Cidadãos apresentam queixa contra Geco para combaterem “impunidade” dos tags e graffiti ilegais em Lisboa

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Samuel Alemão

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Cidade de Lisboa

24 Abril, 2019

Cansado do que considera ser a permissividade e a ineficácia das autoridades para com o “lixo gráfico” nas paredes da capital, o colectivo Vizinhos em Lisboa apresentou uma participação contra o tagger. A queixa, só agora revelada, avançou em Outubro de 2018, na sequência da entrevista dada a O Corvo pelo artista italiano que tem feito da inscrição maciça do seu nome em todas as paredes, através de tags, graffiti e autocolantes, uma peculiar forma de expressão visual. O processo de investigação, liderada pela PSP, é uma forma de chamar a atenção para esta realidade e colocar pressão sobre as autoridades para que tomem medidas, assume Rui Martins, dos Vizinhos do Areeiro. “Em vez de terem uma postura de mera reacção ao fenómeno, deviam agir de forma clara”, diz, sugerindo que se adopte uma postura de limpar os tags e graffiti “o mais depressa possível”. Evitar-se-ia assim a propagação das áreas vandalizadas.

O colectivo de agrupamentos de cidadãos Vizinhos em Lisboa, com núcleos nas freguesias do Areeiro, das Avenidas Novas, de Arroios e de Alcântara, apresentou uma participação judicial contra o tagger e graffiter Geco pela proeminência da sua marca nas paredes da capital. O alter-ego do jovem artista italiano tornou-se ubíquo no espaço público da maior cidade portuguesa e na sua periferia, dada a acção maciça dele e dos que por ele têm actuado, colocando tags e autocolantes com a sua marca no maior número possível de sítios. “O objectivo é estar em tantos lugares que seja impossível não se lembrarem do meu nome”, assumia o próprio, em Agosto do ano passado, em entrevista exclusiva a O Corvo, na qual explicava as suas motivações. Declarações que causaram grande polémica e levaram o Vizinhos em Lisboa a avançarem com uma queixa às autoridades policiais contra Geco, assume agora Rui Martins, dirigente dos Vizinhos Areeiro, o mais activo dos núcleos. “Chamou, certamente, a atenção”, admite.

Mais que uma perseguição a este indivíduo em particular, a acção judicial, cuja existência apenas neste momento é revelada, visa servir como um “contributo para a intensificação do combate a esta forma de lixo gráfico”, diz a associação que junta os diversos grupos de Vizinhos. “A Câmara de Lisboa tem adoptado uma postura de reacção em relação a este problema, em vez de assumir uma atitude mais activa”, considera Rui Martins, para quem tal tem contribuído para criar um clima de permissividade para com o fenómeno. “Ainda há dois dias, a câmara limpou diligentemente as paredes e muros da Avenida Gago Coutinho, mas já começam a aparecer tags num dos sítios que havia sido alvo da intervenção. E isso tem muito que ver com abordagem que existe em relação ao problema, que se baseia sobretudo numa intervenção geográfica, por zonas”, critica o dirigente associativo, propondo uma metodologia distinta, assente na rapidez com que se limpa um tag ou graffiti. “Quanto mais tempo fica um tag ou graffiti, pior”, diz.

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"Há um sentimento de impunidade para com os tags e graffiti", dizem os Vizinhos em Lisboa

Por isso, na nota que se preparam agora para tornar pública – e na qual revelam ter feito a denúncia contra Geco, em Outubro de 2018 -, os Vizinhos em Lisboa apelam à autarquia da capital para que mude a sua forma de actuação. “É preciso que a CML comece a utilizar, de forma permanente e diária, os seus meios, designadamente os dos serviços de limpeza e da Polícia Municipal, para começar a construir uma base de dados destes grafitos, por forma a poder alargar cada contra-ordenação ou condenação por crime de dano a todos os ‘tags’ assinados pelo mesmo indivíduo e que inclua um custo estimado de cada limpeza”, propõe o colectivo cívico. Mais, pedem mesmo à edilidade lisboeta que garanta uma “resposta em 24 horas” nas zonas consideradas prioritárias, sobretudo monumentos e perto de escolas, removendo todos os grafitos ilegais inventariados “num prazo nunca superior a 10 dias úteis”. Tal, consideram, “desincentivará novos grafitos ilegais”.


