Uma visita à Estufa Fria de Lisboa, um oásis urbano num Outono quente

PORTFÓLIO


Paula Ferreira

Fotografias

AMBIENTE

Avenidas Novas

8 Outubro, 2018

O regresso à rotina, depois do período de férias estivais, é uma inevitabilidade ditada pelo calendário. Mas o tempo meteorológico tem, nos últimos anos, dilatado a sensação de gozo do veraneio, com as temperaturas altas para a época a sugerirem que a estação termina já bem dentro do Outono. Trabalhar e estudar em tal ambiente, mais convidativo à evasão do bulício citadino, nem sempre se revelará tarefa fácil. A solução para melhor aguentar o desfasamento do ciclo das estações poderá passar por fazer uma pausa e visitar a Estufa Fria de Lisboa, oásis urbano situado no coração da capital e do qual tantas vezes nos esquecemos. Inaugurada em 1933, sob projecto do arquitecto Raúl Carapinha, num terreno onde existira uma pedreira de extracção de basalto, e situada ao lado do Parque Eduardo VII, ainda antes deste ganhar em 1942 a configuração que lhe conhecemos, oferece o recato necessário para respirar fundo, antes de voltar a enfrentar o frenesim em redor.

A Estufa Fria de Lisboa deve o nome ao facto de a maior das suas divisões, a “Estufa Fria”, com uma área de 8.100 metros quadrados, não dispor de sistema de aquecimento, estando as espécies vegetais lá existentes protegidas das variações térmicas e da intensidade da luz por um ripado de madeira. Sob ele singram espécies autóctones de lugares tão díspares como a China, a Austrália, Antilhas, Coreia, Brasil, México ou Perú. Debaixo do mesmo tecto localizam-se ainda outras duas áreas: a “Estufa Quente”, com 3.000 metros quadrados, onde se podem encontrar espécimes tropicais tão populares, como o Cafeeiro , a Mangueira ou a Bananeira . A “Estufa Doce”, a mais pequena, com 400 metros quadrados, é dedicada às cactáceas, isto é, às plantas de folhas grossas e consistência gelatinosa, como os cactos. Um bom motivo para voltar a entrar neste jardim único em Lisboa pode ser visitar a exposição “À descoberta de uma nova espécie para a ciência”, dedicada a uma espécie de musgo encontrada por cientistas portugueses em 2005 e patente até 20 de Outubro.

Estufa Fria de Lisboa
Horário de Verão: 10-19h
Horário de Inverno (a partir do últim fim-de-semana de Outubro): 9h-17h
Última entrada: 30 minutos antes do fecho
Entrada Simples: 3,10 € (Vários descontos e isenções)
Domingos e feriados, até às 14h: Gratuito

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