As carrinhas grafitadas de Lisboa
Inicialmente, era só nas paredes de edifícios e em muros. Depois, passou também a incluir peças de mobiliário urbano. No último par de anos, porém, tem-se vindo a assistir ao alastrar do que parece ser uma nova tendência do graffiti e dos tags em certas zonas de Lisboa – com especial incidência na eixo da Avenida Almirante Reis –, replicando uma prática comum em diversas metrópoles europeias. Sem autorização dos proprietários de carrinhas, as mesmas convertem-se em telas sobre rodas.
As pinturas em furgões estacionados naquela zona – embora haja outras áreas onde as mesmas acontecem -, são feitas sobretudo à noite, recorrendo ao aerossol e às pichagens com marcadores. E tornaram-se cada vez mais visíveis. Os actos de vandalismo sobre os veículos de carga, através desta forma de expressão gráfica, afectam sobretudo pequenos comerciantes, parte dos quais lojistas de mercearias asiáticas. Mas há também empresas afectadas. A fotógrafa Paula Ferreira saiu à rua para captar evidências desta prática.