 

Citando a lei de 2013 que enquadra os danos causados por “grafitos, afixações, picotagem e outras formas de alteração”, a nota do Vizinhos em Lisboa salienta o facto de que, apesar dessas acções serem passíveis de contra-ordenação, as mesmas “têm tido por parte das autarquias portuguesas uma atitude meramente reactiva”. Para além das acções de limpeza custeadas pelo erário público – com Lisboa a prever gastar 4,7 milhões de euros, em três anos, através de contratos com empresas especializadas -, sobram a “centena de contra-ordenações de resultado incerto” levantadas pela PSP e as “menos de uma dezena de condenações por ano” saídas dos tribunais. Tudo isto, consideram, ajuda a criar um clima geral de “impunidade” para com os autores dos graffiti e tags. O movimento de cidadãos pede, por isso, uma mudança clara na forma de actuação das autoridades, pedindo mão pesada para os incumpridores, agindo “de forma sistemática e consequente contra estes indivíduos que infestam a nossa cidade de lixo gráfico e que provocam este desperdício de fundos públicos e provados”.

 

 

Numa contagem feita recentemente pelo colectivo cívico, na zona do Areeiro, foram identificados cerca de 1200 ‘tags’ em 292 edifícios, “produzidos por, aparentemente, cerca de 500 indivíduos diferentes, agrupados por ‘tropas’ ou agindo de forma isolada”. Indignado com tal cenário, e com o que considera a tibieza da actuação das autoridades, o movimento de cidadãos “de causas locais e cidadania activa” decidiu assumir como sua esta causa e apresentar, em Outubro de 2018, “uma denúncia contra um dos taggers mais activos e mediáticos de Lisboa”. O Vizinhos em Lisboa requereu ainda a sua constituição como assistente do processo, “que está, tanto quanto é possível saber, na divisão de investigação da PSP”. O colectivo informa ainda que tem já em preparação outras iniciativas “a propósito do combate contra  fenómeno do lixo gráfico ou ‘tag’ em Lisboa”. Questionado sobre a natureza das mesmas, Rui Martins diz que serão conhecidas a seu tempo.

 

A denúncia apresentada pelos Vizinhos em Lisboa utiliza como matéria indiciária a referida entrevista de Geco a O Corvo, publicada no verão do ano passado. Nela, o artista gráfico de 27 anos, originário de Roma, professa a sua paixão pela capital portuguesa e dá conta das motivações por detrás da sua forma de expressão, assumindo a ilegalidade da mesma. “Quero espalhar o meu nome mais do que ter uma estética super desenvolvida. Os dois podem e devem ser complementares, mas o primeiro objectivo do bomber é a quantidade, a qualidade vem depois. A cidade não influencia o meu estilo mas o meu método e abordagem. Acho que em Lisboa tenho uma abordagem ao graffiti mais natural porque sinto menor proibição”, afirmava o activista urbano, numa entrevista em que assumia, porém, a actuação à margem da lei como algo natural. “É perfeitamente justo não gostar de graffiti, mas as pessoas deveriam ter mais espírito crítico e perceber que o graffiti não é o verdadeiro problema. São muitas as maneiras pelas quais somos agredidos visualmente e apontar o graffiti como poluição visual é estúpido”, dizia.

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COMENTÁRIOS

  • Manuel Marques
    Responder

    E o corvo, se quer defender a nossa cidade, bem que o devia denunciar já que fez uma entrevista ao “artista”. Um indivíduo, perfeitamente identificado, anda a vandalizar toda a cidade. Devia ser obrigado a pagar por tudo aquilo que sujou!!

  • Afirma Pereira
    Responder

    “Artista”, “professa a sua paixão pela capital”…
    Este Corvo alimenta-se de carne em putrefacção.
    Ou está putrefacto.

