um equilíbrio. Numa recomendação resultante das conclusões do debate temático “O impacto do Turismo na cidade de Lisboa”, organizado pela Assembleia Municipal, em Novembro passado, fala-se na necessidade evitar uma hiperespecialização comercial dos bairros mais procurados. Mas também em direccionar os fluxos turísticos para zonas menos óbvias da cidade.
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Cidadãos apresentam queixa contra Geco para combaterem “impunidade” dos tags e graffiti ilegais em Lisboa

Cidadãos apresentam queixa contra Geco para combaterem “impunidade” dos tags e graffiti ilegais em Lisboa

Cansado de ver o que considera ser a permissividade e a ineficácia das autoridades para com o “lixo gráfico” nas paredes da capital, o colectivo Vizinhos em Lisboa apresentou uma participação contra o tagger. A queixa, só agora revelada, avançou em Outubro de 2018, na sequência da entrevista dada a O Corvo pelo artista italiano que tem feito da inscrição do seu nome em todas as paredes, através de tag, graffiti e autocolantes, uma peculiar forma de expressão visual.
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No Mercado de Benfica elogia-se novo serviço de entregas ao domicílio, mas ainda faltam chegar as encomendas

No Mercado de Benfica elogia-se novo serviço de entregas ao domicílio, mas ainda faltam chegar as encomendas

As entregas gratuitas ao domicílio arrancaram há uma semana (15 de Abril) no Mercado de Benfica, o primeiro da rede de 28 mercados municipais de Lisboa a aderir à iniciativa. Para já, ainda não há encomendas, mas não será por muito tempo. Há quem veja no novo serviço uma grande mais-valia, porque se chega cada vez mais tarde a casa e esta é uma boa forma de “preservar a compra de artigos frescos”. Mas há quem seja relutante a esta novidade. “Vir ao mercado é uma forma de sair de casa”, diz uma cliente octogenária. Os vendedores também estão divididos.
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O Corvo nasce da constatação de que cada vez se produz menos noticiário local. A crise da imprensa tem a ver com esse afastamento dos media relativamente às questões da cidadania quotidiana.

O Corvo pratica jornalismo independente e desvinculado de interesses particulares, sejam eles políticos, religiosos, comerciais ou de qualquer outro género.

Em paralelo, se as tecnologias cada vez mais o permitem, cada vez menos os cidadãos são chamados a pronunciar-se e a intervir na resolução dos problemas que enfrentam.

Gostaríamos de contar com a participação, o apoio e a crítica dos lisboetas que não se sentem indiferentes ao destino da sua cidade.

Samuel Alemão
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