Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos

por • 17 Maio, 2016 • Actualidade, Reportagem, SlideshowComentários (72)3841

Uma providência cautelar vai ainda tentar travar a tomada de posse administrativa, marcada para 23 de maio, de dois prédios que darão lugar à nova mesquita da comunidade do Bangladesh, a erguer junto ao Martim Moniz. O dono dos imóveis pede uma indemnização quase quatro vezes superior à oferecida pela Câmara de Lisboa, que deverá gastar 1,5 milhões de euros no templo. Fala em grandes prejuízos económicos e diz-se disposto a resistir até ao fim ao que considera ser uma grande injustiça. Os seus inquilinos, dois dos quais bangladeshis, têm a sobrevivência económica ameaçada. Advogada do senhorio diz que a CML tratou o processo “às três pancadas”.

 

Texto: Samuel Alemão

 

A angústia no rosto de Shah Mohammed Rahmatullah, 48 anos, em escassos instantes toma o lugar da incredulidade ostentada há um par de minutos. E faz passar para um plano secundário a amarga ironia de este cidadão do Bangladesh, a residir em Lisboa há nove anos, se encontrar na iminência de ver a vida profissional e pessoal desmoronar-se no espaço de uma semana, devido à projectada construção da nova mesquita que servirá sobretudo os seus compatriotas da zona da Mouraria. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai expropriar o seu senhorio, no dia 23 (segunda-feira), pelas 16h, e, por isso, ele terá de sair do sítio onde tem uma loja, que sustenta a família, mas também o seu sócio e cinco empregados.

 

“Veja, ela já tem o visto pronto e tudo. Chega no dia 22 deste mês”, diz ao Corvo Shah, mostrando no ecrã do smartphone uma fotografia do passaporte da mulher, já devidamente visado pela embaixada portuguesa em Nova Deli. Ela aterrará, com os dois filhos, no aeroporto Humberto Delgado, na véspera da tomada administrativa do prédio onde funciona o seu negócio de comunicações e informática, na Rua do Benformoso. A câmara oferece-lhe uma indemnização de 42.500 euros pela perda de posição de arrendamento, mas o empresário diz que tal valor é insuficiente para o prejuízo que se avizinha. “Não preciso desse dinheiro, preciso é do negócio. Como é que vou sustentar a minha família e como é que estas pessoas vão viver?”, questiona.

 

“Pagamos impostos e segurança social em Portugal, não nos podem fazer uma coisa destas. Não estamos a roubar ninguém, precisamos de trabalhar”, afirma Shah M Rahmatullah, tentando esconder o melhor que pode um misto de raiva e ultraje. “A comunidade é importante, mas antes dela venho eu e o meu negócio. De que serve a comunidade, se nós não sobrevivermos?”, pergunta Shah, que foi informado da situação por António Barroso, o proprietário do imóvel onde está instalado o seu negócio, quando este conversava com O Corvo, à entrada da agência de viagens de Afzal Mohammed, 58, empresário natural de Moçambique, que também se vê na iminência de sair, a troco de apenas 10.200 euros.

 

O que já há meses se adivinhava como uma questão de difícil resolução ameaça, agora, tornar-se numa situação de contornos de aguda crise pessoal para, pelo menos, uma dezena de pessoas: António Barroso e a mulher, Shah e a família, bem como os seus sócio e empregados, sem contar com os gerentes e funcionários da garagem da Rua da Palma, cujo senhorio é a CML. O plano da autarquia, iniciado em 2012, de fazer uma mesquita, e sob ela uma praça pública que ligará as ruas da Palma e do Benformoso – obra que, no total, custará 1,5 milhões de euros ao erário municipal -, chegou à fase em que é necessário desocupar os terrenos dos imóveis que hoje ali existem. A utilidade pública de tal operação foi aprovada pelo executivo camarário a 28 de Outubro passado.

 

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Afzal Mohammed com a carta a informá-lo da tomada de posse do edifício.

 

A tomada de posse administrativa das parcelas 4 e 5, correspondentes aos números 145 e 151 A e B, está marcada para as 16h da próxima segunda-feira (23 de maio). “Não saio daqui. Acho que tenho o direito de resistir até ao limite das minhas forças. Nem que seja a última coisa que faço”, jura António Barroso, 63 anos, sentado no pequeno gabinete das traseiras da sua loja de revenda de produtos de retrosaria, situada na mesma rua. “Já o disse e volto a dizer: não me importo que façam a mesquita, desde que me paguem o que é justo. Ou então arranjam-me um prédio, nesta zona, onde eu consiga tirar o mesmo rendimento que tenho agora”, explica, lembrando que toda a área em redor do Intendente se tem valorizado bastante, nos últimos anos.