  • Maria da Conceição Sarmento
    Responder

    É completamente inadmissível a passividade das autoridades perante este vandalismo. Aqui na zona das Laranjeiras a situação era caótica, como o que se verifica por toda a área metropolitana de Lisboa. Penso que foram a CML ou as JF que, entretanto, limparam as paredes, dada a porcaria e nojo em que as mesmas se encontravam. Passados uns dias lá voltaram estes meliantes a sujar tudo novamente, ninguém vê? Para que servem os agentes a guardar as portas dos ministros? Mesmo nas suas “barbas” os grafiteiros actuam impunemente.
    Uma demonstração da incapacidade governativa a todos os níveis.

  • António Sérgio Rosa de Carvalho
    Responder

    Portuguese architectural historian António Sérgio Rosa de Carvalho nevertheless thinks it a shame, even if buildings are covered with masterpieces like the ones from the Brazilian twin brothers, Os Gêmeos, and the Italian urban artists in Lisbon’s business district. “That kind of graffiti, however beautiful, shouldn’t be on the only four remaining historic buildings in that neighbourhood. Those precious buildings should be renovated, not painted. Even a masterpiece like the one by Os Gêmeos denotes that this heritage is worth nothing and is ready for demolition. Governments pretend to be modern by inviting artists, but they’re actually using them to demolish the city’s heritage!”
    LISBON, TATTOOED CITY
    November 2013
    http://www.damnmagazine.net/2013/11/14/lisbon-tattooed-city/

  • aasdasd
    Responder

    e o Corvo ao dar voz a essa gente so contribui para o problema.

    E pior eé que o que esse faz ja nem de “arte” se pode apelidar. Bons tempos em que os graffiters tantavam fazer pinturas com minimo de qualidade

    Atualmente parecem um bando de caes a ver quem mija em mais sitios, Originalidade, qualidade ou arte ja nao assistem a estes.

  • Victor Moraes
    Responder

    É enervante a forma como este “jornaleiro” se refere a este criminoso, chamando-o de artista.
    Está identificado, deveria ser condenado a limpar toda a borrada que anda a fazer, e indemnizar os proprietários.
    Mas aqui o cúmplice do Corvo deve achar que é “in” dar gás a estes bandidos….

  • D. Oliveira
    Responder

    Finalmente! esta pessoa”GECO”, segundo uma reportagem feita neste jornal há uns meses atraz , o tratavam como que fosse um artista.
    Esta pessoa parece que é italiano que era perseguido no seu país por estes actos humilhantes ,segundo li nessa mesma noticia.
    Veja-se que até nas placas indicativas no Metro, sinais de transito recipientes do lixo da CML existe inscrito esse nome, o que por lei é punido.
    Nessa altura fiz comentário neste jornal que até indicava o D.L., mas pelos visto fez-se nada se fez.
    dete-lo e obrigar estes pessoa a limpar tudo e depois envia-lo para o seu país.

  • José Btita
    Responder

    PRENDER ESTES VANDALOS. Cinco anos de pena efctiva, o minimo com trabalho forçado a limpar graffitis.

  • Luisa
    Responder

    Estou a sentir UMA ENORME RAIVA, filho da PUTAAAAAAAAAAAAAA.
    Antigamente dava pena de prisão, a quem colava cartazes, uma coisa que até era facil de tirar, agora tinta nas paredes, janelas, monumentos.
    É UMA VERGONHA PARA LISBOA-PORTUGAL, o estado vergonhoso que se encontra a cidade.
    Este filho da PUTAAAAAA, porque é que não vai pintar as paredes e monumentos do seu pais. Vai-te embora VANDALO, SE EU TE ENCONTRASSE A PINTAR A PAREDE DO MEU PREDIO PARTIA-TE TODO. ARTISTA do esgoto.

  • PG
    Responder

    Um italiano a sujar Lisboa, é como o meu vizinho deixar o lixo à porta de minha casa.
    Que seja um artista, que expresse a sua arte, mas não nos nossos prédios por favor.

  • BE´LAKOR
    Responder

    GECO

  • Jorge
    Responder

    G.grande egoista-g-FILHO DA Putaaaa
    E.estupido
    C. cabrão
    O.otário

  • Q
    Responder

    este italiano nao vai durar muito.

  • MF
    Responder

    Italianos sempre foram uns porcos sem nenhum respeito pelos outros. Nao vai durar muito.

