Apesar de estarem a sentir o peso das novas taxas municipais na factura da água, os lisboetas têm agora acesso a uma leve garrafa de plástico vendida pela Empresa Pública das Águas Livres (EPAL). Acaba de ser lançada a gama Watercolors, actualização do modelo “Fill Forever” destes recipientes feitos para encher com água da torneira. A ideia é ajudar na poupança do líquido, assumindo-se assim o seu uso como uma opção “mais barata, conveniente e amiga do ambiente”. Formada por seis cores diferentes – azul, rosa, amarelo, laranja, verde e vermelho –, a linha fornecida aos lisboetas pretende “promover o consumo de água da torneira, na praia, no campo, no ginásio, no escritório ou qualquer outro local”.

A garrafa, feita a partir de material reciclável e pesando apenas 27,5 gramas, foi concebida, segundo a EPAL, para facilitar o consumo da água da torneira. Trata-se da actualização de uma gama inaugurada em 2014. “Todos os pormenores do seu design foram considerados no seu desenvolvimento, de modo a otimizar a quantidade de material e energia utilizados na sua produção. Deste modo, criou-se uma garrafa de forma exclusiva, e inspirada numa cascata de água, e extremamente ergonómica”, diz o comunicado da empresa. Custa 1,5 euros e pode ser comprada na sede da EPAL, na Avenida da Liberdade, e também no Museu da Água, na Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, na Rua do Alviela, 12.

Desde o início do ano, os consumidores domésticos e as empresas sentiram um grande agravamento dos valores constantes das suas facturas da água, enviadas pela EPAL. Isto porque nas mesmas passaram a constar os montantes actualizados das taxas aprovadas, no final de 2014, pela Câmara Municipal de Lisboa e agrupadas na factura sob a rubrica “Contas de Terceiros”. Tal item, que não está directamente relacionado com o consumo primário de água, inclui também agora a cobrança da Tarifa de Saneamento, antes paga numa factura à parte, e a nova Tarifa de Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Muitos consumidores viram a sua factura passar para o dobro. Por causa disso, há diversos comerciantes a considerar cortar o abastecimento de água nos seus estabelecimentos.

Texto: Samuel Alemão

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