 

O dono dos imóveis tem muito a perder. Além das lojas de Shah e Afzal, António Barroso arrenda ainda um espaço que é agora ocupado por um restaurante de comida bangladeshi e um armazém. Mas, além disso, num dos edifícios – que recuperou da ruína, obedecendo a apertadas exigências de preservação patrimonial impostas pela autarquia – tem ainda a sua residência pessoal e três apartamentos que aluga a turistas – tendo, em Março passado, pago 311 euros de taxa turística ao município. Calculado o valor patrimonial dos prédios e os rendimentos mensais de 6.050 euros tidos com os mesmos, António Barroso e a mulher Maria Luísa pediram à Câmara de Lisboa um valor indemnizatório global a rondar os dois milhões de euros.

 

Mas a autarquia entende que tal valor “excede consideravelmente” a quantia apurada como a certa pelos seus serviços: 531.850 euros. Ou seja, quase um quarto daquilo que o proprietário entende ser o justo valor. Tal disparidade, disse-lhe a CML, numa carta enviada a 12 de abril, “inviabiliza a consecução da expropriação amigável”, abrindo caminho à expropriação. Além disso, argumentava o despacho da Direcção Municipal de Gestão Patrimonial da edilidade, a contraproposta do senhorio “não pode sequer ser analisada pelo Núcleo de Avaliadores desta direcção municipal, dado que não foi acompanhada de relatório que sustente aquele valor”.

 

Uma argumentação que é recusada por Tânia Mendes, a advogada de António Barroso, que fala em graves falhas formais em todo o processo. “Essa fundamentação não é correcta, porque o Código das Expropriações não refere que seja obrigatória a apresentação de tal relatório de avaliação. O que o código diz é que esse documento pode ser apresentado, mas não o exige”, explica a jurista, considerando “inócua” e “feita a despachar” a resposta dada pelos serviços camarários. Esta é uma entre as diversas razões pela qual foi apresentada junto da CML uma reclamação formal. “Entendemos que não estão reunidos os requisitos legais para avançar com a posse administrativa”, diz, salientando que houve “várias questões formais que não foram respeitadas”.

 

A advogada explica que, dada a situação actual do processo, será necessário pensar numa actuação em diversas frentes, para além da já mencionada reclamação junto aos serviços camarários. “Neste momento, vamos concentrarmo-nos em duas vias. Num primeiro plano, e por ser uma situação mais próxima, apresentaremos uma providência cautelar, embora não saibamos se vai surtir efeito. Sobretudo numa situação em que se alega a utilidade pública da expropriação. Por outro lado, estamos a preparar uma acção, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, para requerer a nulidade do processo administrativo de utilidade pública”, informa a advogada, sublinhando o facto de “alguns requisitos legais não terem sido respeitados”.

 

Tânia Mendes, que acusa a Câmara de Lisboa de tratar este assunto “como se fosse apenas uma questão de números” e de lidar com todo o processo como se o mesmo se tratasse de “um facto consumado”, afirma que este é um bom exemplo de como a máquina do Estado se vira contra os cidadãos, em vez de os ajudar. “Da parte da câmara, fez-se tudo às três pancadas. O senhor Barroso nunca foi chamado para dialogarem com ele. Só lá fomos, em 2 de Fevereiro passado, por insistência da nossa parte”, explica a advogada, considerando que a CML acaba por deter um poder “quase diabólico”, ao fundamentar a sua decisão num “suposto interesse público” por ela decretado.

shapeimage_7Imagem da mesquita a construir projectada pela arquitecta Inês Lobo.

 

Para além do dirimir de argumentos relativos à legalidade do processo administrativo, o evidente desacordo entre as partes, no que a CML qualifica como “tentativa de expropriação amigável”, obrigará à constituição de um tribunal arbitral para a definição de um valor. O que poderá levar, depois, ao travar de uma batalha judicial nos tribunais civis em torno dos montantes considerados justos para a tomada de posse administrativa. Tanto este processo como o que vier a correr nos tribunais administrativos poderão demorar anos.