  • Elena
    Responder

    E não é pior lixo gráfico toda a PUBLICIDADE com a que estamos a ser bombardeados?
    Eu gosto caminhar pela cidade e sorprenderme. Gosto ver um tag do Geco num predio bem alto e abandonado e imaginar como ele conseguiu fazer para pintar isso ali.
    Lembro ver um tag dele na almirante reis e sorrir ao pensar que o seu nome era perfeito para o lugar onde estava. Como foi que subiu ali? ah era um Geco 😉
    Por favor não gastem o dinheiro público em limpar o que com muita habilidade e talento outros fazem.
    Sejam do país que sejam, por favor, quando não há argumentos sempre se fala de nacionalismos, qué estupidez. O nacionalismo cura-se viajando, vão dar uma voltinha, vejam por exemplo em Paris os tag que encontram nos telhados, ou em Berlim, ou…. ∞
    Que apaguem os grafittis perto das escolas? por favor deixem as crianças que ainda são inocentes alimentar sua IMAGINAÇÃO.
    Sua vida é muito aborrecida malgastar seu tempo em por queixa sobre isto quando há questões muito mais importantes a se passar nesta cidade, como por exemplo a especulação inmobiliaria, juntem-se para isso e façam queixa, nao sejam burros!
    Antigamente não se podia nem por um cartaz na rua, certo, mas não se esqueçam que eram os tempos do fascismo, não façam que chegue outra vez esta época cinzenta e obscura.

    • Valdemar Gomes
      Responder

      A todos esses escrevinhadores de paredes e destruidores de património particular e público deveriam ser obrigados por lei a limpar os “hieróglifos” postados e depois uma martelada nos dedinhos por cada lata de sprays em seu poder, se os das mãos não chegarem os dos pés também servem.
      Quanto ao italiano e uma vês que é “cidadão europeu” deveria ser expulso do país como persona não grata com um pontapé nos respectivos tintins, de modo a não mais se pôr de pé para estragar as paredes do nosso país.

      Elena- quando a parede exterior de sua casa for “embelezada” pelos talentosos predadores e for obrigada por postura municipal a pintar e recuperar a cor original talvez a defesa desses mentecaptos na base do tempo do fascismo, possa gentilmente oferecer também as paredes interiores de sua casa depressa seria adepta da tal placa proibindo a postura, quer de cartazes, pinturas ou outras “manifestações artísticas” mas com habilidade e talento uns tempos a limpar a m€rd@ postada ou a depositá-la em sua casa para poder admirar os benefícios de tal beleza artistica.

      • Elena
        Responder

        Ó Valdemar que grande e maléfica imaginação tem, parabéns.

      • Xico
        Responder

        Valdemar, parabens pela noçao e por favor ignore aquele troll.

      • José Pimpão
        Responder

        Muito bem! Os parolos tem dificuldade em ler algo assim!…

    • J. Fernandes
      Responder

      Pois eu não gosto de ser surpreendido por uma cambada de arruaceiros que não respeitam nada nem ninguém. Não gosto de desperdiçar dinheiro dos meus impostos a limpar o que os outros sujam sem qualquer razão que não seja a vontade de mostrarem uma total falta de respeito pelo que os rodeia.
      No caso concreto deste senhor pode voltar paea Itália e entreter-se a continuar a destruição por lá, e os outros todos que se mudem para Marte pois não fazem cá falta nenhuma. Enoja-me o ar de degradação que estas ações criam e envergonha-me a passividade das autoridades portuguesas, de forma generalizada, por todo o País. Responsabilidade financeira pela reposição dos espaços ou bens adulterados, coimas e serviço cívico são medidas que de certeza iriam conter esta barbárie. É bom não esquecer que a liberdade de uns não pode desrespeitar a liberdade de outros.

      • Elena
        Responder

        J.Fernandes, mudamos todos para italia e para marte e fica sozinho numa cidade bem limpinha, tão bom. Mas vai se aborrecer de não saber de que se queixar, vai-se então a auto-questionar?

        • José Pimpão
          Responder

          Seja explicita: Defende as cagadas das pinturas? Nota: Eu gosto de Grafits mas a sério e em locais que não estrague algo.

