Metropolitano de Lisboa promete mais comboios e menores esperas em 2018
A administração do Metropolitano de Lisboa garante aos utentes que deverão começar a sentir melhorias significativas no serviço prestado, a partir do próximo ano. O que se traduzirá, diz a empresa pública, por um maior número de composições a circular em diversas linhas e, por consequência, no aumento da frequência de comboios e diminuição dos tempos de espera entre eles. A promessa, feita numa reposta escrita endereçada a O Corvo na sequência de denúncias sobre a degradação da qualidade da oferta e da segurança, surgidas na semana passada, vem acompanhada da informação sobre a impossibilidade de se contratarem mais maquinistas e operários, até ao fim deste ano. Uma consequência das restrições à contratação de vínculos laborais impostas pelo orçamento de estado em vigor. Mas as condições de segurança estão asseguradas, diz a transportadora.
A empresa afirma que “tem, actualmente, um número maior de carruagens a circular, fruto do trabalho de recuperação de material circulante, realizado no corrente ano, após o desbloqueamento dos constrangimentos financeiros ocorridos desde 2011, procurando diariamente aumentar o número de comboios em circulação, reduzindo tempos de espera e garantindo um maior conforto e comodidade”. Uma resposta à pergunta feita por O Corvo sobre quantas composições estão paradas por avarias ou outros problemas técnicos. Sem dar um réplica directa à questão, a administração diz que a imobilização de carruagens “não se deve a motivos de avaria mas sim, e unicamente, porque se encontram a aguardar a necessária manutenção dos seus equipamentos”. Na semana passada, dando como fonte a comissão de trabalhadores, os vereadores do PCP na Câmara de Lisboa falavam em três dezenas de composições paradas e o advogado António Garcia Pereira em quase 35.
Existem, no entanto, números precisos sobre as reparações de rodados de composições já efectuadas em 2017. “No decurso deste ano, foram substituídas mais de 550 rodas nos comboios, o que corresponde ao dobro do efetuado nos últimos cinco anos. Este esforço, muito significativo para a empresa, permitiu garantir a manutenção e disponibilização de 35 carruagens anteriormente imobilizadas por ausência de materiais, significando cerca de um terço da frota da empresa”, informa o Metropolitano de Lisboa, que diz tudo estar a fazer para continuar a recuperar o estado do material circulante e espera, durante 2018, “aumentar, em algumas linhas, o número de comboios disponíveis e, assim, aumentar a sua frequência diminuindo o intervalo entre as circulações”. E nega a possibilidade de existirem falhas nas composições que ponham em causa a segurança dos passageiros. “As carruagens em circulação estão em estado adequado de operacionalidade”, assegura.
Mas, afinal, porquê tanta demora na reposição dos níveis normais de qualidade do serviço oferecido pelo metro? Há quem considere que o que se está a passar é consequência do não investimento, tanto por parte da anterior como da actual administração, em funções há quase dois anos. A transportadora nega, porém, que existam restrições à aquisição de material e de peças. Mas salienta que alguns dos materiais que são utilizados manutenção dos comboios “têm prazos de produção que chegam aos 180 dias, após adjudicação”. “No que diz respeito à contratação de maquinistas e operários, existem as restrições legais constantes da Lei do Orçamento de Estado 2017 para a contratação de trabalhadores nas Empresas Públicas e, como tal, aplicáveis ao Metropolitano de Lisboa”, acrescenta a administração da empresa pública.
Boa noite
Na sequência dessa resposta poderia ser perguntado à dita Administraçao, porque o plano de emergência de salvacao de passageiros, está suspenso ha 12 anos. Em caso de acidente ouproblemas graves, nao existe um plano de evacuaçao, em nenhuma estaçao.
Obrigado.