 

Mas António Barroso afirma-se resoluto na defesa do seu património, salientando que apenas defende o que é seu e da sua família. Apesar de não se cansar de sublinhar que nada tem contra a construção da nova mesquita, questiona a necessidade da mesma. “Já falei com diversos membros da comunidade do Bangladesh, que me dizem que não têm dinheiro para pagar a parte que lhes caberá do novo templo. Ainda por cima, até porque ainda nem sequer conseguiram pagar as obras na mesquita que existe no Beco de São Marçal” – uma das duas pequenas mesquita existentes na Mouraria, e que deverão dar lugar ao novo templo.

 

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72 Responses to Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos

  1. Tuga News Tuga News diz:

    [O Corvo] Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos https://t.co/pe2pLaV4MO #lisboa

    • alice lages diz:

      Isto é demais!!!! Mas a Câmara agora virou dona de tudo, e o proprietário? E não percebi… o dinheiro para a construção quem vai dar?????

      • Acorda POVO diz:

        o tuga ou esperavas que o fossem o gastar em São José no hospital em ruinas

      • VMMAIA diz:

        Quem vai dar?
        EU, Tu, Nós

        Eles não!
        O tuga paga…

        • Preciosa diz:

          Sim pensem bem, são os tugas que vão pagar para a mesquita. Porque não pedem ajuda aos países ricos muçulmanos! Não lhe dêem muita confiança pois eles apuderam-se de tudo muito rápido. Há! não se esqueçam que Portugal é um País Cristão.

          • Joaquim Menezes diz:

            Os interessados nas casas e evitar a construção da mesquita , levem para casa uns leittões e levem lá os interessados na construção, eles desistem logo

  2. Exijo que a Câmara Municipal construa um edifício para encontros de ateus, onde se discuta o privilégio das religiões e as constantes violações da lei da separação do Estado das Igrejas.

    • Armando Alves diz:

      Prezado Mario,
      Faço-lhe notar que o ateísmo é também uma religião! O deus do ateu é o seu Ego, mas é, para todos os efeitos “um deus”, e tal como as restantes religiões, exige ser servido e adorado de forma exclusivista! Chama-se a essa religião: Narcisismo!

    • Preciosa diz:

      Estou de acordo o Estado esta separado de qualquer religião desde o tempo da monarquia.

  3. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos | O Corvo | sítio… https://t.co/K3Nkrmv3Qg

  4. Tudo isto em segredo

  5. Sem colocar em causa a justeza das preocupações das pessoas envolvidas ou a veracidade da notícia, sugiro ao Corvo que tenha mais cuidado na formulação dos títulos das notícias. Este título é dos tais que não deveria aparecer. Será o fenómeno Trump a influenciar-vos?…

    • Talvez o sr. Vitor Carvalho possa sugerir um título que reflicta com mais rigor o que a noticia diz.

    • José António Estorninho Não sou jornalista nem o Corvo me paga para isso. Cumprimentos

    • é verdade o que o Corvo diz, o sr. Vitor Carvalho encontra-se muito longe da realidade, é melhor informar-se primeiro

    • Cara Paula, acho que não leu bem o meu post e por isso aconselho-a a ler com mais atenção, mas volto a reafirmar: não coloco em causa a veracidade da notícia mas o busílis da questão não está aí. É mais profundo do que isso e, pelos vistos, do que possa perceber. Quanto ao informar-me melhor, para sua informação estou muitissimo bem informado sobre o assunto em causa, mais até do que pensa mas é algo que não discutir consigo. Cumprimentos

      • J diz:

        -pobre Vítor Carvalho… retirando o titulo desta noticia, coloque-se na pele de quem se esforçou muito para ter o que tem, e imagine. Está muito preocupado com um mero titulo, mas no invés deveria estar preocupado com tradição, algo que o nosso país ainda dá muito valor… por outro lado tenho vergonha de instituições em portugal que são representadas por portugueses efetuarem “expropriações” nestes termos… Isto tudo sob um procedimento que julgam e dizem ser licíto. – Exproriar algo, que seja tradição, cultura, contenha elementos que não poderão ser replicados, em área considerada como sendo uma das géneses do nosso Fado, para mim e para muitos portugueses “É CRIME”.

    • Vasco diz:

      Se em vez de mesquita estivesse escrito igreja da iurd você já ficava caladinho e não fazia alusões a trumps.