      • Marte
        Responder

        Esta Elena nao se toca mesmo…basta ver pela falta de argumentos. Seria bom nao termos mais este problema dos graffitis, mas mude-se voce para italia que o salvini logo mete pessoas como voce e aquele geco no seu lugar. Alias, nao é à toa que ele veio para a republica das bananas…ate ao dia que aparecer um salvini em portugal e gente como ele sofra as consequências.

    • Catarina de Macedo
      Responder

      Elena,

      Se gosta de rabiscos nas paredes, então ofereça a sua casa para ser riscada de alto abaixo com “Amo-te X” e “X esteve aqui” entre outras formas “criativas” de “imaginação”.

      Agora vir dizer aos outros que não querem, para aceitarem isso é imposição. E numa democracia não pode haver imposições a ninguém mesmo que sejam consideradas formas de arte por quem as faz. As pessoas são livres de escolher e não podem ser obrigadas a ter as paredes das suas casas, ruas e cidades riscadas porque meia dúzia acha que sim. Isto claro está, para quem se convence que paredes riscadas são bonitas. 90% Não pensa assim porque de facto não é. Descaracteriza os lugares. É poluição visual. Mas enfim. Já se falarmos no que é feito em património, isso ainda é mais grave porque é um atentado contra a história e cultura portuguesas. Edifícios históricos que existem há séculos, que resistiram à passagem do tempo, a gerações inteiras que já foram, a guerras e a toda uma série de acontecimentos, serem hoje danificados por homens estúpidos com mentalidade das cavernas (porque esses é que gostavam de riscar pedras) que já deviam era ter idade para se comportarem como os adultos que são, é completamente abominável. Mereciam uma pena pesada efectiva de forma a que servissem de exemplo para todos os que acham que os seus gostos pessoais têm de ser aceites por todos, mesmo que venha estragar património que é de todos e que venha implicar gastos de dinheiro público pago por todos os contribuintes que deviam estar a ser gasto em coisas mais importantes (como saúde e educação ou até habitação) do que na limpeza de paredes. Para quem faz rabiscos, não lhes interessa os milhares de euros que a CML gasta na limpeza de paredes, que se somados por todos os rabicos que há na cidade por limpar, podiam ser usados, por exemplo, para construir habitação acessível e tirar da completa miséria famílias que se viram arruinadas com a subida dos preços nos arrendamentos ou que viram os seus contratos de habitação terminar para dar lugar a hostels. Pessoas de idade, que no fim da vida sem qualquer apoio se vêem sem casa para onde ir, pensando já que vão morrer contra a sua vontade, longe do sítio de onde sempre viveram. Nessas pessoas os “artistas” já não pensam não é? Todos os artistas são egoístas porque querem respeito pela sua “arte” sem respeitarem ninguém. Gostam da cidade? Então façam o favor de a respeitarem e respeitar quem cá vive. Arte é quando o artista tenta fazer algo belo para ser apreciado por todos. Não é fazer uma porcaria qualquer e dizer aos outros que têm de aprender a gostar porque é “arte”. São um bando de primatas que andam à solta e fosse noutros países fora da UE, já tinham era a mão cortada para não voltarem a fazer outra.

      Já agora, pela maneira como escreve, dá a entender que a Elena não é portuguesa. O que para mim só revela uma falta de respeito maior para com este país e esta cidade. A maioria dos portugueses é contra isto e depois vêem estrangeiros como o Geco e a Elena defender que se estrague a cidade porque gostam? Não sabe quem “em Roma deve-se ser romano”? Se as pessoas daqui não gostam, respeitem as pessoas que cá vivem. Não venham para cá impor algo que não faz parte da nossa cultura. Se gostam de paredes riscadas, então vão riscar paredes para os vossos países de origem, que nós aqui não temos nada a ver com isso. Já nos bastam os primatas oriundos de cá para nos causar problemas, os de fora dispensamos porque só vêm fazer monte.

  • Valdemar Gomes
    Responder

    A todos esses escrevinhadores de paredes e destruidores de património particular e público deveriam ser obrigados por lei a limpar os “hieróglifos” postados e depois uma martelada nos dedinhos por cada lata de sprays em seu poder, se os das mãos não chegarem os dos pés também servem.
    Quanto ao italiano e uma vês que é “cidadão europeu” deveria ser expulso do país como persona não grata com um pontapé nos respectivos tintins, de modo a não mais se pôr de pé para estragar as paredes do nosso país.

