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“Não consigo ir para uma casa maior” – Apesar da Cozinha Popular (Uma parceria O Corvo + Qi News, com Lisboa no centro)

REPORTAGEM
Samuel Alemão

Textos

URBANISMO

VIDA NA CIDADE

Santa Maria Maior

5 Janeiro, 2018

O Corvo prossegue hoje a sua colaboração com a produtora de conteúdos factuais Qi News, com a qual iniciou uma parceria regular. Desta vez, partilhamos a segunda micro-reportagem da série Qi News Apesar da Cozinha Popular, centrada nos impactos causados pelas fortes alterações no mercado imobiliário, na comunidade da Mouraria, e em particular na instituição que dá nome à série. Intitulada “Não consigo ir para uma casa maior”, a micro-reportagem debruça-se sobre o caso de Margarida, residente no Intendente e colaboradora da Cozinha Popular da Mouraria.

O centro de Lisboa está a mudar, radicalmente, à frente dos nossos olhos. Todos os dias, são comprados e vendidos dezenas de apartamentos, prédios e espaços comerciais que são, depois, convertidos em casas para alojamento local, hostels, e lojas ou cafés virados para o visitante endinheirado e passageiro.

O tecido urbano está transformado. Onde, antes, havia associações locais (por vezes, com valor histórico relevante), restaurantes familiares, creches, serralharias, costureiros e sapateiros, há agora ruas inteiras dedicadas exclusivamente a pastéis de nata, azulejos e bonés de cortiça.


Esta pequena série de três webisódios – “Apesar da Cozinha Popular” – apresenta alguns casos, contados na primeira pessoa, relacionados com o processo de gentrificação no bairro histórico da Mouraria, bem no ventre da cidade de Lisboa.

Acompanhámos várias pessoas envolvidas com a Cozinha Popular da Mouraria – uma associação que trabalha activa e directamente na integração de pessoas mais vulneráveis no mercado de trabalho –, para saber mais sobre esta realidade.

As alterações às leis das rendas, a pressão de um mercado imobiliário altamente especulativo, a re-orientação das massas de turismo, os benefícios fiscais atribuídos a pensionistas de outros países europeus e medidas atractivas para investimento estrangeiro – como os polémicos “Vistos Gold” – são algumas das forças que se juntaram para formar uma tempestade perfeita, que está a empurrar os lisboetas mais vulneráveis para os dormitórios da grande periferia da capital.

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