      • Acorda POVO diz:

        Esses tem o dizimo e claro as negociatas com o pó pagam a pronto para lavar os euros

    • jose diz:

      O sr. veio aqui dar uma de sabidão, cultíssimo, informadíssimo, etcríssimo, etc, em vez de falar do Trump, porque não aproveita as mordomias do povo da Coreia do Norte e desampara a loja? Afinal o que tinha para a dizer? zero

    • Blablabla… O sr Vitor escreve muito mas ainda nao explicou nem se percebeu qual o problema do titulo.

      Anda ai a volta, a volta da questao..

    • Porquê reformular o título é falso é mentira ou nao agrada e a bela maneira socialista da-se a volta? Quanto a ser Trump ainda bem finalmente alguem com corragen a ver se se acaba com o nojo do politicamente correcto e se chama o boi pelos cornos.

  6. Encham isso de viceras de porco e banha deixa de ser próprio

  7. Alguém que enterre um porco nesse sitio e acabou se o problema

  8. A C.M.L. alguma vez se preocupa com os munícipes que tantos impostos e taxas lhes pagam? Por experiência própria, digo que não!

  9. Henrique Soares dos Reis Duarte de Oliveira diz:

    O Manuel Salgado, o vereador do urbanismo, é o grande responsável. Mas como não se encontra o nome dele em lado nenhum do texto, até parece não tem nada a ver com o assunto…

    • Vasco diz:

      Não me cheira muito a Salgado. Parece mais politicamente correcto do Governo para ficar bem visto aos olhos do Islão. Quem tem cu tem medo.

  10. Henrique Soares dos Reis Duarte de Oliveira diz:

    Que façam as mesquitas que quiserem em Portugal. Agora que não a façam no último quarteirão não amamarrachado da Almirante Reis/Rua da Palma. Há muito espaço em Lisboa para fazer mesquitas sem ser numa zona sensível como esta. Que façam na Expo, em Chelas, no Restelo, em Carnide, etc., etc.

    • Preciosa diz:

      Fazem as mesquitas que quiserem! Ponto e virgula., mas muito menos no centro da Cidade. Dou uma ideia no interior do Alentejo ou no interior das Beiras onde não há muita população é assim não inconodam ninguem. :exemplo matas bem desertas.

  11. Henrique Soares dos Reis Duarte de Oliveira diz:

    O Manuel Salgado será com certeza um admirador da criminosa demolição da Mouraria de Baixo, que resultou na Praça do Martim Moniz, durante o tempo da ditadura. E agora quer prosseguir com essa demolição em direção à Rua da Palma, para construir uns mamarrachos com a mesma qualidade e dignidade dos que foram feitos no Martim Moniz.

  12. Henrique Soares dos Reis Duarte de Oliveira diz:

    O pior é que não se vê luz no horizonte pois este vereador do urbanismo, o Manuel Salgado, é mantido no lugar pelo novo presidente da CM Lisboa, o Fernando Mesquita. E se este ganhar as eleições vai com certeza manter o vereador do urbanismo. Com a febre de obras em Lisboa, em clara campanha eleitoral, receio bem que o Fernando Mesquita ganhe pois isso significa que o vereador do urbanismo se vai manter com as consequências negativas para a cidade que se conhece.

    • Antonio Arruda diz:

      Parece-me que não irá continuar pois já deve ter completado os 3 mandatos seguidos, se assim for pelo menos 4 anos livre de diversas asneiras que este vereador tem cometido

  13. Vasco diz:

    Mais valia financiarem a tal embaixada extraterrestre elohim que se falou há uns tempos.

  14. Ana Patriarca diz:

    Estão a tentar aproveitar a DUP (Declaração de utilidade pública) que têm para construírem a via pública mas a DUP apenas e só pode ser utilizada para a área da via e zona non edificanti, ou seja a zona onde não pode nada ser construído, muito menos uma mesquita. A lei é clara obedece a normas internacionais, nem a câmara nem o estado pode alterar ou não cumprir

  15. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos https://t.co/mweYCmTPnj

  16. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos | O Corvo | sítio… https://t.co/sv1Fu8Elwt

  17. Afinal o estado laico tem preferências… https://t.co/a7ZRBgFnxd

  18. @nuno diz:

    Deixem-se de tretas. O importante é saber se o que vem na noticia sobre a câmara municipal de Lisboa investir 1.5 milhões de euros é verdade.

  19. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos https://t.co/PnTL29Bar6

  20. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos | O Corvo | sítio… https://t.co/WXVpcNp4jk

  21. O direito de propriedade vale muito pouco neste país.

  22. Ponto previo – sou contra o financiamento publico de qualquer templo ou local religioso, qualquer que seja a religiao.