  • Carlos Silva
    Responder

    Foi com todo o gosto que hoje removi um autocolante do “artista” de uma papeleira. Só gostava de o encontrar enquanto espalha a sua obra para o ir “cumprimentar”. Inútil.

  • Elena
    Responder

    Ó Valdemar que grande e maléfica imaginação tem, parabéns.

  • Xico
    Responder

    Esta elena é um troll e amiguinho desse Geco, nota-se a leguas. Que cringe. Acho sempre piada a estes trolls porque quando nao têm argumentos dizem ao pessoal para viajar, como se ja nao o tivéssemos feito ( Paris, das cidades mais sujas da Europa, e berlim tambem caminha para aí, já para nao falar que foram ambas alvos de ataques terroristas..).
    Esse tipo de discurso é tambem uma maneira de aqueles que sao privilegiados ou betinhos chamarem ignorantes aos que nao têm possibilidades de viajar. Engraçado como aquele terrorista australiano viajou e nao curou o seu nacionalismo e ignorância, como tantos outros casos.

    Depois de eu ter visitado Japao e a Islandia apercebi-me que pessoas como esta “Elena” estão atrasadas mentalmente, mas tendo em conta a marca que o fascismo deixou no nosso povo, nao me surpreende, Hoje qualquer coisinha que façam é arte, tal como aqueles rappers que usam auto tune e cantam cançoes com letras machistas sao considerados artistas e dominam o mainstream musical, e são bastante populares entre estes graffiters.

    Por favor, gastem o dinheiro público em limpar o que com nenhuma habilidade e talento outros fazem. Sao gajos narcisistas que procuram a atenção que nunca tiveram em casa ou entre amigos. O turismo em sitios como Polonia, Republica checa e outros lugares da europa de leste subiu precisamente por serem seguros e terem cidades lindissimas, limpas, coloridas, com uma cultura tradicional que é respeitada.

    Por favor, apaguem os grafittis perto das escolas, deixem as crianças que ainda são inocentes viver num país limpo onde impera a civilidade e educaçao, o respeito pelo proximo. Nao queremos ser um país de terceiro mundo onde invadir a propriedade alheia é considerado normal. Parem de copiar tudo o que de mau vem dos USA.

    Os que apoiam este graffiti e marcas sao os mesmos que atiram lixo para o chao e alimentam a poluiçao. Lisboa é linda e merece respeito. Se nao formos nos a defender a nossa cidade, ninguem o fará, nem mesmo os politicos que so pensam em dinheiro. FAÇAM MAIS QUEIXAS.

  • Elena
    Responder

    Senhor Xico,
    Não tenho a sorte de conhecer em pessoa ao Geco mas vose parece que já sabe todo, sabe que eu sou amiga dele, sabe que sou um troll, sabe tantas coisas!
    É muito simples Xico, não concordo com todos estos comentarios contra o Geco, mas sobretudo, não concordo com que se argumente que Geco é estrangeiro, porque que mais da de onde é ele. Nao gostas do que faz, pois não gostas, mas nada tem a ver com o lugar onde uma pessoa tem nascido. Chama-se nacionalismo e quando digo que cura-se viajando não estou a inventar nada, Pio Baroja e Unamuno falam de esto e não posso concordar mais.
    Falta educação, falta muita coisa aqui para conseguer perceber, estou a falar da criatividade e do sentido estético entre outros. Vee-se nas ruas e nas mentes limitadas das pessoas. Falta curiosidade, falta o sair da zona do conforto, falta o auto-questionar, falta muita coisa para poder ver ao Geco com a pessoa criativa e curiosa que é.
    Mas para isso tem de passar muito tempo, infelizmente parece que o fascismo esta ainda muito presente.
    Querem fazer juizo publico?, apedrear ao Geco em praça publica?, fico mesmo asustada e envergonhada dos comentarios que li. “que limpe com a lingua, etc. so falto dizer 100 chicotadas…
    O problema desta cidade não é ter pinturas nas paredes o problema é sobre a habitação e o turismo em massa a invadir o centro da cidade, o problema é a especulação inmobiliaria isso sim que são a serio problemas pelos que a gente deberia juntarse!
    Boa noite.

