António Costa fugiu das obras do Metro no Areeiro
António Costa afirmou perante a Assembleia Municipal de Lisboa, na tarde desta terça-feira, que fugiu da zona do Areeiro, onde morava, por causa das obras do Metropolitano de Lisboa, que duram há mais de cinco anos na praça com o mesmo nome. “Eu não escapei, eu fugi mesmo, porque não quis que acontecesse à minha porta o que estava a acontecer ao lado”, disse o autarca.
O presidente da câmara respondia à questão colocada pelo deputado municipal do PSD e presidente da junta de freguesia do Areeiro, Fernando Braancamp, que teceu duras críticas ao incumprimento dos prazos estipulados para a execução das obras. “A praça do Areeiro, que é uma porta de entrada da cidade está transformada num estaleiro permanente há 72 meses. E o senhor presidente da câmara conseguiu escapar a tempo ao estaleiro que foi montado por baixo da sua porta”, disse Fernando Braancamp.
António Costa sublinhou, no entanto, que a questão do deputado do PSD devia ser colocada ao Metropolitano de Lisboa, porque “a obra em causa não é da câmara, que apenas fez o projecto. A obra é da exclusiva responsabilidade do Metropolitano”, disse Costa, numa sessão da Assembleia Municipal de Lisboa onde muito se falou dos transportes públicos. Quer o PSD, pela voz do deputado municipal Carlos Barbosa, quer o Bloco de Esquerda, pela voz da deputada Mariana Mortágua, quiseram conhecer a posição da câmara no que diz respeito aos processos em curso da Carris e do Metro.
Mas António Costa apenas reiterou posições anteriores, afirmando que a gestão daquelas transportadoras deve ser competência municipal. Quanto às negociações em curso entre a câmara e o Governo, que pretende lançar os concursos de concessão no segundo trimestre de 2014, ou seja, a partir de agora, António Costa apenas disse: “Acho positivo que o Governo tenha manifestado disponibilidade para discutir com a câmara. Mas o resultado final ainda não tenho. Mas não faltará muito para tomarmos uma posição final”, afirmou.