    Inquilino tem uma loja, que paga renda. Recebe 42.500 euros pela “chatice” de procurar outro local e mudar o material de um lado para o outro… E ainda se queixa?!?!

    Proprietario declara 6 mil euros rendimento mensal… Uns 72 mil euros ao ano. Vai receber mais de 531 mil, e acha pouco?! Algo que nem em 8-9 anos recebe de rendimento bruto?!
    Se o imovel é tao bom e vale tanto, como so ganha 6 mil? Ou so declara uma parte?!
    – e nao acredito que na zona em questao qualquer predio, pelo estado de degradacao e tamanho, valha mais de uns 150-200 mil euros…
    Ofereceram meio milhao, pede 2 milhoes?

    A ganancia anda em altas naquela zona.

    • antonio barroso diz:

      O Senhor não sabe e não tem noção do que diz,venha primeiro
      visitar os prédios da rua do Benformoso,tenho muito gosto em mostra-los,e depois bote opinião,com conhecimento de causa.

    • J diz:

      é claro que que não tem conhecimento escreve loja… escreva prédio, e completamente restaurado, em bairro tipíco, com muito comercio….
      – não é uma loja, nem um prédio em ruínas que a camara quer demolir

  23. Edd diz:

    Por este andar, qualquer dia são os “verdadeiros” portugueses que estão a mais! Só falta baixarem as calças! mas também já estiveram mais lonje.

  24. Gabriel diz:

    Gente, por favor me ajudem
    um prédio aqui em alfama onde moro, sera expropriado pela câmara municipal de lisboa, minha pergunta é: eu como inquilino de uns dos apartamentos, tenho direito a indenização? posso ser recolado para outro apartamento na mesma zona? estou preocupado! pois tenho uma mulher gravida de 9 meses e não sabemos pra onde e quem recorrer, quem puder ajudar, ficaria agradecido.

    • antonio barroso diz:

      Gabriel
      Em primeiro lugar fale com a junta de Freguesia de Santa Maria Maior-eles devem informar como resolver o seu problema-eu penso que a Câmara municipal deve realujalo

  25. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos..

    https://t.co/ITYbDWpSKr

  26. Não me parece que seja a CML a pagar a construção da mesquita… e por isso é certamente triste ver o racismo e a xenofobia disfarçada que andam por aqui…

    • Vasco diz:

      Religião não é uma raça, seu imbecil.

    • J diz:

      isso não se disfarça, ou é ou não…. quem vem para aqui inventar tá com falta de que fazer… dirijam-se à camâra e proponham uma autoexpropriação, e podem fazer logo um requerimento a solicitar que o pagamento efetuado à quarta parte seja doado a uma instituição. cidadãos…. e caridosos

    • Aconselho a inteirar-se antes de falar são 3 milhões de subsídios alem de mais o nosso estado é laico não tem de financiar qualquer religião não e racismo é lei.
      Quanto ao racismo e xenofobia quer racial e ou religiosa porque não fala onde se pratica nos países muçulmanos? Ou esses podem ser?

    • Meu caro senhor, creio que dos 3 milhões referidos 1,5 milhões são para expropriações para abrir uma praça que, creio, se irá chamar Praça da Mouraria, e onde haverá uma mesquita que será comparticipada em 1,5 milhões pela CML. O resto, realmente não sei quanto, será pago pela comunidade muçulmana. Adicionalmente o projecto é também parte de um plano de renovação de uma área há décadas degradada no centro de Lisboa. Em relação ao estado laico definido na Constituição da República muito haverá a dizer tendo em conta que esta semana até temos um feriado que não tem nada de laico e que nos é imposto pela Concordata assinada entre Salazar e o Vaticano que se mantém, ainda, em vigor… Sendo assim e tendo em conta aquilo que o Estado investe directa e indirectamente, na disponibilização de lotes para construção de igrejas católicas e no culto católico em geral, em visitas papais, procissões, romarias, peregrinações, etc. com todos os custos que estas acarretam para o erário público com policiamento, segurança, assistência médica, etc, etc. realmente não me ofende esta situação da Mouraria. Em relação aos países muçulmanos e à intolerância religiosa, e não só, que se verifica com a conivência do Estado em alguns deles, e reforço em ALGUNS DELES, é certamente lamentável e inaceitável mas não me serve de modelo e certamente não quero esse mesmo tipo de intolerância religiosa, ou outra, no meu país. Ah e para terminar, lamento desiludi-lo mas sou ateu. Contudo acredito plenamente na liberdade religiosa conforme definido na Constituição da nossa República… E sem qualquer duvida que intolerância, xenofobia e racismo, infelizmente, os há muito por aqui!!!