    Senhor Xico fico muito contenta que tenho podido viajar muito, até o japon e tudo, parabéns, mas…isto serve para argumentar o que?
    Ora bem, Não tem nenhum direito de chamar-me atrasada mental por não concordar. Seja respetuoso se quiseres que os seus argumentos servan para construir alguma coisa. Olhe ao espelho quando chame aos outros de troll.
    Um abraço a todos e espero nunca encontrarme com nenhum de voces na rua quando esteja a escrever coisas bonitas nas paredes.

    • João Fernandes
      Responder

      Cara Elena,

      É demasiada presunção achar que a sua visão para as cidades está certa e a de todas as outras pessoas que aqui exprimem opiniões está errada. A Elena claramente desvaloriza as opiniões contrárias, tratando-as como “ignorantes”, “incultas”, “Nacionalistas” ou de gente “pouco viajada” … este último caso torna por demais óbvio porque é que o Xico referiu ter estado no Japão e Islândia … então num post anterior a Elena manda as pessoas “dar uma voltinha” e depois pergunta o que é se estar a argumentar ? A Elena não procura o debate e a discussão, procura meramente a confrontação … Troll ? Não vou tão longe mas percebo perfeitamente porque é que lhe chamaram isso.

      • Zé Povinho
        Responder

        Eu aponto para criaturas com Psicose, desde que deixou de haver manicómios, é aplicada uma terapia-injecção para controlar os doentes mentais, sem internamento. Acontece que não é suficiente, pois em casos de 3º Grau, podem até ir ao assassínio. Esta criatura denota, na sua escrita, grande grau de perversidade e ódio. Além de ser adepta da sujidade e porcaria. Em New York, aqui há anos, um Presidente da Camara, relacionou A CRIMINALIDADE, com os indivíduos que faziam o vandalismo dos tais TAGs ! Através da Policia cientifica, conseguiram detectar e PRENDER esses vândalos, prendendo-os e internando-os! Após as prisões, já em 2001 se podia passear por Nova Iorque, com segurança, eu comprovei isso! Qual artista qual quê, cambada! Prisão com essa escumalha!

  • Manuel
    Responder

    Para quando se planeia fazer uma lista de assinaturas para ir a debate no parlamento a ver se aprovam leis mais pesadas contra essa cambada?
    O problema e que ate o BE e os Comunistas usam os tags como instrumento politico! E horrivel parecemos um pais de 3 mundo!!!!

    • Dirceu Pinto
      Responder

      Ainda bem que alguém pôs a queixa em andamento, das coisas mais importantes é que não se considere o lixo nas paredes como normal ou inevitável. Temos de evoluir para uma ter uma cidade limpa e onde há direito a paredes em condições.
      O problema com o Geco e outros não é a nacionalidade, a mim chateia-me ver os tags por todo o lado seja aqui ou em Roma ou em Paris. Não estimulam a imaginação de ninguém, estimulam é o egoísmo e desprezo pelo que é público e disso não há falta nenhuma! Na Rua da Escola Politécnica andaram a pintar paredes na semana passada e menos de 8 dias depois já lá andaram a sujar. Espero que não demore outro ano até voltarem a pintar.

  • Jorge
    Responder

    Grafittis poderão ser arte. Tags não são arte! São a negação da arte e são só pequenas, mas sólidas, sugestões de um egocentrismo desmedido e mal orientado. Casos que qualquer psicanalista certamente analisaria “a gusto”. Poderão, quanto muito, ser uma forma pouco válida, e pouco original, de protesto…
    Mas um tipo de protesto que é certamente mais óbvio em países em que há pouco espirito cívico, pouca consciência social e pouca consciência política. Nos “outros” protesta-se normalmente de forma mais vocal e certamente mais coerente. Portanto se há lei e a destruição de “património” é ilegal, que se faça aplicar a lei. Nada mais!! O correcto e mais válido será por isso que nos juntemos aos “Vizinhos em Lisboa” e que forcemos a aplicação da lei.
    Quanto ao facto de haverem ainda movimentos políticos em Portugal, com representação parlamentar, que em 2019 ainda utilizam o “pintar paredes” como arma de arremesso político… podemos ler o que quisermos, mas que é no mínimo invulgar… lá isso é!!
    E cara Elena, os seus argumentos não são “gostos” e ainda menos serão argumentos… parecem sim panegíricos sem fundamentos e, certamente, sem qualquer substância!!

