Petição pede “acção imediata sobre os traficantes no centro histórico de Lisboa”
Uma petição online, lançada nesta quarta-feira (11 de Março), por um cidadão, e tendo como destinatários a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a ministra da Administração Interna e a presidente da Assembleia da República, pede que as autoridades tomem medidas contra a “cada vez mais notória e escandalosa presença de pretensos traficantes de droga a agir no centro histórico de Lisboa, com particular incidência na Rua Augusta, Terreiro do Paço e Restauradores, com uma impunidade quase total”. No texto, “pede-se aos destinatários desta petição que parem de invocar incapacidade de resolver um problema e trabalhem no sentido de o resolver”.
“Tão escandalosa como esta presença é a assumida incapacidade que as autoridades e CML, através da figura do vereador da Segurança, o Sr. Carlos Castro, têm em agir sobre estes indivíduos”, diz o texto que motivou a recolha de assinaturas, numa referência às recentes declarações do autarca, em que este se dizia impotente para pôr cobro à proliferação de indivíduos abordando os transeuntes na Baixa e no Bairro Alto, para supostamente lhes venderem estupefacientes. Isto porque, após tais pretensos traficantes serem interpelados pelas autoridades, disse o vereador, percebe-se que “o que eles estão a vender às pessoas é louro prensado, aspirinas esmagadas e sacos de farinha”.
Mas o peticionário, o cidadão João Fernandes, acha que tal não é argumento. “O que esta petição pretende é que as autoridades competentes e as entidades responsáveis trabalhem no sentido de contornar ‘vazios legais’ e obstáculos que impedem a resolução do problema. A solução não é admitir que não se pode fazer nada mas sim trabalhar, pensar, reflectir e solucionar o problema. Não acredito e recuso-me a acreditar que é impossível fazer algo … se é possível passar multas a artistas de rua, de certo que é possível legislar no sentido de retirar esta nódoa das ruas da cidade de Lisboa”, diz a petição.
“A postura de nada fazer perante este problema é escandalosa. As autoridades competentes e órgãos de gestão da cidade têm a responsabilidade de agir no melhor interesse dos cidadãos e/ou munícipes e tal não está a acontecer. O que se está a passar é uma postura de conformidade que vai resultar na continuação da situação tal como está ou até num agravamento da mesma”, diz ainda a petição, que, na tarde desta quinta-feira (12 de Março), ainda só havia sido assinada por 18 pessoas.