Por que há quase sempre uma escada rolante parada no metro do Chiado?
A questão não é nova. Muito pelo contrário. E, por isso, ainda mais incompreensível a sua persistência. Para quem sai na Baixa, o problema acaba por ser relativizado pela curta distância a percorrer entre o átrio da estação e a rua. Afinal, são só dois lanços de escadas. O problema maior é para quem sobe ou desce do lado que dá acesso ao Chiado. Desde há alguns anos, são raros os momentos em que pelo menos uma das quatro escadas rolantes não está parada – isto quando não são duas em simultâneo. As justificações do Metropolitano de Lisboa para tal cenário apontam para frequentes problemas técnicos. Os incómodos causados por tal situação, numa ligação pedonal tão extensa, são óbvios.
As escadas convencionais acabam, em alguns dos lanços, por ter de ser usadas pelos milhares de utentes diários, em detrimento da solução mecânica. O que, dada a distância entre o átrio da estação e o Largo do Chiado, se pode revelar uma prova de elevada exigência física – para muita gente, como os mais idosos, até descer o é. O grau de dificuldade varia consoante o número de troços parados. O Corvo questionou o Metro sobre esta questão. E recebeu a seguinte resposta: “Os equipamentos mecânicos encontram-se fora de serviço por motivos técnicos, relacionados com a sua utilização regular intensiva. Por outro lado, em alguns casos, atendendo à idade do equipamento, pode ser necessário proceder-se ao fabrico de peças para sua reposição, fazendo com que os tempos de paragem sejam um pouco mais prolongados”.