Rua Morais Soares e Avenida General Roçadas vão ser “amigas do peão”
Constituirá uma revolução no espaço público e, por causa disso, também na forma como os peões serão tratados. A Rua Morais Soares e a Avenida General Roçadas, na freguesia da Penha de França, serão sujeitas a uma profunda reformulação, orçada em dois milhões de euros e que lhes conferirá o estatuto de “Ruas Amigas do Peão”. As obras, cuja responsabilidade está a cargo do Pelouro dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (CML), deverão iniciar-se em ambos os arruamentos no segundo semestre deste ano, garantiu ao Corvo a presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, Sofia Oliveira Dias (PS).
Para a Rua Morais Soares, artéria de grande actividade comercial mas com passeios muito estreitos, a junta de freguesia apresentou um conjunto de recomendações à equipa projectista, que fará a apresentação da sua proposta de intervenção até ao final de Maio. E elas passam por: não haver perda de lugares de estacionamento e melhorar a zona de cargas/descargas; a criação de áreas de circulação eficientes nas zonas de paragem dos transportes colectivos; a criação de condições para a instalação de esplanadas; criação de zonas de estadia/descanso ao longo do percurso e ainda a remoção de obstáculos e elementos obsoletos.
Já para a Avenida General Roçadas, cujo projecto de intervenção será entregue até ao final de Abril, a autarquia liderada por Sofia Oliveira Dias propôs a “introdução de medidas de acalmia de tráfego para por cobro aos múltiplos atropelamentos”. Além disso, indicou também a necessidade de criação de condições para a instalação de esplanadas; o disciplinar do estacionamento e criação de mais lugares; a melhoria da circulação pedonal e do interface nos pontos de paragem de transportes colectivos e também o impedir o estacionamento em segunda fila.
Os projectos de execução de ambas as intervenções estão a cargo do mesmo ateliê, cujos responsáveis muito recentemente estiveram no local a fazer o estudo prévio das diversas situações a corrigir. “Optou-se por uma intervenção global e não por intervenções pontuais”, explica a presidente da junta, garantindo que, “adicionalmente, pretende-se tornar a Quinta do Lavrado um quarteirão totalmente acessível, bem como a envolvente do Museu do Azulejo, na Rua da Madre de Deus”. O conjunto destas intervenções tornará assim mais fácil e segura a circulação dos peões no espaço público.