A partir de agora, sempre que alguém quiser saber quais as lojas tradicionais existentes na Mouraria, conhecer os seus produtos e serviços, e beneficiar de promoções que venham a realizar, basta consultar o portal Retalhos da Mouraria (www.retalhosdamouraria.pt). O sítio, que estará a funcionar a partir deste sábado (29 de outubro), pelas 15 horas, apresentará, nesta primeira fase, um conjunto de duas dezenas de estabelecimentos comerciais, mas tem como objectivo colocar online a grande maioria dos pequenos negócios do bairro, até ao final de 2017. “Queremos massificar a presença das lojas desta zona no portal, dando-lhes assim uma presença na internet que, até agora, não tinham. Mas sempre com a preocupação de o fazer de forma faseada, para garantir a diversidade da oferta”, explica ao Corvo Filipa Bolotinha, dirigente da Associação Renovar a Mouraria (ARM), criadora do projecto, financiado pelo programa BIP ZIP da Câmara Municipal de Lisboa.

 

O novo sítio de promoção do comércio local nasceu após ter sido identificada a sua necessidade por parte dos responsáveis da ARM. “Sabemos que a Mouraria tem estado a atravessar um grande processo de transformação, de regeneração, o que fez com que tenha entrado na moda e levado à abertura recente de cada vez mais lojas, com características mais trendy, mais viradas para o turismo. Ora, temos que garantir que os lojistas que aqui estão saberão estar à altura, comunicando a sua existência”, defende a dirigente associativa. A mesma sublinha a “necessidade extrema”, identificada após contacto com os comerciantes, de criar uma presença online para todos eles. Um carência de visibilidade que será agora suprida pelo Atelier Ideal da ARM, novo gabinete de comunicação local criado pela associação. Além do apoio a estes pequenos negócios, o atelier fará trabalhos de comunicação para outras organizações, como forma de garantir a sua sustentabilidade.

 

 

A ideia do Retalhos da Mouraria passa por, antes de mais, mostrar quão rico e diverso é o comércio do bairro – até por aquela ser uma zona com uma grande diversidade cultural -, dando-lhe a visibilidade em falta. “Apostar na economia local é fundamental para manter o bairro vivo. Por isso, queremos reforçar a existência das lojas tradicionais”, diz Filipa Bolotinha, reconhecendo ser um grande desafio manter o projeto ativo. Uma das forma de o conseguir será através da criação de dinâmicas cruzadas de promoções envolvendo os diversos estabelecimentos. Entre as participantes nesta primeira fase do projecto contam-se lojas tão distintas quanto as que vendem desde especiarias a bijutaria, gastronomia do Bangladesh, azulejos portugueses dos anos 50, artistas de ilustração, ou outros produtos como especiarias, rebuçados de gengibre ou incenso do Nepal.

 

Texto: Samuel Alemão          Fotografia: Carla Rosado

 

  • João Barreta
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    Neste projeto, aquilo que, para já, mais o pode valorizar e distinguir, nesta primeira fase de lançamento, é o facto de se assumir, sem reservas, a designação de comércio tradicional, associando-a ao bairro, pelo que é comércio tradicional, é comércio local e é comércio de proximidade. Em suma, é comércio que interessa localmente dinamizar, não só pelas tradições que contempla, mas também pela sua evidente …”proximidade”. Bem hajam, pelo … exemplo !

  • Carlos Maciel
    Responder

    Comércio tradicional da Mouraria passa a ser promovido por um portal comunitário https://t.co/wWB4rBK72j

  • Rui
    Responder

    Se o comercio tradicional seja onde for, é igual ao da foto, então estamos conversados….

  • João Barreta
    Responder

    UM DOS PROBLEMAS DO DEBATE EM TORNO DO TEMA – COMÉRCIO, RESIDE TAMBÉM NESTE TIPO DE ARGUMENTAÇÃO – A FOTO !
    POR SE ANDAR HÁ DÉCADAS A DISCUTIR FORMA(S) EM VEZ DE CONTEÚDO(S), É QUE SE CHEGOU A ESTE PONTO, EM QUE NEM OS CRENTES SABEM DEFENDÊ-LO, NEM O S DESCRENTES ESQUECÊ-LO!

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