  27. alexandre diz:

    Portugueses, resistam enquanto ainda podem à invasão islâmica!

    • Preciosa diz:

      Estou de acordo ! Resistência à invasão islamica .Já lá vão muitos séculos que Portugal os expulsou não queram voltar aos tempos medievais. Toda a mulher precisa da sua independência e elas não a têm.

  28. Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos https://t.co/n7cAmwmIh0

  29. @alvaromferro saiu no Público https://t.co/61cqOzLv2W e saiu também no Corvo https://t.co/zgoRbI7HPt

  30. Jose leite Jose leite diz:

    RT @joaomiranda: @alvaromferro saiu no Público https://t.co/61cqOzLv2W e saiu também no Corvo https://t.co/zgoRbI7HPt

  31. Manuela Manuela diz:

    Expropriação para fazer mesquita deixa desesperados senhorio e seus inquilinos https://t.co/t9aiRRWn4Y

  32. Henrique Soares dos Reis Duarte de Oliveira diz:

    E a declaração de utilidade publica com carácter de urgência é de quem não tem vergonha na cara. Urgência em construir um templo religioso?!!? ´

    Ver aqui:
    http://am-lisboa.pt/docume…/1450371246X3lAI7ic6Sx23DM5.pdf

  33. Luiz de Sá Pereira, arq. diz:

    20 anos passei na Rua por este edifício 149-151 do Benformoso que me ajudou a descobrir a “regra dos paus”. 20 anos em que vesti e estimulei ideias municipais pela salvaguarda deste tipo de vestígios da nossa história urbanística. Ah Senhor Barroso!
    Depois chegaram os bárbaros Salgados. Agora é para demolir.
    Mas se quiserem despedir-se bem dele, aconselho a leitura da página 13 de “entender o Intendente (1º fascículo)” no blogue http://patinadotempo.blogspot.pt/
    Bem hajam!

  34. @pedro_sales creio que aqui a questão passa pela expropriação injusta do casal dos 2 prédios que recuperaram https://t.co/TG75XgzTpg

  35. Jose Socastrino diz:

    O maomé foi um macaco e o maior e pior porco arabe de meca e medina do seu tempo. Só um porco como ele seria capaz de simultaneamente ser adultero mulherengo e até pedofilo com Aisha, ser um criminoso assassino e degolador de inimigos, ser um salteador e ladrão de territorios bens e ate mulheres/filhas de inimigos que eliminou à força de espada adaga e conquistas, ser um esquizofrenico patologico com visoes e suores em gruta onde se refugiava e tinha ataques, ser braco armado do demonio diabo e satanas e nunca ter sido ouvira a ser profeta de Deus (ou, foi e é um falso profeta de Deus), ser o instigador de odios a Judeus e Cristaos e ser promotor da mentira/deturpacao e do plagio sobre a Biblia, ser o responsavel pela escrita por arabes e com costumes cegos arabes (e NUNCA DE INSPIRAÇAO DIVINA) do falso corão como o mein kampf do nazi islamo-fascismo. Viva para sempre a memoria do Charlie Hebdo, pois “Je suis Charlie, aussi” !

  36. Expropriação de lojas de comércio com muitos anos de serviço para construir uma Mesquita ,deixa desesperados Senhorios ,e seus inclinos ,assim como varias lojas de Lisboa e redondeza ,que se abastecem nesse local .assim como muitos fabricantes do norte que fornece essas Lojas não fique indiferente vamos todos contestar,amanha pode ser a sua casa, vamos tirar poderes a esta jante pois o posso e mando tem que acabar a ditadura tem de acabar o mandar no que é dos outros tem de acabar,o ou vendes ou exproprio e pago o que quero tem de acabar, este assunto é um caso de policia deve de ser averiguado pela policia judiciaria ,qual o interesse numa mesquita para o local,será que o povo foi ouvido nesse sentido,nu mínimo é muito estranho esta situação .
    vamos todo ajudar o Barroso .todos conta a Expropriação
    um homem que sempre trabalhou sem gozar férias honesto querido por toda a gente ,val mais que uma dúzia de mesquitas .
    Nao deixem destruir a pouca saúde que resta ão Barroso .