    • Luca
      Responder

      Jorge, não gaste o seu tempo com uma senhora que não sabe escrever português e muito menos interpretar um texto. Nem consegui ler tudo!! A senhora Elena é a prova de que o analfabetismo é um grande problema que está bastante presente e esquecido na nossa sociedade…“É difícil libertar os tolos das correntes que eles veneram”

  • José
    Responder

    Cara Elena,
    Se este anormal fizesse um garffiti na sua persiana, parede do seu predio. GOSTAVA???

    • Elena
      Responder

      Jose, vamos deixar de insultar a gente e respeitar opinioes diferentes, eu acho…. respondiendo a sua pergunta: nao me importa nada que Geco pinte na cidade, nada desta cidade é da minha propiedade.

      • Jorge
        Responder

        Cara Elena, aí está a sua latente falta de consciência cívica… não tem só a haver com a propriedade individual. O espaço público é de todos nós. E os seus direitos, sejam eles quais forem e a menos que se incluam nos poucos que são universais, o que não é o caso, terminam quando chocam com os meus. Esta conversa não tem qualquer relação com gosto, mas tão só e somente com respeito por cada um e com parâmetros legais. Enquanto a senhora não perceber isso estamos só a perder tempo… como se costuma dizer em Portugal “a olhar para o lado”…

    • Luca
      Responder

      José, não perca tempo com uma pessoa que nem sabe escrever em português.

  • Vea
    Responder

    Um amigo meu conhece esse “líder” da Geco e pelos vistos esse lider é má pessoa. O problema nao é so a especulação imobiliaria, este tipo de vandalismo e lixo visual tambem é um problema e as queixas nao sao so de portugueses mas de estrangeiros.
    O que esse senhor faz nao é arte, ninguem se vai lembrar dele daqui a uns anos e por mais que tente nunca vai conseguir ter um impacto na sociedade dessa maneira. Pergunto-me o que é que impediu esse Geco de continuar por italia…ja era conhecido pela policia? A justiça cumpre o que diz? Felizmente a tecnologia está cada vez mais avançada e vao surgindo maneiras de remover essa porcaria facilmente e automaticamente. Se quiserem ver arte, visitem alguns bairros do país onde varios artistas de graffiti espalharam a sua arte. Espero que os lisboetas continuem a fazer queixa e a lutar contra esse lixo. Vamos, por uma vez na vida, parar de copiar outra “arte” que nasceu graças aos americanos mas que nao tem qualquer influencia positiva na sociedade, vamos limpar a nossa cidade e ganhar auto estima.

  • Zé Povinho
    Responder

    Em New York a Policia relacionou a CRIMINALIDADE, com estas criaturas-doentes que sujam as paredes com Tags . Depois de detectados e internados, esses vândalos, deixou de ser uma cidade perigosa!

  • Paulo Só
    Responder

    Não há que ter opiniões a esse respeito. As autoridades deveriam apenas cumprir a lei da República. A lei não está sujeita a opiniões. A lei é democrática, foi aprovada pelos nossos representantes eleitos. Esse cavalheiro ou obedece à lei ou terá de arcar com as consequências. Existe da parte da CML e da polícia uma cumplicidade culposa. Não interesse se esse energúmenos se diz artista. Os “artistas” não têm um estatuto que os dispense de obedecer à lei. Depois queixem-se se aparecerem por aí fascistas q uerer fazer justiça com as próprias mãos. Se esse cavalheiro acha por alguma razão que deve continuar a fazer isso, então deve consentir em pagar as consequências. Seria aconselhável também que a Embaixada italiana, representante de um governo fascista, entrasse em contato com esse seu natural e o pusesse na ordem.

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